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Opinião|Brasil arde em chamas


Esta nação condena o seu futuro. Está desistindo de ser um exemplo para o mundo, embora provida, pela própria natureza ou pela Providência Divina, como queiram, de um fabuloso tesouro, de uma exuberante biodiversidade, tudo lançado às chamas, como se nada valesse

Por José Renato Nalini

A tragédia se consuma ante a naturalidade com que se a encara: dizer que setembro foi o mês campeão nas queimadas é absorvido, como se isso fosse normal. Não se apavorar com a notícia de que setembro representou mais de cento e seis mil quilômetros quadrados destruídos pelo fogo, no ritmo alucinante com que exterminamos nossas florestas, é tão grave como a própria desaparição desse patrimônio de que nos descuidamos. Culposa e até dolosamente.

Agosto, um mês aziago, que os antigos diziam ser “mês do cachorro louco”, mostrou um país envolto em fumaça. Mas setembro seria pior: se em agosto queimamos cinquenta e seis mil quilômetros quadrados, o aumento foi de oitenta e oito por cento! Números que deveriam envergonhar os brasileiros. Que deveriam comover o Poder Público.

São evidências comprovadas pelo Monitor do Fogo da plataforma MapBiomas e computados pelo sistema BD de queimadas do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. De que adianta anunciar números dantescos: em agosto, mais de sessenta e oito mil focos de incêndio. Em setembro, superaram os oitenta e três mil focos.

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Entregou-se ao fogo insaciável, converteu-se em cinza, sinônimo do fracasso da política ecológica tupiniquim, uma área equivalente ao Estado de Roraima. E mais de setenta e três por cento dela era o que ainda restava de cobertura vegetal nativa, principalmente florestas. Para completar a desgraça, mais da metade dessa área atingida fica na Amazônia, tão citada e tão maltratada.

Os Estados que registraram as maiores perdas foram Mato Grosso, Pará e Tocantins. As cidades que estão no topo desse ranking infeliz são Corumbá e São Félix do Xingu. Não é possível acusar-se o El Niño, responsável pela seca inclemente. Pois a maior parte desse fogo foi ateado por humanos. Os incêndios espontâneos decorrem de raios e as chuvas não foram frequentes neste ano. Reconhecer a ação criminosa e nada fazer para encarcerar os dendroclastas é bizarro.

Esse prejuízo é incalculável. Destruir a biodiversidade significa o comprometimento do futuro da subsistência de qualquer espécie de vida num planeta que é vítima da insanidade, da insensatez e da ignorância dos humanos, exatamente os que se arvoram de integrarem a primícia da criação, os únicos animais considerados “racionais”.

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Tudo é irracional na defesa do patrimônio natural dos brasileiros. A ineficiência dos esquemas de tutela. A falácia das sanções pecuniárias. Embora se apliquem multas, elas representam um fictício simbolismo, despido até de qualquer aspecto moral, eis que a moral tupiniquim está no necrotério, prestes a ser sepultada.

O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais lavrou quase cem autos de infração, incidindo sobre os agentes de queimadas criminosas. Fala-se em soma de duzentos e vinte e quatro milhões de reais. Mas é preciso investigar se essas multas são recebidas. A experiência no Brasil é que tudo isso não passa de cortina de fumaça. Por vários obstáculos. Um deles, o não se levar a sério a regularização fundiária. Nem sempre se sabe quem é o proprietário da área devastada. Principalmente na Amazônia, onde o domínio tem vários “andares”. Basta uma declaração para se aceitar que alguém seja dono de uma área situada na região em que a criminalidade organizada, sofisticada e internacional impõe suas regras.

Em seguida, a ineficiência do setor estatal encarregado da execução da multa. A maior parte delas prescreve, ante a omissão da burocracia. Em terceiro, a magnanimidade nefasta da Justiça brasileira. Uma estrutura que levou ao quadro surreal de quatro instâncias a serem percorridas, até que se vislumbre uma decisão que deveria ser definitiva. Mas que ainda é submetida a inúmeras revisões e reapreciações, pois convivemos com um caótico esquema recursal.

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Esta nação condena o seu futuro. Está desistindo de ser um exemplo para o mundo, embora provida, pela própria natureza ou pela Providência Divina, como queiram, de um fabuloso tesouro, de uma exuberante biodiversidade, tudo lançado às chamas, como se nada valesse.

Esse o país que já foi considerada promissora promessa verde, em seguida convertido em pária ambiental e hoje cenário macabro de brasas fumegantes e cinzas mortas, tradução melancólica de um povo incapaz de zelar por aquilo que lhe foi entregue para administrar.

Resta fazer o réquiem pela floresta destruída e aguardar o caos.

A tragédia se consuma ante a naturalidade com que se a encara: dizer que setembro foi o mês campeão nas queimadas é absorvido, como se isso fosse normal. Não se apavorar com a notícia de que setembro representou mais de cento e seis mil quilômetros quadrados destruídos pelo fogo, no ritmo alucinante com que exterminamos nossas florestas, é tão grave como a própria desaparição desse patrimônio de que nos descuidamos. Culposa e até dolosamente.

Agosto, um mês aziago, que os antigos diziam ser “mês do cachorro louco”, mostrou um país envolto em fumaça. Mas setembro seria pior: se em agosto queimamos cinquenta e seis mil quilômetros quadrados, o aumento foi de oitenta e oito por cento! Números que deveriam envergonhar os brasileiros. Que deveriam comover o Poder Público.

São evidências comprovadas pelo Monitor do Fogo da plataforma MapBiomas e computados pelo sistema BD de queimadas do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. De que adianta anunciar números dantescos: em agosto, mais de sessenta e oito mil focos de incêndio. Em setembro, superaram os oitenta e três mil focos.

Entregou-se ao fogo insaciável, converteu-se em cinza, sinônimo do fracasso da política ecológica tupiniquim, uma área equivalente ao Estado de Roraima. E mais de setenta e três por cento dela era o que ainda restava de cobertura vegetal nativa, principalmente florestas. Para completar a desgraça, mais da metade dessa área atingida fica na Amazônia, tão citada e tão maltratada.

Os Estados que registraram as maiores perdas foram Mato Grosso, Pará e Tocantins. As cidades que estão no topo desse ranking infeliz são Corumbá e São Félix do Xingu. Não é possível acusar-se o El Niño, responsável pela seca inclemente. Pois a maior parte desse fogo foi ateado por humanos. Os incêndios espontâneos decorrem de raios e as chuvas não foram frequentes neste ano. Reconhecer a ação criminosa e nada fazer para encarcerar os dendroclastas é bizarro.

Esse prejuízo é incalculável. Destruir a biodiversidade significa o comprometimento do futuro da subsistência de qualquer espécie de vida num planeta que é vítima da insanidade, da insensatez e da ignorância dos humanos, exatamente os que se arvoram de integrarem a primícia da criação, os únicos animais considerados “racionais”.

Tudo é irracional na defesa do patrimônio natural dos brasileiros. A ineficiência dos esquemas de tutela. A falácia das sanções pecuniárias. Embora se apliquem multas, elas representam um fictício simbolismo, despido até de qualquer aspecto moral, eis que a moral tupiniquim está no necrotério, prestes a ser sepultada.

O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais lavrou quase cem autos de infração, incidindo sobre os agentes de queimadas criminosas. Fala-se em soma de duzentos e vinte e quatro milhões de reais. Mas é preciso investigar se essas multas são recebidas. A experiência no Brasil é que tudo isso não passa de cortina de fumaça. Por vários obstáculos. Um deles, o não se levar a sério a regularização fundiária. Nem sempre se sabe quem é o proprietário da área devastada. Principalmente na Amazônia, onde o domínio tem vários “andares”. Basta uma declaração para se aceitar que alguém seja dono de uma área situada na região em que a criminalidade organizada, sofisticada e internacional impõe suas regras.

Em seguida, a ineficiência do setor estatal encarregado da execução da multa. A maior parte delas prescreve, ante a omissão da burocracia. Em terceiro, a magnanimidade nefasta da Justiça brasileira. Uma estrutura que levou ao quadro surreal de quatro instâncias a serem percorridas, até que se vislumbre uma decisão que deveria ser definitiva. Mas que ainda é submetida a inúmeras revisões e reapreciações, pois convivemos com um caótico esquema recursal.

Esta nação condena o seu futuro. Está desistindo de ser um exemplo para o mundo, embora provida, pela própria natureza ou pela Providência Divina, como queiram, de um fabuloso tesouro, de uma exuberante biodiversidade, tudo lançado às chamas, como se nada valesse.

Esse o país que já foi considerada promissora promessa verde, em seguida convertido em pária ambiental e hoje cenário macabro de brasas fumegantes e cinzas mortas, tradução melancólica de um povo incapaz de zelar por aquilo que lhe foi entregue para administrar.

Resta fazer o réquiem pela floresta destruída e aguardar o caos.

A tragédia se consuma ante a naturalidade com que se a encara: dizer que setembro foi o mês campeão nas queimadas é absorvido, como se isso fosse normal. Não se apavorar com a notícia de que setembro representou mais de cento e seis mil quilômetros quadrados destruídos pelo fogo, no ritmo alucinante com que exterminamos nossas florestas, é tão grave como a própria desaparição desse patrimônio de que nos descuidamos. Culposa e até dolosamente.

Agosto, um mês aziago, que os antigos diziam ser “mês do cachorro louco”, mostrou um país envolto em fumaça. Mas setembro seria pior: se em agosto queimamos cinquenta e seis mil quilômetros quadrados, o aumento foi de oitenta e oito por cento! Números que deveriam envergonhar os brasileiros. Que deveriam comover o Poder Público.

São evidências comprovadas pelo Monitor do Fogo da plataforma MapBiomas e computados pelo sistema BD de queimadas do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. De que adianta anunciar números dantescos: em agosto, mais de sessenta e oito mil focos de incêndio. Em setembro, superaram os oitenta e três mil focos.

Entregou-se ao fogo insaciável, converteu-se em cinza, sinônimo do fracasso da política ecológica tupiniquim, uma área equivalente ao Estado de Roraima. E mais de setenta e três por cento dela era o que ainda restava de cobertura vegetal nativa, principalmente florestas. Para completar a desgraça, mais da metade dessa área atingida fica na Amazônia, tão citada e tão maltratada.

Os Estados que registraram as maiores perdas foram Mato Grosso, Pará e Tocantins. As cidades que estão no topo desse ranking infeliz são Corumbá e São Félix do Xingu. Não é possível acusar-se o El Niño, responsável pela seca inclemente. Pois a maior parte desse fogo foi ateado por humanos. Os incêndios espontâneos decorrem de raios e as chuvas não foram frequentes neste ano. Reconhecer a ação criminosa e nada fazer para encarcerar os dendroclastas é bizarro.

Esse prejuízo é incalculável. Destruir a biodiversidade significa o comprometimento do futuro da subsistência de qualquer espécie de vida num planeta que é vítima da insanidade, da insensatez e da ignorância dos humanos, exatamente os que se arvoram de integrarem a primícia da criação, os únicos animais considerados “racionais”.

Tudo é irracional na defesa do patrimônio natural dos brasileiros. A ineficiência dos esquemas de tutela. A falácia das sanções pecuniárias. Embora se apliquem multas, elas representam um fictício simbolismo, despido até de qualquer aspecto moral, eis que a moral tupiniquim está no necrotério, prestes a ser sepultada.

O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais lavrou quase cem autos de infração, incidindo sobre os agentes de queimadas criminosas. Fala-se em soma de duzentos e vinte e quatro milhões de reais. Mas é preciso investigar se essas multas são recebidas. A experiência no Brasil é que tudo isso não passa de cortina de fumaça. Por vários obstáculos. Um deles, o não se levar a sério a regularização fundiária. Nem sempre se sabe quem é o proprietário da área devastada. Principalmente na Amazônia, onde o domínio tem vários “andares”. Basta uma declaração para se aceitar que alguém seja dono de uma área situada na região em que a criminalidade organizada, sofisticada e internacional impõe suas regras.

Em seguida, a ineficiência do setor estatal encarregado da execução da multa. A maior parte delas prescreve, ante a omissão da burocracia. Em terceiro, a magnanimidade nefasta da Justiça brasileira. Uma estrutura que levou ao quadro surreal de quatro instâncias a serem percorridas, até que se vislumbre uma decisão que deveria ser definitiva. Mas que ainda é submetida a inúmeras revisões e reapreciações, pois convivemos com um caótico esquema recursal.

Esta nação condena o seu futuro. Está desistindo de ser um exemplo para o mundo, embora provida, pela própria natureza ou pela Providência Divina, como queiram, de um fabuloso tesouro, de uma exuberante biodiversidade, tudo lançado às chamas, como se nada valesse.

Esse o país que já foi considerada promissora promessa verde, em seguida convertido em pária ambiental e hoje cenário macabro de brasas fumegantes e cinzas mortas, tradução melancólica de um povo incapaz de zelar por aquilo que lhe foi entregue para administrar.

Resta fazer o réquiem pela floresta destruída e aguardar o caos.

A tragédia se consuma ante a naturalidade com que se a encara: dizer que setembro foi o mês campeão nas queimadas é absorvido, como se isso fosse normal. Não se apavorar com a notícia de que setembro representou mais de cento e seis mil quilômetros quadrados destruídos pelo fogo, no ritmo alucinante com que exterminamos nossas florestas, é tão grave como a própria desaparição desse patrimônio de que nos descuidamos. Culposa e até dolosamente.

Agosto, um mês aziago, que os antigos diziam ser “mês do cachorro louco”, mostrou um país envolto em fumaça. Mas setembro seria pior: se em agosto queimamos cinquenta e seis mil quilômetros quadrados, o aumento foi de oitenta e oito por cento! Números que deveriam envergonhar os brasileiros. Que deveriam comover o Poder Público.

São evidências comprovadas pelo Monitor do Fogo da plataforma MapBiomas e computados pelo sistema BD de queimadas do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. De que adianta anunciar números dantescos: em agosto, mais de sessenta e oito mil focos de incêndio. Em setembro, superaram os oitenta e três mil focos.

Entregou-se ao fogo insaciável, converteu-se em cinza, sinônimo do fracasso da política ecológica tupiniquim, uma área equivalente ao Estado de Roraima. E mais de setenta e três por cento dela era o que ainda restava de cobertura vegetal nativa, principalmente florestas. Para completar a desgraça, mais da metade dessa área atingida fica na Amazônia, tão citada e tão maltratada.

Os Estados que registraram as maiores perdas foram Mato Grosso, Pará e Tocantins. As cidades que estão no topo desse ranking infeliz são Corumbá e São Félix do Xingu. Não é possível acusar-se o El Niño, responsável pela seca inclemente. Pois a maior parte desse fogo foi ateado por humanos. Os incêndios espontâneos decorrem de raios e as chuvas não foram frequentes neste ano. Reconhecer a ação criminosa e nada fazer para encarcerar os dendroclastas é bizarro.

Esse prejuízo é incalculável. Destruir a biodiversidade significa o comprometimento do futuro da subsistência de qualquer espécie de vida num planeta que é vítima da insanidade, da insensatez e da ignorância dos humanos, exatamente os que se arvoram de integrarem a primícia da criação, os únicos animais considerados “racionais”.

Tudo é irracional na defesa do patrimônio natural dos brasileiros. A ineficiência dos esquemas de tutela. A falácia das sanções pecuniárias. Embora se apliquem multas, elas representam um fictício simbolismo, despido até de qualquer aspecto moral, eis que a moral tupiniquim está no necrotério, prestes a ser sepultada.

O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais lavrou quase cem autos de infração, incidindo sobre os agentes de queimadas criminosas. Fala-se em soma de duzentos e vinte e quatro milhões de reais. Mas é preciso investigar se essas multas são recebidas. A experiência no Brasil é que tudo isso não passa de cortina de fumaça. Por vários obstáculos. Um deles, o não se levar a sério a regularização fundiária. Nem sempre se sabe quem é o proprietário da área devastada. Principalmente na Amazônia, onde o domínio tem vários “andares”. Basta uma declaração para se aceitar que alguém seja dono de uma área situada na região em que a criminalidade organizada, sofisticada e internacional impõe suas regras.

Em seguida, a ineficiência do setor estatal encarregado da execução da multa. A maior parte delas prescreve, ante a omissão da burocracia. Em terceiro, a magnanimidade nefasta da Justiça brasileira. Uma estrutura que levou ao quadro surreal de quatro instâncias a serem percorridas, até que se vislumbre uma decisão que deveria ser definitiva. Mas que ainda é submetida a inúmeras revisões e reapreciações, pois convivemos com um caótico esquema recursal.

Esta nação condena o seu futuro. Está desistindo de ser um exemplo para o mundo, embora provida, pela própria natureza ou pela Providência Divina, como queiram, de um fabuloso tesouro, de uma exuberante biodiversidade, tudo lançado às chamas, como se nada valesse.

Esse o país que já foi considerada promissora promessa verde, em seguida convertido em pária ambiental e hoje cenário macabro de brasas fumegantes e cinzas mortas, tradução melancólica de um povo incapaz de zelar por aquilo que lhe foi entregue para administrar.

Resta fazer o réquiem pela floresta destruída e aguardar o caos.

Opinião por José Renato Nalini

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