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Celular usado no plano para matar Moraes pertencia ao Exército, aponta PF


Aparelho teria sido retirado do Comando de Operações Especiais do Exército, em Goiânia

Por Rayssa Motta
Atualização:

Um dos celulares usados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para trocar mensagens durante o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem deixar rastros, pertencia ao Comando de Operações Especiais do Exército.

Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo admitiu que pegou o aparelho em uma caixa onde estavam diversos telefones que haviam sido usados em grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Rodrigo e outros dois militares foram indiciados nesta quarta-feira, 11, no inquérito do golpe.

Procurado pelo Estadão, o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel, informou que não foi intimado oficialmente sobre o indiciamento.

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Ao ser interrogado pela PF, Rodrigo afirmou que, no meio dos celulares, havia um aparelho que “aparentava ser um pouco mais novo”. Ele alegou que pegou o telefone para usar em “coisas de serviço, viagem a trabalho, etc”. Também admitiu que usou dados de terceiros para cadastrar o chip.

“Os dados dessa pessoa você pega no Telegram, dados aleatórios de qualquer pessoa que ficam disponíveis em grupos do Telegram”, disse no depoimento à PF.

Ministro Alexandre de Moraes seria alvo dos golpistas, segundo a PF. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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O tenente-coronel nega ter participado no plano para prender ou executar Alexandre de Moraes. Ele sustenta que pegou o aparelho depois do dia 15 de dezembro de 2022, data em os golpistas pretendiam matar o ministro. Também disse que o cadastro do telefone em nome terceiros é uma prática comum durante “missões sensíveis”.

“A gente que trabalha com missões sensíveis, de anonimizar o celular realmente. Minha intenção era ter esse celular para anonimizá-lo realmente”, declarou.

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A Polícia Federal não conseguiu confirmar a data de retirada do aparelho. Rodrigo afirma que não há um controle sobre a movimentação dos telefones. Ele também alega que o telefone “quebrou em uma atividade e foi descartado”.

Ao cruzar dados de geolocalização do telefone, os investigadores descobriram conexões próximo ao endereço de Rodrigo, em Goiânia. Segundo a PF, era dele o codinome “Brasil” na operação Copa 2022, plano para matar o ministro.

Além de Rodrigo, foram indiciados nesta quarta o tenente Aparecido Andrade Portela e o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu. A PF apresentou um relatório complementar ao STF. Em nota, Tenente Portela negou participação no plano de golpe e afirmou que tem uma vida pautada na “integridade e honestidade” e que “não coaduna a quaisquer práticas ilícitas e antidemocráticas”. O Estadão busca contato com a defesa de Reginaldo de Abreu.

Um dos celulares usados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para trocar mensagens durante o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem deixar rastros, pertencia ao Comando de Operações Especiais do Exército.

Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo admitiu que pegou o aparelho em uma caixa onde estavam diversos telefones que haviam sido usados em grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Rodrigo e outros dois militares foram indiciados nesta quarta-feira, 11, no inquérito do golpe.

Procurado pelo Estadão, o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel, informou que não foi intimado oficialmente sobre o indiciamento.

Ao ser interrogado pela PF, Rodrigo afirmou que, no meio dos celulares, havia um aparelho que “aparentava ser um pouco mais novo”. Ele alegou que pegou o telefone para usar em “coisas de serviço, viagem a trabalho, etc”. Também admitiu que usou dados de terceiros para cadastrar o chip.

“Os dados dessa pessoa você pega no Telegram, dados aleatórios de qualquer pessoa que ficam disponíveis em grupos do Telegram”, disse no depoimento à PF.

Ministro Alexandre de Moraes seria alvo dos golpistas, segundo a PF. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O tenente-coronel nega ter participado no plano para prender ou executar Alexandre de Moraes. Ele sustenta que pegou o aparelho depois do dia 15 de dezembro de 2022, data em os golpistas pretendiam matar o ministro. Também disse que o cadastro do telefone em nome terceiros é uma prática comum durante “missões sensíveis”.

“A gente que trabalha com missões sensíveis, de anonimizar o celular realmente. Minha intenção era ter esse celular para anonimizá-lo realmente”, declarou.

A Polícia Federal não conseguiu confirmar a data de retirada do aparelho. Rodrigo afirma que não há um controle sobre a movimentação dos telefones. Ele também alega que o telefone “quebrou em uma atividade e foi descartado”.

Ao cruzar dados de geolocalização do telefone, os investigadores descobriram conexões próximo ao endereço de Rodrigo, em Goiânia. Segundo a PF, era dele o codinome “Brasil” na operação Copa 2022, plano para matar o ministro.

Além de Rodrigo, foram indiciados nesta quarta o tenente Aparecido Andrade Portela e o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu. A PF apresentou um relatório complementar ao STF. Em nota, Tenente Portela negou participação no plano de golpe e afirmou que tem uma vida pautada na “integridade e honestidade” e que “não coaduna a quaisquer práticas ilícitas e antidemocráticas”. O Estadão busca contato com a defesa de Reginaldo de Abreu.

Um dos celulares usados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para trocar mensagens durante o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem deixar rastros, pertencia ao Comando de Operações Especiais do Exército.

Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo admitiu que pegou o aparelho em uma caixa onde estavam diversos telefones que haviam sido usados em grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Rodrigo e outros dois militares foram indiciados nesta quarta-feira, 11, no inquérito do golpe.

Procurado pelo Estadão, o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel, informou que não foi intimado oficialmente sobre o indiciamento.

Ao ser interrogado pela PF, Rodrigo afirmou que, no meio dos celulares, havia um aparelho que “aparentava ser um pouco mais novo”. Ele alegou que pegou o telefone para usar em “coisas de serviço, viagem a trabalho, etc”. Também admitiu que usou dados de terceiros para cadastrar o chip.

“Os dados dessa pessoa você pega no Telegram, dados aleatórios de qualquer pessoa que ficam disponíveis em grupos do Telegram”, disse no depoimento à PF.

Ministro Alexandre de Moraes seria alvo dos golpistas, segundo a PF. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O tenente-coronel nega ter participado no plano para prender ou executar Alexandre de Moraes. Ele sustenta que pegou o aparelho depois do dia 15 de dezembro de 2022, data em os golpistas pretendiam matar o ministro. Também disse que o cadastro do telefone em nome terceiros é uma prática comum durante “missões sensíveis”.

“A gente que trabalha com missões sensíveis, de anonimizar o celular realmente. Minha intenção era ter esse celular para anonimizá-lo realmente”, declarou.

A Polícia Federal não conseguiu confirmar a data de retirada do aparelho. Rodrigo afirma que não há um controle sobre a movimentação dos telefones. Ele também alega que o telefone “quebrou em uma atividade e foi descartado”.

Ao cruzar dados de geolocalização do telefone, os investigadores descobriram conexões próximo ao endereço de Rodrigo, em Goiânia. Segundo a PF, era dele o codinome “Brasil” na operação Copa 2022, plano para matar o ministro.

Além de Rodrigo, foram indiciados nesta quarta o tenente Aparecido Andrade Portela e o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu. A PF apresentou um relatório complementar ao STF. Em nota, Tenente Portela negou participação no plano de golpe e afirmou que tem uma vida pautada na “integridade e honestidade” e que “não coaduna a quaisquer práticas ilícitas e antidemocráticas”. O Estadão busca contato com a defesa de Reginaldo de Abreu.

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