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Opinião|Cemitérios: vida renovada


Valendo-se do grande espaço verde, todo sombreado por milhares de árvores, ali também vivem mais de cento e quarenta espécies animais selvagens. Raposas ali se reproduzem na primavera. Muito discretas, elas se deslocam apenas à noite, assim como os ouriços. Várias espécies de árvore habitam o Père Lachaise

Por José Renato Nalini

Os cemitérios assumem, na emergência climática, um papel de extrema relevância. São áreas em que se pode multiplicar o verde e contribuir para o desaquecimento da atmosfera. Isso é muito claro em países de Primeiro Mundo, como a inigualável França. Tive a oportunidade de voltar ao Père Lachaise, que além de abrigar despojos de personalidades universais, é a maior área verde de Paris: 43,20 hectares.

Milhares de visitantes ali estão, diariamente, em busca de constatar onde ídolos de vários setores foram sepultados. Sua origem tem a ver com a saúde. Ele surgiu para substituir os cemitérios paroquiais, de reconhecida insalubridade. Criou-se um parque funerário paisagístico, desenhado por A. T. Brongniart em 1804. Estão ali mais de setenta mil sepulturas e ainda hoje são mais de dez mil operações funerárias por ano.

Inúmeros os monumentos comemorativos, como o Muro dos Federados, homenagem aos deportados e aos combatentes. Precursor das evoluções das práticas funerárias, abriga os primeiros crematório (1889), columbário (1894) e espaço de dispersão da França (1986).

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Desde há muito, o Père Lachaise fornece aos turistas o roteiro das sepulturas das personalidades mais procuradas. Ali repousam, por exemplo, os restos mortais do cantor Alamo Frank, do General herói da Armênica Antranik Ozaian, o escritor, crítico literário e de arte Guillaume Apollinaire, o prêmio Nobel de literatura Miguel Angel Asturias, o escritor Honoré de Balzac, o escritor Caron de Beaumarchais, o cantor Gilbert Bécaud, o compositor italiano Vincenzo Bellini e o autor de “Carmen”, Georges Bizet.

O filósofo Pierre Bourdieu e a cantora Maria Callas, cujas cinzas foram dispersadas no mar Egeu em 1977, teve ali o seu cenotáfio, memorial fúnebre em homenagem a alguém, mas que não abriga os restos mortais do homenageado. O egiptólogo Jean-François Champollion, decifrador dos hieróglifos, ali está enterrado, assim como o compositor Frédéric Chopin, um dos túmulos mais visitados.

Também lá se encontra a escritora Sidonie-Gabrielle Colette, o pintor Camille Corot, assim como seus colegas Honoré Daumier e Jacques Louis David e o notável Eugène Delacroix. Outros famosos moradores: Gustave Doré, gravurista, ilustrador, pintor e escultor, a dançarina e coreógrafa Isadora Duncan, o pintor Ernst Max, o grande prefeito do Sena, responsável pelas grandes transformações de Paris sob o segundo império, Georges Eugène Haussmann. A famosa e legendária dupla Abélar e Héloise, o pintor Ingres, Allan Kardec, o pedagogo fundador da filosofia espírita, o fabulista Jean de La Fontaine. Mas também o costureiro Ted Lapidus, o músico, pianista, cantor e compositor Michel Legrand, o pintor Amedeo Modigliani e o comediante Jean-Baptist Molière.

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Um dos sepulcros bastante visitados é o de Yves Montand, assim como o do cantor, compositor e poeta americano falecido tão jovem em 1971, Jim Morrison. O lugar onde repousa está sempre cercado de jovens, alguns tocando violão, outros fumando várias coisas.

O escritor Alfred de Musset lá está, assim como a inesquecível Édith Piaf, que foi lembrada na abertura das Olimpíadas de 2024, na voz de Céline Dion. Francis Pulenc, compositor, Marcel Proust, que escreveu um dos livros mais lidos em todo o mundo, “À procura do tempo perdido”, o compositor Gioacchino Rossini, a atriz Simone Signoret, a pensadora Gertrud Stein e o polêmico escritor irlandês Oscar Wilde.

Dentre os monumentos ali erigidos, estão o memorial dos combatentes gregos, tchecoslovacos, armênios, belgas, italianos, poloneses e russos, além do monumento aos combatentes da África do Norte. Também se erigiu uma homenagem à memória dos deportados do campo d’Oraniemburgo-Sachsenhausen, de Auschwitz III e Buna Monowitz, além de outros campos de extermínio.

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Valendo-se do grande espaço verde, todo sombreado por milhares de árvores, ali também vivem mais de cento e quarenta espécies animais selvagens. Raposas ali se reproduzem na primavera. Muito discretas, elas se deslocam apenas à noite, assim como os ouriços. Várias espécies de árvore habitam o Père Lachaise.

Vários outros “campos santos” existem na cidade de Paris. Em Montparnasse, por exemplo, estão enterrados Raymond Aron e Charles Baudelaire. O respeito e o uso que os parisienses fazem de seus cemitérios, tornando-os espaços de reverência à vida, bem poderiam replicar aqui em São Paulo. Na Consolação há vultos históricos, assim como no Araçá e cemitério São Paulo. Paulo Bomfim gostava de visitar o túmulo da Marquesa de Santos e apor-lhe uma rosa. Hoje, José de Souza Martins viu convertida em documentário de Ugo Giorgetti a sua experiência docente levando alunos para visitas guiadas por esses espaços da memória. Mas é preciso fazer mais para preservar a lembrança de quem não pode ser esquecido.

Os cemitérios assumem, na emergência climática, um papel de extrema relevância. São áreas em que se pode multiplicar o verde e contribuir para o desaquecimento da atmosfera. Isso é muito claro em países de Primeiro Mundo, como a inigualável França. Tive a oportunidade de voltar ao Père Lachaise, que além de abrigar despojos de personalidades universais, é a maior área verde de Paris: 43,20 hectares.

Milhares de visitantes ali estão, diariamente, em busca de constatar onde ídolos de vários setores foram sepultados. Sua origem tem a ver com a saúde. Ele surgiu para substituir os cemitérios paroquiais, de reconhecida insalubridade. Criou-se um parque funerário paisagístico, desenhado por A. T. Brongniart em 1804. Estão ali mais de setenta mil sepulturas e ainda hoje são mais de dez mil operações funerárias por ano.

Inúmeros os monumentos comemorativos, como o Muro dos Federados, homenagem aos deportados e aos combatentes. Precursor das evoluções das práticas funerárias, abriga os primeiros crematório (1889), columbário (1894) e espaço de dispersão da França (1986).

Desde há muito, o Père Lachaise fornece aos turistas o roteiro das sepulturas das personalidades mais procuradas. Ali repousam, por exemplo, os restos mortais do cantor Alamo Frank, do General herói da Armênica Antranik Ozaian, o escritor, crítico literário e de arte Guillaume Apollinaire, o prêmio Nobel de literatura Miguel Angel Asturias, o escritor Honoré de Balzac, o escritor Caron de Beaumarchais, o cantor Gilbert Bécaud, o compositor italiano Vincenzo Bellini e o autor de “Carmen”, Georges Bizet.

O filósofo Pierre Bourdieu e a cantora Maria Callas, cujas cinzas foram dispersadas no mar Egeu em 1977, teve ali o seu cenotáfio, memorial fúnebre em homenagem a alguém, mas que não abriga os restos mortais do homenageado. O egiptólogo Jean-François Champollion, decifrador dos hieróglifos, ali está enterrado, assim como o compositor Frédéric Chopin, um dos túmulos mais visitados.

Também lá se encontra a escritora Sidonie-Gabrielle Colette, o pintor Camille Corot, assim como seus colegas Honoré Daumier e Jacques Louis David e o notável Eugène Delacroix. Outros famosos moradores: Gustave Doré, gravurista, ilustrador, pintor e escultor, a dançarina e coreógrafa Isadora Duncan, o pintor Ernst Max, o grande prefeito do Sena, responsável pelas grandes transformações de Paris sob o segundo império, Georges Eugène Haussmann. A famosa e legendária dupla Abélar e Héloise, o pintor Ingres, Allan Kardec, o pedagogo fundador da filosofia espírita, o fabulista Jean de La Fontaine. Mas também o costureiro Ted Lapidus, o músico, pianista, cantor e compositor Michel Legrand, o pintor Amedeo Modigliani e o comediante Jean-Baptist Molière.

Um dos sepulcros bastante visitados é o de Yves Montand, assim como o do cantor, compositor e poeta americano falecido tão jovem em 1971, Jim Morrison. O lugar onde repousa está sempre cercado de jovens, alguns tocando violão, outros fumando várias coisas.

O escritor Alfred de Musset lá está, assim como a inesquecível Édith Piaf, que foi lembrada na abertura das Olimpíadas de 2024, na voz de Céline Dion. Francis Pulenc, compositor, Marcel Proust, que escreveu um dos livros mais lidos em todo o mundo, “À procura do tempo perdido”, o compositor Gioacchino Rossini, a atriz Simone Signoret, a pensadora Gertrud Stein e o polêmico escritor irlandês Oscar Wilde.

Dentre os monumentos ali erigidos, estão o memorial dos combatentes gregos, tchecoslovacos, armênios, belgas, italianos, poloneses e russos, além do monumento aos combatentes da África do Norte. Também se erigiu uma homenagem à memória dos deportados do campo d’Oraniemburgo-Sachsenhausen, de Auschwitz III e Buna Monowitz, além de outros campos de extermínio.

Valendo-se do grande espaço verde, todo sombreado por milhares de árvores, ali também vivem mais de cento e quarenta espécies animais selvagens. Raposas ali se reproduzem na primavera. Muito discretas, elas se deslocam apenas à noite, assim como os ouriços. Várias espécies de árvore habitam o Père Lachaise.

Vários outros “campos santos” existem na cidade de Paris. Em Montparnasse, por exemplo, estão enterrados Raymond Aron e Charles Baudelaire. O respeito e o uso que os parisienses fazem de seus cemitérios, tornando-os espaços de reverência à vida, bem poderiam replicar aqui em São Paulo. Na Consolação há vultos históricos, assim como no Araçá e cemitério São Paulo. Paulo Bomfim gostava de visitar o túmulo da Marquesa de Santos e apor-lhe uma rosa. Hoje, José de Souza Martins viu convertida em documentário de Ugo Giorgetti a sua experiência docente levando alunos para visitas guiadas por esses espaços da memória. Mas é preciso fazer mais para preservar a lembrança de quem não pode ser esquecido.

Os cemitérios assumem, na emergência climática, um papel de extrema relevância. São áreas em que se pode multiplicar o verde e contribuir para o desaquecimento da atmosfera. Isso é muito claro em países de Primeiro Mundo, como a inigualável França. Tive a oportunidade de voltar ao Père Lachaise, que além de abrigar despojos de personalidades universais, é a maior área verde de Paris: 43,20 hectares.

Milhares de visitantes ali estão, diariamente, em busca de constatar onde ídolos de vários setores foram sepultados. Sua origem tem a ver com a saúde. Ele surgiu para substituir os cemitérios paroquiais, de reconhecida insalubridade. Criou-se um parque funerário paisagístico, desenhado por A. T. Brongniart em 1804. Estão ali mais de setenta mil sepulturas e ainda hoje são mais de dez mil operações funerárias por ano.

Inúmeros os monumentos comemorativos, como o Muro dos Federados, homenagem aos deportados e aos combatentes. Precursor das evoluções das práticas funerárias, abriga os primeiros crematório (1889), columbário (1894) e espaço de dispersão da França (1986).

Desde há muito, o Père Lachaise fornece aos turistas o roteiro das sepulturas das personalidades mais procuradas. Ali repousam, por exemplo, os restos mortais do cantor Alamo Frank, do General herói da Armênica Antranik Ozaian, o escritor, crítico literário e de arte Guillaume Apollinaire, o prêmio Nobel de literatura Miguel Angel Asturias, o escritor Honoré de Balzac, o escritor Caron de Beaumarchais, o cantor Gilbert Bécaud, o compositor italiano Vincenzo Bellini e o autor de “Carmen”, Georges Bizet.

O filósofo Pierre Bourdieu e a cantora Maria Callas, cujas cinzas foram dispersadas no mar Egeu em 1977, teve ali o seu cenotáfio, memorial fúnebre em homenagem a alguém, mas que não abriga os restos mortais do homenageado. O egiptólogo Jean-François Champollion, decifrador dos hieróglifos, ali está enterrado, assim como o compositor Frédéric Chopin, um dos túmulos mais visitados.

Também lá se encontra a escritora Sidonie-Gabrielle Colette, o pintor Camille Corot, assim como seus colegas Honoré Daumier e Jacques Louis David e o notável Eugène Delacroix. Outros famosos moradores: Gustave Doré, gravurista, ilustrador, pintor e escultor, a dançarina e coreógrafa Isadora Duncan, o pintor Ernst Max, o grande prefeito do Sena, responsável pelas grandes transformações de Paris sob o segundo império, Georges Eugène Haussmann. A famosa e legendária dupla Abélar e Héloise, o pintor Ingres, Allan Kardec, o pedagogo fundador da filosofia espírita, o fabulista Jean de La Fontaine. Mas também o costureiro Ted Lapidus, o músico, pianista, cantor e compositor Michel Legrand, o pintor Amedeo Modigliani e o comediante Jean-Baptist Molière.

Um dos sepulcros bastante visitados é o de Yves Montand, assim como o do cantor, compositor e poeta americano falecido tão jovem em 1971, Jim Morrison. O lugar onde repousa está sempre cercado de jovens, alguns tocando violão, outros fumando várias coisas.

O escritor Alfred de Musset lá está, assim como a inesquecível Édith Piaf, que foi lembrada na abertura das Olimpíadas de 2024, na voz de Céline Dion. Francis Pulenc, compositor, Marcel Proust, que escreveu um dos livros mais lidos em todo o mundo, “À procura do tempo perdido”, o compositor Gioacchino Rossini, a atriz Simone Signoret, a pensadora Gertrud Stein e o polêmico escritor irlandês Oscar Wilde.

Dentre os monumentos ali erigidos, estão o memorial dos combatentes gregos, tchecoslovacos, armênios, belgas, italianos, poloneses e russos, além do monumento aos combatentes da África do Norte. Também se erigiu uma homenagem à memória dos deportados do campo d’Oraniemburgo-Sachsenhausen, de Auschwitz III e Buna Monowitz, além de outros campos de extermínio.

Valendo-se do grande espaço verde, todo sombreado por milhares de árvores, ali também vivem mais de cento e quarenta espécies animais selvagens. Raposas ali se reproduzem na primavera. Muito discretas, elas se deslocam apenas à noite, assim como os ouriços. Várias espécies de árvore habitam o Père Lachaise.

Vários outros “campos santos” existem na cidade de Paris. Em Montparnasse, por exemplo, estão enterrados Raymond Aron e Charles Baudelaire. O respeito e o uso que os parisienses fazem de seus cemitérios, tornando-os espaços de reverência à vida, bem poderiam replicar aqui em São Paulo. Na Consolação há vultos históricos, assim como no Araçá e cemitério São Paulo. Paulo Bomfim gostava de visitar o túmulo da Marquesa de Santos e apor-lhe uma rosa. Hoje, José de Souza Martins viu convertida em documentário de Ugo Giorgetti a sua experiência docente levando alunos para visitas guiadas por esses espaços da memória. Mas é preciso fazer mais para preservar a lembrança de quem não pode ser esquecido.

Os cemitérios assumem, na emergência climática, um papel de extrema relevância. São áreas em que se pode multiplicar o verde e contribuir para o desaquecimento da atmosfera. Isso é muito claro em países de Primeiro Mundo, como a inigualável França. Tive a oportunidade de voltar ao Père Lachaise, que além de abrigar despojos de personalidades universais, é a maior área verde de Paris: 43,20 hectares.

Milhares de visitantes ali estão, diariamente, em busca de constatar onde ídolos de vários setores foram sepultados. Sua origem tem a ver com a saúde. Ele surgiu para substituir os cemitérios paroquiais, de reconhecida insalubridade. Criou-se um parque funerário paisagístico, desenhado por A. T. Brongniart em 1804. Estão ali mais de setenta mil sepulturas e ainda hoje são mais de dez mil operações funerárias por ano.

Inúmeros os monumentos comemorativos, como o Muro dos Federados, homenagem aos deportados e aos combatentes. Precursor das evoluções das práticas funerárias, abriga os primeiros crematório (1889), columbário (1894) e espaço de dispersão da França (1986).

Desde há muito, o Père Lachaise fornece aos turistas o roteiro das sepulturas das personalidades mais procuradas. Ali repousam, por exemplo, os restos mortais do cantor Alamo Frank, do General herói da Armênica Antranik Ozaian, o escritor, crítico literário e de arte Guillaume Apollinaire, o prêmio Nobel de literatura Miguel Angel Asturias, o escritor Honoré de Balzac, o escritor Caron de Beaumarchais, o cantor Gilbert Bécaud, o compositor italiano Vincenzo Bellini e o autor de “Carmen”, Georges Bizet.

O filósofo Pierre Bourdieu e a cantora Maria Callas, cujas cinzas foram dispersadas no mar Egeu em 1977, teve ali o seu cenotáfio, memorial fúnebre em homenagem a alguém, mas que não abriga os restos mortais do homenageado. O egiptólogo Jean-François Champollion, decifrador dos hieróglifos, ali está enterrado, assim como o compositor Frédéric Chopin, um dos túmulos mais visitados.

Também lá se encontra a escritora Sidonie-Gabrielle Colette, o pintor Camille Corot, assim como seus colegas Honoré Daumier e Jacques Louis David e o notável Eugène Delacroix. Outros famosos moradores: Gustave Doré, gravurista, ilustrador, pintor e escultor, a dançarina e coreógrafa Isadora Duncan, o pintor Ernst Max, o grande prefeito do Sena, responsável pelas grandes transformações de Paris sob o segundo império, Georges Eugène Haussmann. A famosa e legendária dupla Abélar e Héloise, o pintor Ingres, Allan Kardec, o pedagogo fundador da filosofia espírita, o fabulista Jean de La Fontaine. Mas também o costureiro Ted Lapidus, o músico, pianista, cantor e compositor Michel Legrand, o pintor Amedeo Modigliani e o comediante Jean-Baptist Molière.

Um dos sepulcros bastante visitados é o de Yves Montand, assim como o do cantor, compositor e poeta americano falecido tão jovem em 1971, Jim Morrison. O lugar onde repousa está sempre cercado de jovens, alguns tocando violão, outros fumando várias coisas.

O escritor Alfred de Musset lá está, assim como a inesquecível Édith Piaf, que foi lembrada na abertura das Olimpíadas de 2024, na voz de Céline Dion. Francis Pulenc, compositor, Marcel Proust, que escreveu um dos livros mais lidos em todo o mundo, “À procura do tempo perdido”, o compositor Gioacchino Rossini, a atriz Simone Signoret, a pensadora Gertrud Stein e o polêmico escritor irlandês Oscar Wilde.

Dentre os monumentos ali erigidos, estão o memorial dos combatentes gregos, tchecoslovacos, armênios, belgas, italianos, poloneses e russos, além do monumento aos combatentes da África do Norte. Também se erigiu uma homenagem à memória dos deportados do campo d’Oraniemburgo-Sachsenhausen, de Auschwitz III e Buna Monowitz, além de outros campos de extermínio.

Valendo-se do grande espaço verde, todo sombreado por milhares de árvores, ali também vivem mais de cento e quarenta espécies animais selvagens. Raposas ali se reproduzem na primavera. Muito discretas, elas se deslocam apenas à noite, assim como os ouriços. Várias espécies de árvore habitam o Père Lachaise.

Vários outros “campos santos” existem na cidade de Paris. Em Montparnasse, por exemplo, estão enterrados Raymond Aron e Charles Baudelaire. O respeito e o uso que os parisienses fazem de seus cemitérios, tornando-os espaços de reverência à vida, bem poderiam replicar aqui em São Paulo. Na Consolação há vultos históricos, assim como no Araçá e cemitério São Paulo. Paulo Bomfim gostava de visitar o túmulo da Marquesa de Santos e apor-lhe uma rosa. Hoje, José de Souza Martins viu convertida em documentário de Ugo Giorgetti a sua experiência docente levando alunos para visitas guiadas por esses espaços da memória. Mas é preciso fazer mais para preservar a lembrança de quem não pode ser esquecido.

Opinião por José Renato Nalini

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