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Opinião|Clima de guerra


Peter Schwartzstein apurou que na Jordânia, cujo calor escaldante e escassez de água ameaçam os meios de subsistência rurais, era comum encontrar aldeões a queimar retratos do rei. De igual forma, durante a passagem por Bangladesh, África e outras regiões afetadas pelo clima, pode testemunhar mais pressões contra governos

Por Jose Renato Nalini e Jose Renato Nalini
Atualização:

Que as emergências climáticas provocam morte precoce, principalmente dos idosos, crianças, hipertensos, diabéticos e portadores de outras comorbidades, já se sabia e isso é comprovado. Mas o que se comprovou também, e isso não tem sido muito bem observado por quem deveria fazê-lo, é que a piora do clima gera guerra.

O jornalista ambiental Peter Schwartzstein escreveu o livro “O calor e a fúria: na fronteira da violência climática” e mostra os preocupantes impactos que as profundas alterações provocadas pelo aquecimento global ocasionam na convivência entre os humanos.

Mais de uma década de reportagens em mais de trinta países o levou a constatar uma série de exemplos desanimadores de como a seca, o calor e outros extremos exacerbam conflitos que inexistiriam não fosse essa mutação das condições do mundo.

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Com base nessas experiências ele mostra que, no Iraque, onde agricultores tiveram colheitas frustradas por causa da diminuição da chuva, eles perderam suas terras comunais para empresários de Bagdá. Com isso, passaram a apoiar o Estado Islâmico, enquanto as populações próximas a rios que garantiram boas colheitas se mantiveram ligados às suas tradições religiosas e políticas.

Verificou-se que, em algumas regiões, esses plantadores falidos se juntaram aos jihadistas em proporção três vezes maior do que os de sua categoria que residiam próximos a cursos d’água.

Peter apurou também que na Jordânia, cujo calor escaldante e escassez de água ameaçam os meios de subsistência rurais, era comum encontrar aldeões a queimar retratos do rei. De igual forma, durante a passagem por Bangladesh, África e outras regiões afetadas pelo clima, pode testemunhar mais pressões contra governos. No norte do Sahel, a falta de chuvas fez com que pastagens entrassem em declínio, surgindo o inusitado: intensa matança de animais, por seus donos, inconsolados ao assistirem à sua morte por sede. São gestos populares que não existiram se as emergências climáticas não tivessem adquirido a proporção atual.

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Isso já acontece aqui, embora em proporção que ainda não motivou o Poder Público a atuar de maneira mais assertiva, no que tange à responsabilidade solidária quanto às emergências climáticas. Durante tempestades que já eram esperadas, houve quem procurasse atribuir a responsabilidade ao Prefeito, quando não se pode ignorar que a mutação da frequência e intensidade das precipitações pluviométricas deriva de uma série de circunstâncias. O Prefeito não pode ser responsabilizado pela existência de milhões de veículos, quase todos eles expelindo gases venenosos, causadores do efeito-estufa, já que existe uma cultura, incentivada pelo governo federal, de incluir no cardápio de cada pessoa, a propriedade e o uso do próprio carro.

Erros históricos estão na base dos cataclismos que têm atingido o mundo inteiro, mas que não poupa o Brasil. Aqui, desde o início da colonização, teve início a impiedosa derrubada do verde, enfraquecendo aquilo que deveria ser considerado o maior patrimônio tupiniquim. Nossas florestas somem, somos especializados em fabricar desertos e fazemos de nossas cidades ambientes hostis à vida, mas plenamente satisfatórios para os veículos mais egoístas que existem: o carro. Movido por uma só pessoa. Nutrido por veneno, que outra coisa não é o combustível fóssil.

Essas cidades impróprias ao ser humano e destinadas ao trânsito, são impermeáveis e não escoam a água das chuvas violentas. Elas são violentas por causa da inexistência de árvores em número suficiente para o exercício de um ecosserviço importante. O mal-estar, o desconforto, a sensação de cansaço, o agravamento de condições enfermiças, tudo isso já é perceptível. Falta agora, e ninguém pode afirmar não vá chegar, o levante popular, a revolta, o ressentimento, a explosão da ira. Algo muito fácil de irromper, numa sociedade polarizada, em que o ódio é fomentado pela política partidária mais interessada em galgar o poder para se enriquecer, do que em atender às reais necessidades da população.

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É fundamental e imprescindível que a sociedade civil se envolva na cruzada de pacificação, que passa por oferecer esperança, na forma de construção de paz ambiental destinada a acalmar hostilidades nutridas pela irreversível mutação climática.

Que as emergências climáticas provocam morte precoce, principalmente dos idosos, crianças, hipertensos, diabéticos e portadores de outras comorbidades, já se sabia e isso é comprovado. Mas o que se comprovou também, e isso não tem sido muito bem observado por quem deveria fazê-lo, é que a piora do clima gera guerra.

O jornalista ambiental Peter Schwartzstein escreveu o livro “O calor e a fúria: na fronteira da violência climática” e mostra os preocupantes impactos que as profundas alterações provocadas pelo aquecimento global ocasionam na convivência entre os humanos.

Mais de uma década de reportagens em mais de trinta países o levou a constatar uma série de exemplos desanimadores de como a seca, o calor e outros extremos exacerbam conflitos que inexistiriam não fosse essa mutação das condições do mundo.

Com base nessas experiências ele mostra que, no Iraque, onde agricultores tiveram colheitas frustradas por causa da diminuição da chuva, eles perderam suas terras comunais para empresários de Bagdá. Com isso, passaram a apoiar o Estado Islâmico, enquanto as populações próximas a rios que garantiram boas colheitas se mantiveram ligados às suas tradições religiosas e políticas.

Verificou-se que, em algumas regiões, esses plantadores falidos se juntaram aos jihadistas em proporção três vezes maior do que os de sua categoria que residiam próximos a cursos d’água.

Peter apurou também que na Jordânia, cujo calor escaldante e escassez de água ameaçam os meios de subsistência rurais, era comum encontrar aldeões a queimar retratos do rei. De igual forma, durante a passagem por Bangladesh, África e outras regiões afetadas pelo clima, pode testemunhar mais pressões contra governos. No norte do Sahel, a falta de chuvas fez com que pastagens entrassem em declínio, surgindo o inusitado: intensa matança de animais, por seus donos, inconsolados ao assistirem à sua morte por sede. São gestos populares que não existiram se as emergências climáticas não tivessem adquirido a proporção atual.

Isso já acontece aqui, embora em proporção que ainda não motivou o Poder Público a atuar de maneira mais assertiva, no que tange à responsabilidade solidária quanto às emergências climáticas. Durante tempestades que já eram esperadas, houve quem procurasse atribuir a responsabilidade ao Prefeito, quando não se pode ignorar que a mutação da frequência e intensidade das precipitações pluviométricas deriva de uma série de circunstâncias. O Prefeito não pode ser responsabilizado pela existência de milhões de veículos, quase todos eles expelindo gases venenosos, causadores do efeito-estufa, já que existe uma cultura, incentivada pelo governo federal, de incluir no cardápio de cada pessoa, a propriedade e o uso do próprio carro.

Erros históricos estão na base dos cataclismos que têm atingido o mundo inteiro, mas que não poupa o Brasil. Aqui, desde o início da colonização, teve início a impiedosa derrubada do verde, enfraquecendo aquilo que deveria ser considerado o maior patrimônio tupiniquim. Nossas florestas somem, somos especializados em fabricar desertos e fazemos de nossas cidades ambientes hostis à vida, mas plenamente satisfatórios para os veículos mais egoístas que existem: o carro. Movido por uma só pessoa. Nutrido por veneno, que outra coisa não é o combustível fóssil.

Essas cidades impróprias ao ser humano e destinadas ao trânsito, são impermeáveis e não escoam a água das chuvas violentas. Elas são violentas por causa da inexistência de árvores em número suficiente para o exercício de um ecosserviço importante. O mal-estar, o desconforto, a sensação de cansaço, o agravamento de condições enfermiças, tudo isso já é perceptível. Falta agora, e ninguém pode afirmar não vá chegar, o levante popular, a revolta, o ressentimento, a explosão da ira. Algo muito fácil de irromper, numa sociedade polarizada, em que o ódio é fomentado pela política partidária mais interessada em galgar o poder para se enriquecer, do que em atender às reais necessidades da população.

É fundamental e imprescindível que a sociedade civil se envolva na cruzada de pacificação, que passa por oferecer esperança, na forma de construção de paz ambiental destinada a acalmar hostilidades nutridas pela irreversível mutação climática.

Que as emergências climáticas provocam morte precoce, principalmente dos idosos, crianças, hipertensos, diabéticos e portadores de outras comorbidades, já se sabia e isso é comprovado. Mas o que se comprovou também, e isso não tem sido muito bem observado por quem deveria fazê-lo, é que a piora do clima gera guerra.

O jornalista ambiental Peter Schwartzstein escreveu o livro “O calor e a fúria: na fronteira da violência climática” e mostra os preocupantes impactos que as profundas alterações provocadas pelo aquecimento global ocasionam na convivência entre os humanos.

Mais de uma década de reportagens em mais de trinta países o levou a constatar uma série de exemplos desanimadores de como a seca, o calor e outros extremos exacerbam conflitos que inexistiriam não fosse essa mutação das condições do mundo.

Com base nessas experiências ele mostra que, no Iraque, onde agricultores tiveram colheitas frustradas por causa da diminuição da chuva, eles perderam suas terras comunais para empresários de Bagdá. Com isso, passaram a apoiar o Estado Islâmico, enquanto as populações próximas a rios que garantiram boas colheitas se mantiveram ligados às suas tradições religiosas e políticas.

Verificou-se que, em algumas regiões, esses plantadores falidos se juntaram aos jihadistas em proporção três vezes maior do que os de sua categoria que residiam próximos a cursos d’água.

Peter apurou também que na Jordânia, cujo calor escaldante e escassez de água ameaçam os meios de subsistência rurais, era comum encontrar aldeões a queimar retratos do rei. De igual forma, durante a passagem por Bangladesh, África e outras regiões afetadas pelo clima, pode testemunhar mais pressões contra governos. No norte do Sahel, a falta de chuvas fez com que pastagens entrassem em declínio, surgindo o inusitado: intensa matança de animais, por seus donos, inconsolados ao assistirem à sua morte por sede. São gestos populares que não existiram se as emergências climáticas não tivessem adquirido a proporção atual.

Isso já acontece aqui, embora em proporção que ainda não motivou o Poder Público a atuar de maneira mais assertiva, no que tange à responsabilidade solidária quanto às emergências climáticas. Durante tempestades que já eram esperadas, houve quem procurasse atribuir a responsabilidade ao Prefeito, quando não se pode ignorar que a mutação da frequência e intensidade das precipitações pluviométricas deriva de uma série de circunstâncias. O Prefeito não pode ser responsabilizado pela existência de milhões de veículos, quase todos eles expelindo gases venenosos, causadores do efeito-estufa, já que existe uma cultura, incentivada pelo governo federal, de incluir no cardápio de cada pessoa, a propriedade e o uso do próprio carro.

Erros históricos estão na base dos cataclismos que têm atingido o mundo inteiro, mas que não poupa o Brasil. Aqui, desde o início da colonização, teve início a impiedosa derrubada do verde, enfraquecendo aquilo que deveria ser considerado o maior patrimônio tupiniquim. Nossas florestas somem, somos especializados em fabricar desertos e fazemos de nossas cidades ambientes hostis à vida, mas plenamente satisfatórios para os veículos mais egoístas que existem: o carro. Movido por uma só pessoa. Nutrido por veneno, que outra coisa não é o combustível fóssil.

Essas cidades impróprias ao ser humano e destinadas ao trânsito, são impermeáveis e não escoam a água das chuvas violentas. Elas são violentas por causa da inexistência de árvores em número suficiente para o exercício de um ecosserviço importante. O mal-estar, o desconforto, a sensação de cansaço, o agravamento de condições enfermiças, tudo isso já é perceptível. Falta agora, e ninguém pode afirmar não vá chegar, o levante popular, a revolta, o ressentimento, a explosão da ira. Algo muito fácil de irromper, numa sociedade polarizada, em que o ódio é fomentado pela política partidária mais interessada em galgar o poder para se enriquecer, do que em atender às reais necessidades da população.

É fundamental e imprescindível que a sociedade civil se envolva na cruzada de pacificação, que passa por oferecer esperança, na forma de construção de paz ambiental destinada a acalmar hostilidades nutridas pela irreversível mutação climática.

Que as emergências climáticas provocam morte precoce, principalmente dos idosos, crianças, hipertensos, diabéticos e portadores de outras comorbidades, já se sabia e isso é comprovado. Mas o que se comprovou também, e isso não tem sido muito bem observado por quem deveria fazê-lo, é que a piora do clima gera guerra.

O jornalista ambiental Peter Schwartzstein escreveu o livro “O calor e a fúria: na fronteira da violência climática” e mostra os preocupantes impactos que as profundas alterações provocadas pelo aquecimento global ocasionam na convivência entre os humanos.

Mais de uma década de reportagens em mais de trinta países o levou a constatar uma série de exemplos desanimadores de como a seca, o calor e outros extremos exacerbam conflitos que inexistiriam não fosse essa mutação das condições do mundo.

Com base nessas experiências ele mostra que, no Iraque, onde agricultores tiveram colheitas frustradas por causa da diminuição da chuva, eles perderam suas terras comunais para empresários de Bagdá. Com isso, passaram a apoiar o Estado Islâmico, enquanto as populações próximas a rios que garantiram boas colheitas se mantiveram ligados às suas tradições religiosas e políticas.

Verificou-se que, em algumas regiões, esses plantadores falidos se juntaram aos jihadistas em proporção três vezes maior do que os de sua categoria que residiam próximos a cursos d’água.

Peter apurou também que na Jordânia, cujo calor escaldante e escassez de água ameaçam os meios de subsistência rurais, era comum encontrar aldeões a queimar retratos do rei. De igual forma, durante a passagem por Bangladesh, África e outras regiões afetadas pelo clima, pode testemunhar mais pressões contra governos. No norte do Sahel, a falta de chuvas fez com que pastagens entrassem em declínio, surgindo o inusitado: intensa matança de animais, por seus donos, inconsolados ao assistirem à sua morte por sede. São gestos populares que não existiram se as emergências climáticas não tivessem adquirido a proporção atual.

Isso já acontece aqui, embora em proporção que ainda não motivou o Poder Público a atuar de maneira mais assertiva, no que tange à responsabilidade solidária quanto às emergências climáticas. Durante tempestades que já eram esperadas, houve quem procurasse atribuir a responsabilidade ao Prefeito, quando não se pode ignorar que a mutação da frequência e intensidade das precipitações pluviométricas deriva de uma série de circunstâncias. O Prefeito não pode ser responsabilizado pela existência de milhões de veículos, quase todos eles expelindo gases venenosos, causadores do efeito-estufa, já que existe uma cultura, incentivada pelo governo federal, de incluir no cardápio de cada pessoa, a propriedade e o uso do próprio carro.

Erros históricos estão na base dos cataclismos que têm atingido o mundo inteiro, mas que não poupa o Brasil. Aqui, desde o início da colonização, teve início a impiedosa derrubada do verde, enfraquecendo aquilo que deveria ser considerado o maior patrimônio tupiniquim. Nossas florestas somem, somos especializados em fabricar desertos e fazemos de nossas cidades ambientes hostis à vida, mas plenamente satisfatórios para os veículos mais egoístas que existem: o carro. Movido por uma só pessoa. Nutrido por veneno, que outra coisa não é o combustível fóssil.

Essas cidades impróprias ao ser humano e destinadas ao trânsito, são impermeáveis e não escoam a água das chuvas violentas. Elas são violentas por causa da inexistência de árvores em número suficiente para o exercício de um ecosserviço importante. O mal-estar, o desconforto, a sensação de cansaço, o agravamento de condições enfermiças, tudo isso já é perceptível. Falta agora, e ninguém pode afirmar não vá chegar, o levante popular, a revolta, o ressentimento, a explosão da ira. Algo muito fácil de irromper, numa sociedade polarizada, em que o ódio é fomentado pela política partidária mais interessada em galgar o poder para se enriquecer, do que em atender às reais necessidades da população.

É fundamental e imprescindível que a sociedade civil se envolva na cruzada de pacificação, que passa por oferecer esperança, na forma de construção de paz ambiental destinada a acalmar hostilidades nutridas pela irreversível mutação climática.

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