O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) manteve nesta terça-feira, 28, a decisão que mandou suspender o procurador da República Eduardo El Hage, que foi coordenador da extinta força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Os conselheiros decidiram afastá-lo do cargo por 30 dias, sem direito à remuneração, por considerarem que ele violou o sigilo funcional. A decisão, tomada em julgamento em dezembro do ano passado, foi mantida por unanimidade.
El Hage ainda não foi afastado porque o ministro Luiz Fuz, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que, primeiro, o CNMP deveria analisar os recursos pendentes.
O procurador foi punido por repassar informações para a divulgação de uma notícia, no portal institucional do Ministério Público Federal, sobre a denúncia oferecida pela Lava Jato no Rio contra o ex-senador Romero Jucá, o ex-ministro Edison Lobão e o filho dele, Márcio Lobão, pelo suposto recebimento de propinas de empreiteiras nas obras da usina de Angra 3.
A procuradora da República Gabriela Góis Tavares também foi punida, mas com a pena de censura.
O caso foi revisitado pelo CNMP a pedido dos próprios políticos, que buscavam endurecer as punições e estendê-las aos demais procuradores que fizeram parte da força-tarefa da Lava Jato fluminense.