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Compra de votos: traficante atua como cabo eleitoral e ganha carro de prefeito foragido no Ceará


Relatório da Polícia Militar cearense indica que Francisca Naiane, apontada como traficante da facção ‘Guardiões do Estado’, teria atuado como cabo eleitoral de ‘Bebeto do Choró’, prefeito eleito que está foragido sob suspeita de envolvimento com lavagem de dinheiro de emendas parlamentares ao lado do deputado do PSB Júnior Mano; Estadão pediu manifestação de defesa

Por Pepita Ortega e Fausto Macedo

Quando dava os primeiros passos na investigação sobre o deputado federal Júnior Mano (PSB) e o prefeito foragio de Choró, Carlos Alberto de Queiroz (‘Bebeto do Choró’), a Polícia Federal deparou com um relatório que mostra o avanço do tráfico de drogas nas eleições municipais de Canindé e de outras cidades do sertão do Ceará. O documento foi elaborado pela Polícia Militar do Estado e revela que uma traficante da região, identificada como Francisca Naiane Cavalcante Oliveira, a Naiane, ligada à facção GDE (Guardiões do Estado) teria “aproximação” com Bebeto. Ela teria recebido um Gol vermelho em troca do apoio de seu pai ao prefeito na corrida eleitoral de outubro do ano passado, segundo a PM.

O Estadão pediu manifestação de Bebeto e busca a defesa de Naiane. O espaço segue aberto.

Bebeto está foragido desde dezembro, sob suspeita de abuso de poder econômico no pleito de 2024. A PF indica que ele integra um grupo que, ao lado do deputado federal Júnior Mano (PSB) - apontado como padrinho político de Bebeto -, teria instalado um esquema de lavagem de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos em massa em pelo menos 51 municípios cearenses.

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O prefeito eleito de Choró, foragido da Justiça Foto: Polícia Federal

O relatório da PM que faz parte do inquérito federal estampa uma foto de Bebeto. Os militares enviaram as informações ao Ministério Público de Canindé após tomarem conhecimento de “supostos crimes comuns e eleitorais” em Targinos, zona rural de Canindé.

A Polícia cita vídeos que circulavam em meio ao período eleitoral com a então prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), denunciando “ameaças advindas de uma pessoa a mando de Bebeto Queiroz”.

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A corporação diz que, após a circulação desses vídeos e de novas denúncias feitas por Rozário em um comício, a corporação teve acesso a um áudio no qual um desconhecido fazia ameaças a um morador de Targinos, caso fizesse campanha para algum candidato rival de Bebeto ele seria assassinado.

A casa de suposta traficante citada pela Polícia Militar Foto: Polícia Militar

“No áudio, a vítima é ameaçada por um possível integrante de uma ‘organização’ ligada à candidatura do Professor Jardel, bem como a Bebeto Queiroz. Além disso, também foi amplamente divulgado dentro do distrito de Targinos fotos com o número do referido candidato e a frase ‘sou GDE 745 e voto 40′, em alusão à facção criminosa GDE”, registrou a PM no relatório.

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Esse detalhe motivou o levantamento da PM, que identificou a vítima das supostas ameaças como ‘Naldinho dos Targinos’. Ele se recusou a dar mais informações pessoais à Polícia ‘por medo’. ‘Naldinho’ fazia campanha para o candidato a prefeito Kledeon Paulino e o candidato a vereador Chico Justa, ambos apoiados por Rozário.

A PM rastreou o número de telefone do qual supostamente partiram as ameaças e chegou ao nome de Francisca Naiane. À época, em meio ao período eleitoral, a corporação indicou que ela estava “participando ativamente da campanha do professor Jardel, inclusive como dirigente de um ‘comitê’ que funciona naquela localidade”.

“Foi levantado ainda que Naiane também tem aproximação com Bebeto Queiroz, do qual recebeu um veículo modelo Gol, de cor vermelha, que foi cedido para seu pai cancelar o apoio ao candidato Kledeon e apoiar o candidato Professor Jardel”, acentuou a PM.

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O relatório destaca ainda que, segundo informantes, a suposta traficante teria uma moto que lhe foi dada por uma candidata a vereadora de Canindé, com “a condição de que, caso eleita, a moto seria transferida para sua propriedade em caso de sucesso no pleito eleitoral”.

Postagens e ameaças motivaram PM a fazer relatório circunstanciado sobre relação de suposta traficante com as eleições no Ceará Foto: Polícia Militar

O documento dos militares que reforça o inquérito da Polícia Federal sobre desvio de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos no sertão cearense detalha informações sobre a rotina na casa de Naiane. “Movimentação relacionada a tráfico de drogas, bem como movimentação política em apoio ao candidato Professor Jardel.”

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A PM não imputou crimes a ‘Bebeto do Choró’. O relatório, no entanto, abasteceu a investigação que levou à suspensão da posse do prefeito foragido da Justiça. Com base nas informações colhidas pela Polícia Federal ao longo de três meses de investigação, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do mandato de Bebeto por suposto abuso de poder econômico.

O documento faz parte do calhamaço enviado ao Supremo Tribunal Federal após a PF ver “envolvimento direto” de Júnior Mano (PSB) com o suposto esquema de desvio e lavagem de emendas parlamentares para a compra de votos no Ceará.

Quando dava os primeiros passos na investigação sobre o deputado federal Júnior Mano (PSB) e o prefeito foragio de Choró, Carlos Alberto de Queiroz (‘Bebeto do Choró’), a Polícia Federal deparou com um relatório que mostra o avanço do tráfico de drogas nas eleições municipais de Canindé e de outras cidades do sertão do Ceará. O documento foi elaborado pela Polícia Militar do Estado e revela que uma traficante da região, identificada como Francisca Naiane Cavalcante Oliveira, a Naiane, ligada à facção GDE (Guardiões do Estado) teria “aproximação” com Bebeto. Ela teria recebido um Gol vermelho em troca do apoio de seu pai ao prefeito na corrida eleitoral de outubro do ano passado, segundo a PM.

O Estadão pediu manifestação de Bebeto e busca a defesa de Naiane. O espaço segue aberto.

Bebeto está foragido desde dezembro, sob suspeita de abuso de poder econômico no pleito de 2024. A PF indica que ele integra um grupo que, ao lado do deputado federal Júnior Mano (PSB) - apontado como padrinho político de Bebeto -, teria instalado um esquema de lavagem de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos em massa em pelo menos 51 municípios cearenses.

O prefeito eleito de Choró, foragido da Justiça Foto: Polícia Federal

O relatório da PM que faz parte do inquérito federal estampa uma foto de Bebeto. Os militares enviaram as informações ao Ministério Público de Canindé após tomarem conhecimento de “supostos crimes comuns e eleitorais” em Targinos, zona rural de Canindé.

A Polícia cita vídeos que circulavam em meio ao período eleitoral com a então prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), denunciando “ameaças advindas de uma pessoa a mando de Bebeto Queiroz”.

A corporação diz que, após a circulação desses vídeos e de novas denúncias feitas por Rozário em um comício, a corporação teve acesso a um áudio no qual um desconhecido fazia ameaças a um morador de Targinos, caso fizesse campanha para algum candidato rival de Bebeto ele seria assassinado.

A casa de suposta traficante citada pela Polícia Militar Foto: Polícia Militar

“No áudio, a vítima é ameaçada por um possível integrante de uma ‘organização’ ligada à candidatura do Professor Jardel, bem como a Bebeto Queiroz. Além disso, também foi amplamente divulgado dentro do distrito de Targinos fotos com o número do referido candidato e a frase ‘sou GDE 745 e voto 40′, em alusão à facção criminosa GDE”, registrou a PM no relatório.

Esse detalhe motivou o levantamento da PM, que identificou a vítima das supostas ameaças como ‘Naldinho dos Targinos’. Ele se recusou a dar mais informações pessoais à Polícia ‘por medo’. ‘Naldinho’ fazia campanha para o candidato a prefeito Kledeon Paulino e o candidato a vereador Chico Justa, ambos apoiados por Rozário.

A PM rastreou o número de telefone do qual supostamente partiram as ameaças e chegou ao nome de Francisca Naiane. À época, em meio ao período eleitoral, a corporação indicou que ela estava “participando ativamente da campanha do professor Jardel, inclusive como dirigente de um ‘comitê’ que funciona naquela localidade”.

“Foi levantado ainda que Naiane também tem aproximação com Bebeto Queiroz, do qual recebeu um veículo modelo Gol, de cor vermelha, que foi cedido para seu pai cancelar o apoio ao candidato Kledeon e apoiar o candidato Professor Jardel”, acentuou a PM.

O relatório destaca ainda que, segundo informantes, a suposta traficante teria uma moto que lhe foi dada por uma candidata a vereadora de Canindé, com “a condição de que, caso eleita, a moto seria transferida para sua propriedade em caso de sucesso no pleito eleitoral”.

Postagens e ameaças motivaram PM a fazer relatório circunstanciado sobre relação de suposta traficante com as eleições no Ceará Foto: Polícia Militar

O documento dos militares que reforça o inquérito da Polícia Federal sobre desvio de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos no sertão cearense detalha informações sobre a rotina na casa de Naiane. “Movimentação relacionada a tráfico de drogas, bem como movimentação política em apoio ao candidato Professor Jardel.”

A PM não imputou crimes a ‘Bebeto do Choró’. O relatório, no entanto, abasteceu a investigação que levou à suspensão da posse do prefeito foragido da Justiça. Com base nas informações colhidas pela Polícia Federal ao longo de três meses de investigação, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do mandato de Bebeto por suposto abuso de poder econômico.

O documento faz parte do calhamaço enviado ao Supremo Tribunal Federal após a PF ver “envolvimento direto” de Júnior Mano (PSB) com o suposto esquema de desvio e lavagem de emendas parlamentares para a compra de votos no Ceará.

Quando dava os primeiros passos na investigação sobre o deputado federal Júnior Mano (PSB) e o prefeito foragio de Choró, Carlos Alberto de Queiroz (‘Bebeto do Choró’), a Polícia Federal deparou com um relatório que mostra o avanço do tráfico de drogas nas eleições municipais de Canindé e de outras cidades do sertão do Ceará. O documento foi elaborado pela Polícia Militar do Estado e revela que uma traficante da região, identificada como Francisca Naiane Cavalcante Oliveira, a Naiane, ligada à facção GDE (Guardiões do Estado) teria “aproximação” com Bebeto. Ela teria recebido um Gol vermelho em troca do apoio de seu pai ao prefeito na corrida eleitoral de outubro do ano passado, segundo a PM.

O Estadão pediu manifestação de Bebeto e busca a defesa de Naiane. O espaço segue aberto.

Bebeto está foragido desde dezembro, sob suspeita de abuso de poder econômico no pleito de 2024. A PF indica que ele integra um grupo que, ao lado do deputado federal Júnior Mano (PSB) - apontado como padrinho político de Bebeto -, teria instalado um esquema de lavagem de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos em massa em pelo menos 51 municípios cearenses.

O prefeito eleito de Choró, foragido da Justiça Foto: Polícia Federal

O relatório da PM que faz parte do inquérito federal estampa uma foto de Bebeto. Os militares enviaram as informações ao Ministério Público de Canindé após tomarem conhecimento de “supostos crimes comuns e eleitorais” em Targinos, zona rural de Canindé.

A Polícia cita vídeos que circulavam em meio ao período eleitoral com a então prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), denunciando “ameaças advindas de uma pessoa a mando de Bebeto Queiroz”.

A corporação diz que, após a circulação desses vídeos e de novas denúncias feitas por Rozário em um comício, a corporação teve acesso a um áudio no qual um desconhecido fazia ameaças a um morador de Targinos, caso fizesse campanha para algum candidato rival de Bebeto ele seria assassinado.

A casa de suposta traficante citada pela Polícia Militar Foto: Polícia Militar

“No áudio, a vítima é ameaçada por um possível integrante de uma ‘organização’ ligada à candidatura do Professor Jardel, bem como a Bebeto Queiroz. Além disso, também foi amplamente divulgado dentro do distrito de Targinos fotos com o número do referido candidato e a frase ‘sou GDE 745 e voto 40′, em alusão à facção criminosa GDE”, registrou a PM no relatório.

Esse detalhe motivou o levantamento da PM, que identificou a vítima das supostas ameaças como ‘Naldinho dos Targinos’. Ele se recusou a dar mais informações pessoais à Polícia ‘por medo’. ‘Naldinho’ fazia campanha para o candidato a prefeito Kledeon Paulino e o candidato a vereador Chico Justa, ambos apoiados por Rozário.

A PM rastreou o número de telefone do qual supostamente partiram as ameaças e chegou ao nome de Francisca Naiane. À época, em meio ao período eleitoral, a corporação indicou que ela estava “participando ativamente da campanha do professor Jardel, inclusive como dirigente de um ‘comitê’ que funciona naquela localidade”.

“Foi levantado ainda que Naiane também tem aproximação com Bebeto Queiroz, do qual recebeu um veículo modelo Gol, de cor vermelha, que foi cedido para seu pai cancelar o apoio ao candidato Kledeon e apoiar o candidato Professor Jardel”, acentuou a PM.

O relatório destaca ainda que, segundo informantes, a suposta traficante teria uma moto que lhe foi dada por uma candidata a vereadora de Canindé, com “a condição de que, caso eleita, a moto seria transferida para sua propriedade em caso de sucesso no pleito eleitoral”.

Postagens e ameaças motivaram PM a fazer relatório circunstanciado sobre relação de suposta traficante com as eleições no Ceará Foto: Polícia Militar

O documento dos militares que reforça o inquérito da Polícia Federal sobre desvio de dinheiro de emendas parlamentares para compra de votos no sertão cearense detalha informações sobre a rotina na casa de Naiane. “Movimentação relacionada a tráfico de drogas, bem como movimentação política em apoio ao candidato Professor Jardel.”

A PM não imputou crimes a ‘Bebeto do Choró’. O relatório, no entanto, abasteceu a investigação que levou à suspensão da posse do prefeito foragido da Justiça. Com base nas informações colhidas pela Polícia Federal ao longo de três meses de investigação, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do mandato de Bebeto por suposto abuso de poder econômico.

O documento faz parte do calhamaço enviado ao Supremo Tribunal Federal após a PF ver “envolvimento direto” de Júnior Mano (PSB) com o suposto esquema de desvio e lavagem de emendas parlamentares para a compra de votos no Ceará.

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