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Compromisso social e defesa da ordem jurídica: missão inarredável do Ministério Público


Por Manoel Murrieta
Atualização:
Manoel Murrieta. FOTO: DIVULGAÇÃO  Foto: Estadão

Há 41 anos, nascia a Lei Complementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981. A legislação instituiu a data como o Dia Nacional do Ministério Público, um marco na trajetória do órgão. Isto porque a obra pela primeira vez definira as normas gerais de organização do Ministério Público Estadual. "Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado", dizia o texto que, pouco depois, tornou-se letra fixa na Constituição Federal de 1988, e foi também transcrito na introdução à nova Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993).

Solidez de preceitos que demonstra a precisão na elaboração do regulamento tão almejado e ansiado. Elevar a lei confirma o reconhecimento do papel fundamental do parquet para a proteção dos interesses sociais e individuais indisponíveis, que fora estabelecido pelo legislador na Carta Magna. Estava ali definida, em tom genuíno e legítimo, a incumbência ao órgão de defesa da ordem jurídica e do regime democrático -- tarefa exercida com autonomia funcional e administrativa. Missão central do Ministério Público.

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Os membros do Ministério Público cumprem um papel social de extrema relevância diante da multiplicidade de realidades que um país continental como o nosso - tão repleto de nuances culturais e sociais - é capaz de impor.

Passados 134 anos do advento da Lei Áurea, membros do MP ainda precisam dedicar grandes esforços para combater o trabalho escravo. Não se trata de uma chaga que venha só. Junto a ela, os membros do MP enfrentam a evasão escolar, a negligência e a falta de recursos para quem reivindica educação, saúde e outras garantias primordiais para a sociedade.

Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, o Ministério Público foi em busca de recursos, lançou campanhas para obter fomento para a compra de equipamento de proteção individual e respiradores, que estavam em falta. Vidas foram salvas graças à atuação dos membros do MP.

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Mais recentemente, no período eleitoral, o Ministério Público e seus membros não mediram esforços para garantir a lisura do pleito, atuando contra a desinformação, com participação efetiva em todas as Zonas Eleitorais.

Ao longo do período de campanha, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), maior entidade da classe, com mais de 16 mil inscritos, fez chegar aos candidatos uma carta na qual enumerou pautas fundamentais para o próximo governo: o empenho em políticas públicas de respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, às crianças, adolescentes e idosos, às pessoas com deficiência, aos consumidores, aos indígenas e à promoção da equidade de gênero.

Também receberam destaque os tópicos que tratam do combate à corrupção e à criminalidade. É fundamental o fortalecimento dos órgãos e do ordenamento legislativo de combate à corrupção, com as instituições atuando de modo preventivo e repressivo. É imperioso que haja o enfrentamento permanente a todas as formas de delito, sejam oriundos de organizações criminosas, sejam as infrações cotidianas.

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Há um grande esforço para que o Congresso Nacional aprove, finalmente, o Estatuto da Vítima, que busca assegurar a devida proteção e compensação a todas as vítimas de crimes, desastres naturais, epidemias e outros eventos que resultem em danos físicos, emocionais ou econômicos. O texto já foi aprovado pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados. Trata-se do alinhamento da nossa legislação a normatizações internacionais, com especial enfoque aos direitos básicos das vítimas, como o direito à defesa, proteção, comunicação e informação, apoio, assistência, tratamento individual e não discriminatório, ressarcimento de despesas, e indenização e restituição de bens.

Além de todas essas iniciativas, a classe também se mantém atenta à defesa de suas prerrogativas, com uma atuação permanente junto ao Congresso Nacional, de forma a evitar retrocessos do ponto de vista da independência funcional. As prerrogativas são uma garantia de que a sociedade terá a seu favor uma instituição fortalecida e capacitada para defender os cidadãos e a Carta Magna.

*Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e vice-presidente da Federacion Latinoamericana de Fiscales (FLF)

Manoel Murrieta. FOTO: DIVULGAÇÃO  Foto: Estadão

Há 41 anos, nascia a Lei Complementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981. A legislação instituiu a data como o Dia Nacional do Ministério Público, um marco na trajetória do órgão. Isto porque a obra pela primeira vez definira as normas gerais de organização do Ministério Público Estadual. "Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado", dizia o texto que, pouco depois, tornou-se letra fixa na Constituição Federal de 1988, e foi também transcrito na introdução à nova Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993).

Solidez de preceitos que demonstra a precisão na elaboração do regulamento tão almejado e ansiado. Elevar a lei confirma o reconhecimento do papel fundamental do parquet para a proteção dos interesses sociais e individuais indisponíveis, que fora estabelecido pelo legislador na Carta Magna. Estava ali definida, em tom genuíno e legítimo, a incumbência ao órgão de defesa da ordem jurídica e do regime democrático -- tarefa exercida com autonomia funcional e administrativa. Missão central do Ministério Público.

Os membros do Ministério Público cumprem um papel social de extrema relevância diante da multiplicidade de realidades que um país continental como o nosso - tão repleto de nuances culturais e sociais - é capaz de impor.

Passados 134 anos do advento da Lei Áurea, membros do MP ainda precisam dedicar grandes esforços para combater o trabalho escravo. Não se trata de uma chaga que venha só. Junto a ela, os membros do MP enfrentam a evasão escolar, a negligência e a falta de recursos para quem reivindica educação, saúde e outras garantias primordiais para a sociedade.

Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, o Ministério Público foi em busca de recursos, lançou campanhas para obter fomento para a compra de equipamento de proteção individual e respiradores, que estavam em falta. Vidas foram salvas graças à atuação dos membros do MP.

Mais recentemente, no período eleitoral, o Ministério Público e seus membros não mediram esforços para garantir a lisura do pleito, atuando contra a desinformação, com participação efetiva em todas as Zonas Eleitorais.

Ao longo do período de campanha, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), maior entidade da classe, com mais de 16 mil inscritos, fez chegar aos candidatos uma carta na qual enumerou pautas fundamentais para o próximo governo: o empenho em políticas públicas de respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, às crianças, adolescentes e idosos, às pessoas com deficiência, aos consumidores, aos indígenas e à promoção da equidade de gênero.

Também receberam destaque os tópicos que tratam do combate à corrupção e à criminalidade. É fundamental o fortalecimento dos órgãos e do ordenamento legislativo de combate à corrupção, com as instituições atuando de modo preventivo e repressivo. É imperioso que haja o enfrentamento permanente a todas as formas de delito, sejam oriundos de organizações criminosas, sejam as infrações cotidianas.

Há um grande esforço para que o Congresso Nacional aprove, finalmente, o Estatuto da Vítima, que busca assegurar a devida proteção e compensação a todas as vítimas de crimes, desastres naturais, epidemias e outros eventos que resultem em danos físicos, emocionais ou econômicos. O texto já foi aprovado pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados. Trata-se do alinhamento da nossa legislação a normatizações internacionais, com especial enfoque aos direitos básicos das vítimas, como o direito à defesa, proteção, comunicação e informação, apoio, assistência, tratamento individual e não discriminatório, ressarcimento de despesas, e indenização e restituição de bens.

Além de todas essas iniciativas, a classe também se mantém atenta à defesa de suas prerrogativas, com uma atuação permanente junto ao Congresso Nacional, de forma a evitar retrocessos do ponto de vista da independência funcional. As prerrogativas são uma garantia de que a sociedade terá a seu favor uma instituição fortalecida e capacitada para defender os cidadãos e a Carta Magna.

*Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e vice-presidente da Federacion Latinoamericana de Fiscales (FLF)

Manoel Murrieta. FOTO: DIVULGAÇÃO  Foto: Estadão

Há 41 anos, nascia a Lei Complementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981. A legislação instituiu a data como o Dia Nacional do Ministério Público, um marco na trajetória do órgão. Isto porque a obra pela primeira vez definira as normas gerais de organização do Ministério Público Estadual. "Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado", dizia o texto que, pouco depois, tornou-se letra fixa na Constituição Federal de 1988, e foi também transcrito na introdução à nova Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993).

Solidez de preceitos que demonstra a precisão na elaboração do regulamento tão almejado e ansiado. Elevar a lei confirma o reconhecimento do papel fundamental do parquet para a proteção dos interesses sociais e individuais indisponíveis, que fora estabelecido pelo legislador na Carta Magna. Estava ali definida, em tom genuíno e legítimo, a incumbência ao órgão de defesa da ordem jurídica e do regime democrático -- tarefa exercida com autonomia funcional e administrativa. Missão central do Ministério Público.

Os membros do Ministério Público cumprem um papel social de extrema relevância diante da multiplicidade de realidades que um país continental como o nosso - tão repleto de nuances culturais e sociais - é capaz de impor.

Passados 134 anos do advento da Lei Áurea, membros do MP ainda precisam dedicar grandes esforços para combater o trabalho escravo. Não se trata de uma chaga que venha só. Junto a ela, os membros do MP enfrentam a evasão escolar, a negligência e a falta de recursos para quem reivindica educação, saúde e outras garantias primordiais para a sociedade.

Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, o Ministério Público foi em busca de recursos, lançou campanhas para obter fomento para a compra de equipamento de proteção individual e respiradores, que estavam em falta. Vidas foram salvas graças à atuação dos membros do MP.

Mais recentemente, no período eleitoral, o Ministério Público e seus membros não mediram esforços para garantir a lisura do pleito, atuando contra a desinformação, com participação efetiva em todas as Zonas Eleitorais.

Ao longo do período de campanha, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), maior entidade da classe, com mais de 16 mil inscritos, fez chegar aos candidatos uma carta na qual enumerou pautas fundamentais para o próximo governo: o empenho em políticas públicas de respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, às crianças, adolescentes e idosos, às pessoas com deficiência, aos consumidores, aos indígenas e à promoção da equidade de gênero.

Também receberam destaque os tópicos que tratam do combate à corrupção e à criminalidade. É fundamental o fortalecimento dos órgãos e do ordenamento legislativo de combate à corrupção, com as instituições atuando de modo preventivo e repressivo. É imperioso que haja o enfrentamento permanente a todas as formas de delito, sejam oriundos de organizações criminosas, sejam as infrações cotidianas.

Há um grande esforço para que o Congresso Nacional aprove, finalmente, o Estatuto da Vítima, que busca assegurar a devida proteção e compensação a todas as vítimas de crimes, desastres naturais, epidemias e outros eventos que resultem em danos físicos, emocionais ou econômicos. O texto já foi aprovado pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados. Trata-se do alinhamento da nossa legislação a normatizações internacionais, com especial enfoque aos direitos básicos das vítimas, como o direito à defesa, proteção, comunicação e informação, apoio, assistência, tratamento individual e não discriminatório, ressarcimento de despesas, e indenização e restituição de bens.

Além de todas essas iniciativas, a classe também se mantém atenta à defesa de suas prerrogativas, com uma atuação permanente junto ao Congresso Nacional, de forma a evitar retrocessos do ponto de vista da independência funcional. As prerrogativas são uma garantia de que a sociedade terá a seu favor uma instituição fortalecida e capacitada para defender os cidadãos e a Carta Magna.

*Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e vice-presidente da Federacion Latinoamericana de Fiscales (FLF)

Manoel Murrieta. FOTO: DIVULGAÇÃO  Foto: Estadão

Há 41 anos, nascia a Lei Complementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981. A legislação instituiu a data como o Dia Nacional do Ministério Público, um marco na trajetória do órgão. Isto porque a obra pela primeira vez definira as normas gerais de organização do Ministério Público Estadual. "Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado", dizia o texto que, pouco depois, tornou-se letra fixa na Constituição Federal de 1988, e foi também transcrito na introdução à nova Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993).

Solidez de preceitos que demonstra a precisão na elaboração do regulamento tão almejado e ansiado. Elevar a lei confirma o reconhecimento do papel fundamental do parquet para a proteção dos interesses sociais e individuais indisponíveis, que fora estabelecido pelo legislador na Carta Magna. Estava ali definida, em tom genuíno e legítimo, a incumbência ao órgão de defesa da ordem jurídica e do regime democrático -- tarefa exercida com autonomia funcional e administrativa. Missão central do Ministério Público.

Os membros do Ministério Público cumprem um papel social de extrema relevância diante da multiplicidade de realidades que um país continental como o nosso - tão repleto de nuances culturais e sociais - é capaz de impor.

Passados 134 anos do advento da Lei Áurea, membros do MP ainda precisam dedicar grandes esforços para combater o trabalho escravo. Não se trata de uma chaga que venha só. Junto a ela, os membros do MP enfrentam a evasão escolar, a negligência e a falta de recursos para quem reivindica educação, saúde e outras garantias primordiais para a sociedade.

Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, o Ministério Público foi em busca de recursos, lançou campanhas para obter fomento para a compra de equipamento de proteção individual e respiradores, que estavam em falta. Vidas foram salvas graças à atuação dos membros do MP.

Mais recentemente, no período eleitoral, o Ministério Público e seus membros não mediram esforços para garantir a lisura do pleito, atuando contra a desinformação, com participação efetiva em todas as Zonas Eleitorais.

Ao longo do período de campanha, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), maior entidade da classe, com mais de 16 mil inscritos, fez chegar aos candidatos uma carta na qual enumerou pautas fundamentais para o próximo governo: o empenho em políticas públicas de respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, às crianças, adolescentes e idosos, às pessoas com deficiência, aos consumidores, aos indígenas e à promoção da equidade de gênero.

Também receberam destaque os tópicos que tratam do combate à corrupção e à criminalidade. É fundamental o fortalecimento dos órgãos e do ordenamento legislativo de combate à corrupção, com as instituições atuando de modo preventivo e repressivo. É imperioso que haja o enfrentamento permanente a todas as formas de delito, sejam oriundos de organizações criminosas, sejam as infrações cotidianas.

Há um grande esforço para que o Congresso Nacional aprove, finalmente, o Estatuto da Vítima, que busca assegurar a devida proteção e compensação a todas as vítimas de crimes, desastres naturais, epidemias e outros eventos que resultem em danos físicos, emocionais ou econômicos. O texto já foi aprovado pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados. Trata-se do alinhamento da nossa legislação a normatizações internacionais, com especial enfoque aos direitos básicos das vítimas, como o direito à defesa, proteção, comunicação e informação, apoio, assistência, tratamento individual e não discriminatório, ressarcimento de despesas, e indenização e restituição de bens.

Além de todas essas iniciativas, a classe também se mantém atenta à defesa de suas prerrogativas, com uma atuação permanente junto ao Congresso Nacional, de forma a evitar retrocessos do ponto de vista da independência funcional. As prerrogativas são uma garantia de que a sociedade terá a seu favor uma instituição fortalecida e capacitada para defender os cidadãos e a Carta Magna.

*Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e vice-presidente da Federacion Latinoamericana de Fiscales (FLF)

Manoel Murrieta. FOTO: DIVULGAÇÃO  Foto: Estadão

Há 41 anos, nascia a Lei Complementar nº 40, de 14 de dezembro de 1981. A legislação instituiu a data como o Dia Nacional do Ministério Público, um marco na trajetória do órgão. Isto porque a obra pela primeira vez definira as normas gerais de organização do Ministério Público Estadual. "Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado", dizia o texto que, pouco depois, tornou-se letra fixa na Constituição Federal de 1988, e foi também transcrito na introdução à nova Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993).

Solidez de preceitos que demonstra a precisão na elaboração do regulamento tão almejado e ansiado. Elevar a lei confirma o reconhecimento do papel fundamental do parquet para a proteção dos interesses sociais e individuais indisponíveis, que fora estabelecido pelo legislador na Carta Magna. Estava ali definida, em tom genuíno e legítimo, a incumbência ao órgão de defesa da ordem jurídica e do regime democrático -- tarefa exercida com autonomia funcional e administrativa. Missão central do Ministério Público.

Os membros do Ministério Público cumprem um papel social de extrema relevância diante da multiplicidade de realidades que um país continental como o nosso - tão repleto de nuances culturais e sociais - é capaz de impor.

Passados 134 anos do advento da Lei Áurea, membros do MP ainda precisam dedicar grandes esforços para combater o trabalho escravo. Não se trata de uma chaga que venha só. Junto a ela, os membros do MP enfrentam a evasão escolar, a negligência e a falta de recursos para quem reivindica educação, saúde e outras garantias primordiais para a sociedade.

Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, o Ministério Público foi em busca de recursos, lançou campanhas para obter fomento para a compra de equipamento de proteção individual e respiradores, que estavam em falta. Vidas foram salvas graças à atuação dos membros do MP.

Mais recentemente, no período eleitoral, o Ministério Público e seus membros não mediram esforços para garantir a lisura do pleito, atuando contra a desinformação, com participação efetiva em todas as Zonas Eleitorais.

Ao longo do período de campanha, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), maior entidade da classe, com mais de 16 mil inscritos, fez chegar aos candidatos uma carta na qual enumerou pautas fundamentais para o próximo governo: o empenho em políticas públicas de respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente, às crianças, adolescentes e idosos, às pessoas com deficiência, aos consumidores, aos indígenas e à promoção da equidade de gênero.

Também receberam destaque os tópicos que tratam do combate à corrupção e à criminalidade. É fundamental o fortalecimento dos órgãos e do ordenamento legislativo de combate à corrupção, com as instituições atuando de modo preventivo e repressivo. É imperioso que haja o enfrentamento permanente a todas as formas de delito, sejam oriundos de organizações criminosas, sejam as infrações cotidianas.

Há um grande esforço para que o Congresso Nacional aprove, finalmente, o Estatuto da Vítima, que busca assegurar a devida proteção e compensação a todas as vítimas de crimes, desastres naturais, epidemias e outros eventos que resultem em danos físicos, emocionais ou econômicos. O texto já foi aprovado pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados. Trata-se do alinhamento da nossa legislação a normatizações internacionais, com especial enfoque aos direitos básicos das vítimas, como o direito à defesa, proteção, comunicação e informação, apoio, assistência, tratamento individual e não discriminatório, ressarcimento de despesas, e indenização e restituição de bens.

Além de todas essas iniciativas, a classe também se mantém atenta à defesa de suas prerrogativas, com uma atuação permanente junto ao Congresso Nacional, de forma a evitar retrocessos do ponto de vista da independência funcional. As prerrogativas são uma garantia de que a sociedade terá a seu favor uma instituição fortalecida e capacitada para defender os cidadãos e a Carta Magna.

*Manoel Murrieta, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e vice-presidente da Federacion Latinoamericana de Fiscales (FLF)

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