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PGR acusa de ‘covarde’ cúpula da PM do DF que recrutou 200 praças sem experiência para o 8/1


Procuradoria-Geral da República afirma que efetivo foi designado deliberadamente pelo comando da corporação

Por Rayssa Motta
Atualização:
Bolsonaristas radicais invadiram e vandalizaram prédios dos Poderes em Brasília. Foto: Wilton Junior/Estadão

O comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) sabia do risco de atos violentos no dia 8 de janeiro e, ainda assim, designou agentes sem experiência para conter os manifestantes bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. É que o apontam mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e citadas na denúncia apresentada nesta sexta-feira, 18, contra coronéis da corporação.

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Dos 500 policiais militares mobilizados, 200 eram egressos do curso de formação de praças, ou seja, iniciantes na carreira, sem preparo para confrontos.

“Tratava-se de um efetivo de 200 (duzentos) homens e mulheres sem qualquer experiência policial, postos de maneira covarde pelos mais altos oficiais da PMDF para conter milhares de insurgentes dispostos a confrontos físicos”, diz um trecho da denúncia.

Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina a denúncia, não houve falha operacional e sim uma operação deliberada do comando da Polícia Militar de Brasília para facilitar a ação dos golpistas.

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Grupo radicais bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.  Foto: Evaristo Sá/AFP

A PGR coloca em xeque até mesmo a ação do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, registrado pelo circuito de câmeras de segurança do Congresso em confronto com os manifestantes. O órgão afirma que o coronel apareceu em meio aos manifestantes com o “evidente propósito de construir a falsa narrativa de que agiu pessoalmente para impedir os atos antidemocráticos” e se “eximir responsabilidade penal ou administrativa”.

“Policial experiente, com quase 30 anos de oficialato e ocupando o mais alto posto da PMDF, Fábio Augusto Vieira tinha por certo que sua isolada participação pessoal na proteção do Congresso Nacional não surtiria qualquer efeito. Assim agindo, o Comandante-Geral apenas se dirigiu à construção de uma narrativa que não resiste a uma atenta apreciação dos fatos”, aponta a denúncia.

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A PGR acusa sete oficiais, a maioria coronéis, patente mais alta na hierarquia da corporação, de crimes como omissão e golpe de Estado por supostamente fomentarem um levante contra o resultado da eleição. A denúncia afirma que a cúpula da PM do Distrito Federal foi “contaminada ideologicamente”.

“Havia no seio do oficialato correntes conspiratórias e golpistas a que aderiram os denunciados e que fomentavam a omissão dos integrantes da corporação em caso de um levante popular antidemocrático”, afirma a Procuradoria.

Bolsonaristas radicais invadiram e vandalizaram prédios dos Poderes em Brasília. Foto: Wilton Junior/Estadão

O comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) sabia do risco de atos violentos no dia 8 de janeiro e, ainda assim, designou agentes sem experiência para conter os manifestantes bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. É que o apontam mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e citadas na denúncia apresentada nesta sexta-feira, 18, contra coronéis da corporação.

Dos 500 policiais militares mobilizados, 200 eram egressos do curso de formação de praças, ou seja, iniciantes na carreira, sem preparo para confrontos.

“Tratava-se de um efetivo de 200 (duzentos) homens e mulheres sem qualquer experiência policial, postos de maneira covarde pelos mais altos oficiais da PMDF para conter milhares de insurgentes dispostos a confrontos físicos”, diz um trecho da denúncia.

Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina a denúncia, não houve falha operacional e sim uma operação deliberada do comando da Polícia Militar de Brasília para facilitar a ação dos golpistas.

Grupo radicais bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.  Foto: Evaristo Sá/AFP

A PGR coloca em xeque até mesmo a ação do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, registrado pelo circuito de câmeras de segurança do Congresso em confronto com os manifestantes. O órgão afirma que o coronel apareceu em meio aos manifestantes com o “evidente propósito de construir a falsa narrativa de que agiu pessoalmente para impedir os atos antidemocráticos” e se “eximir responsabilidade penal ou administrativa”.

“Policial experiente, com quase 30 anos de oficialato e ocupando o mais alto posto da PMDF, Fábio Augusto Vieira tinha por certo que sua isolada participação pessoal na proteção do Congresso Nacional não surtiria qualquer efeito. Assim agindo, o Comandante-Geral apenas se dirigiu à construção de uma narrativa que não resiste a uma atenta apreciação dos fatos”, aponta a denúncia.

A PGR acusa sete oficiais, a maioria coronéis, patente mais alta na hierarquia da corporação, de crimes como omissão e golpe de Estado por supostamente fomentarem um levante contra o resultado da eleição. A denúncia afirma que a cúpula da PM do Distrito Federal foi “contaminada ideologicamente”.

“Havia no seio do oficialato correntes conspiratórias e golpistas a que aderiram os denunciados e que fomentavam a omissão dos integrantes da corporação em caso de um levante popular antidemocrático”, afirma a Procuradoria.

Bolsonaristas radicais invadiram e vandalizaram prédios dos Poderes em Brasília. Foto: Wilton Junior/Estadão

O comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) sabia do risco de atos violentos no dia 8 de janeiro e, ainda assim, designou agentes sem experiência para conter os manifestantes bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. É que o apontam mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e citadas na denúncia apresentada nesta sexta-feira, 18, contra coronéis da corporação.

Dos 500 policiais militares mobilizados, 200 eram egressos do curso de formação de praças, ou seja, iniciantes na carreira, sem preparo para confrontos.

“Tratava-se de um efetivo de 200 (duzentos) homens e mulheres sem qualquer experiência policial, postos de maneira covarde pelos mais altos oficiais da PMDF para conter milhares de insurgentes dispostos a confrontos físicos”, diz um trecho da denúncia.

Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina a denúncia, não houve falha operacional e sim uma operação deliberada do comando da Polícia Militar de Brasília para facilitar a ação dos golpistas.

Grupo radicais bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.  Foto: Evaristo Sá/AFP

A PGR coloca em xeque até mesmo a ação do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, registrado pelo circuito de câmeras de segurança do Congresso em confronto com os manifestantes. O órgão afirma que o coronel apareceu em meio aos manifestantes com o “evidente propósito de construir a falsa narrativa de que agiu pessoalmente para impedir os atos antidemocráticos” e se “eximir responsabilidade penal ou administrativa”.

“Policial experiente, com quase 30 anos de oficialato e ocupando o mais alto posto da PMDF, Fábio Augusto Vieira tinha por certo que sua isolada participação pessoal na proteção do Congresso Nacional não surtiria qualquer efeito. Assim agindo, o Comandante-Geral apenas se dirigiu à construção de uma narrativa que não resiste a uma atenta apreciação dos fatos”, aponta a denúncia.

A PGR acusa sete oficiais, a maioria coronéis, patente mais alta na hierarquia da corporação, de crimes como omissão e golpe de Estado por supostamente fomentarem um levante contra o resultado da eleição. A denúncia afirma que a cúpula da PM do Distrito Federal foi “contaminada ideologicamente”.

“Havia no seio do oficialato correntes conspiratórias e golpistas a que aderiram os denunciados e que fomentavam a omissão dos integrantes da corporação em caso de um levante popular antidemocrático”, afirma a Procuradoria.

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