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Cunha tentou emparedar Temer com perguntas sobre amigo José Yunes


Na ação penal da Lava Jato em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro, ex-deputado incluiu no roteiro de 41 perguntas ao presidente - que arrolou como sua testemunha de defesa -, duas questões sobre advogado que teria recebido parte de propina de R$ 10 milhões da Odebrecht

Por Julia Affonso, Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Michel Temer e Eduardo Cunha - 2015. Foto: André Dusek/Estadão

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) questionou Michel Temer (PMDB) sobre suas relações com o advogado José Yunes no roteiro de 41 perguntas encaminhadas ao presidente da República, que arrolou como sua testemunha de defesa na ação penal da Lava Jato em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

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AS PERGUNTAS DE EDUARDO CUNHA A MICHEL TEMER

 
 
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Yunes é amigo há mais de 50 anos de Temer e foi citado na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. Segundo o executivo, um dos 77 delatores da Odebrecht, Yunes teria recebido parte de R$ 10 milhões supostamente destinados a Temer pela empreiteira, em 2014.

Em 82 páginas, ele contou como a maior empreiteira do país 'comprava' apoio, com propinas milionárias, integrantes do Executivo e do Legislativo.

Segundo o delator, parte dos R$ 10 milhões foi paga em dinheiro vivo ao braço direito do presidente, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do peemedebista, José Yunes, amigo de Temer há 50 anos.

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No processo da Lava Jato a que responde perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara arrolou Temer como sua testemunha. A defesa produziu 41 perguntas a serem respondidas pelo presidente. Moro, no entanto, vetou 21 questões.

Desses 21 questionamentos, 13 foram considerados 'inapropriados' pelo magistrado, para quem 'não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação penal'.

Duas perguntas de Cunha se referiam especificamente a José Yunes. A de número 35: "Qual a relação de Vossa Excelência com José Yunes?"

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O questionamento seguinte era: "O sr Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?"

Moro indeferiu ambas 'por falta de pertinência com o objeto da açãopenal'.

As perguntas sobre Yunes foram feitas por Eduardo Cunha ainda em novembro, antes que fosse tornado público o relato explosivo do executivo Claudio Melo Filho, o que ocorreu nesta sexta-feira, 9.

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Investigadores avaliam que a estratégia do ex-presidente da Câmara era tentar 'emparedar' Temer, colocando o presidente em situação de constrangimento ao questioná-lo sobre Yunes. Para esses investigadores, Eduardo Cunha já tinha conhecimento do grau de relacionamento entre o presidente e o advogado citado na delação da Odebrecht.

Eduardo Cunha é acusado de ter solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício de sua função como parlamentar e em razão dela, propina relacionada à aquisição pela Petrobrás de um campo de petróleo em Benin, na África.

O ex-presidente da Câmara é formalmente acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobrás.

Michel Temer e Eduardo Cunha - 2015. Foto: André Dusek/Estadão

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) questionou Michel Temer (PMDB) sobre suas relações com o advogado José Yunes no roteiro de 41 perguntas encaminhadas ao presidente da República, que arrolou como sua testemunha de defesa na ação penal da Lava Jato em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

AS PERGUNTAS DE EDUARDO CUNHA A MICHEL TEMER

 
 
 
 
 

Yunes é amigo há mais de 50 anos de Temer e foi citado na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. Segundo o executivo, um dos 77 delatores da Odebrecht, Yunes teria recebido parte de R$ 10 milhões supostamente destinados a Temer pela empreiteira, em 2014.

Em 82 páginas, ele contou como a maior empreiteira do país 'comprava' apoio, com propinas milionárias, integrantes do Executivo e do Legislativo.

Segundo o delator, parte dos R$ 10 milhões foi paga em dinheiro vivo ao braço direito do presidente, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do peemedebista, José Yunes, amigo de Temer há 50 anos.

No processo da Lava Jato a que responde perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara arrolou Temer como sua testemunha. A defesa produziu 41 perguntas a serem respondidas pelo presidente. Moro, no entanto, vetou 21 questões.

Desses 21 questionamentos, 13 foram considerados 'inapropriados' pelo magistrado, para quem 'não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação penal'.

Duas perguntas de Cunha se referiam especificamente a José Yunes. A de número 35: "Qual a relação de Vossa Excelência com José Yunes?"

O questionamento seguinte era: "O sr Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?"

Moro indeferiu ambas 'por falta de pertinência com o objeto da açãopenal'.

As perguntas sobre Yunes foram feitas por Eduardo Cunha ainda em novembro, antes que fosse tornado público o relato explosivo do executivo Claudio Melo Filho, o que ocorreu nesta sexta-feira, 9.

Investigadores avaliam que a estratégia do ex-presidente da Câmara era tentar 'emparedar' Temer, colocando o presidente em situação de constrangimento ao questioná-lo sobre Yunes. Para esses investigadores, Eduardo Cunha já tinha conhecimento do grau de relacionamento entre o presidente e o advogado citado na delação da Odebrecht.

Eduardo Cunha é acusado de ter solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício de sua função como parlamentar e em razão dela, propina relacionada à aquisição pela Petrobrás de um campo de petróleo em Benin, na África.

O ex-presidente da Câmara é formalmente acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobrás.

Michel Temer e Eduardo Cunha - 2015. Foto: André Dusek/Estadão

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) questionou Michel Temer (PMDB) sobre suas relações com o advogado José Yunes no roteiro de 41 perguntas encaminhadas ao presidente da República, que arrolou como sua testemunha de defesa na ação penal da Lava Jato em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

AS PERGUNTAS DE EDUARDO CUNHA A MICHEL TEMER

 
 
 
 
 

Yunes é amigo há mais de 50 anos de Temer e foi citado na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. Segundo o executivo, um dos 77 delatores da Odebrecht, Yunes teria recebido parte de R$ 10 milhões supostamente destinados a Temer pela empreiteira, em 2014.

Em 82 páginas, ele contou como a maior empreiteira do país 'comprava' apoio, com propinas milionárias, integrantes do Executivo e do Legislativo.

Segundo o delator, parte dos R$ 10 milhões foi paga em dinheiro vivo ao braço direito do presidente, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do peemedebista, José Yunes, amigo de Temer há 50 anos.

No processo da Lava Jato a que responde perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara arrolou Temer como sua testemunha. A defesa produziu 41 perguntas a serem respondidas pelo presidente. Moro, no entanto, vetou 21 questões.

Desses 21 questionamentos, 13 foram considerados 'inapropriados' pelo magistrado, para quem 'não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação penal'.

Duas perguntas de Cunha se referiam especificamente a José Yunes. A de número 35: "Qual a relação de Vossa Excelência com José Yunes?"

O questionamento seguinte era: "O sr Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?"

Moro indeferiu ambas 'por falta de pertinência com o objeto da açãopenal'.

As perguntas sobre Yunes foram feitas por Eduardo Cunha ainda em novembro, antes que fosse tornado público o relato explosivo do executivo Claudio Melo Filho, o que ocorreu nesta sexta-feira, 9.

Investigadores avaliam que a estratégia do ex-presidente da Câmara era tentar 'emparedar' Temer, colocando o presidente em situação de constrangimento ao questioná-lo sobre Yunes. Para esses investigadores, Eduardo Cunha já tinha conhecimento do grau de relacionamento entre o presidente e o advogado citado na delação da Odebrecht.

Eduardo Cunha é acusado de ter solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício de sua função como parlamentar e em razão dela, propina relacionada à aquisição pela Petrobrás de um campo de petróleo em Benin, na África.

O ex-presidente da Câmara é formalmente acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobrás.

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