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Opinião|Da arte de elogiar


Ouçamos Jorge Amado: enfatiza “uma face de Agrippino Grieco sobre a qual muito pouco se fala: a da sua ternura e devotamento a grandes figuras que ficaram, por uma ou outra razão, no esquecimento”. A fera não era tão selvagem, portanto

Por José Renato Nalini

Elogiar é uma arte menos praticada do que o esporte do maldizer. A maledicência rende muito mais do que os encômios. Todavia, existem algumas exceções. Tem sido comum a publicação de livros em homenagem a figuras que merecem uma especial consideração. Praxe antiga no Brasil, com inúmeros exemplos de publicações cujo objetivo é registrar opiniões sobre determinadas figuras marcantes em sua época.

Um dos mais festejados críticos literários que o Brasil já teve foi Agrippino Grieco. Dizem que era cáustico ao comentar as obras publicadas. Mas mereceu um livro bem interessante, dados os testemunhos colhidos sobre sua personalidade.

“Agrippino Grieco – o vanguardeiro de uma geração”, é o primeiro artigo, assinado por Vicente Licínio Cardoso. Ele é generoso ao dizer: “Comprazo-me hoje em reverenciar o ânimo varonil de Agrippino Grieco, força intimorata, larga, rude e audaciosa na vibratibilidade esplêndida de sua atuação. Independente, sem poder nem querer transigir na quebra de valores com que diverte a sua inteligência amargurada, esse homem de atitudes e gestos de todo simples vem destilando talento – do melhor quilate brasileiro - num dos alambiques mais modestos de nossa cultura incipiente”.

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Em seguida vem Newton Sampaio, com o artigo “O Sr. Agrippino”, refere a irreverência do homenageado, “porquanto sua irreverência não poupa nem mesmo os que o elogiam... Irreverência! Sim, nas letras brasileiras não há notícia de espírito mais despreconcebido, mais independente, mais “sem partido” que o de Agrippino Grieco”.

“O animador de calungas” foi a contribuição de Mello Nobrega. “Não o conheço senão através de informações de amigos e dos livros e artigos que tem escrito...Dirão, talvez, que Agrippino satiriza mais os autores do que as obras. Não contradirei. Inegável é, porém, que, para esse vigor de síntese, foi necessário conhecer criador e criação”.

Afrânio Peixoto escreve sobre a contundência com que Agrippino golpeia a Academia Brasileira de Letras. Depois de indicar o “defeito enorme” de desprezar “a nossa indígena literatura”, acrescenta que “No Brasil só lhe interessam os vivos. Muito lhe será perdoado, porque abre exceção para Castro Alves”. Mas não perdoa aquilo que considera “uma tara, um achaque: preocupa-se, demais, com a Academia”. E isso, é perda de tempo. “Posso dizê-lo porque sou ali, o mais poupado, quase incólume, até agora. Com mais talento que dez acadêmicos, mais leitura que vinte acadêmicos, com a capacidade de ser o grande crítico nacional, como não tem o Brasil e menos a Academia – porque fazer dela pedra de bater roupa, se lhe deve servir de peanha a estátua? Grieco é o único homem nacional, de talento, que leva a sério aquela sociedade discursiva e predial”.

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“Numa festa de intelectuais” é a contribuição de Joaquim Ribeiro. Ele afirma que Agrippino é “o mais sarcástico dos nossos críticos de todos os tempos. A nossa literatura é uma literatura montez, algo selvagem, algo rústica e quase sempre caricatural nos reflexos exóticos. Justamente por isso, a crítica de Agrippino não podia deixar de ser o que é: epigramática e cruel. Ateniense perdido no sertão, há de achar tudo tosco e desajeitado, na sua desordem selvática. Agrippino, ávido das linhas apolíneas, não pode ocultar o desencanto diante desse estilo bárbaro e rústico”.

“Num país como o nosso, onde quase todo mundo é bacharel e pouca gente sabe ler, não se explica a existência de um literato do tipo de Agrippino Grieco”, escreve Raul S. Xavier. “O seu mau-humor se faz sentir à distância, em sentido vertical, visto que os seus epigramas são foguetes que explodem no alto, chamuscando apenas a carapaça das nossas tartarugas letradas”. Agrippino é seletivo em suas críticas: “Há nele muito boa vontade e complacência com os moços, medíocres ou não, que saem das chocadeiras da inteligência nacional. Irrita-o, sim, a velhice agaloada, condecorada, dos pseudo-intelectuais de imortalidade precária, em cujo encéfalo as ideias, quando passam, provocam sempre curtos circuitos”.

Para Sangirardi Júnior, “é ele a grande coragem brasileira, que despreza os aplausos fáceis, que repele as palmas sem expressão que são os guizos com que se adornam aqueles que vão trotando felizes pela vida ... Sempre com a catapulta assestada contra as cidadelas da burrice, apedrejando os ídolos de barro”.

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Por derradeiro, ouçamos Jorge Amado: enfatiza “uma face de Agrippino Grieco sobre a qual muito pouco se fala: a da sua ternura e devotamento a grandes figuras que ficaram, por uma ou outra razão, no esquecimento”. A fera não era tão selvagem, portanto. Cuidava de manter vivos aqueles que o povo esquecera. Fez por merecer também se lembrassem dele.

Elogiar é uma arte menos praticada do que o esporte do maldizer. A maledicência rende muito mais do que os encômios. Todavia, existem algumas exceções. Tem sido comum a publicação de livros em homenagem a figuras que merecem uma especial consideração. Praxe antiga no Brasil, com inúmeros exemplos de publicações cujo objetivo é registrar opiniões sobre determinadas figuras marcantes em sua época.

Um dos mais festejados críticos literários que o Brasil já teve foi Agrippino Grieco. Dizem que era cáustico ao comentar as obras publicadas. Mas mereceu um livro bem interessante, dados os testemunhos colhidos sobre sua personalidade.

“Agrippino Grieco – o vanguardeiro de uma geração”, é o primeiro artigo, assinado por Vicente Licínio Cardoso. Ele é generoso ao dizer: “Comprazo-me hoje em reverenciar o ânimo varonil de Agrippino Grieco, força intimorata, larga, rude e audaciosa na vibratibilidade esplêndida de sua atuação. Independente, sem poder nem querer transigir na quebra de valores com que diverte a sua inteligência amargurada, esse homem de atitudes e gestos de todo simples vem destilando talento – do melhor quilate brasileiro - num dos alambiques mais modestos de nossa cultura incipiente”.

Em seguida vem Newton Sampaio, com o artigo “O Sr. Agrippino”, refere a irreverência do homenageado, “porquanto sua irreverência não poupa nem mesmo os que o elogiam... Irreverência! Sim, nas letras brasileiras não há notícia de espírito mais despreconcebido, mais independente, mais “sem partido” que o de Agrippino Grieco”.

“O animador de calungas” foi a contribuição de Mello Nobrega. “Não o conheço senão através de informações de amigos e dos livros e artigos que tem escrito...Dirão, talvez, que Agrippino satiriza mais os autores do que as obras. Não contradirei. Inegável é, porém, que, para esse vigor de síntese, foi necessário conhecer criador e criação”.

Afrânio Peixoto escreve sobre a contundência com que Agrippino golpeia a Academia Brasileira de Letras. Depois de indicar o “defeito enorme” de desprezar “a nossa indígena literatura”, acrescenta que “No Brasil só lhe interessam os vivos. Muito lhe será perdoado, porque abre exceção para Castro Alves”. Mas não perdoa aquilo que considera “uma tara, um achaque: preocupa-se, demais, com a Academia”. E isso, é perda de tempo. “Posso dizê-lo porque sou ali, o mais poupado, quase incólume, até agora. Com mais talento que dez acadêmicos, mais leitura que vinte acadêmicos, com a capacidade de ser o grande crítico nacional, como não tem o Brasil e menos a Academia – porque fazer dela pedra de bater roupa, se lhe deve servir de peanha a estátua? Grieco é o único homem nacional, de talento, que leva a sério aquela sociedade discursiva e predial”.

“Numa festa de intelectuais” é a contribuição de Joaquim Ribeiro. Ele afirma que Agrippino é “o mais sarcástico dos nossos críticos de todos os tempos. A nossa literatura é uma literatura montez, algo selvagem, algo rústica e quase sempre caricatural nos reflexos exóticos. Justamente por isso, a crítica de Agrippino não podia deixar de ser o que é: epigramática e cruel. Ateniense perdido no sertão, há de achar tudo tosco e desajeitado, na sua desordem selvática. Agrippino, ávido das linhas apolíneas, não pode ocultar o desencanto diante desse estilo bárbaro e rústico”.

“Num país como o nosso, onde quase todo mundo é bacharel e pouca gente sabe ler, não se explica a existência de um literato do tipo de Agrippino Grieco”, escreve Raul S. Xavier. “O seu mau-humor se faz sentir à distância, em sentido vertical, visto que os seus epigramas são foguetes que explodem no alto, chamuscando apenas a carapaça das nossas tartarugas letradas”. Agrippino é seletivo em suas críticas: “Há nele muito boa vontade e complacência com os moços, medíocres ou não, que saem das chocadeiras da inteligência nacional. Irrita-o, sim, a velhice agaloada, condecorada, dos pseudo-intelectuais de imortalidade precária, em cujo encéfalo as ideias, quando passam, provocam sempre curtos circuitos”.

Para Sangirardi Júnior, “é ele a grande coragem brasileira, que despreza os aplausos fáceis, que repele as palmas sem expressão que são os guizos com que se adornam aqueles que vão trotando felizes pela vida ... Sempre com a catapulta assestada contra as cidadelas da burrice, apedrejando os ídolos de barro”.

Por derradeiro, ouçamos Jorge Amado: enfatiza “uma face de Agrippino Grieco sobre a qual muito pouco se fala: a da sua ternura e devotamento a grandes figuras que ficaram, por uma ou outra razão, no esquecimento”. A fera não era tão selvagem, portanto. Cuidava de manter vivos aqueles que o povo esquecera. Fez por merecer também se lembrassem dele.

Elogiar é uma arte menos praticada do que o esporte do maldizer. A maledicência rende muito mais do que os encômios. Todavia, existem algumas exceções. Tem sido comum a publicação de livros em homenagem a figuras que merecem uma especial consideração. Praxe antiga no Brasil, com inúmeros exemplos de publicações cujo objetivo é registrar opiniões sobre determinadas figuras marcantes em sua época.

Um dos mais festejados críticos literários que o Brasil já teve foi Agrippino Grieco. Dizem que era cáustico ao comentar as obras publicadas. Mas mereceu um livro bem interessante, dados os testemunhos colhidos sobre sua personalidade.

“Agrippino Grieco – o vanguardeiro de uma geração”, é o primeiro artigo, assinado por Vicente Licínio Cardoso. Ele é generoso ao dizer: “Comprazo-me hoje em reverenciar o ânimo varonil de Agrippino Grieco, força intimorata, larga, rude e audaciosa na vibratibilidade esplêndida de sua atuação. Independente, sem poder nem querer transigir na quebra de valores com que diverte a sua inteligência amargurada, esse homem de atitudes e gestos de todo simples vem destilando talento – do melhor quilate brasileiro - num dos alambiques mais modestos de nossa cultura incipiente”.

Em seguida vem Newton Sampaio, com o artigo “O Sr. Agrippino”, refere a irreverência do homenageado, “porquanto sua irreverência não poupa nem mesmo os que o elogiam... Irreverência! Sim, nas letras brasileiras não há notícia de espírito mais despreconcebido, mais independente, mais “sem partido” que o de Agrippino Grieco”.

“O animador de calungas” foi a contribuição de Mello Nobrega. “Não o conheço senão através de informações de amigos e dos livros e artigos que tem escrito...Dirão, talvez, que Agrippino satiriza mais os autores do que as obras. Não contradirei. Inegável é, porém, que, para esse vigor de síntese, foi necessário conhecer criador e criação”.

Afrânio Peixoto escreve sobre a contundência com que Agrippino golpeia a Academia Brasileira de Letras. Depois de indicar o “defeito enorme” de desprezar “a nossa indígena literatura”, acrescenta que “No Brasil só lhe interessam os vivos. Muito lhe será perdoado, porque abre exceção para Castro Alves”. Mas não perdoa aquilo que considera “uma tara, um achaque: preocupa-se, demais, com a Academia”. E isso, é perda de tempo. “Posso dizê-lo porque sou ali, o mais poupado, quase incólume, até agora. Com mais talento que dez acadêmicos, mais leitura que vinte acadêmicos, com a capacidade de ser o grande crítico nacional, como não tem o Brasil e menos a Academia – porque fazer dela pedra de bater roupa, se lhe deve servir de peanha a estátua? Grieco é o único homem nacional, de talento, que leva a sério aquela sociedade discursiva e predial”.

“Numa festa de intelectuais” é a contribuição de Joaquim Ribeiro. Ele afirma que Agrippino é “o mais sarcástico dos nossos críticos de todos os tempos. A nossa literatura é uma literatura montez, algo selvagem, algo rústica e quase sempre caricatural nos reflexos exóticos. Justamente por isso, a crítica de Agrippino não podia deixar de ser o que é: epigramática e cruel. Ateniense perdido no sertão, há de achar tudo tosco e desajeitado, na sua desordem selvática. Agrippino, ávido das linhas apolíneas, não pode ocultar o desencanto diante desse estilo bárbaro e rústico”.

“Num país como o nosso, onde quase todo mundo é bacharel e pouca gente sabe ler, não se explica a existência de um literato do tipo de Agrippino Grieco”, escreve Raul S. Xavier. “O seu mau-humor se faz sentir à distância, em sentido vertical, visto que os seus epigramas são foguetes que explodem no alto, chamuscando apenas a carapaça das nossas tartarugas letradas”. Agrippino é seletivo em suas críticas: “Há nele muito boa vontade e complacência com os moços, medíocres ou não, que saem das chocadeiras da inteligência nacional. Irrita-o, sim, a velhice agaloada, condecorada, dos pseudo-intelectuais de imortalidade precária, em cujo encéfalo as ideias, quando passam, provocam sempre curtos circuitos”.

Para Sangirardi Júnior, “é ele a grande coragem brasileira, que despreza os aplausos fáceis, que repele as palmas sem expressão que são os guizos com que se adornam aqueles que vão trotando felizes pela vida ... Sempre com a catapulta assestada contra as cidadelas da burrice, apedrejando os ídolos de barro”.

Por derradeiro, ouçamos Jorge Amado: enfatiza “uma face de Agrippino Grieco sobre a qual muito pouco se fala: a da sua ternura e devotamento a grandes figuras que ficaram, por uma ou outra razão, no esquecimento”. A fera não era tão selvagem, portanto. Cuidava de manter vivos aqueles que o povo esquecera. Fez por merecer também se lembrassem dele.

Elogiar é uma arte menos praticada do que o esporte do maldizer. A maledicência rende muito mais do que os encômios. Todavia, existem algumas exceções. Tem sido comum a publicação de livros em homenagem a figuras que merecem uma especial consideração. Praxe antiga no Brasil, com inúmeros exemplos de publicações cujo objetivo é registrar opiniões sobre determinadas figuras marcantes em sua época.

Um dos mais festejados críticos literários que o Brasil já teve foi Agrippino Grieco. Dizem que era cáustico ao comentar as obras publicadas. Mas mereceu um livro bem interessante, dados os testemunhos colhidos sobre sua personalidade.

“Agrippino Grieco – o vanguardeiro de uma geração”, é o primeiro artigo, assinado por Vicente Licínio Cardoso. Ele é generoso ao dizer: “Comprazo-me hoje em reverenciar o ânimo varonil de Agrippino Grieco, força intimorata, larga, rude e audaciosa na vibratibilidade esplêndida de sua atuação. Independente, sem poder nem querer transigir na quebra de valores com que diverte a sua inteligência amargurada, esse homem de atitudes e gestos de todo simples vem destilando talento – do melhor quilate brasileiro - num dos alambiques mais modestos de nossa cultura incipiente”.

Em seguida vem Newton Sampaio, com o artigo “O Sr. Agrippino”, refere a irreverência do homenageado, “porquanto sua irreverência não poupa nem mesmo os que o elogiam... Irreverência! Sim, nas letras brasileiras não há notícia de espírito mais despreconcebido, mais independente, mais “sem partido” que o de Agrippino Grieco”.

“O animador de calungas” foi a contribuição de Mello Nobrega. “Não o conheço senão através de informações de amigos e dos livros e artigos que tem escrito...Dirão, talvez, que Agrippino satiriza mais os autores do que as obras. Não contradirei. Inegável é, porém, que, para esse vigor de síntese, foi necessário conhecer criador e criação”.

Afrânio Peixoto escreve sobre a contundência com que Agrippino golpeia a Academia Brasileira de Letras. Depois de indicar o “defeito enorme” de desprezar “a nossa indígena literatura”, acrescenta que “No Brasil só lhe interessam os vivos. Muito lhe será perdoado, porque abre exceção para Castro Alves”. Mas não perdoa aquilo que considera “uma tara, um achaque: preocupa-se, demais, com a Academia”. E isso, é perda de tempo. “Posso dizê-lo porque sou ali, o mais poupado, quase incólume, até agora. Com mais talento que dez acadêmicos, mais leitura que vinte acadêmicos, com a capacidade de ser o grande crítico nacional, como não tem o Brasil e menos a Academia – porque fazer dela pedra de bater roupa, se lhe deve servir de peanha a estátua? Grieco é o único homem nacional, de talento, que leva a sério aquela sociedade discursiva e predial”.

“Numa festa de intelectuais” é a contribuição de Joaquim Ribeiro. Ele afirma que Agrippino é “o mais sarcástico dos nossos críticos de todos os tempos. A nossa literatura é uma literatura montez, algo selvagem, algo rústica e quase sempre caricatural nos reflexos exóticos. Justamente por isso, a crítica de Agrippino não podia deixar de ser o que é: epigramática e cruel. Ateniense perdido no sertão, há de achar tudo tosco e desajeitado, na sua desordem selvática. Agrippino, ávido das linhas apolíneas, não pode ocultar o desencanto diante desse estilo bárbaro e rústico”.

“Num país como o nosso, onde quase todo mundo é bacharel e pouca gente sabe ler, não se explica a existência de um literato do tipo de Agrippino Grieco”, escreve Raul S. Xavier. “O seu mau-humor se faz sentir à distância, em sentido vertical, visto que os seus epigramas são foguetes que explodem no alto, chamuscando apenas a carapaça das nossas tartarugas letradas”. Agrippino é seletivo em suas críticas: “Há nele muito boa vontade e complacência com os moços, medíocres ou não, que saem das chocadeiras da inteligência nacional. Irrita-o, sim, a velhice agaloada, condecorada, dos pseudo-intelectuais de imortalidade precária, em cujo encéfalo as ideias, quando passam, provocam sempre curtos circuitos”.

Para Sangirardi Júnior, “é ele a grande coragem brasileira, que despreza os aplausos fáceis, que repele as palmas sem expressão que são os guizos com que se adornam aqueles que vão trotando felizes pela vida ... Sempre com a catapulta assestada contra as cidadelas da burrice, apedrejando os ídolos de barro”.

Por derradeiro, ouçamos Jorge Amado: enfatiza “uma face de Agrippino Grieco sobre a qual muito pouco se fala: a da sua ternura e devotamento a grandes figuras que ficaram, por uma ou outra razão, no esquecimento”. A fera não era tão selvagem, portanto. Cuidava de manter vivos aqueles que o povo esquecera. Fez por merecer também se lembrassem dele.

Opinião por José Renato Nalini

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