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Opinião|Da briga entre os poderosos e os idealistas é que surgem os atentados


O revolucionário, por sua vez, também é exilado do tempo. Contudo, ele somente enxerga um futuro paradisíaco a ser contemplado em sua inteireza mediante acolhimento de ideologia. Ambos possuem a anacronia: isto é, não vivem, nunca, o tempo presente

Por Wellison Muchiutti Hernandes
Atualização:

Os noticiários em todo mundo, no dia 13 de julho de 2024, tiveram os seus holofotes voltados ao atentado sofrido pelo ex-presidente Donald Trump, que busca mais uma vez tentar se eleger à presidência dos Estados Unidos.

Como o atentado possui indícios fortes de haver motivações políticas, este fato não é isolado, como já presenciamos ataques de grupos contra candidatos, ou mesmo de pessoas que não possuem afinidade eleitoral com alguma outra pessoa, tentando de forma totalmente absurda lhe tirar a vida, sendo o grau máximo do conflito.

Mas o ponto crucial do debate não é este, pois a gravidade de atentar contra a vida de uma pessoa torna o fato, de certa forma com ampla divulgação, também temos ataques que atingem as pessoas de forma tão grave quanto o atentado, mas com graus mais baixos de importância.

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No dia-a-dia é comum ver ataques de opositores que possuem certo poder aquisitivo maior (os poderosos), ou que possui influência em certos órgãos, denegrindo a imagem de pessoas que lhe incomodam (os idealistas) ou que estão a pronto a lhe tomar o poder.

O primeiro passo: buscam comprar as pessoas a sua volta, os apoiadores; depois começam a atacar a família e amigos. Quando não obtêm êxito, começam a buscar questões pessoais, pedindo e tentando inflamar por sites, pagos muitas vezes com dinheiro público, para denegrir o máximo a imagem da pessoa.

Talvez, no caso do Trump, o grupo que o atacou, para não haver mais confrontos diretos, viu como única forma de pará-lo tirando a sua vida, pois o grupo que o apoia está convencendo o eleitor e qualquer fato na mídia teria um confronto direto com o ex-presidente, sempre rebatendo as acusações.

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A ideia não é defender uma candidatura do Trump, mas aclarar como as coisas acontecem. Quando se tem pessoas idealistas com ideologias que buscam aplicar no dia-a-dia, não se importando com dinheiro ou cargos, isso traz um enorme risco ao poder daqueles que buscam se perpetuar, como se fossem tiranos.

Para se resguardarem, criam formas de adentrar aos órgãos de controle e fiscalização, evitando terem suas vidas investigadas. Por isso a necessidade de lutar pelo poder, ajustando de duas formas, com “carguismo” ou dinheiro que, em 100% das vezes, origina-se de desvios dos recursos públicos.

O ataque presidencial nos EUA não se difere dos ataques que inúmeras pessoas em municípios brasileiros vêm sofrendo. Não lhes retirando a vida, mas sim ameaçando e perseguindo todos aqueles que estão próximos, para isolar o idealista e retirar qualquer ameaça de perder em uma disputa.

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Esse recrutamento, feito por pessoas que estão no alto escalão, serve para corrompê-las, amarrando de forma salarial no cargo, ou ameaçadora, cercando para não ser a novidade, ou tirar o máximo de força de apoios que receberá pelas atitudes de mudar uma forma de conduzir uma gestão.

Existe um ditado sobre cachorros de fazenda: vivem brigando entre si, mas quando aparece outro cachorro de fora, se unem para brigar com este. Assim é com os idealistas que, ao alavancarem apoios naturais - os que brigavam - se unem para não deixar o idealista na sua guinada, começando os ataques de forma gradativa.

Já os poderosos são aqueles que lideram um grupo que em algum momento vai implodir, por passar falsa impressão aos seus asseclas, que fazer o errado em desviar recursos públicos, praticar lobby com tráfico de influência, para manter facilidades a troco de dinheiro público, não terão uma penalização, por supostamente sentirem que seu mandante poderoso controla os órgãos de fiscalização e até mesmo o Poder Judiciário.

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Quando começa a implosão, o poderoso começa a estratégia de dizer que não sabia, ou que não tinha contato com os asseclas, que agiam a seu mando, com total liberdade de praticar crimes, de quase toda espécie, mas que a saga da falsa impressão, tapou os olhos e, por fim, ficaram à mingua se lamentado e pedindo perdão pelo erro.

Os idealistas são as pessoas que almejam colocar em prática uma ideologia, muitas vezes de forma mais técnica, para mostrar que existe uma forma melhor de se trabalhar, mais honesta de gerir a coisa pública, por isso a afronta dos poderosos.

A única diferença a ser observada, como citada no livro “A mente naufragada”, de Mark Lilla, e que não pode ser confundida, reside entre o reacionário, pois na sua visão o que efetivamente vale à pena é um passado glorioso, mas na realidade somente existe em sua mente, ou seja, faz tudo em nome do passado.

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O revolucionário, por sua vez, também é exilado do tempo. Contudo, ele somente enxerga um futuro paradisíaco a ser contemplado em sua inteireza mediante acolhimento de ideologia. Ambos possuem a anacronia: isto é, não vivem, nunca, o tempo presente.

Finalizando, em seu livro Lilla escreve que toda mente naufragada é nostálgica politicamente, na medida que ele acredita na existência de era dourada inalcançável que existe no passado para o reacionário e num futuro iluminado para o revolucionário.

O que o idealista faz é buscar fazer a coisa certa, que difere dos poderosos, que não buscam um ideal para todos, mas sim manter o poder para si.

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Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

Os noticiários em todo mundo, no dia 13 de julho de 2024, tiveram os seus holofotes voltados ao atentado sofrido pelo ex-presidente Donald Trump, que busca mais uma vez tentar se eleger à presidência dos Estados Unidos.

Como o atentado possui indícios fortes de haver motivações políticas, este fato não é isolado, como já presenciamos ataques de grupos contra candidatos, ou mesmo de pessoas que não possuem afinidade eleitoral com alguma outra pessoa, tentando de forma totalmente absurda lhe tirar a vida, sendo o grau máximo do conflito.

Mas o ponto crucial do debate não é este, pois a gravidade de atentar contra a vida de uma pessoa torna o fato, de certa forma com ampla divulgação, também temos ataques que atingem as pessoas de forma tão grave quanto o atentado, mas com graus mais baixos de importância.

No dia-a-dia é comum ver ataques de opositores que possuem certo poder aquisitivo maior (os poderosos), ou que possui influência em certos órgãos, denegrindo a imagem de pessoas que lhe incomodam (os idealistas) ou que estão a pronto a lhe tomar o poder.

O primeiro passo: buscam comprar as pessoas a sua volta, os apoiadores; depois começam a atacar a família e amigos. Quando não obtêm êxito, começam a buscar questões pessoais, pedindo e tentando inflamar por sites, pagos muitas vezes com dinheiro público, para denegrir o máximo a imagem da pessoa.

Talvez, no caso do Trump, o grupo que o atacou, para não haver mais confrontos diretos, viu como única forma de pará-lo tirando a sua vida, pois o grupo que o apoia está convencendo o eleitor e qualquer fato na mídia teria um confronto direto com o ex-presidente, sempre rebatendo as acusações.

A ideia não é defender uma candidatura do Trump, mas aclarar como as coisas acontecem. Quando se tem pessoas idealistas com ideologias que buscam aplicar no dia-a-dia, não se importando com dinheiro ou cargos, isso traz um enorme risco ao poder daqueles que buscam se perpetuar, como se fossem tiranos.

Para se resguardarem, criam formas de adentrar aos órgãos de controle e fiscalização, evitando terem suas vidas investigadas. Por isso a necessidade de lutar pelo poder, ajustando de duas formas, com “carguismo” ou dinheiro que, em 100% das vezes, origina-se de desvios dos recursos públicos.

O ataque presidencial nos EUA não se difere dos ataques que inúmeras pessoas em municípios brasileiros vêm sofrendo. Não lhes retirando a vida, mas sim ameaçando e perseguindo todos aqueles que estão próximos, para isolar o idealista e retirar qualquer ameaça de perder em uma disputa.

Esse recrutamento, feito por pessoas que estão no alto escalão, serve para corrompê-las, amarrando de forma salarial no cargo, ou ameaçadora, cercando para não ser a novidade, ou tirar o máximo de força de apoios que receberá pelas atitudes de mudar uma forma de conduzir uma gestão.

Existe um ditado sobre cachorros de fazenda: vivem brigando entre si, mas quando aparece outro cachorro de fora, se unem para brigar com este. Assim é com os idealistas que, ao alavancarem apoios naturais - os que brigavam - se unem para não deixar o idealista na sua guinada, começando os ataques de forma gradativa.

Já os poderosos são aqueles que lideram um grupo que em algum momento vai implodir, por passar falsa impressão aos seus asseclas, que fazer o errado em desviar recursos públicos, praticar lobby com tráfico de influência, para manter facilidades a troco de dinheiro público, não terão uma penalização, por supostamente sentirem que seu mandante poderoso controla os órgãos de fiscalização e até mesmo o Poder Judiciário.

Quando começa a implosão, o poderoso começa a estratégia de dizer que não sabia, ou que não tinha contato com os asseclas, que agiam a seu mando, com total liberdade de praticar crimes, de quase toda espécie, mas que a saga da falsa impressão, tapou os olhos e, por fim, ficaram à mingua se lamentado e pedindo perdão pelo erro.

Os idealistas são as pessoas que almejam colocar em prática uma ideologia, muitas vezes de forma mais técnica, para mostrar que existe uma forma melhor de se trabalhar, mais honesta de gerir a coisa pública, por isso a afronta dos poderosos.

A única diferença a ser observada, como citada no livro “A mente naufragada”, de Mark Lilla, e que não pode ser confundida, reside entre o reacionário, pois na sua visão o que efetivamente vale à pena é um passado glorioso, mas na realidade somente existe em sua mente, ou seja, faz tudo em nome do passado.

O revolucionário, por sua vez, também é exilado do tempo. Contudo, ele somente enxerga um futuro paradisíaco a ser contemplado em sua inteireza mediante acolhimento de ideologia. Ambos possuem a anacronia: isto é, não vivem, nunca, o tempo presente.

Finalizando, em seu livro Lilla escreve que toda mente naufragada é nostálgica politicamente, na medida que ele acredita na existência de era dourada inalcançável que existe no passado para o reacionário e num futuro iluminado para o revolucionário.

O que o idealista faz é buscar fazer a coisa certa, que difere dos poderosos, que não buscam um ideal para todos, mas sim manter o poder para si.

Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

Os noticiários em todo mundo, no dia 13 de julho de 2024, tiveram os seus holofotes voltados ao atentado sofrido pelo ex-presidente Donald Trump, que busca mais uma vez tentar se eleger à presidência dos Estados Unidos.

Como o atentado possui indícios fortes de haver motivações políticas, este fato não é isolado, como já presenciamos ataques de grupos contra candidatos, ou mesmo de pessoas que não possuem afinidade eleitoral com alguma outra pessoa, tentando de forma totalmente absurda lhe tirar a vida, sendo o grau máximo do conflito.

Mas o ponto crucial do debate não é este, pois a gravidade de atentar contra a vida de uma pessoa torna o fato, de certa forma com ampla divulgação, também temos ataques que atingem as pessoas de forma tão grave quanto o atentado, mas com graus mais baixos de importância.

No dia-a-dia é comum ver ataques de opositores que possuem certo poder aquisitivo maior (os poderosos), ou que possui influência em certos órgãos, denegrindo a imagem de pessoas que lhe incomodam (os idealistas) ou que estão a pronto a lhe tomar o poder.

O primeiro passo: buscam comprar as pessoas a sua volta, os apoiadores; depois começam a atacar a família e amigos. Quando não obtêm êxito, começam a buscar questões pessoais, pedindo e tentando inflamar por sites, pagos muitas vezes com dinheiro público, para denegrir o máximo a imagem da pessoa.

Talvez, no caso do Trump, o grupo que o atacou, para não haver mais confrontos diretos, viu como única forma de pará-lo tirando a sua vida, pois o grupo que o apoia está convencendo o eleitor e qualquer fato na mídia teria um confronto direto com o ex-presidente, sempre rebatendo as acusações.

A ideia não é defender uma candidatura do Trump, mas aclarar como as coisas acontecem. Quando se tem pessoas idealistas com ideologias que buscam aplicar no dia-a-dia, não se importando com dinheiro ou cargos, isso traz um enorme risco ao poder daqueles que buscam se perpetuar, como se fossem tiranos.

Para se resguardarem, criam formas de adentrar aos órgãos de controle e fiscalização, evitando terem suas vidas investigadas. Por isso a necessidade de lutar pelo poder, ajustando de duas formas, com “carguismo” ou dinheiro que, em 100% das vezes, origina-se de desvios dos recursos públicos.

O ataque presidencial nos EUA não se difere dos ataques que inúmeras pessoas em municípios brasileiros vêm sofrendo. Não lhes retirando a vida, mas sim ameaçando e perseguindo todos aqueles que estão próximos, para isolar o idealista e retirar qualquer ameaça de perder em uma disputa.

Esse recrutamento, feito por pessoas que estão no alto escalão, serve para corrompê-las, amarrando de forma salarial no cargo, ou ameaçadora, cercando para não ser a novidade, ou tirar o máximo de força de apoios que receberá pelas atitudes de mudar uma forma de conduzir uma gestão.

Existe um ditado sobre cachorros de fazenda: vivem brigando entre si, mas quando aparece outro cachorro de fora, se unem para brigar com este. Assim é com os idealistas que, ao alavancarem apoios naturais - os que brigavam - se unem para não deixar o idealista na sua guinada, começando os ataques de forma gradativa.

Já os poderosos são aqueles que lideram um grupo que em algum momento vai implodir, por passar falsa impressão aos seus asseclas, que fazer o errado em desviar recursos públicos, praticar lobby com tráfico de influência, para manter facilidades a troco de dinheiro público, não terão uma penalização, por supostamente sentirem que seu mandante poderoso controla os órgãos de fiscalização e até mesmo o Poder Judiciário.

Quando começa a implosão, o poderoso começa a estratégia de dizer que não sabia, ou que não tinha contato com os asseclas, que agiam a seu mando, com total liberdade de praticar crimes, de quase toda espécie, mas que a saga da falsa impressão, tapou os olhos e, por fim, ficaram à mingua se lamentado e pedindo perdão pelo erro.

Os idealistas são as pessoas que almejam colocar em prática uma ideologia, muitas vezes de forma mais técnica, para mostrar que existe uma forma melhor de se trabalhar, mais honesta de gerir a coisa pública, por isso a afronta dos poderosos.

A única diferença a ser observada, como citada no livro “A mente naufragada”, de Mark Lilla, e que não pode ser confundida, reside entre o reacionário, pois na sua visão o que efetivamente vale à pena é um passado glorioso, mas na realidade somente existe em sua mente, ou seja, faz tudo em nome do passado.

O revolucionário, por sua vez, também é exilado do tempo. Contudo, ele somente enxerga um futuro paradisíaco a ser contemplado em sua inteireza mediante acolhimento de ideologia. Ambos possuem a anacronia: isto é, não vivem, nunca, o tempo presente.

Finalizando, em seu livro Lilla escreve que toda mente naufragada é nostálgica politicamente, na medida que ele acredita na existência de era dourada inalcançável que existe no passado para o reacionário e num futuro iluminado para o revolucionário.

O que o idealista faz é buscar fazer a coisa certa, que difere dos poderosos, que não buscam um ideal para todos, mas sim manter o poder para si.

Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

Os noticiários em todo mundo, no dia 13 de julho de 2024, tiveram os seus holofotes voltados ao atentado sofrido pelo ex-presidente Donald Trump, que busca mais uma vez tentar se eleger à presidência dos Estados Unidos.

Como o atentado possui indícios fortes de haver motivações políticas, este fato não é isolado, como já presenciamos ataques de grupos contra candidatos, ou mesmo de pessoas que não possuem afinidade eleitoral com alguma outra pessoa, tentando de forma totalmente absurda lhe tirar a vida, sendo o grau máximo do conflito.

Mas o ponto crucial do debate não é este, pois a gravidade de atentar contra a vida de uma pessoa torna o fato, de certa forma com ampla divulgação, também temos ataques que atingem as pessoas de forma tão grave quanto o atentado, mas com graus mais baixos de importância.

No dia-a-dia é comum ver ataques de opositores que possuem certo poder aquisitivo maior (os poderosos), ou que possui influência em certos órgãos, denegrindo a imagem de pessoas que lhe incomodam (os idealistas) ou que estão a pronto a lhe tomar o poder.

O primeiro passo: buscam comprar as pessoas a sua volta, os apoiadores; depois começam a atacar a família e amigos. Quando não obtêm êxito, começam a buscar questões pessoais, pedindo e tentando inflamar por sites, pagos muitas vezes com dinheiro público, para denegrir o máximo a imagem da pessoa.

Talvez, no caso do Trump, o grupo que o atacou, para não haver mais confrontos diretos, viu como única forma de pará-lo tirando a sua vida, pois o grupo que o apoia está convencendo o eleitor e qualquer fato na mídia teria um confronto direto com o ex-presidente, sempre rebatendo as acusações.

A ideia não é defender uma candidatura do Trump, mas aclarar como as coisas acontecem. Quando se tem pessoas idealistas com ideologias que buscam aplicar no dia-a-dia, não se importando com dinheiro ou cargos, isso traz um enorme risco ao poder daqueles que buscam se perpetuar, como se fossem tiranos.

Para se resguardarem, criam formas de adentrar aos órgãos de controle e fiscalização, evitando terem suas vidas investigadas. Por isso a necessidade de lutar pelo poder, ajustando de duas formas, com “carguismo” ou dinheiro que, em 100% das vezes, origina-se de desvios dos recursos públicos.

O ataque presidencial nos EUA não se difere dos ataques que inúmeras pessoas em municípios brasileiros vêm sofrendo. Não lhes retirando a vida, mas sim ameaçando e perseguindo todos aqueles que estão próximos, para isolar o idealista e retirar qualquer ameaça de perder em uma disputa.

Esse recrutamento, feito por pessoas que estão no alto escalão, serve para corrompê-las, amarrando de forma salarial no cargo, ou ameaçadora, cercando para não ser a novidade, ou tirar o máximo de força de apoios que receberá pelas atitudes de mudar uma forma de conduzir uma gestão.

Existe um ditado sobre cachorros de fazenda: vivem brigando entre si, mas quando aparece outro cachorro de fora, se unem para brigar com este. Assim é com os idealistas que, ao alavancarem apoios naturais - os que brigavam - se unem para não deixar o idealista na sua guinada, começando os ataques de forma gradativa.

Já os poderosos são aqueles que lideram um grupo que em algum momento vai implodir, por passar falsa impressão aos seus asseclas, que fazer o errado em desviar recursos públicos, praticar lobby com tráfico de influência, para manter facilidades a troco de dinheiro público, não terão uma penalização, por supostamente sentirem que seu mandante poderoso controla os órgãos de fiscalização e até mesmo o Poder Judiciário.

Quando começa a implosão, o poderoso começa a estratégia de dizer que não sabia, ou que não tinha contato com os asseclas, que agiam a seu mando, com total liberdade de praticar crimes, de quase toda espécie, mas que a saga da falsa impressão, tapou os olhos e, por fim, ficaram à mingua se lamentado e pedindo perdão pelo erro.

Os idealistas são as pessoas que almejam colocar em prática uma ideologia, muitas vezes de forma mais técnica, para mostrar que existe uma forma melhor de se trabalhar, mais honesta de gerir a coisa pública, por isso a afronta dos poderosos.

A única diferença a ser observada, como citada no livro “A mente naufragada”, de Mark Lilla, e que não pode ser confundida, reside entre o reacionário, pois na sua visão o que efetivamente vale à pena é um passado glorioso, mas na realidade somente existe em sua mente, ou seja, faz tudo em nome do passado.

O revolucionário, por sua vez, também é exilado do tempo. Contudo, ele somente enxerga um futuro paradisíaco a ser contemplado em sua inteireza mediante acolhimento de ideologia. Ambos possuem a anacronia: isto é, não vivem, nunca, o tempo presente.

Finalizando, em seu livro Lilla escreve que toda mente naufragada é nostálgica politicamente, na medida que ele acredita na existência de era dourada inalcançável que existe no passado para o reacionário e num futuro iluminado para o revolucionário.

O que o idealista faz é buscar fazer a coisa certa, que difere dos poderosos, que não buscam um ideal para todos, mas sim manter o poder para si.

Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

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