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Defesa de perito pede que Moraes seja impedido de relatar inquérito das mensagens vazadas


Advogado Eduardo Kuntz, que representa Eduardo Tagliaferro, afirma que ministro tem ‘nítido interesse na causa’ e que investigação deveria ser arquivada por vício formal

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

A defesa do perito Eduardo Tagliaferro pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja impedido de conduzir a investigação sobre o vazamento de mensagens do seu gabinete, “pelo seu nítido interesse na causa”.

O advogado Eduardo Kuntz afirma que o ministro abriu o inquérito para apurar mensagens “que lhe são profissionalmente desabonadoras e lhe infligem receio pessoal, numa possível tentativa de valer-se do exercício jurisdicional para evitar a confirmação do caráter arbitrário da sua atuação”.

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Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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“Assim, é inequívoco que o i. Ministro Alexandre de Moraes (...) possui claro e inevitável interesse no deslinde desse Inquérito. Por consequência, está ele legalmente impedido de exercer atos jurisdicionais no caso”, diz um trecho do pedido.

O perito computacional Eduardo Tagliaferro ao lado do ministro Alexandre de Moraes. Foto: @edutagliaferro via Instagram

A defesa pede que o inquérito seja anulado, porque foi aberto de ofício pelo ministro, ou seja, sem a provocação de órgãos de investigação, como o Ministério Público. O advogado considera que essa prerrogativa deveria ser exercida exclusivamente pelo presidente do tribunal.

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Como alternativa, caso o inquérito não seja encerrado, a defesa de Eduardo Tagliaferro pede que a investigação seja redistribuída ao gabinete de outro ministro e que todos os atos processuais assinados por Alexandre de Moraes sejam declarados nulos.

Reautuação de inquérito das mensagens vazadas como petição Foto: Reprodução/STF
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A investigação sobre a divulgação dos diálogos foi associada ao inquérito das fake news, que investiga ataques, ofensas e ameaças aos ministros. Alexandre de Moraes justificou que o “vazamento deliberado de informações” pode estar associado a uma “atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Como mostrou a Coluna do Estadão, colegas do STF avaliam que Moraes deveria abrir mão da relatoria do caso para evitar desgastes ou questionamentos sobre sua atuação.

Ontem, o ministro determinou a reautuação do inquérito como petição, o que na avaliação da defesa é uma estratégia para manter a investigação em seu gabinete. “Essa verdadeira, em tese, ‘chicana processual’ possivelmente trata-se de uma clara tentativa de evitar que o feito saia de sua relatoria e seja mantido o seu ‘intocável poder’.”

A defesa do perito Eduardo Tagliaferro pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja impedido de conduzir a investigação sobre o vazamento de mensagens do seu gabinete, “pelo seu nítido interesse na causa”.

O advogado Eduardo Kuntz afirma que o ministro abriu o inquérito para apurar mensagens “que lhe são profissionalmente desabonadoras e lhe infligem receio pessoal, numa possível tentativa de valer-se do exercício jurisdicional para evitar a confirmação do caráter arbitrário da sua atuação”.

Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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“Assim, é inequívoco que o i. Ministro Alexandre de Moraes (...) possui claro e inevitável interesse no deslinde desse Inquérito. Por consequência, está ele legalmente impedido de exercer atos jurisdicionais no caso”, diz um trecho do pedido.

O perito computacional Eduardo Tagliaferro ao lado do ministro Alexandre de Moraes. Foto: @edutagliaferro via Instagram

A defesa pede que o inquérito seja anulado, porque foi aberto de ofício pelo ministro, ou seja, sem a provocação de órgãos de investigação, como o Ministério Público. O advogado considera que essa prerrogativa deveria ser exercida exclusivamente pelo presidente do tribunal.

Como alternativa, caso o inquérito não seja encerrado, a defesa de Eduardo Tagliaferro pede que a investigação seja redistribuída ao gabinete de outro ministro e que todos os atos processuais assinados por Alexandre de Moraes sejam declarados nulos.

Reautuação de inquérito das mensagens vazadas como petição Foto: Reprodução/STF

A investigação sobre a divulgação dos diálogos foi associada ao inquérito das fake news, que investiga ataques, ofensas e ameaças aos ministros. Alexandre de Moraes justificou que o “vazamento deliberado de informações” pode estar associado a uma “atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Como mostrou a Coluna do Estadão, colegas do STF avaliam que Moraes deveria abrir mão da relatoria do caso para evitar desgastes ou questionamentos sobre sua atuação.

Ontem, o ministro determinou a reautuação do inquérito como petição, o que na avaliação da defesa é uma estratégia para manter a investigação em seu gabinete. “Essa verdadeira, em tese, ‘chicana processual’ possivelmente trata-se de uma clara tentativa de evitar que o feito saia de sua relatoria e seja mantido o seu ‘intocável poder’.”

A defesa do perito Eduardo Tagliaferro pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja impedido de conduzir a investigação sobre o vazamento de mensagens do seu gabinete, “pelo seu nítido interesse na causa”.

O advogado Eduardo Kuntz afirma que o ministro abriu o inquérito para apurar mensagens “que lhe são profissionalmente desabonadoras e lhe infligem receio pessoal, numa possível tentativa de valer-se do exercício jurisdicional para evitar a confirmação do caráter arbitrário da sua atuação”.

Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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“Assim, é inequívoco que o i. Ministro Alexandre de Moraes (...) possui claro e inevitável interesse no deslinde desse Inquérito. Por consequência, está ele legalmente impedido de exercer atos jurisdicionais no caso”, diz um trecho do pedido.

O perito computacional Eduardo Tagliaferro ao lado do ministro Alexandre de Moraes. Foto: @edutagliaferro via Instagram

A defesa pede que o inquérito seja anulado, porque foi aberto de ofício pelo ministro, ou seja, sem a provocação de órgãos de investigação, como o Ministério Público. O advogado considera que essa prerrogativa deveria ser exercida exclusivamente pelo presidente do tribunal.

Como alternativa, caso o inquérito não seja encerrado, a defesa de Eduardo Tagliaferro pede que a investigação seja redistribuída ao gabinete de outro ministro e que todos os atos processuais assinados por Alexandre de Moraes sejam declarados nulos.

Reautuação de inquérito das mensagens vazadas como petição Foto: Reprodução/STF

A investigação sobre a divulgação dos diálogos foi associada ao inquérito das fake news, que investiga ataques, ofensas e ameaças aos ministros. Alexandre de Moraes justificou que o “vazamento deliberado de informações” pode estar associado a uma “atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Como mostrou a Coluna do Estadão, colegas do STF avaliam que Moraes deveria abrir mão da relatoria do caso para evitar desgastes ou questionamentos sobre sua atuação.

Ontem, o ministro determinou a reautuação do inquérito como petição, o que na avaliação da defesa é uma estratégia para manter a investigação em seu gabinete. “Essa verdadeira, em tese, ‘chicana processual’ possivelmente trata-se de uma clara tentativa de evitar que o feito saia de sua relatoria e seja mantido o seu ‘intocável poder’.”

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