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Delator entregou planinhas de pagamentos de caixa 2 para campanhas de Alckmin


Veja as tabelas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, entregues à Lava Jato, que registram supostos repasses que totalizaram R$ 10 milhões, feitos em 2010 e 2014, para os codinomes 'Belém' e 'M&M'

Por Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Julia Affonso
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

O chefão do setor de infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior entregou à Operação Lava Jato cópias dos registros de pagamentos de caixa 2 para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), das planilhas do Setor de Operações Estruturadas - o chamado por investigadores "departamento de propinas".

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São as provas de corroboração do que disseram três delatores da Odebrecht sobre pagamentos acertados e efetuados para as campanhas de 2010, de R$ 2 milhões, para o codinome "Belém", e de 2014, de R$ 8,3 milhões, para o codinome "M&M".

 Foto: Estadão
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Alckmin foi citado por três delatores da Odebrecht. O caso foi enviado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem competência para analisar a abertura de uma investigação criminal contra ele, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato.

"M&M", segundo o delator, pode ser referência ao nome de Marcos Monteiro, que foi o interlocutor de Alckmin no suposto acerto da doação de R$ 10 milhões para a campanha de 2014. Monteiro era, na época, titular da Imprensa Oficial do Estado e é, atualmente, secretário de Planejamento do Estado. Efetivamente, o valor pago foi de R$ 8,3 milhões, segundo os delatores.

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Nas planilhas, além do codinome M&M há registro das datas de entrega, as senhas usadas para o recebimento dos valores e referências às obras Linhas 6 do Metrô e Emissário Praia Grande relacionados aos pagamentos.

 

 

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"O diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela região Sul e o Estado de São Paulo, Luiz Antonio Bueno Junior, me relatou que foi procurado por Marcos Monteiro", contou o delator. "Para solicitação de contribuição de campanha para o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, no valor de R$ 10 milhões."

Interesses. BJ afirma que o propósito da aprovação da doação "era a proeminência de Geraldo Alckmin no cenário nacional, a sua liderança e de seu partido no Estado de São Paulo"."Também era garantir interlocução qualificada na discussão dos projetos vislumbrados como participação na nova rodada de concessão rodoviária no estado, novas participações em projetos com parceria da Sabesp e potenciais novas concessões de trens regionais."

O delator afirmou que "em todos esses segmentos no ano de 2015" a Odebrecht teve "oportunidade de discutir antecipadamente com o governo estes projetos, modelo de contratação, fontes de financiamento etc."

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"Considerando o perfil progressista de Geraldo Alckmin, candidato ao governo do Estado de São Pualo em 2010, incentivador das parcerias público privadas, com objetivo de promover investimentos na área de infraestruturas, o que era de interesse da companhia, foi realizada contribuição para as campanhas por meio de caixa 2, em espécia", afirmou BJ em seu anexo sobre o caso.

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"Nosso objetivo com doações ao candidato Geraldo Alckmin era manter a companhia em bem posicionada em termos de relacionamento, comparativamente com as duas outras estrelas do PSDB - Aécio Neves e José Serra."

Belém. Além de BJ, outros dois delatores, os executivos Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, citaram os pagamentos de caixa 2 para as campanhas de Alckmin.

 

reference

O delator Carlos Armando Guedes Paschoal afirmou que foi a um reunião com Aluizio Araújo, conselheiro do grupo morto em 2014, com Alckmin em escritório na Avenida 9 de Julho.

 

"Encerrado o encontro, Geraldo Alckmin determinou pessoalmente à sua secretária que me passasse os dados de contato de Adhemar Ribeiro, seu cunhado, o qual seria incumbido dos recebimentos", disse Paschoal. "Os pagamentos desse valor foram realizados com recursos de caixa 2 e foram acertados com Adhemar Ribeiro, que definia os locais de entregas dos recebimentos."

 

 

 

COM A PALAVRA, GERALDO ALCKMIN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou qualquer irregularidade, por meio de nota.

"Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei."

COM A PALAVRA, MARCOS MONTEIRO

O secretário de Planejamento do governo de São Paulo, Marcos Monteiro, afirmou as contas da campanha de 2014 do governador Geraldo Alckmin foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

"A gestão financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo TRE."

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

O chefão do setor de infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior entregou à Operação Lava Jato cópias dos registros de pagamentos de caixa 2 para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), das planilhas do Setor de Operações Estruturadas - o chamado por investigadores "departamento de propinas".

São as provas de corroboração do que disseram três delatores da Odebrecht sobre pagamentos acertados e efetuados para as campanhas de 2010, de R$ 2 milhões, para o codinome "Belém", e de 2014, de R$ 8,3 milhões, para o codinome "M&M".

 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

 

Alckmin foi citado por três delatores da Odebrecht. O caso foi enviado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem competência para analisar a abertura de uma investigação criminal contra ele, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato.

"M&M", segundo o delator, pode ser referência ao nome de Marcos Monteiro, que foi o interlocutor de Alckmin no suposto acerto da doação de R$ 10 milhões para a campanha de 2014. Monteiro era, na época, titular da Imprensa Oficial do Estado e é, atualmente, secretário de Planejamento do Estado. Efetivamente, o valor pago foi de R$ 8,3 milhões, segundo os delatores.

Nas planilhas, além do codinome M&M há registro das datas de entrega, as senhas usadas para o recebimento dos valores e referências às obras Linhas 6 do Metrô e Emissário Praia Grande relacionados aos pagamentos.

 

 

"O diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela região Sul e o Estado de São Paulo, Luiz Antonio Bueno Junior, me relatou que foi procurado por Marcos Monteiro", contou o delator. "Para solicitação de contribuição de campanha para o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, no valor de R$ 10 milhões."

Interesses. BJ afirma que o propósito da aprovação da doação "era a proeminência de Geraldo Alckmin no cenário nacional, a sua liderança e de seu partido no Estado de São Paulo"."Também era garantir interlocução qualificada na discussão dos projetos vislumbrados como participação na nova rodada de concessão rodoviária no estado, novas participações em projetos com parceria da Sabesp e potenciais novas concessões de trens regionais."

O delator afirmou que "em todos esses segmentos no ano de 2015" a Odebrecht teve "oportunidade de discutir antecipadamente com o governo estes projetos, modelo de contratação, fontes de financiamento etc."

 

"Considerando o perfil progressista de Geraldo Alckmin, candidato ao governo do Estado de São Pualo em 2010, incentivador das parcerias público privadas, com objetivo de promover investimentos na área de infraestruturas, o que era de interesse da companhia, foi realizada contribuição para as campanhas por meio de caixa 2, em espécia", afirmou BJ em seu anexo sobre o caso.

"Nosso objetivo com doações ao candidato Geraldo Alckmin era manter a companhia em bem posicionada em termos de relacionamento, comparativamente com as duas outras estrelas do PSDB - Aécio Neves e José Serra."

Belém. Além de BJ, outros dois delatores, os executivos Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, citaram os pagamentos de caixa 2 para as campanhas de Alckmin.

 

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O delator Carlos Armando Guedes Paschoal afirmou que foi a um reunião com Aluizio Araújo, conselheiro do grupo morto em 2014, com Alckmin em escritório na Avenida 9 de Julho.

 

"Encerrado o encontro, Geraldo Alckmin determinou pessoalmente à sua secretária que me passasse os dados de contato de Adhemar Ribeiro, seu cunhado, o qual seria incumbido dos recebimentos", disse Paschoal. "Os pagamentos desse valor foram realizados com recursos de caixa 2 e foram acertados com Adhemar Ribeiro, que definia os locais de entregas dos recebimentos."

 

 

 

COM A PALAVRA, GERALDO ALCKMIN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou qualquer irregularidade, por meio de nota.

"Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei."

COM A PALAVRA, MARCOS MONTEIRO

O secretário de Planejamento do governo de São Paulo, Marcos Monteiro, afirmou as contas da campanha de 2014 do governador Geraldo Alckmin foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

"A gestão financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo TRE."

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

O chefão do setor de infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior entregou à Operação Lava Jato cópias dos registros de pagamentos de caixa 2 para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), das planilhas do Setor de Operações Estruturadas - o chamado por investigadores "departamento de propinas".

São as provas de corroboração do que disseram três delatores da Odebrecht sobre pagamentos acertados e efetuados para as campanhas de 2010, de R$ 2 milhões, para o codinome "Belém", e de 2014, de R$ 8,3 milhões, para o codinome "M&M".

 Foto: Estadão
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Alckmin foi citado por três delatores da Odebrecht. O caso foi enviado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem competência para analisar a abertura de uma investigação criminal contra ele, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato.

"M&M", segundo o delator, pode ser referência ao nome de Marcos Monteiro, que foi o interlocutor de Alckmin no suposto acerto da doação de R$ 10 milhões para a campanha de 2014. Monteiro era, na época, titular da Imprensa Oficial do Estado e é, atualmente, secretário de Planejamento do Estado. Efetivamente, o valor pago foi de R$ 8,3 milhões, segundo os delatores.

Nas planilhas, além do codinome M&M há registro das datas de entrega, as senhas usadas para o recebimento dos valores e referências às obras Linhas 6 do Metrô e Emissário Praia Grande relacionados aos pagamentos.

 

 

"O diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela região Sul e o Estado de São Paulo, Luiz Antonio Bueno Junior, me relatou que foi procurado por Marcos Monteiro", contou o delator. "Para solicitação de contribuição de campanha para o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, no valor de R$ 10 milhões."

Interesses. BJ afirma que o propósito da aprovação da doação "era a proeminência de Geraldo Alckmin no cenário nacional, a sua liderança e de seu partido no Estado de São Paulo"."Também era garantir interlocução qualificada na discussão dos projetos vislumbrados como participação na nova rodada de concessão rodoviária no estado, novas participações em projetos com parceria da Sabesp e potenciais novas concessões de trens regionais."

O delator afirmou que "em todos esses segmentos no ano de 2015" a Odebrecht teve "oportunidade de discutir antecipadamente com o governo estes projetos, modelo de contratação, fontes de financiamento etc."

 

"Considerando o perfil progressista de Geraldo Alckmin, candidato ao governo do Estado de São Pualo em 2010, incentivador das parcerias público privadas, com objetivo de promover investimentos na área de infraestruturas, o que era de interesse da companhia, foi realizada contribuição para as campanhas por meio de caixa 2, em espécia", afirmou BJ em seu anexo sobre o caso.

"Nosso objetivo com doações ao candidato Geraldo Alckmin era manter a companhia em bem posicionada em termos de relacionamento, comparativamente com as duas outras estrelas do PSDB - Aécio Neves e José Serra."

Belém. Além de BJ, outros dois delatores, os executivos Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, citaram os pagamentos de caixa 2 para as campanhas de Alckmin.

 

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O delator Carlos Armando Guedes Paschoal afirmou que foi a um reunião com Aluizio Araújo, conselheiro do grupo morto em 2014, com Alckmin em escritório na Avenida 9 de Julho.

 

"Encerrado o encontro, Geraldo Alckmin determinou pessoalmente à sua secretária que me passasse os dados de contato de Adhemar Ribeiro, seu cunhado, o qual seria incumbido dos recebimentos", disse Paschoal. "Os pagamentos desse valor foram realizados com recursos de caixa 2 e foram acertados com Adhemar Ribeiro, que definia os locais de entregas dos recebimentos."

 

 

 

COM A PALAVRA, GERALDO ALCKMIN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou qualquer irregularidade, por meio de nota.

"Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei."

COM A PALAVRA, MARCOS MONTEIRO

O secretário de Planejamento do governo de São Paulo, Marcos Monteiro, afirmou as contas da campanha de 2014 do governador Geraldo Alckmin foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

"A gestão financeira da campanha de 2014 foi feita dentro da lei e todas as contas foram aprovadas pelo TRE."

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