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Delcídio é o terceiro senador cassado desde a redemocratização


Ex-líder do governo Dilma entra para a lista que inclui Luiz Estevão, que atualmente cumpre pena de 31 anos de prisão por desvios no Fórum Trabalhista de São Paulo e Demóstenes Torres (ex-DEM)

Por Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Delcídio Amaral. Foto: Cadu Gomes/EFE

Com a histórica decisão desta terça-feira, 10, de cassar o mandato do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido), já é a terceira vez que o Senado cassa o mandato de um parlamentar desde a redemocratização, em 1989. Os outros dois casos foram o do ex-senador Luiz Estevão (ex-PP e ex-PMDB), o primeiro a sofrer a sanção,em junho de 2000, e de Demóstenes Torres (ex-DEM). Nos três casos o motivo foi o mesmo, quebra de decoro parlamentar.

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Foram 52 votos pela cassação do mandato de Estevão, 18 contra e 10 abstenções. No caso de Estevão a acusação que levou à perda de seu mandato foi por ele ter mentido na Casa sobre seu envolvimento no desvio de verba destinada à construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Luiz Estevão. Foto: Estadão
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Em fevereiro de 2016, a Justiça Federal em São Paulo determinou a prisão de Estevão, que atualmente cumpre pena de 31 anos por desvio de verbas do Fórum Trabalhista de São Paulo.

[veja_tambem]

Doze anos depois da cassação de Estevão, em julho de 2012, foi a vez o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) perder o mandato por 56 votos favoráveis à perda, 19 contrários e 5 abstenções. O ex-parlamentar, que até então posava como "paladino da ética" na Casa foi condenado sob a acusação de mentir a colegas, receber vantagens indevidas e usar o mandato para defender interesses de Carlinhos Cachoeira, contraventor que atuava com jogos de azar e foi alvo da operação Monte Carlo.

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Demóstenes Torres. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A Monte Carlos foi deflagrada naquele ano e que revelou a ligação de Demóstenes com um esquema criminoso liderado por Cachoeira em Goiás e no Distrito Federal.

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Sua cassação ocorreu três meses após admitir que era só "amigo do empresário", em referência a Cachoeira. A Monte Carlo flagrou 416 conversas telefônicas entre Demóstenes e Cachoeira. Conhecido na maior parte dos seus nove anos e meio de mandato por ser implacável na cobrança aos pares, no dia de sua cassação, em plenário, Demóstenes chegou a pedir perdão em seu no discurso a quem "levianamente" agrediu.

Diferente de Estevão, que está preso e condenado, e de Delcídio, que chegou a ser preso ano passado e fez um acordo de delação premiada, Demóstenes nunca foi preso pelas autoridades e não responde a nenhuma ação penal. Ele, contudo, está inelegível até 2027.

Delator. Diferente dos outros casos, Delcídio foi o único em que a votação pela sua cassação foi aberta e o único que fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo STF no qual fez acusações contra a presidente da República Dilma Rousseff, seu vice Michel Temer, o ex-presidente Lula, a cúpula do PMDB no Senado, incluindo Renan Calheiros, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente do PSDB Aécio Neves.

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Suas acusações estão entre as mais fortes de toda a Lava Jato e deram origem a dezenas de inquéritos perante o SupremoTribunal Federal contra políticos da base e da oposição do governo federal

Delcídio Amaral. Foto: Cadu Gomes/EFE

Com a histórica decisão desta terça-feira, 10, de cassar o mandato do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido), já é a terceira vez que o Senado cassa o mandato de um parlamentar desde a redemocratização, em 1989. Os outros dois casos foram o do ex-senador Luiz Estevão (ex-PP e ex-PMDB), o primeiro a sofrer a sanção,em junho de 2000, e de Demóstenes Torres (ex-DEM). Nos três casos o motivo foi o mesmo, quebra de decoro parlamentar.

Foram 52 votos pela cassação do mandato de Estevão, 18 contra e 10 abstenções. No caso de Estevão a acusação que levou à perda de seu mandato foi por ele ter mentido na Casa sobre seu envolvimento no desvio de verba destinada à construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Luiz Estevão. Foto: Estadão

Em fevereiro de 2016, a Justiça Federal em São Paulo determinou a prisão de Estevão, que atualmente cumpre pena de 31 anos por desvio de verbas do Fórum Trabalhista de São Paulo.

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Doze anos depois da cassação de Estevão, em julho de 2012, foi a vez o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) perder o mandato por 56 votos favoráveis à perda, 19 contrários e 5 abstenções. O ex-parlamentar, que até então posava como "paladino da ética" na Casa foi condenado sob a acusação de mentir a colegas, receber vantagens indevidas e usar o mandato para defender interesses de Carlinhos Cachoeira, contraventor que atuava com jogos de azar e foi alvo da operação Monte Carlo.

Demóstenes Torres. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A Monte Carlos foi deflagrada naquele ano e que revelou a ligação de Demóstenes com um esquema criminoso liderado por Cachoeira em Goiás e no Distrito Federal.

Sua cassação ocorreu três meses após admitir que era só "amigo do empresário", em referência a Cachoeira. A Monte Carlo flagrou 416 conversas telefônicas entre Demóstenes e Cachoeira. Conhecido na maior parte dos seus nove anos e meio de mandato por ser implacável na cobrança aos pares, no dia de sua cassação, em plenário, Demóstenes chegou a pedir perdão em seu no discurso a quem "levianamente" agrediu.

Diferente de Estevão, que está preso e condenado, e de Delcídio, que chegou a ser preso ano passado e fez um acordo de delação premiada, Demóstenes nunca foi preso pelas autoridades e não responde a nenhuma ação penal. Ele, contudo, está inelegível até 2027.

Delator. Diferente dos outros casos, Delcídio foi o único em que a votação pela sua cassação foi aberta e o único que fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo STF no qual fez acusações contra a presidente da República Dilma Rousseff, seu vice Michel Temer, o ex-presidente Lula, a cúpula do PMDB no Senado, incluindo Renan Calheiros, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente do PSDB Aécio Neves.

Suas acusações estão entre as mais fortes de toda a Lava Jato e deram origem a dezenas de inquéritos perante o SupremoTribunal Federal contra políticos da base e da oposição do governo federal

Delcídio Amaral. Foto: Cadu Gomes/EFE

Com a histórica decisão desta terça-feira, 10, de cassar o mandato do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido), já é a terceira vez que o Senado cassa o mandato de um parlamentar desde a redemocratização, em 1989. Os outros dois casos foram o do ex-senador Luiz Estevão (ex-PP e ex-PMDB), o primeiro a sofrer a sanção,em junho de 2000, e de Demóstenes Torres (ex-DEM). Nos três casos o motivo foi o mesmo, quebra de decoro parlamentar.

Foram 52 votos pela cassação do mandato de Estevão, 18 contra e 10 abstenções. No caso de Estevão a acusação que levou à perda de seu mandato foi por ele ter mentido na Casa sobre seu envolvimento no desvio de verba destinada à construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Luiz Estevão. Foto: Estadão

Em fevereiro de 2016, a Justiça Federal em São Paulo determinou a prisão de Estevão, que atualmente cumpre pena de 31 anos por desvio de verbas do Fórum Trabalhista de São Paulo.

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Doze anos depois da cassação de Estevão, em julho de 2012, foi a vez o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) perder o mandato por 56 votos favoráveis à perda, 19 contrários e 5 abstenções. O ex-parlamentar, que até então posava como "paladino da ética" na Casa foi condenado sob a acusação de mentir a colegas, receber vantagens indevidas e usar o mandato para defender interesses de Carlinhos Cachoeira, contraventor que atuava com jogos de azar e foi alvo da operação Monte Carlo.

Demóstenes Torres. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A Monte Carlos foi deflagrada naquele ano e que revelou a ligação de Demóstenes com um esquema criminoso liderado por Cachoeira em Goiás e no Distrito Federal.

Sua cassação ocorreu três meses após admitir que era só "amigo do empresário", em referência a Cachoeira. A Monte Carlo flagrou 416 conversas telefônicas entre Demóstenes e Cachoeira. Conhecido na maior parte dos seus nove anos e meio de mandato por ser implacável na cobrança aos pares, no dia de sua cassação, em plenário, Demóstenes chegou a pedir perdão em seu no discurso a quem "levianamente" agrediu.

Diferente de Estevão, que está preso e condenado, e de Delcídio, que chegou a ser preso ano passado e fez um acordo de delação premiada, Demóstenes nunca foi preso pelas autoridades e não responde a nenhuma ação penal. Ele, contudo, está inelegível até 2027.

Delator. Diferente dos outros casos, Delcídio foi o único em que a votação pela sua cassação foi aberta e o único que fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e homologado pelo STF no qual fez acusações contra a presidente da República Dilma Rousseff, seu vice Michel Temer, o ex-presidente Lula, a cúpula do PMDB no Senado, incluindo Renan Calheiros, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente do PSDB Aécio Neves.

Suas acusações estão entre as mais fortes de toda a Lava Jato e deram origem a dezenas de inquéritos perante o SupremoTribunal Federal contra políticos da base e da oposição do governo federal

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