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Marcos do Val afirma à PF que Bolsonaro 'não mostrou contrariedade' ao plano golpista proposto por Daniel Silveira


Senador do Podemos (ES) detalhou reunião que, segundo ele, ocorreu no dia 9 de dezembro com o ex-presidente e o ex-deputado, preso nesta quinta-feira, 2; ele disse que se encontrou duas vezes com o ministro Alexandre de Moraes para falar sobre o caso

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
 Foto: Wilton Júnior/Estadão

Após narrativas desencontradas sobre um suposto plano golpista atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu sua versão oficial em depoimento prestado nesta quinta-feira, 2, à Polícia Federal (PF).

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Ele afirmou que recebeu um convite de Bolsonaro, por intermédio do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), para uma reunião que teria ocorrido no dia 9 de dezembro. O senador não soube dizer exatamente o local do encontro, se era a 'residência oficial, casa de lazer ou outra'.

Do Val declarou que apenas Bolsonaro e Daniel Silveira estavam presentes na reunião. Na versão do senador, o então deputado teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. "Teria um carro com os equipamentos para fazer a captação do áudio e gravação", detalhou o senador. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

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Ex-presidente Jair Bolsonaro com o deputado Daniel Silveira. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO  

Ele alega que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

O único momento em que Bolsonaro se manifestou, segundo o depoimento, foi quando Do Val afirmou que precisaria de alguns dias para dar uma resposta - o que, de acordo com o senador, foi dito para 'encerrar o assunto'. "O ex-presidente respondeu que o aguardaria", diz o termo de depoimento. O parlamentar afirma que respondeu no final de semana que não participaria do plano, classificado por ele como uma 'proposta esdrúxula', e que, por mensagens, Daniel Silveira ainda teria tentado dissuadi-lo.

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"Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas. Tranquilize-se. Essa missão, nem o Flávio saberá", teria escrito Daniel Silveira. O senador, no entanto, negou no depoimento saber quem seriam essas pessoas, mas 'achou que podia se tratar de membros do GSI' (Gabinete de Segurança Institucional).

Marcos do Val alega ainda que se encontrou duas vezes com Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre o caso, uma antes da reunião e uma após ter ouvido o plano, e que o ministro 'fez uma expressão de supresa pelo absurdo da situação'. O senador afirma que não recebeu nenhum pedido para formalizar a denúncia.

 Foto: Wilton Júnior/Estadão

Após narrativas desencontradas sobre um suposto plano golpista atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu sua versão oficial em depoimento prestado nesta quinta-feira, 2, à Polícia Federal (PF).

Ele afirmou que recebeu um convite de Bolsonaro, por intermédio do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), para uma reunião que teria ocorrido no dia 9 de dezembro. O senador não soube dizer exatamente o local do encontro, se era a 'residência oficial, casa de lazer ou outra'.

Do Val declarou que apenas Bolsonaro e Daniel Silveira estavam presentes na reunião. Na versão do senador, o então deputado teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. "Teria um carro com os equipamentos para fazer a captação do áudio e gravação", detalhou o senador. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

Ex-presidente Jair Bolsonaro com o deputado Daniel Silveira. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO  

Ele alega que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

O único momento em que Bolsonaro se manifestou, segundo o depoimento, foi quando Do Val afirmou que precisaria de alguns dias para dar uma resposta - o que, de acordo com o senador, foi dito para 'encerrar o assunto'. "O ex-presidente respondeu que o aguardaria", diz o termo de depoimento. O parlamentar afirma que respondeu no final de semana que não participaria do plano, classificado por ele como uma 'proposta esdrúxula', e que, por mensagens, Daniel Silveira ainda teria tentado dissuadi-lo.

"Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas. Tranquilize-se. Essa missão, nem o Flávio saberá", teria escrito Daniel Silveira. O senador, no entanto, negou no depoimento saber quem seriam essas pessoas, mas 'achou que podia se tratar de membros do GSI' (Gabinete de Segurança Institucional).

Marcos do Val alega ainda que se encontrou duas vezes com Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre o caso, uma antes da reunião e uma após ter ouvido o plano, e que o ministro 'fez uma expressão de supresa pelo absurdo da situação'. O senador afirma que não recebeu nenhum pedido para formalizar a denúncia.

 Foto: Wilton Júnior/Estadão

Após narrativas desencontradas sobre um suposto plano golpista atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu sua versão oficial em depoimento prestado nesta quinta-feira, 2, à Polícia Federal (PF).

Ele afirmou que recebeu um convite de Bolsonaro, por intermédio do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), para uma reunião que teria ocorrido no dia 9 de dezembro. O senador não soube dizer exatamente o local do encontro, se era a 'residência oficial, casa de lazer ou outra'.

Do Val declarou que apenas Bolsonaro e Daniel Silveira estavam presentes na reunião. Na versão do senador, o então deputado teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. "Teria um carro com os equipamentos para fazer a captação do áudio e gravação", detalhou o senador. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

Ex-presidente Jair Bolsonaro com o deputado Daniel Silveira. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO  

Ele alega que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

O único momento em que Bolsonaro se manifestou, segundo o depoimento, foi quando Do Val afirmou que precisaria de alguns dias para dar uma resposta - o que, de acordo com o senador, foi dito para 'encerrar o assunto'. "O ex-presidente respondeu que o aguardaria", diz o termo de depoimento. O parlamentar afirma que respondeu no final de semana que não participaria do plano, classificado por ele como uma 'proposta esdrúxula', e que, por mensagens, Daniel Silveira ainda teria tentado dissuadi-lo.

"Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas. Tranquilize-se. Essa missão, nem o Flávio saberá", teria escrito Daniel Silveira. O senador, no entanto, negou no depoimento saber quem seriam essas pessoas, mas 'achou que podia se tratar de membros do GSI' (Gabinete de Segurança Institucional).

Marcos do Val alega ainda que se encontrou duas vezes com Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre o caso, uma antes da reunião e uma após ter ouvido o plano, e que o ministro 'fez uma expressão de supresa pelo absurdo da situação'. O senador afirma que não recebeu nenhum pedido para formalizar a denúncia.

 Foto: Wilton Júnior/Estadão

Após narrativas desencontradas sobre um suposto plano golpista atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu sua versão oficial em depoimento prestado nesta quinta-feira, 2, à Polícia Federal (PF).

Ele afirmou que recebeu um convite de Bolsonaro, por intermédio do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), para uma reunião que teria ocorrido no dia 9 de dezembro. O senador não soube dizer exatamente o local do encontro, se era a 'residência oficial, casa de lazer ou outra'.

Do Val declarou que apenas Bolsonaro e Daniel Silveira estavam presentes na reunião. Na versão do senador, o então deputado teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. "Teria um carro com os equipamentos para fazer a captação do áudio e gravação", detalhou o senador. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

Ex-presidente Jair Bolsonaro com o deputado Daniel Silveira. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO  

Ele alega que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

O único momento em que Bolsonaro se manifestou, segundo o depoimento, foi quando Do Val afirmou que precisaria de alguns dias para dar uma resposta - o que, de acordo com o senador, foi dito para 'encerrar o assunto'. "O ex-presidente respondeu que o aguardaria", diz o termo de depoimento. O parlamentar afirma que respondeu no final de semana que não participaria do plano, classificado por ele como uma 'proposta esdrúxula', e que, por mensagens, Daniel Silveira ainda teria tentado dissuadi-lo.

"Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas. Tranquilize-se. Essa missão, nem o Flávio saberá", teria escrito Daniel Silveira. O senador, no entanto, negou no depoimento saber quem seriam essas pessoas, mas 'achou que podia se tratar de membros do GSI' (Gabinete de Segurança Institucional).

Marcos do Val alega ainda que se encontrou duas vezes com Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre o caso, uma antes da reunião e uma após ter ouvido o plano, e que o ministro 'fez uma expressão de supresa pelo absurdo da situação'. O senador afirma que não recebeu nenhum pedido para formalizar a denúncia.

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