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Mulher de Mauro Cid admite que usou certificado falso de vacina, mas atribui fraudes ao marido


Gabriela Santiago Ribeiro Cid negou ter conhecimento de detalhes das adulterações

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:
Cartões de vacina da mulher de Mauro Cid que, segundo a PF, são ideologicamente falsos Foto: Foto: Reprodução

Ao contrário do marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gabriela Santiago Ribeiro Cid não ficou em silêncio no depoimento nesta sexta-feira, 19, sobre as fraudes nos cartões de vacina da covid-19.

Ela se apresentou na sede da Polícia Federal em Brasília nesta tarde, acompanhada dos advogados, e atribuiu as falsificações a Mauro Cid. Também admitiu que usou o certificado para embarcar aos Estados Unidos. O depoimento durou cerca de três horas.

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A investigação apontou que o primeiro comprovante de vacinação falsificado foi o de Gabriela no que seria um esquema para burlar exigências sanitárias em viagens internacionais durante a pandemia.

A versão de Gabriela é que ela de fato apresentou o certificado de imunização fraudado para viajar, mas que não sabe detalhes de como ele foi adulterado.

A PF identificou duas tentativas de inclusão de vacinas em nome dela: uma via Goiás e outra pelo Rio de Janeiro. Os investigadores cruzaram dados de geolocalização do celular de Gabriela e descobriram que, nas datas citadas nos cartões, em agosto e novembro de 2021, ela estava em Brasília – ou seja, não foi de fato vacinada.

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Os dados de vacinação das três filhas do casal, Beatriz, Giovana e Isabela, e do próprio Mauro Cid, também teriam sido fraudados. A PF encontrou ainda cartões adulterados em nome de Bolsonaro e da filha mais nova dele, Laura.

O ex-presidente já deu sua versão e atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no aplicativo ConecteSUS, usado para emitir os certificados. Os investigadores que trabalham no inquérito consideram que as provas reunidas até o momento contra o tenente-coronel são robustas. Resta saber se ele vai implicar Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens compareceu ontem para depor, mas decidiu ficar em silêncio. Mauro Cid e a mulher são defendidos pelos mesmos advogados, o que indica que, assim como Gabriela, ele também pode confessar os crimes em breve. O advogado Bernardo Fenelon, constituído pelo casal, não retornou contato da reportagem do Estadão.

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Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso preventivamente na investigação.  Foto: ADRIANO MACHADO

Cronologia

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O primeiro cartão em nome de Gabriela aponta duas doses da vacina Biotech supostamente aplicadas na cidade de Cabeceiras, que fica a cerca de 349 quilômetros da capital Goiânia. Os dados usados foram copiados do cartão de uma enfermeira, que foi de fato vacinada no município, segundo a investigação.

As doses seriam registradas no sistema integrado do Ministério da Saúde com a ajuda do segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, mas ele não conseguiu fazer o cadastro, porque os lotes destinados a Goiás não foram aceitos. Ele operava a plataforma pelo Rio de Janeiro e o sistema identificou a inconsistência.

Um segundo cartão foi falsificado, desta vez em Duque de Caxias (RJ), com duas doses da Pfizer. O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes teria conseguido o cartão em branco e os lotes que, segundo conversas de WhatsApp obtidas pela PF, foram copiados do certificado de um ‘amigo’.

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Coube ao então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, registrar os dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde.

No depoimento, Gabriela negou ter repassado o cartão falso para inclusão das informações no sistema integrado da Saúde. Ela afirmou que ‘não se recorda’ quem compartilhou os dados, mas declarou que ‘só poderia ter sido encaminhado por meio de Mauro Cid’. Disse ainda que não sabia o ‘local’ onde foi feita a inserção dos dados falsos e que não lembra de ter emitido o certificado de imunização no aplicativo ConecteSUS.

Cartões de vacina da mulher de Mauro Cid que, segundo a PF, são ideologicamente falsos Foto: Foto: Reprodução

Ao contrário do marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gabriela Santiago Ribeiro Cid não ficou em silêncio no depoimento nesta sexta-feira, 19, sobre as fraudes nos cartões de vacina da covid-19.

Ela se apresentou na sede da Polícia Federal em Brasília nesta tarde, acompanhada dos advogados, e atribuiu as falsificações a Mauro Cid. Também admitiu que usou o certificado para embarcar aos Estados Unidos. O depoimento durou cerca de três horas.

A investigação apontou que o primeiro comprovante de vacinação falsificado foi o de Gabriela no que seria um esquema para burlar exigências sanitárias em viagens internacionais durante a pandemia.

A versão de Gabriela é que ela de fato apresentou o certificado de imunização fraudado para viajar, mas que não sabe detalhes de como ele foi adulterado.

A PF identificou duas tentativas de inclusão de vacinas em nome dela: uma via Goiás e outra pelo Rio de Janeiro. Os investigadores cruzaram dados de geolocalização do celular de Gabriela e descobriram que, nas datas citadas nos cartões, em agosto e novembro de 2021, ela estava em Brasília – ou seja, não foi de fato vacinada.

Os dados de vacinação das três filhas do casal, Beatriz, Giovana e Isabela, e do próprio Mauro Cid, também teriam sido fraudados. A PF encontrou ainda cartões adulterados em nome de Bolsonaro e da filha mais nova dele, Laura.

O ex-presidente já deu sua versão e atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no aplicativo ConecteSUS, usado para emitir os certificados. Os investigadores que trabalham no inquérito consideram que as provas reunidas até o momento contra o tenente-coronel são robustas. Resta saber se ele vai implicar Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens compareceu ontem para depor, mas decidiu ficar em silêncio. Mauro Cid e a mulher são defendidos pelos mesmos advogados, o que indica que, assim como Gabriela, ele também pode confessar os crimes em breve. O advogado Bernardo Fenelon, constituído pelo casal, não retornou contato da reportagem do Estadão.

Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso preventivamente na investigação.  Foto: ADRIANO MACHADO

Cronologia

O primeiro cartão em nome de Gabriela aponta duas doses da vacina Biotech supostamente aplicadas na cidade de Cabeceiras, que fica a cerca de 349 quilômetros da capital Goiânia. Os dados usados foram copiados do cartão de uma enfermeira, que foi de fato vacinada no município, segundo a investigação.

As doses seriam registradas no sistema integrado do Ministério da Saúde com a ajuda do segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, mas ele não conseguiu fazer o cadastro, porque os lotes destinados a Goiás não foram aceitos. Ele operava a plataforma pelo Rio de Janeiro e o sistema identificou a inconsistência.

Um segundo cartão foi falsificado, desta vez em Duque de Caxias (RJ), com duas doses da Pfizer. O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes teria conseguido o cartão em branco e os lotes que, segundo conversas de WhatsApp obtidas pela PF, foram copiados do certificado de um ‘amigo’.

Coube ao então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, registrar os dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde.

No depoimento, Gabriela negou ter repassado o cartão falso para inclusão das informações no sistema integrado da Saúde. Ela afirmou que ‘não se recorda’ quem compartilhou os dados, mas declarou que ‘só poderia ter sido encaminhado por meio de Mauro Cid’. Disse ainda que não sabia o ‘local’ onde foi feita a inserção dos dados falsos e que não lembra de ter emitido o certificado de imunização no aplicativo ConecteSUS.

Cartões de vacina da mulher de Mauro Cid que, segundo a PF, são ideologicamente falsos Foto: Foto: Reprodução

Ao contrário do marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gabriela Santiago Ribeiro Cid não ficou em silêncio no depoimento nesta sexta-feira, 19, sobre as fraudes nos cartões de vacina da covid-19.

Ela se apresentou na sede da Polícia Federal em Brasília nesta tarde, acompanhada dos advogados, e atribuiu as falsificações a Mauro Cid. Também admitiu que usou o certificado para embarcar aos Estados Unidos. O depoimento durou cerca de três horas.

A investigação apontou que o primeiro comprovante de vacinação falsificado foi o de Gabriela no que seria um esquema para burlar exigências sanitárias em viagens internacionais durante a pandemia.

A versão de Gabriela é que ela de fato apresentou o certificado de imunização fraudado para viajar, mas que não sabe detalhes de como ele foi adulterado.

A PF identificou duas tentativas de inclusão de vacinas em nome dela: uma via Goiás e outra pelo Rio de Janeiro. Os investigadores cruzaram dados de geolocalização do celular de Gabriela e descobriram que, nas datas citadas nos cartões, em agosto e novembro de 2021, ela estava em Brasília – ou seja, não foi de fato vacinada.

Os dados de vacinação das três filhas do casal, Beatriz, Giovana e Isabela, e do próprio Mauro Cid, também teriam sido fraudados. A PF encontrou ainda cartões adulterados em nome de Bolsonaro e da filha mais nova dele, Laura.

O ex-presidente já deu sua versão e atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no aplicativo ConecteSUS, usado para emitir os certificados. Os investigadores que trabalham no inquérito consideram que as provas reunidas até o momento contra o tenente-coronel são robustas. Resta saber se ele vai implicar Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens compareceu ontem para depor, mas decidiu ficar em silêncio. Mauro Cid e a mulher são defendidos pelos mesmos advogados, o que indica que, assim como Gabriela, ele também pode confessar os crimes em breve. O advogado Bernardo Fenelon, constituído pelo casal, não retornou contato da reportagem do Estadão.

Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso preventivamente na investigação.  Foto: ADRIANO MACHADO

Cronologia

O primeiro cartão em nome de Gabriela aponta duas doses da vacina Biotech supostamente aplicadas na cidade de Cabeceiras, que fica a cerca de 349 quilômetros da capital Goiânia. Os dados usados foram copiados do cartão de uma enfermeira, que foi de fato vacinada no município, segundo a investigação.

As doses seriam registradas no sistema integrado do Ministério da Saúde com a ajuda do segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, mas ele não conseguiu fazer o cadastro, porque os lotes destinados a Goiás não foram aceitos. Ele operava a plataforma pelo Rio de Janeiro e o sistema identificou a inconsistência.

Um segundo cartão foi falsificado, desta vez em Duque de Caxias (RJ), com duas doses da Pfizer. O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes teria conseguido o cartão em branco e os lotes que, segundo conversas de WhatsApp obtidas pela PF, foram copiados do certificado de um ‘amigo’.

Coube ao então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, registrar os dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde.

No depoimento, Gabriela negou ter repassado o cartão falso para inclusão das informações no sistema integrado da Saúde. Ela afirmou que ‘não se recorda’ quem compartilhou os dados, mas declarou que ‘só poderia ter sido encaminhado por meio de Mauro Cid’. Disse ainda que não sabia o ‘local’ onde foi feita a inserção dos dados falsos e que não lembra de ter emitido o certificado de imunização no aplicativo ConecteSUS.

Cartões de vacina da mulher de Mauro Cid que, segundo a PF, são ideologicamente falsos Foto: Foto: Reprodução

Ao contrário do marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gabriela Santiago Ribeiro Cid não ficou em silêncio no depoimento nesta sexta-feira, 19, sobre as fraudes nos cartões de vacina da covid-19.

Ela se apresentou na sede da Polícia Federal em Brasília nesta tarde, acompanhada dos advogados, e atribuiu as falsificações a Mauro Cid. Também admitiu que usou o certificado para embarcar aos Estados Unidos. O depoimento durou cerca de três horas.

A investigação apontou que o primeiro comprovante de vacinação falsificado foi o de Gabriela no que seria um esquema para burlar exigências sanitárias em viagens internacionais durante a pandemia.

A versão de Gabriela é que ela de fato apresentou o certificado de imunização fraudado para viajar, mas que não sabe detalhes de como ele foi adulterado.

A PF identificou duas tentativas de inclusão de vacinas em nome dela: uma via Goiás e outra pelo Rio de Janeiro. Os investigadores cruzaram dados de geolocalização do celular de Gabriela e descobriram que, nas datas citadas nos cartões, em agosto e novembro de 2021, ela estava em Brasília – ou seja, não foi de fato vacinada.

Os dados de vacinação das três filhas do casal, Beatriz, Giovana e Isabela, e do próprio Mauro Cid, também teriam sido fraudados. A PF encontrou ainda cartões adulterados em nome de Bolsonaro e da filha mais nova dele, Laura.

O ex-presidente já deu sua versão e atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no aplicativo ConecteSUS, usado para emitir os certificados. Os investigadores que trabalham no inquérito consideram que as provas reunidas até o momento contra o tenente-coronel são robustas. Resta saber se ele vai implicar Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens compareceu ontem para depor, mas decidiu ficar em silêncio. Mauro Cid e a mulher são defendidos pelos mesmos advogados, o que indica que, assim como Gabriela, ele também pode confessar os crimes em breve. O advogado Bernardo Fenelon, constituído pelo casal, não retornou contato da reportagem do Estadão.

Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso preventivamente na investigação.  Foto: ADRIANO MACHADO

Cronologia

O primeiro cartão em nome de Gabriela aponta duas doses da vacina Biotech supostamente aplicadas na cidade de Cabeceiras, que fica a cerca de 349 quilômetros da capital Goiânia. Os dados usados foram copiados do cartão de uma enfermeira, que foi de fato vacinada no município, segundo a investigação.

As doses seriam registradas no sistema integrado do Ministério da Saúde com a ajuda do segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, mas ele não conseguiu fazer o cadastro, porque os lotes destinados a Goiás não foram aceitos. Ele operava a plataforma pelo Rio de Janeiro e o sistema identificou a inconsistência.

Um segundo cartão foi falsificado, desta vez em Duque de Caxias (RJ), com duas doses da Pfizer. O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes teria conseguido o cartão em branco e os lotes que, segundo conversas de WhatsApp obtidas pela PF, foram copiados do certificado de um ‘amigo’.

Coube ao então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, registrar os dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde.

No depoimento, Gabriela negou ter repassado o cartão falso para inclusão das informações no sistema integrado da Saúde. Ela afirmou que ‘não se recorda’ quem compartilhou os dados, mas declarou que ‘só poderia ter sido encaminhado por meio de Mauro Cid’. Disse ainda que não sabia o ‘local’ onde foi feita a inserção dos dados falsos e que não lembra de ter emitido o certificado de imunização no aplicativo ConecteSUS.

Cartões de vacina da mulher de Mauro Cid que, segundo a PF, são ideologicamente falsos Foto: Foto: Reprodução

Ao contrário do marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gabriela Santiago Ribeiro Cid não ficou em silêncio no depoimento nesta sexta-feira, 19, sobre as fraudes nos cartões de vacina da covid-19.

Ela se apresentou na sede da Polícia Federal em Brasília nesta tarde, acompanhada dos advogados, e atribuiu as falsificações a Mauro Cid. Também admitiu que usou o certificado para embarcar aos Estados Unidos. O depoimento durou cerca de três horas.

A investigação apontou que o primeiro comprovante de vacinação falsificado foi o de Gabriela no que seria um esquema para burlar exigências sanitárias em viagens internacionais durante a pandemia.

A versão de Gabriela é que ela de fato apresentou o certificado de imunização fraudado para viajar, mas que não sabe detalhes de como ele foi adulterado.

A PF identificou duas tentativas de inclusão de vacinas em nome dela: uma via Goiás e outra pelo Rio de Janeiro. Os investigadores cruzaram dados de geolocalização do celular de Gabriela e descobriram que, nas datas citadas nos cartões, em agosto e novembro de 2021, ela estava em Brasília – ou seja, não foi de fato vacinada.

Os dados de vacinação das três filhas do casal, Beatriz, Giovana e Isabela, e do próprio Mauro Cid, também teriam sido fraudados. A PF encontrou ainda cartões adulterados em nome de Bolsonaro e da filha mais nova dele, Laura.

O ex-presidente já deu sua versão e atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no aplicativo ConecteSUS, usado para emitir os certificados. Os investigadores que trabalham no inquérito consideram que as provas reunidas até o momento contra o tenente-coronel são robustas. Resta saber se ele vai implicar Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens compareceu ontem para depor, mas decidiu ficar em silêncio. Mauro Cid e a mulher são defendidos pelos mesmos advogados, o que indica que, assim como Gabriela, ele também pode confessar os crimes em breve. O advogado Bernardo Fenelon, constituído pelo casal, não retornou contato da reportagem do Estadão.

Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi preso preventivamente na investigação.  Foto: ADRIANO MACHADO

Cronologia

O primeiro cartão em nome de Gabriela aponta duas doses da vacina Biotech supostamente aplicadas na cidade de Cabeceiras, que fica a cerca de 349 quilômetros da capital Goiânia. Os dados usados foram copiados do cartão de uma enfermeira, que foi de fato vacinada no município, segundo a investigação.

As doses seriam registradas no sistema integrado do Ministério da Saúde com a ajuda do segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, mas ele não conseguiu fazer o cadastro, porque os lotes destinados a Goiás não foram aceitos. Ele operava a plataforma pelo Rio de Janeiro e o sistema identificou a inconsistência.

Um segundo cartão foi falsificado, desta vez em Duque de Caxias (RJ), com duas doses da Pfizer. O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes teria conseguido o cartão em branco e os lotes que, segundo conversas de WhatsApp obtidas pela PF, foram copiados do certificado de um ‘amigo’.

Coube ao então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, registrar os dados falsos de vacinação da família de Mauro Cid no sistema do Ministério da Saúde.

No depoimento, Gabriela negou ter repassado o cartão falso para inclusão das informações no sistema integrado da Saúde. Ela afirmou que ‘não se recorda’ quem compartilhou os dados, mas declarou que ‘só poderia ter sido encaminhado por meio de Mauro Cid’. Disse ainda que não sabia o ‘local’ onde foi feita a inserção dos dados falsos e que não lembra de ter emitido o certificado de imunização no aplicativo ConecteSUS.

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