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Deputadas vão à Justiça contra Carla Zambelli após publicação com 'elementos diabólicos' que as chamou de 'genocidas'


Sâmia Bomfim e Talíria Petrone, que repercutiram a descriminalização do aborto na Colômbia, pedem R$ 100 mil de indenização e acusam aliada do presidente Jair Bolsonaro de 'incitar o ódio e a violência'; retratada na publicação ao lado das parlamentares do PSOL, a ex-deputada Manuela D'Ávila também acionou Zambelli na Justiça

Por Pepita Ortega, Izael Pereira, SÃO PAULO e BRASÍLIA
Carla Zambelli. FOTO: PSL/CÂMARA  

As deputadas Sâmia Bomfim e Talíria Petrone (PSOL) entraram com ação contra a deputada Carla Zambelli (União) em razão de a aliada do presidente Jair Bolsonaro ter publicado imagens em suas redes sociais em que as parlamentares do PSOL são tachadas de "genocidas" e têm suas imagens distorcidas com chifres e olhos vermelhos, remetendo a um contexto imagético demoníaco'. No processo apresentado à Justiça do Distrito Federal, as deputadas pedem uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.

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Retratada na publicação de Zambelli ao lado de Talíria e Sâmia, a ex-deputada Manuela D'Ávila também acionou Zambelli na Justiça, com pedido de mesmo teor que o das parlamentares do PSOL. O processo foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná.

As publicações de Zambelli foram feitas após Sâmia, Talíria e Manuela comentarem seus perfis no Twitter sobre a decisão da Corte Constitucional da Colômbia que descriminalizou o aborto até 24 semanas de gestação. As deputadas e a ex-parlamentar classificaram a decisão como 'histórica' e um 'avanço importante na luta pela descriminalização do aborto'.

À Justiça, as parlamentares do PSOL argumentaram que a expressão 'esquerda genocida' usada por Zambelli nas publicações feitas no Facebook, Twitter e Instagram consiste em 'acusação caluniosa' em razão da posição das deputadas a favor da descriminalização do aborto.

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A ação sustenta ainda que a imagem publicada pela deputada bolsonarista usa 'uma gradação de tons de vermelho, acrescenta às fotos das deputadas elementos diabólicos como chifres e olhos vermelhos e impregna nos seguidores de Zambelli um discurso de ódio que incentiva inclusive a violência' contra as parlamentares do PSOL.

 Foto: Reprodução
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"Como se vê não se trata de mera divergência de opinião, ou questão de "liberdade de expressão", mas de um ataque direcionado às requeridas que se converte em verdadeiro discurso de ódio, sendo mais uma expressão da contumaz violência política praticada pela requerida, a qual já foi inúmeras vezes rechaçada virtualmente por divulgação de Fake News", registra trecho da petição inicial.

A deputada Talíria Petrone diz que a ação visa responsabilizar a deputada bolsonarista e espera que os desdobramentos do caso sirvam como 'resposta contundente' a iniciativas que chegam a colocar a vida das parlamentares em risco.

"É inadmissível que qualquer pessoa, sobretudo uma deputada federal, utilize seu poder nas redes sociais para incitar o ódio e a violência política contra outras mulheres. Ao fazer aquela analogia, Carla Zambelli, inclusive, associa a nossa imagem ao satanismo e sugere que seus seguidores façam o mesmo. Como se não bastassem os ataques que já sofremos cotidianamente pelo enfrentamento que fazemos", afirma a parlamentar.

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COM A PALAVRA, CARLA ZAMBELLI

A deputada Carla Zambelli afirmou ao Broadcast Político que soube pela imprensa da ação por danos morais da qual é alvo. "Não fomos notificados ainda", disse a parlamentar. Ela declarou que só se manifestará após ser notificada pela Justiça "para saber qual o fundamento da acusação".

Carla Zambelli. FOTO: PSL/CÂMARA  

As deputadas Sâmia Bomfim e Talíria Petrone (PSOL) entraram com ação contra a deputada Carla Zambelli (União) em razão de a aliada do presidente Jair Bolsonaro ter publicado imagens em suas redes sociais em que as parlamentares do PSOL são tachadas de "genocidas" e têm suas imagens distorcidas com chifres e olhos vermelhos, remetendo a um contexto imagético demoníaco'. No processo apresentado à Justiça do Distrito Federal, as deputadas pedem uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.

Retratada na publicação de Zambelli ao lado de Talíria e Sâmia, a ex-deputada Manuela D'Ávila também acionou Zambelli na Justiça, com pedido de mesmo teor que o das parlamentares do PSOL. O processo foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná.

As publicações de Zambelli foram feitas após Sâmia, Talíria e Manuela comentarem seus perfis no Twitter sobre a decisão da Corte Constitucional da Colômbia que descriminalizou o aborto até 24 semanas de gestação. As deputadas e a ex-parlamentar classificaram a decisão como 'histórica' e um 'avanço importante na luta pela descriminalização do aborto'.

À Justiça, as parlamentares do PSOL argumentaram que a expressão 'esquerda genocida' usada por Zambelli nas publicações feitas no Facebook, Twitter e Instagram consiste em 'acusação caluniosa' em razão da posição das deputadas a favor da descriminalização do aborto.

A ação sustenta ainda que a imagem publicada pela deputada bolsonarista usa 'uma gradação de tons de vermelho, acrescenta às fotos das deputadas elementos diabólicos como chifres e olhos vermelhos e impregna nos seguidores de Zambelli um discurso de ódio que incentiva inclusive a violência' contra as parlamentares do PSOL.

 Foto: Reprodução

"Como se vê não se trata de mera divergência de opinião, ou questão de "liberdade de expressão", mas de um ataque direcionado às requeridas que se converte em verdadeiro discurso de ódio, sendo mais uma expressão da contumaz violência política praticada pela requerida, a qual já foi inúmeras vezes rechaçada virtualmente por divulgação de Fake News", registra trecho da petição inicial.

A deputada Talíria Petrone diz que a ação visa responsabilizar a deputada bolsonarista e espera que os desdobramentos do caso sirvam como 'resposta contundente' a iniciativas que chegam a colocar a vida das parlamentares em risco.

"É inadmissível que qualquer pessoa, sobretudo uma deputada federal, utilize seu poder nas redes sociais para incitar o ódio e a violência política contra outras mulheres. Ao fazer aquela analogia, Carla Zambelli, inclusive, associa a nossa imagem ao satanismo e sugere que seus seguidores façam o mesmo. Como se não bastassem os ataques que já sofremos cotidianamente pelo enfrentamento que fazemos", afirma a parlamentar.

COM A PALAVRA, CARLA ZAMBELLI

A deputada Carla Zambelli afirmou ao Broadcast Político que soube pela imprensa da ação por danos morais da qual é alvo. "Não fomos notificados ainda", disse a parlamentar. Ela declarou que só se manifestará após ser notificada pela Justiça "para saber qual o fundamento da acusação".

Carla Zambelli. FOTO: PSL/CÂMARA  

As deputadas Sâmia Bomfim e Talíria Petrone (PSOL) entraram com ação contra a deputada Carla Zambelli (União) em razão de a aliada do presidente Jair Bolsonaro ter publicado imagens em suas redes sociais em que as parlamentares do PSOL são tachadas de "genocidas" e têm suas imagens distorcidas com chifres e olhos vermelhos, remetendo a um contexto imagético demoníaco'. No processo apresentado à Justiça do Distrito Federal, as deputadas pedem uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.

Retratada na publicação de Zambelli ao lado de Talíria e Sâmia, a ex-deputada Manuela D'Ávila também acionou Zambelli na Justiça, com pedido de mesmo teor que o das parlamentares do PSOL. O processo foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná.

As publicações de Zambelli foram feitas após Sâmia, Talíria e Manuela comentarem seus perfis no Twitter sobre a decisão da Corte Constitucional da Colômbia que descriminalizou o aborto até 24 semanas de gestação. As deputadas e a ex-parlamentar classificaram a decisão como 'histórica' e um 'avanço importante na luta pela descriminalização do aborto'.

À Justiça, as parlamentares do PSOL argumentaram que a expressão 'esquerda genocida' usada por Zambelli nas publicações feitas no Facebook, Twitter e Instagram consiste em 'acusação caluniosa' em razão da posição das deputadas a favor da descriminalização do aborto.

A ação sustenta ainda que a imagem publicada pela deputada bolsonarista usa 'uma gradação de tons de vermelho, acrescenta às fotos das deputadas elementos diabólicos como chifres e olhos vermelhos e impregna nos seguidores de Zambelli um discurso de ódio que incentiva inclusive a violência' contra as parlamentares do PSOL.

 Foto: Reprodução

"Como se vê não se trata de mera divergência de opinião, ou questão de "liberdade de expressão", mas de um ataque direcionado às requeridas que se converte em verdadeiro discurso de ódio, sendo mais uma expressão da contumaz violência política praticada pela requerida, a qual já foi inúmeras vezes rechaçada virtualmente por divulgação de Fake News", registra trecho da petição inicial.

A deputada Talíria Petrone diz que a ação visa responsabilizar a deputada bolsonarista e espera que os desdobramentos do caso sirvam como 'resposta contundente' a iniciativas que chegam a colocar a vida das parlamentares em risco.

"É inadmissível que qualquer pessoa, sobretudo uma deputada federal, utilize seu poder nas redes sociais para incitar o ódio e a violência política contra outras mulheres. Ao fazer aquela analogia, Carla Zambelli, inclusive, associa a nossa imagem ao satanismo e sugere que seus seguidores façam o mesmo. Como se não bastassem os ataques que já sofremos cotidianamente pelo enfrentamento que fazemos", afirma a parlamentar.

COM A PALAVRA, CARLA ZAMBELLI

A deputada Carla Zambelli afirmou ao Broadcast Político que soube pela imprensa da ação por danos morais da qual é alvo. "Não fomos notificados ainda", disse a parlamentar. Ela declarou que só se manifestará após ser notificada pela Justiça "para saber qual o fundamento da acusação".

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