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Desembargador do caso Tacla Duran renuncia a processos da Lava Jato


Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, se declara 'suspeito' e abre mão dos processos da operação após entrar na mira do CNJ por despacho que gerou impasse na ação contra advogado que acusa senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol

Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4.

Após entrar na mira do Conselho Nacional de Justiça, o desembagardor Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, se declarou suspeito para atuar nos processos da Operação Lava Jato - dos quais ele era o relator na Corte. O magistrado anunciou a 'suspeição por motivo de foro íntimo' em despacho dado nesta quinta-feira, 20. No documento, Malucelli justifica a renúncia aos processos da Lava Jato ante a 'ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumiu os processos oriundos da operação'.

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O desembargador pediu então que a Secretaria do TRF-4 redistribua os processos para o gabinete de outro desembargador da Corte.

A movimentação de Malucelli se dá seis dias após o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, instaurar um pedido de providências contra o desembargador.

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No centro da apuração está o despacho que gerou polêmica no caso do advogado Rodrigo Tacla Duran - alvo da extinta Operação Lava Jato que fez acusações contra o senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol.

Na decisão em questão Malucelli restabeleceu os efeitos de uma decisão do ex-juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, que, entre outros pontos, manteve a prisão preventiva de Tacla Duran.

O despacho gerou impasse na Justiça Federal do Paraná: enquanto voltava a vigorar o despacho de Bonat, que manteve, em 2022, a prisão do advogado alvo da Lava Jato, seguia em vigor a decisão do atual juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, que, em março deste ano, revogou a prisão preventiva do desafeto de Moro.

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No último dia 13, o TRF-4 divulgou a decisão de Malucelli, afirmando que o desembargador restabeleceu a prisão preventiva de Tacla Duran.

Enquanto isso, o juiz Eduardo Appio entendeu que a prisão de Tacla Duran estava restabelecida. Na quarta-feira, 12, o magistrado instou diretamente Malucelli questionando como a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba deveria proceder 'em relação à prisão preventiva decretada'.

Após a repercussão do restabelecimento da prisão, o desembargador federal oficiou a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmando que 'em nenhum momento foi por ele decretada a prisão de Rodrigo Tacla Duran'.

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Em seguida, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região divulgou uma errata, afirmando que não foi decretada a prisão de Tacla Duran. A primeira nota compartilhada pela Corte foi apagada sob alegação de 'erro de interpretação' sobre o despacho.

Após o impasse, passou a circular a informação de que o desembargador Marcelo Malucelli, é pai do advogado João Malucelli, sócio do escritório Wolff Moro, em Curitiba. Constam como sócios da banca a deputada Rosângela Moro e seu marido, o senador Sergio Moro - o qual é implicado nas acusações de Tacla Duran.

Rosângela e Moro declararam que estão afastados das atividades do escritório Wolff e Moro Sociedade de Advocacia desde o início do mandato parlamentar, permanecendo no quadro social somente como associados.

Sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4.

Após entrar na mira do Conselho Nacional de Justiça, o desembagardor Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, se declarou suspeito para atuar nos processos da Operação Lava Jato - dos quais ele era o relator na Corte. O magistrado anunciou a 'suspeição por motivo de foro íntimo' em despacho dado nesta quinta-feira, 20. No documento, Malucelli justifica a renúncia aos processos da Lava Jato ante a 'ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumiu os processos oriundos da operação'.

O desembargador pediu então que a Secretaria do TRF-4 redistribua os processos para o gabinete de outro desembargador da Corte.

A movimentação de Malucelli se dá seis dias após o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, instaurar um pedido de providências contra o desembargador.

No centro da apuração está o despacho que gerou polêmica no caso do advogado Rodrigo Tacla Duran - alvo da extinta Operação Lava Jato que fez acusações contra o senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol.

Na decisão em questão Malucelli restabeleceu os efeitos de uma decisão do ex-juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, que, entre outros pontos, manteve a prisão preventiva de Tacla Duran.

O despacho gerou impasse na Justiça Federal do Paraná: enquanto voltava a vigorar o despacho de Bonat, que manteve, em 2022, a prisão do advogado alvo da Lava Jato, seguia em vigor a decisão do atual juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, que, em março deste ano, revogou a prisão preventiva do desafeto de Moro.

No último dia 13, o TRF-4 divulgou a decisão de Malucelli, afirmando que o desembargador restabeleceu a prisão preventiva de Tacla Duran.

Enquanto isso, o juiz Eduardo Appio entendeu que a prisão de Tacla Duran estava restabelecida. Na quarta-feira, 12, o magistrado instou diretamente Malucelli questionando como a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba deveria proceder 'em relação à prisão preventiva decretada'.

Após a repercussão do restabelecimento da prisão, o desembargador federal oficiou a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmando que 'em nenhum momento foi por ele decretada a prisão de Rodrigo Tacla Duran'.

Em seguida, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região divulgou uma errata, afirmando que não foi decretada a prisão de Tacla Duran. A primeira nota compartilhada pela Corte foi apagada sob alegação de 'erro de interpretação' sobre o despacho.

Após o impasse, passou a circular a informação de que o desembargador Marcelo Malucelli, é pai do advogado João Malucelli, sócio do escritório Wolff Moro, em Curitiba. Constam como sócios da banca a deputada Rosângela Moro e seu marido, o senador Sergio Moro - o qual é implicado nas acusações de Tacla Duran.

Rosângela e Moro declararam que estão afastados das atividades do escritório Wolff e Moro Sociedade de Advocacia desde o início do mandato parlamentar, permanecendo no quadro social somente como associados.

Sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4.

Após entrar na mira do Conselho Nacional de Justiça, o desembagardor Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, se declarou suspeito para atuar nos processos da Operação Lava Jato - dos quais ele era o relator na Corte. O magistrado anunciou a 'suspeição por motivo de foro íntimo' em despacho dado nesta quinta-feira, 20. No documento, Malucelli justifica a renúncia aos processos da Lava Jato ante a 'ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumiu os processos oriundos da operação'.

O desembargador pediu então que a Secretaria do TRF-4 redistribua os processos para o gabinete de outro desembargador da Corte.

A movimentação de Malucelli se dá seis dias após o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, instaurar um pedido de providências contra o desembargador.

No centro da apuração está o despacho que gerou polêmica no caso do advogado Rodrigo Tacla Duran - alvo da extinta Operação Lava Jato que fez acusações contra o senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol.

Na decisão em questão Malucelli restabeleceu os efeitos de uma decisão do ex-juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, que, entre outros pontos, manteve a prisão preventiva de Tacla Duran.

O despacho gerou impasse na Justiça Federal do Paraná: enquanto voltava a vigorar o despacho de Bonat, que manteve, em 2022, a prisão do advogado alvo da Lava Jato, seguia em vigor a decisão do atual juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, que, em março deste ano, revogou a prisão preventiva do desafeto de Moro.

No último dia 13, o TRF-4 divulgou a decisão de Malucelli, afirmando que o desembargador restabeleceu a prisão preventiva de Tacla Duran.

Enquanto isso, o juiz Eduardo Appio entendeu que a prisão de Tacla Duran estava restabelecida. Na quarta-feira, 12, o magistrado instou diretamente Malucelli questionando como a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba deveria proceder 'em relação à prisão preventiva decretada'.

Após a repercussão do restabelecimento da prisão, o desembargador federal oficiou a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmando que 'em nenhum momento foi por ele decretada a prisão de Rodrigo Tacla Duran'.

Em seguida, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região divulgou uma errata, afirmando que não foi decretada a prisão de Tacla Duran. A primeira nota compartilhada pela Corte foi apagada sob alegação de 'erro de interpretação' sobre o despacho.

Após o impasse, passou a circular a informação de que o desembargador Marcelo Malucelli, é pai do advogado João Malucelli, sócio do escritório Wolff Moro, em Curitiba. Constam como sócios da banca a deputada Rosângela Moro e seu marido, o senador Sergio Moro - o qual é implicado nas acusações de Tacla Duran.

Rosângela e Moro declararam que estão afastados das atividades do escritório Wolff e Moro Sociedade de Advocacia desde o início do mandato parlamentar, permanecendo no quadro social somente como associados.

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