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Desembargadores do Maranhão receberam até R$ 172 mil em dezembro


Todos os magistrados de segunda instância ganharam mais do que os ministros do Supremo Tribunal Federal; Corte afirma que holerites mais elevados são ‘extraordinários‘ em decorrência de abonos concedidos no mês

Por Rayssa Motta
Atualização:
Todos os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão receberam remunerações acima do teto em dezembro de 2023.
Todos os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão receberam remunerações acima do teto em dezembro de 2023. Foto: Google Streetview

Todos os 34 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) receberam subsídios acima do teto em dezembro.

Procurada pelo Estadão, a Corte informou que os holerites mais elevados são “extraordinários” em decorrência de abonos concedidos no mês (leia a íntegra no final da matéria) A reportagem também procurou a Associação de Magistrados do Estado, que ainda não se manifestou.

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O contracheque mais alto, do desembargador Cleones Carvalho Cunha, foi de R$ 172 mil. Com os descontos, ele recebeu R$ 116 mil no apagar das luzes de 2023.

Outros 16 desembargadores tiveram holerites acima de R$ 100 mil em valores brutos.

A Constituição limita o subsídio do funcionalismo público ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que hoje corresponde a R$ 41.650,92, mas magistrados recebem auxílios que não entram no cálculo.

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Verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13º salário, reembolso por férias atrasadas e eventuais serviços extraordinários prestados) são contados fora do teto, abrindo caminho para os chamados “supersalários”.

Outro fator que infla os contracheques é a venda de férias. Magistrados têm direito a 60 dias de descanso remunerado por ano - fora o recesso de fim de ano e feriados. É comum que eles usem apenas 30 dias, sob argumento de excesso e acúmulo de ações. Mais tarde passam a receber esse “estoque”, a título de indenização de férias não gozadas a seu tempo.

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Todos os pagamentos à toga estão previstos expressamente na Lei Orgânica da Magistratura, nos Regimentos Internos dos tribunais e em legislações.

Os valores dos holerites estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário. Todos os magistrados estaduais listados receberam mais do que os ministros do STF em dezembro.

Veja quanto recebeu cada desembargador:

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COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Os valores mencionados correspondem, em grande parte, a abonos, indenizações de férias e licenças prêmio, os quais, comumente, são concedidos no mês de dezembro, em virtude do período tradicional de férias em janeiro. Esse cenário contribui para a elevação das remunerações dos magistrados durante esse intervalo anual.

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Ainda, ressaltamos que tais remunerações estão em conformidade com a Lei Orgânica da Magistratura, a qual prevê a concessão desses benefícios.

Os valores mais elevados não configuram uma prática ordinária, mas, sim, algo extraordinário devido à concessão desses abonos, caracterizando-se, portanto, como gastos eventuais.

Tanto os valores extraordinários quanto os ordinários estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, atualizado periodicamente a fim de garantir, efetivamente, a integridade no judiciário do Maranhão.”

Todos os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão receberam remunerações acima do teto em dezembro de 2023. Foto: Google Streetview

Todos os 34 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) receberam subsídios acima do teto em dezembro.

Procurada pelo Estadão, a Corte informou que os holerites mais elevados são “extraordinários” em decorrência de abonos concedidos no mês (leia a íntegra no final da matéria) A reportagem também procurou a Associação de Magistrados do Estado, que ainda não se manifestou.

O contracheque mais alto, do desembargador Cleones Carvalho Cunha, foi de R$ 172 mil. Com os descontos, ele recebeu R$ 116 mil no apagar das luzes de 2023.

Outros 16 desembargadores tiveram holerites acima de R$ 100 mil em valores brutos.

A Constituição limita o subsídio do funcionalismo público ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que hoje corresponde a R$ 41.650,92, mas magistrados recebem auxílios que não entram no cálculo.

Verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13º salário, reembolso por férias atrasadas e eventuais serviços extraordinários prestados) são contados fora do teto, abrindo caminho para os chamados “supersalários”.

Outro fator que infla os contracheques é a venda de férias. Magistrados têm direito a 60 dias de descanso remunerado por ano - fora o recesso de fim de ano e feriados. É comum que eles usem apenas 30 dias, sob argumento de excesso e acúmulo de ações. Mais tarde passam a receber esse “estoque”, a título de indenização de férias não gozadas a seu tempo.

Todos os pagamentos à toga estão previstos expressamente na Lei Orgânica da Magistratura, nos Regimentos Internos dos tribunais e em legislações.

Os valores dos holerites estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário. Todos os magistrados estaduais listados receberam mais do que os ministros do STF em dezembro.

Veja quanto recebeu cada desembargador:

COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Os valores mencionados correspondem, em grande parte, a abonos, indenizações de férias e licenças prêmio, os quais, comumente, são concedidos no mês de dezembro, em virtude do período tradicional de férias em janeiro. Esse cenário contribui para a elevação das remunerações dos magistrados durante esse intervalo anual.

Ainda, ressaltamos que tais remunerações estão em conformidade com a Lei Orgânica da Magistratura, a qual prevê a concessão desses benefícios.

Os valores mais elevados não configuram uma prática ordinária, mas, sim, algo extraordinário devido à concessão desses abonos, caracterizando-se, portanto, como gastos eventuais.

Tanto os valores extraordinários quanto os ordinários estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, atualizado periodicamente a fim de garantir, efetivamente, a integridade no judiciário do Maranhão.”

Todos os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão receberam remunerações acima do teto em dezembro de 2023. Foto: Google Streetview

Todos os 34 desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) receberam subsídios acima do teto em dezembro.

Procurada pelo Estadão, a Corte informou que os holerites mais elevados são “extraordinários” em decorrência de abonos concedidos no mês (leia a íntegra no final da matéria) A reportagem também procurou a Associação de Magistrados do Estado, que ainda não se manifestou.

O contracheque mais alto, do desembargador Cleones Carvalho Cunha, foi de R$ 172 mil. Com os descontos, ele recebeu R$ 116 mil no apagar das luzes de 2023.

Outros 16 desembargadores tiveram holerites acima de R$ 100 mil em valores brutos.

A Constituição limita o subsídio do funcionalismo público ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que hoje corresponde a R$ 41.650,92, mas magistrados recebem auxílios que não entram no cálculo.

Verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13º salário, reembolso por férias atrasadas e eventuais serviços extraordinários prestados) são contados fora do teto, abrindo caminho para os chamados “supersalários”.

Outro fator que infla os contracheques é a venda de férias. Magistrados têm direito a 60 dias de descanso remunerado por ano - fora o recesso de fim de ano e feriados. É comum que eles usem apenas 30 dias, sob argumento de excesso e acúmulo de ações. Mais tarde passam a receber esse “estoque”, a título de indenização de férias não gozadas a seu tempo.

Todos os pagamentos à toga estão previstos expressamente na Lei Orgânica da Magistratura, nos Regimentos Internos dos tribunais e em legislações.

Os valores dos holerites estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário. Todos os magistrados estaduais listados receberam mais do que os ministros do STF em dezembro.

Veja quanto recebeu cada desembargador:

COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Os valores mencionados correspondem, em grande parte, a abonos, indenizações de férias e licenças prêmio, os quais, comumente, são concedidos no mês de dezembro, em virtude do período tradicional de férias em janeiro. Esse cenário contribui para a elevação das remunerações dos magistrados durante esse intervalo anual.

Ainda, ressaltamos que tais remunerações estão em conformidade com a Lei Orgânica da Magistratura, a qual prevê a concessão desses benefícios.

Os valores mais elevados não configuram uma prática ordinária, mas, sim, algo extraordinário devido à concessão desses abonos, caracterizando-se, portanto, como gastos eventuais.

Tanto os valores extraordinários quanto os ordinários estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, atualizado periodicamente a fim de garantir, efetivamente, a integridade no judiciário do Maranhão.”