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Dilma garantiu a Collor diretorias da BR, diz Cerveró


Delator da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobrás relatou à Procuradoria-Geral da República que, em reunião na Casa da Dinda, em setembro de 2013, Collor disse que a presidente lhe havia garantido cargos estratégicos na subsidiária da estatal

Por Fausto Macedo, Julia Affonso, Ricardo Brandt e Andreza Matais
Da esquerda para a direita: a presidente Dilma, o ex-diretor Nestor Cerveró e o senador Fernando Collor. Fotos: Estadão Foto: Estadão

Atualizada às 20h50

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que 'estavam à disposição' dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como 'cota' pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).

Em um trecho de seu relato, Cerveró citou duas vezes a presidente Dilma. "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Fernando Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

 
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Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.

Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião 'que não tinha interesse em mexer na presidência ', e' nas diretorias da BR Distribuidora'. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.

O ex-diretor da Petrobrás afirmou que 'ironicamente agradeceu' a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. "Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora."

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Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. "Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", afirmou. "Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a' base de 'distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ."

Em outra ocasião, em que seu nome foi ligado à BR Distribuidora, Fernando Collor negou enfaticamente 'ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobrás ou sua subsidiária BR Distribuidora'.

COM A PALAVRA, A PRESIDENTE DILMA

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O Planalto não vai comentar o assunto.

COM A PALAVRA, O SENADOR FERNANDO COLLOR

O noticiário tem divulgado - de forma parcial e seletiva - o que seriam extratos de supostas declarações prestadas por Nestor Cerveró em acordo de delação premiada. Parcial, porquanto as pretensas revelações são feitas aos pedaços, e seletiva, na medida em que algumas personagens - dentre eles o Senador Fernando Collor - são intencionalmente destacadas para minimizar ou ocultar referências feitas pelo delator a terceiros.

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Fato é que até o presente momento a defesa do Senador Fernando Collor não teve acesso aos supostos termos de delação para avaliar sua autenticidade ou fidedignidade.

Isso não impede, por óbvio, a pronta refutação do até aqui alardeado, sendo falsas as alegações de que o Senador Fernando Collor tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros.

As relações do Senador Fernando Collor com instituições públicas sempre se deram exclusivamente em caráter institucional, no desempenho da função de Senador da República e na defesa dos interesses do Estado de Alagoas, tudo no legítimo exercício da representação parlamentar.

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Mais não dirá a defesa do Senador até conhecer, pelos meios oficiais, a íntegra da real delação realizada por Nestor Cerveró.

COM A PALAVRA, PEDRO PAULO LEONI

A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni informou que não vai comentar a delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

 

 

Da esquerda para a direita: a presidente Dilma, o ex-diretor Nestor Cerveró e o senador Fernando Collor. Fotos: Estadão Foto: Estadão

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que 'estavam à disposição' dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como 'cota' pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).

Em um trecho de seu relato, Cerveró citou duas vezes a presidente Dilma. "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Fernando Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.

Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião 'que não tinha interesse em mexer na presidência ', e' nas diretorias da BR Distribuidora'. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.

O ex-diretor da Petrobrás afirmou que 'ironicamente agradeceu' a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. "Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora."

Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. "Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", afirmou. "Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a' base de 'distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ."

Em outra ocasião, em que seu nome foi ligado à BR Distribuidora, Fernando Collor negou enfaticamente 'ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobrás ou sua subsidiária BR Distribuidora'.

COM A PALAVRA, A PRESIDENTE DILMA

O Planalto não vai comentar o assunto.

COM A PALAVRA, O SENADOR FERNANDO COLLOR

O noticiário tem divulgado - de forma parcial e seletiva - o que seriam extratos de supostas declarações prestadas por Nestor Cerveró em acordo de delação premiada. Parcial, porquanto as pretensas revelações são feitas aos pedaços, e seletiva, na medida em que algumas personagens - dentre eles o Senador Fernando Collor - são intencionalmente destacadas para minimizar ou ocultar referências feitas pelo delator a terceiros.

Fato é que até o presente momento a defesa do Senador Fernando Collor não teve acesso aos supostos termos de delação para avaliar sua autenticidade ou fidedignidade.

Isso não impede, por óbvio, a pronta refutação do até aqui alardeado, sendo falsas as alegações de que o Senador Fernando Collor tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros.

As relações do Senador Fernando Collor com instituições públicas sempre se deram exclusivamente em caráter institucional, no desempenho da função de Senador da República e na defesa dos interesses do Estado de Alagoas, tudo no legítimo exercício da representação parlamentar.

Mais não dirá a defesa do Senador até conhecer, pelos meios oficiais, a íntegra da real delação realizada por Nestor Cerveró.

COM A PALAVRA, PEDRO PAULO LEONI

A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni informou que não vai comentar a delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

 

 

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que 'estavam à disposição' dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como 'cota' pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).

Em um trecho de seu relato, Cerveró citou duas vezes a presidente Dilma. "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Fernando Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.

Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião 'que não tinha interesse em mexer na presidência ', e' nas diretorias da BR Distribuidora'. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.

O ex-diretor da Petrobrás afirmou que 'ironicamente agradeceu' a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. "Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora."

Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. "Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", afirmou. "Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a' base de 'distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ."

Em outra ocasião, em que seu nome foi ligado à BR Distribuidora, Fernando Collor negou enfaticamente 'ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobrás ou sua subsidiária BR Distribuidora'.

COM A PALAVRA, A PRESIDENTE DILMA

O Planalto não vai comentar o assunto.

COM A PALAVRA, O SENADOR FERNANDO COLLOR

O noticiário tem divulgado - de forma parcial e seletiva - o que seriam extratos de supostas declarações prestadas por Nestor Cerveró em acordo de delação premiada. Parcial, porquanto as pretensas revelações são feitas aos pedaços, e seletiva, na medida em que algumas personagens - dentre eles o Senador Fernando Collor - são intencionalmente destacadas para minimizar ou ocultar referências feitas pelo delator a terceiros.

Fato é que até o presente momento a defesa do Senador Fernando Collor não teve acesso aos supostos termos de delação para avaliar sua autenticidade ou fidedignidade.

Isso não impede, por óbvio, a pronta refutação do até aqui alardeado, sendo falsas as alegações de que o Senador Fernando Collor tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros.

As relações do Senador Fernando Collor com instituições públicas sempre se deram exclusivamente em caráter institucional, no desempenho da função de Senador da República e na defesa dos interesses do Estado de Alagoas, tudo no legítimo exercício da representação parlamentar.

Mais não dirá a defesa do Senador até conhecer, pelos meios oficiais, a íntegra da real delação realizada por Nestor Cerveró.

COM A PALAVRA, PEDRO PAULO LEONI

A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni informou que não vai comentar a delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

 

 

Da esquerda para a direita: a presidente Dilma, o ex-diretor Nestor Cerveró e o senador Fernando Collor. Fotos: Estadão Foto: Estadão

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O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que 'estavam à disposição' dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como 'cota' pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).

Em um trecho de seu relato, Cerveró citou duas vezes a presidente Dilma. "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Fernando Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT", declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora - subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.

Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião 'que não tinha interesse em mexer na presidência ', e' nas diretorias da BR Distribuidora'. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT - presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.

O ex-diretor da Petrobrás afirmou que 'ironicamente agradeceu' a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. "Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora."

Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. "Nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora", afirmou. "Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a' base de 'distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ."

Em outra ocasião, em que seu nome foi ligado à BR Distribuidora, Fernando Collor negou enfaticamente 'ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobrás ou sua subsidiária BR Distribuidora'.

COM A PALAVRA, A PRESIDENTE DILMA

O Planalto não vai comentar o assunto.

COM A PALAVRA, O SENADOR FERNANDO COLLOR

O noticiário tem divulgado - de forma parcial e seletiva - o que seriam extratos de supostas declarações prestadas por Nestor Cerveró em acordo de delação premiada. Parcial, porquanto as pretensas revelações são feitas aos pedaços, e seletiva, na medida em que algumas personagens - dentre eles o Senador Fernando Collor - são intencionalmente destacadas para minimizar ou ocultar referências feitas pelo delator a terceiros.

Fato é que até o presente momento a defesa do Senador Fernando Collor não teve acesso aos supostos termos de delação para avaliar sua autenticidade ou fidedignidade.

Isso não impede, por óbvio, a pronta refutação do até aqui alardeado, sendo falsas as alegações de que o Senador Fernando Collor tenha usado de influência política para obter favores ou exercer qualquer outro tipo de pressão sobre diretores ou funcionários da BR Distribuidora a fim de satisfazer interesses próprios ou de terceiros.

As relações do Senador Fernando Collor com instituições públicas sempre se deram exclusivamente em caráter institucional, no desempenho da função de Senador da República e na defesa dos interesses do Estado de Alagoas, tudo no legítimo exercício da representação parlamentar.

Mais não dirá a defesa do Senador até conhecer, pelos meios oficiais, a íntegra da real delação realizada por Nestor Cerveró.

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