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Diretor da PRF pede voto em Bolsonaro; presidente do TSE cobra explicação urgente sobre operações relacionadas ao transporte de eleitores


Silvinei Vasques usou a conta pessoal no Instagram para defender o voto no presidente; Alexandre de Moraes cita denúncia publicada nas redes sociais ao pedir esclarecimentos sobre ações da corporação no segundo turno

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:
Em Roraima, um agente da PRF aborda um ônibus neste domingo, 30 ( Foto: Reprodução)

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, usou a conta pessoal no Instagram para defender o voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele publicou nos stories uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: "Vote 22, Bolsonaro presidente". A postagem foi apagada horas depois.

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Não é a primeira manifestação política do diretor-geral da PRF nesta eleição. Vasques já havia criticado, em evento no último dia 11, "autoridades que defendem a liberação das drogas".

"Eu fico até assustado quando vejo eventuais autoridades, que poderão ser [eleitas], a depender da escolha, defenderem a liberação das drogas. Eu acho que nunca devem ter ido em uma cracolândia ou conhecido a mãe de um jovem desse que está na droga. Eu que tive experiência pessoal, dentro da minha família, sei o que a droga faz com uma família, leva à morte inclusive", disse na abertura do II Curso de Cinotecnia Policial.

 Foto: Estadão
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O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tome providências sobre o suposto uso político da Polícia Rodoviária Federal para favorecer a campanha bolsonarista.

Ontem, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu explicações da corporação sobre as acusações. Moraes também proibiu operações da PRF "relacionadas ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado aos eleitores" e deixou expresso que o descumprimento da decisão poderia gerar a responsabilização do diretor-geral da corporação por desobediência e crime eleitoral.

 Foto: Estadão
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Imagens da ponte Rio-Niterói neste domingo, 30 (Fotos: Evelson de Freitas/Estadão) Foto: Estadão

Em ofício assinado na madrugada, Vasques determinou que a decisão fosse cumprida e reafirmou o "compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança Pública Nacional, quer seja na proteção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União". Ele também afirmou que o trabalho da PRF seguiria "nas ações não conflitantes com a decisão".

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O presidente do TSE voltou a cobrar, com urgência, o diretor-geral da PRF no final da manhã. Com base em denúncia nas redes sociais, Moraes mandou ele informar "imediatamente" as razões das operações relacionadas ao transporte público de eleitores.

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A vigília organizada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) em parceria com entidades da sociedade civil também recebeu denúncias de operações policiais nos transportes públicos ao longo do dia de votação. O grupo está sistematizando as informações para entrar com uma representação no TSE. Até 15h, foram recebidas denúncias de ações da PRF em 18 cidades de dez Estados, sobretudo na região Nordeste.

Polícia Rodoviária Federal aborda ônibus na Bahia ( Foto: Reprodução)

Em Roraima, um agente da PRF aborda um ônibus neste domingo, 30 ( Foto: Reprodução)

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, usou a conta pessoal no Instagram para defender o voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele publicou nos stories uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: "Vote 22, Bolsonaro presidente". A postagem foi apagada horas depois.

Não é a primeira manifestação política do diretor-geral da PRF nesta eleição. Vasques já havia criticado, em evento no último dia 11, "autoridades que defendem a liberação das drogas".

"Eu fico até assustado quando vejo eventuais autoridades, que poderão ser [eleitas], a depender da escolha, defenderem a liberação das drogas. Eu acho que nunca devem ter ido em uma cracolândia ou conhecido a mãe de um jovem desse que está na droga. Eu que tive experiência pessoal, dentro da minha família, sei o que a droga faz com uma família, leva à morte inclusive", disse na abertura do II Curso de Cinotecnia Policial.

 Foto: Estadão

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tome providências sobre o suposto uso político da Polícia Rodoviária Federal para favorecer a campanha bolsonarista.

Ontem, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu explicações da corporação sobre as acusações. Moraes também proibiu operações da PRF "relacionadas ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado aos eleitores" e deixou expresso que o descumprimento da decisão poderia gerar a responsabilização do diretor-geral da corporação por desobediência e crime eleitoral.

 Foto: Estadão
Imagens da ponte Rio-Niterói neste domingo, 30 (Fotos: Evelson de Freitas/Estadão) Foto: Estadão

Em ofício assinado na madrugada, Vasques determinou que a decisão fosse cumprida e reafirmou o "compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança Pública Nacional, quer seja na proteção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União". Ele também afirmou que o trabalho da PRF seguiria "nas ações não conflitantes com a decisão".

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O presidente do TSE voltou a cobrar, com urgência, o diretor-geral da PRF no final da manhã. Com base em denúncia nas redes sociais, Moraes mandou ele informar "imediatamente" as razões das operações relacionadas ao transporte público de eleitores.

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A vigília organizada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) em parceria com entidades da sociedade civil também recebeu denúncias de operações policiais nos transportes públicos ao longo do dia de votação. O grupo está sistematizando as informações para entrar com uma representação no TSE. Até 15h, foram recebidas denúncias de ações da PRF em 18 cidades de dez Estados, sobretudo na região Nordeste.

Polícia Rodoviária Federal aborda ônibus na Bahia ( Foto: Reprodução)

Em Roraima, um agente da PRF aborda um ônibus neste domingo, 30 ( Foto: Reprodução)

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, usou a conta pessoal no Instagram para defender o voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele publicou nos stories uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: "Vote 22, Bolsonaro presidente". A postagem foi apagada horas depois.

Não é a primeira manifestação política do diretor-geral da PRF nesta eleição. Vasques já havia criticado, em evento no último dia 11, "autoridades que defendem a liberação das drogas".

"Eu fico até assustado quando vejo eventuais autoridades, que poderão ser [eleitas], a depender da escolha, defenderem a liberação das drogas. Eu acho que nunca devem ter ido em uma cracolândia ou conhecido a mãe de um jovem desse que está na droga. Eu que tive experiência pessoal, dentro da minha família, sei o que a droga faz com uma família, leva à morte inclusive", disse na abertura do II Curso de Cinotecnia Policial.

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O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tome providências sobre o suposto uso político da Polícia Rodoviária Federal para favorecer a campanha bolsonarista.

Ontem, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu explicações da corporação sobre as acusações. Moraes também proibiu operações da PRF "relacionadas ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado aos eleitores" e deixou expresso que o descumprimento da decisão poderia gerar a responsabilização do diretor-geral da corporação por desobediência e crime eleitoral.

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Imagens da ponte Rio-Niterói neste domingo, 30 (Fotos: Evelson de Freitas/Estadão) Foto: Estadão

Em ofício assinado na madrugada, Vasques determinou que a decisão fosse cumprida e reafirmou o "compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança Pública Nacional, quer seja na proteção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União". Ele também afirmou que o trabalho da PRF seguiria "nas ações não conflitantes com a decisão".

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O presidente do TSE voltou a cobrar, com urgência, o diretor-geral da PRF no final da manhã. Com base em denúncia nas redes sociais, Moraes mandou ele informar "imediatamente" as razões das operações relacionadas ao transporte público de eleitores.

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A vigília organizada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) em parceria com entidades da sociedade civil também recebeu denúncias de operações policiais nos transportes públicos ao longo do dia de votação. O grupo está sistematizando as informações para entrar com uma representação no TSE. Até 15h, foram recebidas denúncias de ações da PRF em 18 cidades de dez Estados, sobretudo na região Nordeste.

Polícia Rodoviária Federal aborda ônibus na Bahia ( Foto: Reprodução)

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