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‘É pra limpar os três poderes, derrubar tudo’; leia as mensagens de ‘Fátima Tubarão’ no 8 de Janeiro


Entre as provas que pesaram para que Alexandre de Moraes sugerisse uma sentença de 17 anos de prisão para Fátima, está gravação em que ela afirma: “é limpa geral é uma faxina só...”; à Justiça, ela alegou que seu objetivo era “conversar” com Moraes, para que o ministro lhe apresentasse “o código-fonte” das urnas eletrônicas

Por Redação
Atualização:
O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Conhecida por afirmar que ‘pegaria o Xandão’ nos atos de 8 de janeiro, Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, alegou ao Supremo Tribunal Federal que, quando foi para Brasília, seu objetivo era “apenas o de conversar” com o ministro Alexandre de Moraes. Entre as provas que pesaram para que Moraes sugerisse uma sentença de 17 anos de prisão para Fátima, estão mensagens em que ela diz que ‘cagou no vaso de Xandão’ e estava no ‘pelotão de frente’ do ato que culminou na invasão das dependências do Planalto, STF e Congresso Nacional.

As informações constam do voto do ministro Alexandre de Moraes que abriu nesta sexta-feira, 2, o julgamento que pode levar à condenação de Fátima de Tubarão. Os ministros têm até a próxima sexta-feira, 9, para depositar seus votos sobre o caso. Ela é acusada dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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Em depoimento prestado à Justiça – uma das últimas fases do processo antes do julgamento – Fátima alegou que foi para Brasília no dia 6, pela noite, para o acampamento montado em frente ao QG do Exército. Ela disse que seu objetivo era “conversar” com Moraes, para que o ministro lhe apresentasse “o código-fonte” das urnas eletrônicas. Ainda de acordo com a ré, o plano inicial era conversar com Moraes na segunda-feira.

Segundo Fátima, no domingo, dia 8, “um carro de som avisou no acampamento de Brasília que havia chegado a hora”. Ela narrou que, ao meio dia, autofalantes reproduziram a mensagem “para que fossem até a Praça dos Três Poderes, onde haveria a “melhor picanha”, onde se deslocariam por dez quilômetros a pé para visitar a casa que era do povo”.

Alegou que quando chegou à Praça dos Três Poderes “tudo já estava quebrado” e por isso se considera “vítima de uma armadilha”. Negou ter a intenção de depor o Presidente da República.

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O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Sobre o vídeo em que disse estar “quebrando tudo” e bradar “Vamos para guerra, vou pegar o ‘Xandão’ agora”, Fátima alegou que “assustada e descrevendo o que estava presenciando, sem a intenção de incentivar as ações”.

“A acusada confirmou ter evacuado nas dependências do Supremo Tribunal Federal, mas alegou não saber de quem era o banheiro. Disse que apenas usou aquele banheiro, porque todos os outros do andar debaixo estavam quebrados e que aquela era a única sala aberta. Ao ser questionada se tem passagem pela polícia, afirmou que já foi presa por tráfico de drogas e desacato à autoridade”, registrou ainda o depoimento.

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À Polícia Fátima alegou que não conhecia a pessoa que lhe filmou e que “que havia “se cagado”, em razão dos tiros e do efeito do gás, o que ocorreu pelo medo que ficou da confusão gerada”. Alegou que não sabia por que a pessoa que gravava “disse que ela estaria quebrando tudo”. “A multidão gritava que era guerra, então repetia o brado”, sustentou.

Ela também narrou aos policiais que “disse que queria pegar o “Xandão” pelo o que este fez os manifestantes passarem com a forte reprimenda policial”. Ela negou ter depredado patrimônio público e atribuiu “os atos violentos a pessoas infiltradas, pois o objetivo dos manifestantes era apenas mostrar insatisfação”

Fátima diz que pagou, em espécie, R$ 480 pela viagem até Brasília. Já a volta teria sido custeada por um pastor que era da Igreja Batista de Tubarão e agora participa de uma igreja em Brasília. Ele a levou à rodoviária e pagou uma passagem até Presidente Prudente e outra dali para Tubarão.

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Para o ministro Alexandre de Moraes, Fátima “reconheceu a invasão da Praça dos Três Poderes, o ingresso ilícito no Supremo Tribunal Federal, inclusive defecando em suas dependências, assim como a sua passagem pelo QGEx de Brasília”.

O ministro somou o interrogatório ao laudo das informações colhidas no celular de Fátima. Os investigadores encontraram no aparelho uma gravação em que ela diz: “É pra limpar... não é pra deixar nem Alckmin nem Lula... ninguém... vamo pedir pra limpar o Congresso... não pode de outro jeito querer tirar só Lula... se tirar Lula fica Alckmin mais bandido ainda... é os três poderes derrubar tudo... só o Lula vamo tirar tudo tudo... é tudo tudo limpa geral... é limpa geral é uma faxina só...”

Vasculhando as mensagens da acusada, a Polícia deu ênfase para o diálogo em que Fátima conta para uma terceira pessoa que “cagou no vaso de Xandão”. Em outra conversa, ela diz: “Estava no pelotão de frente nos três poderes né na casa do Xandão. E eu tenho muita coisa para explicar para o senhor e até me desculpar, mas eu sei que devo uma explicação para os senhores”.

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“Está comprovado, pelo teor de seus interrogatórios policial e judicial, pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, pelo Laudo, pelas mensagens golpistas, pelas conclusões do Interventor Federal, e outros elementos informativos, que Maria de Fátima Mendonça Jacinto buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de “intervenção das Forças Armadas””, concluiu Moraes.

O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Conhecida por afirmar que ‘pegaria o Xandão’ nos atos de 8 de janeiro, Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, alegou ao Supremo Tribunal Federal que, quando foi para Brasília, seu objetivo era “apenas o de conversar” com o ministro Alexandre de Moraes. Entre as provas que pesaram para que Moraes sugerisse uma sentença de 17 anos de prisão para Fátima, estão mensagens em que ela diz que ‘cagou no vaso de Xandão’ e estava no ‘pelotão de frente’ do ato que culminou na invasão das dependências do Planalto, STF e Congresso Nacional.

As informações constam do voto do ministro Alexandre de Moraes que abriu nesta sexta-feira, 2, o julgamento que pode levar à condenação de Fátima de Tubarão. Os ministros têm até a próxima sexta-feira, 9, para depositar seus votos sobre o caso. Ela é acusada dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em depoimento prestado à Justiça – uma das últimas fases do processo antes do julgamento – Fátima alegou que foi para Brasília no dia 6, pela noite, para o acampamento montado em frente ao QG do Exército. Ela disse que seu objetivo era “conversar” com Moraes, para que o ministro lhe apresentasse “o código-fonte” das urnas eletrônicas. Ainda de acordo com a ré, o plano inicial era conversar com Moraes na segunda-feira.

Segundo Fátima, no domingo, dia 8, “um carro de som avisou no acampamento de Brasília que havia chegado a hora”. Ela narrou que, ao meio dia, autofalantes reproduziram a mensagem “para que fossem até a Praça dos Três Poderes, onde haveria a “melhor picanha”, onde se deslocariam por dez quilômetros a pé para visitar a casa que era do povo”.

Alegou que quando chegou à Praça dos Três Poderes “tudo já estava quebrado” e por isso se considera “vítima de uma armadilha”. Negou ter a intenção de depor o Presidente da República.

O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Sobre o vídeo em que disse estar “quebrando tudo” e bradar “Vamos para guerra, vou pegar o ‘Xandão’ agora”, Fátima alegou que “assustada e descrevendo o que estava presenciando, sem a intenção de incentivar as ações”.

“A acusada confirmou ter evacuado nas dependências do Supremo Tribunal Federal, mas alegou não saber de quem era o banheiro. Disse que apenas usou aquele banheiro, porque todos os outros do andar debaixo estavam quebrados e que aquela era a única sala aberta. Ao ser questionada se tem passagem pela polícia, afirmou que já foi presa por tráfico de drogas e desacato à autoridade”, registrou ainda o depoimento.

À Polícia Fátima alegou que não conhecia a pessoa que lhe filmou e que “que havia “se cagado”, em razão dos tiros e do efeito do gás, o que ocorreu pelo medo que ficou da confusão gerada”. Alegou que não sabia por que a pessoa que gravava “disse que ela estaria quebrando tudo”. “A multidão gritava que era guerra, então repetia o brado”, sustentou.

Ela também narrou aos policiais que “disse que queria pegar o “Xandão” pelo o que este fez os manifestantes passarem com a forte reprimenda policial”. Ela negou ter depredado patrimônio público e atribuiu “os atos violentos a pessoas infiltradas, pois o objetivo dos manifestantes era apenas mostrar insatisfação”

Fátima diz que pagou, em espécie, R$ 480 pela viagem até Brasília. Já a volta teria sido custeada por um pastor que era da Igreja Batista de Tubarão e agora participa de uma igreja em Brasília. Ele a levou à rodoviária e pagou uma passagem até Presidente Prudente e outra dali para Tubarão.

Para o ministro Alexandre de Moraes, Fátima “reconheceu a invasão da Praça dos Três Poderes, o ingresso ilícito no Supremo Tribunal Federal, inclusive defecando em suas dependências, assim como a sua passagem pelo QGEx de Brasília”.

O ministro somou o interrogatório ao laudo das informações colhidas no celular de Fátima. Os investigadores encontraram no aparelho uma gravação em que ela diz: “É pra limpar... não é pra deixar nem Alckmin nem Lula... ninguém... vamo pedir pra limpar o Congresso... não pode de outro jeito querer tirar só Lula... se tirar Lula fica Alckmin mais bandido ainda... é os três poderes derrubar tudo... só o Lula vamo tirar tudo tudo... é tudo tudo limpa geral... é limpa geral é uma faxina só...”

Vasculhando as mensagens da acusada, a Polícia deu ênfase para o diálogo em que Fátima conta para uma terceira pessoa que “cagou no vaso de Xandão”. Em outra conversa, ela diz: “Estava no pelotão de frente nos três poderes né na casa do Xandão. E eu tenho muita coisa para explicar para o senhor e até me desculpar, mas eu sei que devo uma explicação para os senhores”.

“Está comprovado, pelo teor de seus interrogatórios policial e judicial, pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, pelo Laudo, pelas mensagens golpistas, pelas conclusões do Interventor Federal, e outros elementos informativos, que Maria de Fátima Mendonça Jacinto buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de “intervenção das Forças Armadas””, concluiu Moraes.

O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Conhecida por afirmar que ‘pegaria o Xandão’ nos atos de 8 de janeiro, Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, alegou ao Supremo Tribunal Federal que, quando foi para Brasília, seu objetivo era “apenas o de conversar” com o ministro Alexandre de Moraes. Entre as provas que pesaram para que Moraes sugerisse uma sentença de 17 anos de prisão para Fátima, estão mensagens em que ela diz que ‘cagou no vaso de Xandão’ e estava no ‘pelotão de frente’ do ato que culminou na invasão das dependências do Planalto, STF e Congresso Nacional.

As informações constam do voto do ministro Alexandre de Moraes que abriu nesta sexta-feira, 2, o julgamento que pode levar à condenação de Fátima de Tubarão. Os ministros têm até a próxima sexta-feira, 9, para depositar seus votos sobre o caso. Ela é acusada dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em depoimento prestado à Justiça – uma das últimas fases do processo antes do julgamento – Fátima alegou que foi para Brasília no dia 6, pela noite, para o acampamento montado em frente ao QG do Exército. Ela disse que seu objetivo era “conversar” com Moraes, para que o ministro lhe apresentasse “o código-fonte” das urnas eletrônicas. Ainda de acordo com a ré, o plano inicial era conversar com Moraes na segunda-feira.

Segundo Fátima, no domingo, dia 8, “um carro de som avisou no acampamento de Brasília que havia chegado a hora”. Ela narrou que, ao meio dia, autofalantes reproduziram a mensagem “para que fossem até a Praça dos Três Poderes, onde haveria a “melhor picanha”, onde se deslocariam por dez quilômetros a pé para visitar a casa que era do povo”.

Alegou que quando chegou à Praça dos Três Poderes “tudo já estava quebrado” e por isso se considera “vítima de uma armadilha”. Negou ter a intenção de depor o Presidente da República.

O que 'Fatima de Tubarão' alegou ao STF sobre atos de 8 de janeiro Foto: Reprodução

Sobre o vídeo em que disse estar “quebrando tudo” e bradar “Vamos para guerra, vou pegar o ‘Xandão’ agora”, Fátima alegou que “assustada e descrevendo o que estava presenciando, sem a intenção de incentivar as ações”.

“A acusada confirmou ter evacuado nas dependências do Supremo Tribunal Federal, mas alegou não saber de quem era o banheiro. Disse que apenas usou aquele banheiro, porque todos os outros do andar debaixo estavam quebrados e que aquela era a única sala aberta. Ao ser questionada se tem passagem pela polícia, afirmou que já foi presa por tráfico de drogas e desacato à autoridade”, registrou ainda o depoimento.

À Polícia Fátima alegou que não conhecia a pessoa que lhe filmou e que “que havia “se cagado”, em razão dos tiros e do efeito do gás, o que ocorreu pelo medo que ficou da confusão gerada”. Alegou que não sabia por que a pessoa que gravava “disse que ela estaria quebrando tudo”. “A multidão gritava que era guerra, então repetia o brado”, sustentou.

Ela também narrou aos policiais que “disse que queria pegar o “Xandão” pelo o que este fez os manifestantes passarem com a forte reprimenda policial”. Ela negou ter depredado patrimônio público e atribuiu “os atos violentos a pessoas infiltradas, pois o objetivo dos manifestantes era apenas mostrar insatisfação”

Fátima diz que pagou, em espécie, R$ 480 pela viagem até Brasília. Já a volta teria sido custeada por um pastor que era da Igreja Batista de Tubarão e agora participa de uma igreja em Brasília. Ele a levou à rodoviária e pagou uma passagem até Presidente Prudente e outra dali para Tubarão.

Para o ministro Alexandre de Moraes, Fátima “reconheceu a invasão da Praça dos Três Poderes, o ingresso ilícito no Supremo Tribunal Federal, inclusive defecando em suas dependências, assim como a sua passagem pelo QGEx de Brasília”.

O ministro somou o interrogatório ao laudo das informações colhidas no celular de Fátima. Os investigadores encontraram no aparelho uma gravação em que ela diz: “É pra limpar... não é pra deixar nem Alckmin nem Lula... ninguém... vamo pedir pra limpar o Congresso... não pode de outro jeito querer tirar só Lula... se tirar Lula fica Alckmin mais bandido ainda... é os três poderes derrubar tudo... só o Lula vamo tirar tudo tudo... é tudo tudo limpa geral... é limpa geral é uma faxina só...”

Vasculhando as mensagens da acusada, a Polícia deu ênfase para o diálogo em que Fátima conta para uma terceira pessoa que “cagou no vaso de Xandão”. Em outra conversa, ela diz: “Estava no pelotão de frente nos três poderes né na casa do Xandão. E eu tenho muita coisa para explicar para o senhor e até me desculpar, mas eu sei que devo uma explicação para os senhores”.

“Está comprovado, pelo teor de seus interrogatórios policial e judicial, pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, pelo Laudo, pelas mensagens golpistas, pelas conclusões do Interventor Federal, e outros elementos informativos, que Maria de Fátima Mendonça Jacinto buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de “intervenção das Forças Armadas””, concluiu Moraes.

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