Neste domingo, dezenas de milhões de brasileiros sairão de suas casas e escreverão uma página da história desse país.
Irão a pé, de bicicleta, ônibus, canoa, automóvel ou carroça. Pelos igarapés, corixos, veredas, picadas, becos, vielas, trilhas e avenidas. Virão do Pampa, do Pantanal, da Amazônia, dos sertões, dos condomínios, dos conjuntos, das favelas. Mas irão com fé e esperança.
Serão jovens votando pela primeira vez e idosos, em alguns casos, pela última. Serão banqueiros e operários, fazendeiros e peões, religiosos e agnósticos. Serão mulheres e homens de todas as cores, de todas as crenças e de todas as ocupações, igualados pelo sufrágio universal e secreto.
São diversos os nomes e números que levarão anotados ou guardados na memória para digitarem nas urnas. Mas, pelo menos para a imensa maioria, há um sentimento comum.
Os brasileiros querem paz. Querem viver em paz. Querem superar o ódio e a violência que têm nos dividido e nos afastado.
Os brasileiros querem reencontrar um Brasil perdido. Um Brasil que talvez nunca tenha plenamente se materializado tal como idealizado, mas que como visão, projeto ou sonho sempre existiu em nossos corações e mentes.
Um Brasil em que não há espaço para a violência política, para a intolerância religiosa e para a discriminação racial e de gênero. Um Brasil em que não há espaço para a ditadura, a tortura e seus defensores.
Um Brasil que valorize seus professores e priorize a educação pública de qualidade, com ensino em tempo integral. Um Brasil que proteja as suas matas, as suas águas, o seu solo, os seus ecossistemas e a sua biodiversidade. Um Brasil que vacine e proteja as suas crianças, que cuide dos mais frágeis e que fortaleça e aprimore o SUS.
Um Brasil em que o mais humilde cidadão seja respeitado e não tratado a palavrões pelo guarda da esquina ou por altas autoridades de Brasília. Um Brasil em que os gestores da coisa pública dela cuidem com zelo igual ao que tratam seus bens privados.
Um Brasil em que floresçam a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Um Brasil generoso, que pratique a inclusão e a solidariedade.
O resultado dessa página que escreveremos domingo só saberemos ao final, quando a manifestação da última urna for contabilizada. Será a voz de todos, congregando as vozes de cada brasileiro.
Não deixe de votar. Esse direito foi duramente conquistado e deve ser valorizado e preservado.
Não deixe de expressar a sua opinião, a sua colaboração e a sua participação para um Brasil melhor. Vote sem medo. Vote com amor e alegria.
Viva a democracia! Viva o Brasil democrático!
Que Deus ilumine a cada um e abençoe a todos nós!
*Luiz Henrique Lima é professor e escritor