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Em discurso após indicação para relatoria da CPI da Covid, Renan critica bolsonaristas e lavajatistas


Senador reagiu a tentativas capitaneadas por apoiadores do governo para atrasar início dos trabalhos da comissão e aproveitou para maldizer os métodos da Operação Lava Jato: "Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja"

Por Rayssa Motta

Em discurso nesta terça-feira, 27, após ter sido indicado relator da CPI da Covid-19, que vai apurar a gestão e potencial omissão do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aproveitou para disparar críticas a bolsonaristas e lavajatistas.

Desde que teve o nome aventado para assumir a relatoria da comissão, o senador passou a ser alvo de ataques sistemáticos de apoiadores do governo, que tentaram lançar o colegiado em descrédito antes mesmo da abertura dos trabalhos. Em uma ação movida pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), o emedebista chegou a ser impedido pela Justiça de assumir a relatoria da CPI, mas o caminho ficou livre depois que a decisão foi derrubada em segunda instância.

"O negacionismo em relação à pandemia ainda terá que ser investigado e provado, mas o negacionismo com relação à CPI da Covid, já não resta a menor dúvida", rebateu o senador.

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Renan Calheiros. Foto: Evaristo Sá/AFP

Crítico da Operação Lava Jato, pela qual foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, Calheiros também aproveitou para maldizer os métodos da força-tarefa. O senador disse que, ao fim dos trabalhos, 'ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição' sobre a comissão, em referência à conduta do ex-juiz Sérgio Moro, declarado parcial no processo do triplex do Guarujá contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem o senador é aliado.

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"A CPI não é uma sigla de Comissão Parlamentar de Inquisição, é de Investigação. Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será utilizado. A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso, com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados. Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol, nem de Sérgio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha. Não reeditaremos a República do Galeão", disparou. "Agindo com imparcialidade, a partir de decisões coletivas, sem comichões monocráticos, ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição, no futuro, deste trabalho."

O senador disse ainda que, historicamente, as Comissões Parlamentares de Inquérito prosperam quando 'os canais tradicionais de investigação se mostram obstruídos'. "Aqui em uma casa de verdadeiros democratas, que convivem e respeitam a divergência diuturnamente, são respeitados o contraditório, o sagrado direito à defesa, a presunção da inocência e a paridade de armas. Garantias civilizatórias que tanto foram negligenciadas nos últimos tempos no Brasil, o que só contribui para a reprovável erosão das instituições", afirmou.

Em discurso nesta terça-feira, 27, após ter sido indicado relator da CPI da Covid-19, que vai apurar a gestão e potencial omissão do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aproveitou para disparar críticas a bolsonaristas e lavajatistas.

Desde que teve o nome aventado para assumir a relatoria da comissão, o senador passou a ser alvo de ataques sistemáticos de apoiadores do governo, que tentaram lançar o colegiado em descrédito antes mesmo da abertura dos trabalhos. Em uma ação movida pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), o emedebista chegou a ser impedido pela Justiça de assumir a relatoria da CPI, mas o caminho ficou livre depois que a decisão foi derrubada em segunda instância.

"O negacionismo em relação à pandemia ainda terá que ser investigado e provado, mas o negacionismo com relação à CPI da Covid, já não resta a menor dúvida", rebateu o senador.

Renan Calheiros. Foto: Evaristo Sá/AFP

Crítico da Operação Lava Jato, pela qual foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, Calheiros também aproveitou para maldizer os métodos da força-tarefa. O senador disse que, ao fim dos trabalhos, 'ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição' sobre a comissão, em referência à conduta do ex-juiz Sérgio Moro, declarado parcial no processo do triplex do Guarujá contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem o senador é aliado.

"A CPI não é uma sigla de Comissão Parlamentar de Inquisição, é de Investigação. Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será utilizado. A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso, com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados. Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol, nem de Sérgio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha. Não reeditaremos a República do Galeão", disparou. "Agindo com imparcialidade, a partir de decisões coletivas, sem comichões monocráticos, ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição, no futuro, deste trabalho."

O senador disse ainda que, historicamente, as Comissões Parlamentares de Inquérito prosperam quando 'os canais tradicionais de investigação se mostram obstruídos'. "Aqui em uma casa de verdadeiros democratas, que convivem e respeitam a divergência diuturnamente, são respeitados o contraditório, o sagrado direito à defesa, a presunção da inocência e a paridade de armas. Garantias civilizatórias que tanto foram negligenciadas nos últimos tempos no Brasil, o que só contribui para a reprovável erosão das instituições", afirmou.

Em discurso nesta terça-feira, 27, após ter sido indicado relator da CPI da Covid-19, que vai apurar a gestão e potencial omissão do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aproveitou para disparar críticas a bolsonaristas e lavajatistas.

Desde que teve o nome aventado para assumir a relatoria da comissão, o senador passou a ser alvo de ataques sistemáticos de apoiadores do governo, que tentaram lançar o colegiado em descrédito antes mesmo da abertura dos trabalhos. Em uma ação movida pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), o emedebista chegou a ser impedido pela Justiça de assumir a relatoria da CPI, mas o caminho ficou livre depois que a decisão foi derrubada em segunda instância.

"O negacionismo em relação à pandemia ainda terá que ser investigado e provado, mas o negacionismo com relação à CPI da Covid, já não resta a menor dúvida", rebateu o senador.

Renan Calheiros. Foto: Evaristo Sá/AFP

Crítico da Operação Lava Jato, pela qual foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, Calheiros também aproveitou para maldizer os métodos da força-tarefa. O senador disse que, ao fim dos trabalhos, 'ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição' sobre a comissão, em referência à conduta do ex-juiz Sérgio Moro, declarado parcial no processo do triplex do Guarujá contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem o senador é aliado.

"A CPI não é uma sigla de Comissão Parlamentar de Inquisição, é de Investigação. Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será utilizado. A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso, com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados. Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol, nem de Sérgio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha. Não reeditaremos a República do Galeão", disparou. "Agindo com imparcialidade, a partir de decisões coletivas, sem comichões monocráticos, ninguém arguirá nenhum tipo de suspeição, no futuro, deste trabalho."

O senador disse ainda que, historicamente, as Comissões Parlamentares de Inquérito prosperam quando 'os canais tradicionais de investigação se mostram obstruídos'. "Aqui em uma casa de verdadeiros democratas, que convivem e respeitam a divergência diuturnamente, são respeitados o contraditório, o sagrado direito à defesa, a presunção da inocência e a paridade de armas. Garantias civilizatórias que tanto foram negligenciadas nos últimos tempos no Brasil, o que só contribui para a reprovável erosão das instituições", afirmou.

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