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‘Embriagado’ no réveillon, Ronnie Lessa revelou tentativa frustrada de matar Marielle, diz delator


Ex-PM Élcio Queiroz relatou ao Ministério Público que acusado de executar ex-vereadora do Rio contou a ele sobre uma primeira emboscada na passagem de 2017 para 2018

Por Pepita Ortega, Daniel Haidar e Rayanderson Guerra
Atualização:
Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão Foto: Estadão

Na delação premiada que fechou com o Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, relatou uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar, anterior à execução em março de 2018. O episódio gerou revolta do executor dos disparos, Ronnie Lessa. Queiroz diz que ficou sabendo de tal episódio na virada do ano, no dia 31 de dezembro de 2017, quando passava o réveillon com Lessa, na casa do ex-PM no Condomínio Vivendas da Barra. Três meses depois, Élcio Queiroz dirigiu o carro do qual Lessa matou Marielle e Anderson.

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O relato implica, além de Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa - o Suel, preso na manhã desta segunda, 24, como alvo principal da Operação Élpis - e Edimilson Oliveira da Silva - o ‘Macalé', que foi assassinado em novembro de 2021. Segundo Élcio, Ronnie Lessa ‘bebeu bastante’ no ano novo e ‘começou a desabafar, revoltado’, contando que semanas antes ele teria ido, com Suel e Macalé, para ‘pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses’, mas ‘o carro deu problema’.

“Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher. Estava com esse trabalho ele, o Suel e o Macalé. Estavam nessa época aí, já um tempo “campanando” esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edimilson Macalé”, relatou Élcio.

“O Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema, pediu pra emparelhar, era um táxi; essa pessoa, essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema; e o Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, completou.

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Nessa ocasião, o motorista do carro seria Maxwell, preso nesta manhã. No banco do carona estava Ronnie, com a metralhadora dele - uma MP5 desviada do do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) quando o prédio da chamada de “trope de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro pegou fogo. No banco de trás, como ‘contenção’, estava o Macalé, com uma AK47.

Segundo Élcio Queiroz, na tentativa frustrada de matar Marielle, o trio usou o mesmo carro que o delator dirigiu, em março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. O cobalt acabou ‘picotado’, desmontado, narrou o ex-PM à Polícia. Élcio detalhou o caminho feito por ele e por Ronnie Lessa após a execução.

Ainda de acordo com a delação, Lessa, Suel e Macalé estavam monitorando Marielle desde agosto de 2017. O último teria participado de todas as viligâncias da vereadora. Élcio Queiroz apontou ainda: “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe... vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”.

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Queiroz narrou que as vigilâncias se davam na busca por uma ‘janela de oportunidade’. “E essa janela de oportunidade apareceu, por que eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo”, ressaltou.

O delator disse que Lessa ‘estava nitidamente chateado por perder uma janela de oportunidade’. “Justamente por que perdeu uma oportunidade que das outras vezes não 296 teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez, que seria somente o carro e o carro deles”.

Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão Foto: Estadão

Na delação premiada que fechou com o Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, relatou uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar, anterior à execução em março de 2018. O episódio gerou revolta do executor dos disparos, Ronnie Lessa. Queiroz diz que ficou sabendo de tal episódio na virada do ano, no dia 31 de dezembro de 2017, quando passava o réveillon com Lessa, na casa do ex-PM no Condomínio Vivendas da Barra. Três meses depois, Élcio Queiroz dirigiu o carro do qual Lessa matou Marielle e Anderson.

O relato implica, além de Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa - o Suel, preso na manhã desta segunda, 24, como alvo principal da Operação Élpis - e Edimilson Oliveira da Silva - o ‘Macalé', que foi assassinado em novembro de 2021. Segundo Élcio, Ronnie Lessa ‘bebeu bastante’ no ano novo e ‘começou a desabafar, revoltado’, contando que semanas antes ele teria ido, com Suel e Macalé, para ‘pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses’, mas ‘o carro deu problema’.

“Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher. Estava com esse trabalho ele, o Suel e o Macalé. Estavam nessa época aí, já um tempo “campanando” esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edimilson Macalé”, relatou Élcio.

“O Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema, pediu pra emparelhar, era um táxi; essa pessoa, essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema; e o Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, completou.

Nessa ocasião, o motorista do carro seria Maxwell, preso nesta manhã. No banco do carona estava Ronnie, com a metralhadora dele - uma MP5 desviada do do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) quando o prédio da chamada de “trope de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro pegou fogo. No banco de trás, como ‘contenção’, estava o Macalé, com uma AK47.

Segundo Élcio Queiroz, na tentativa frustrada de matar Marielle, o trio usou o mesmo carro que o delator dirigiu, em março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. O cobalt acabou ‘picotado’, desmontado, narrou o ex-PM à Polícia. Élcio detalhou o caminho feito por ele e por Ronnie Lessa após a execução.

Ainda de acordo com a delação, Lessa, Suel e Macalé estavam monitorando Marielle desde agosto de 2017. O último teria participado de todas as viligâncias da vereadora. Élcio Queiroz apontou ainda: “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe... vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”.

Queiroz narrou que as vigilâncias se davam na busca por uma ‘janela de oportunidade’. “E essa janela de oportunidade apareceu, por que eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo”, ressaltou.

O delator disse que Lessa ‘estava nitidamente chateado por perder uma janela de oportunidade’. “Justamente por que perdeu uma oportunidade que das outras vezes não 296 teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez, que seria somente o carro e o carro deles”.

Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão Foto: Estadão

Na delação premiada que fechou com o Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, relatou uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar, anterior à execução em março de 2018. O episódio gerou revolta do executor dos disparos, Ronnie Lessa. Queiroz diz que ficou sabendo de tal episódio na virada do ano, no dia 31 de dezembro de 2017, quando passava o réveillon com Lessa, na casa do ex-PM no Condomínio Vivendas da Barra. Três meses depois, Élcio Queiroz dirigiu o carro do qual Lessa matou Marielle e Anderson.

O relato implica, além de Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa - o Suel, preso na manhã desta segunda, 24, como alvo principal da Operação Élpis - e Edimilson Oliveira da Silva - o ‘Macalé', que foi assassinado em novembro de 2021. Segundo Élcio, Ronnie Lessa ‘bebeu bastante’ no ano novo e ‘começou a desabafar, revoltado’, contando que semanas antes ele teria ido, com Suel e Macalé, para ‘pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses’, mas ‘o carro deu problema’.

“Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher. Estava com esse trabalho ele, o Suel e o Macalé. Estavam nessa época aí, já um tempo “campanando” esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edimilson Macalé”, relatou Élcio.

“O Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema, pediu pra emparelhar, era um táxi; essa pessoa, essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema; e o Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, completou.

Nessa ocasião, o motorista do carro seria Maxwell, preso nesta manhã. No banco do carona estava Ronnie, com a metralhadora dele - uma MP5 desviada do do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) quando o prédio da chamada de “trope de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro pegou fogo. No banco de trás, como ‘contenção’, estava o Macalé, com uma AK47.

Segundo Élcio Queiroz, na tentativa frustrada de matar Marielle, o trio usou o mesmo carro que o delator dirigiu, em março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. O cobalt acabou ‘picotado’, desmontado, narrou o ex-PM à Polícia. Élcio detalhou o caminho feito por ele e por Ronnie Lessa após a execução.

Ainda de acordo com a delação, Lessa, Suel e Macalé estavam monitorando Marielle desde agosto de 2017. O último teria participado de todas as viligâncias da vereadora. Élcio Queiroz apontou ainda: “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe... vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”.

Queiroz narrou que as vigilâncias se davam na busca por uma ‘janela de oportunidade’. “E essa janela de oportunidade apareceu, por que eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo”, ressaltou.

O delator disse que Lessa ‘estava nitidamente chateado por perder uma janela de oportunidade’. “Justamente por que perdeu uma oportunidade que das outras vezes não 296 teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez, que seria somente o carro e o carro deles”.

Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão Foto: Estadão

Na delação premiada que fechou com o Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, relatou uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar, anterior à execução em março de 2018. O episódio gerou revolta do executor dos disparos, Ronnie Lessa. Queiroz diz que ficou sabendo de tal episódio na virada do ano, no dia 31 de dezembro de 2017, quando passava o réveillon com Lessa, na casa do ex-PM no Condomínio Vivendas da Barra. Três meses depois, Élcio Queiroz dirigiu o carro do qual Lessa matou Marielle e Anderson.

O relato implica, além de Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa - o Suel, preso na manhã desta segunda, 24, como alvo principal da Operação Élpis - e Edimilson Oliveira da Silva - o ‘Macalé', que foi assassinado em novembro de 2021. Segundo Élcio, Ronnie Lessa ‘bebeu bastante’ no ano novo e ‘começou a desabafar, revoltado’, contando que semanas antes ele teria ido, com Suel e Macalé, para ‘pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses’, mas ‘o carro deu problema’.

“Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher. Estava com esse trabalho ele, o Suel e o Macalé. Estavam nessa época aí, já um tempo “campanando” esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edimilson Macalé”, relatou Élcio.

“O Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema, pediu pra emparelhar, era um táxi; essa pessoa, essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema; e o Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, completou.

Nessa ocasião, o motorista do carro seria Maxwell, preso nesta manhã. No banco do carona estava Ronnie, com a metralhadora dele - uma MP5 desviada do do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) quando o prédio da chamada de “trope de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro pegou fogo. No banco de trás, como ‘contenção’, estava o Macalé, com uma AK47.

Segundo Élcio Queiroz, na tentativa frustrada de matar Marielle, o trio usou o mesmo carro que o delator dirigiu, em março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. O cobalt acabou ‘picotado’, desmontado, narrou o ex-PM à Polícia. Élcio detalhou o caminho feito por ele e por Ronnie Lessa após a execução.

Ainda de acordo com a delação, Lessa, Suel e Macalé estavam monitorando Marielle desde agosto de 2017. O último teria participado de todas as viligâncias da vereadora. Élcio Queiroz apontou ainda: “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe... vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”.

Queiroz narrou que as vigilâncias se davam na busca por uma ‘janela de oportunidade’. “E essa janela de oportunidade apareceu, por que eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo”, ressaltou.

O delator disse que Lessa ‘estava nitidamente chateado por perder uma janela de oportunidade’. “Justamente por que perdeu uma oportunidade que das outras vezes não 296 teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez, que seria somente o carro e o carro deles”.

Furos de bala no carro onde estava a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. FOTO: CONSTANÇA REZENDE/Estadão Foto: Estadão

Na delação premiada que fechou com o Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, relatou uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar, anterior à execução em março de 2018. O episódio gerou revolta do executor dos disparos, Ronnie Lessa. Queiroz diz que ficou sabendo de tal episódio na virada do ano, no dia 31 de dezembro de 2017, quando passava o réveillon com Lessa, na casa do ex-PM no Condomínio Vivendas da Barra. Três meses depois, Élcio Queiroz dirigiu o carro do qual Lessa matou Marielle e Anderson.

O relato implica, além de Lessa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa - o Suel, preso na manhã desta segunda, 24, como alvo principal da Operação Élpis - e Edimilson Oliveira da Silva - o ‘Macalé', que foi assassinado em novembro de 2021. Segundo Élcio, Ronnie Lessa ‘bebeu bastante’ no ano novo e ‘começou a desabafar, revoltado’, contando que semanas antes ele teria ido, com Suel e Macalé, para ‘pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses’, mas ‘o carro deu problema’.

“Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher. Estava com esse trabalho ele, o Suel e o Macalé. Estavam nessa época aí, já um tempo “campanando” esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi pra acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edimilson Macalé”, relatou Élcio.

“O Ronnie achou que houve um refugo, o carro deu um problema, pediu pra emparelhar, era um táxi; essa pessoa, essa mulher estaria num táxi e tinha uma oportunidade, só que na hora que ele mandou emparelhar, o carro deu um problema; e o Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou”, completou.

Nessa ocasião, o motorista do carro seria Maxwell, preso nesta manhã. No banco do carona estava Ronnie, com a metralhadora dele - uma MP5 desviada do do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) quando o prédio da chamada de “trope de elite” da Polícia Militar do Rio de Janeiro pegou fogo. No banco de trás, como ‘contenção’, estava o Macalé, com uma AK47.

Segundo Élcio Queiroz, na tentativa frustrada de matar Marielle, o trio usou o mesmo carro que o delator dirigiu, em março de 2018, no dia em que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. O cobalt acabou ‘picotado’, desmontado, narrou o ex-PM à Polícia. Élcio detalhou o caminho feito por ele e por Ronnie Lessa após a execução.

Ainda de acordo com a delação, Lessa, Suel e Macalé estavam monitorando Marielle desde agosto de 2017. O último teria participado de todas as viligâncias da vereadora. Élcio Queiroz apontou ainda: “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe... vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”.

Queiroz narrou que as vigilâncias se davam na busca por uma ‘janela de oportunidade’. “E essa janela de oportunidade apareceu, por que eles sempre estavam preparados pra pronto emprego, e nessa oportunidade houve o refugo”, ressaltou.

O delator disse que Lessa ‘estava nitidamente chateado por perder uma janela de oportunidade’. “Justamente por que perdeu uma oportunidade que das outras vezes não 296 teve uma oportunidade assim, tão clara como dessa vez, que seria somente o carro e o carro deles”.

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