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Opinião|ESG para valer


Adotar uma cooperativa de catadores, esses heróis que ajudam a manter a cidade limpa, combatendo a excessiva produção de resíduos sólidos, é fazer o ESG funcionar. Assim como patrocinar campanhas de conscientização e propiciar à população adequada percepção do perigo que a ameaça e que, para ser minorado, necessita de uma verdadeira cruzada

Por José Renato Nalini

A estratégia ESG, da sigla em inglês que contempla o ambiente, o social e a governança, tem servido às empresas para engajamento em causas de interesse coletivo. É constatável o empenho de alguns empresários em levar a sério essa cultura, uma ampliação do conceito de responsabilidade social do negócio. O lucro é legítimo, ele é que incrementa as atividades produtivas e gera empregos formais e uma cadeia de benefícios que se vale da rede profissional que interfere no ciclo de geração de bens e de serviços.

Mas o negócio da empresa não pode ser apenas o lucro. Há um compromisso com os chamados stakeholders, com os fornecedores, com os destinatários da produção, com a região em que a sede está localizada, com a comunidade aparentemente desvinculada, mas que vai ser influenciada e influenciará o negócio, em termos reputacionais.

Observo que a política ESG está circunscrita e gira em torno da empresa, no seu âmbito interno. Algumas iniciativas criam uma diretoria de ESG, com isso acreditando os líderes, estarem a cumprir o mandamento imposto pela nova concepção do que deva ser a relação da empresa com a comunidade a que serve.

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É pouco. Também não é suficiente estabelecer metas de redução de uso de papel, economia de eletricidade, contenção na utilização do transporte pessoal e dedicar um dia da semana para se servir do sistema de transporte coletivo. Muito louvável. Mas a situação do mundo – e, principalmente, a condição de vulnerabilidade do Brasil – exige mais. É que já não se fala mais em “mudança climática”, senão em “emergência climática”. Aquilo que ocorreu no Rio Grande do Sul e tem se repetido em outras partes do mundo, pode acontecer em qualquer lugar.

A emergência climática reclama assertividade que até o momento não se verificou, ao menos na escala e intensidade necessárias. Por isso, o tempo hoje é para adaptação das cidades com o propósito de evitar que os eventos extremos causem mortes ou aflijam ainda mais a coletividade vulnerável que é a que mais sofre com esses eventos.

A resiliência das cidades está posta à prova. A escassez hídrica faz com que o uso da água seja muito bem administrado. O desmatamento privou a urbanização de árvores que produzem chuva, protegem lençóis freáticos, propiciam sombra e redução da temperatura. A empresa, instituição que sobreviveu no século XX, a despeito de uma aparente ojeriza ao lucro por parte dos governos, tem condições de fazer mais do que manter um ambiente de consciência sensível no cenário interno.

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Quando se fala em ESG, é óbvio que a questão ambiental adquiriu outra dimensão. As ondas de calor causam mais mortes do que as ondas de frio. Tudo empiricamente comprovado, com internações crescentes naquele novembro de 2023 que foi considerado o mês mais quente da história. Só que 2024 já quebrou todos os recordes.

Contemplar o “E”, de environment, que corresponde a ambiente, é ajudar a cidade a multiplicar os espaços de refrigério, os refúgios térmicos para abrigar a população quando a quentura acarretar agravamento de situações pessoais dos que já apresentem comorbidade. Se uma empresa, ou banco, ou instituição financeira, ou organismo poderoso, adaptar uma escola para servir de abrigo, estará, simultaneamente, atendendo não só à questão ambiental, mas atenderá à necessidade social e mostrará um exemplo de governança inteligente.

De igual forma, se adotar uma nascente, se criar uma floresta urbana, se formar um pequeno bosque, se patrocinar um “jardim de chuva” ou qualquer outra forma de reduzir a impermeabilização da cidade, atenderá, de forma conjunta, às três letras da sigla.

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Adotar uma cooperativa de catadores, esses heróis que ajudam a manter a cidade limpa, combatendo a excessiva produção de resíduos sólidos, é fazer o ESG funcionar. Assim como patrocinar campanhas de conscientização e propiciar à população adequada percepção do perigo que a ameaça e que, para ser minorado, necessita de uma verdadeira cruzada, uma campanha que mobilize todos os setores e todos os cidadãos.

Sem isso, ESG será mais uma grife a servir de marketing, destinada a repetir o fenômeno do greenwashing, que tanto decepcionou os crédulos e ingênuos amigos da natureza espoliada.

A estratégia ESG, da sigla em inglês que contempla o ambiente, o social e a governança, tem servido às empresas para engajamento em causas de interesse coletivo. É constatável o empenho de alguns empresários em levar a sério essa cultura, uma ampliação do conceito de responsabilidade social do negócio. O lucro é legítimo, ele é que incrementa as atividades produtivas e gera empregos formais e uma cadeia de benefícios que se vale da rede profissional que interfere no ciclo de geração de bens e de serviços.

Mas o negócio da empresa não pode ser apenas o lucro. Há um compromisso com os chamados stakeholders, com os fornecedores, com os destinatários da produção, com a região em que a sede está localizada, com a comunidade aparentemente desvinculada, mas que vai ser influenciada e influenciará o negócio, em termos reputacionais.

Observo que a política ESG está circunscrita e gira em torno da empresa, no seu âmbito interno. Algumas iniciativas criam uma diretoria de ESG, com isso acreditando os líderes, estarem a cumprir o mandamento imposto pela nova concepção do que deva ser a relação da empresa com a comunidade a que serve.

É pouco. Também não é suficiente estabelecer metas de redução de uso de papel, economia de eletricidade, contenção na utilização do transporte pessoal e dedicar um dia da semana para se servir do sistema de transporte coletivo. Muito louvável. Mas a situação do mundo – e, principalmente, a condição de vulnerabilidade do Brasil – exige mais. É que já não se fala mais em “mudança climática”, senão em “emergência climática”. Aquilo que ocorreu no Rio Grande do Sul e tem se repetido em outras partes do mundo, pode acontecer em qualquer lugar.

A emergência climática reclama assertividade que até o momento não se verificou, ao menos na escala e intensidade necessárias. Por isso, o tempo hoje é para adaptação das cidades com o propósito de evitar que os eventos extremos causem mortes ou aflijam ainda mais a coletividade vulnerável que é a que mais sofre com esses eventos.

A resiliência das cidades está posta à prova. A escassez hídrica faz com que o uso da água seja muito bem administrado. O desmatamento privou a urbanização de árvores que produzem chuva, protegem lençóis freáticos, propiciam sombra e redução da temperatura. A empresa, instituição que sobreviveu no século XX, a despeito de uma aparente ojeriza ao lucro por parte dos governos, tem condições de fazer mais do que manter um ambiente de consciência sensível no cenário interno.

Quando se fala em ESG, é óbvio que a questão ambiental adquiriu outra dimensão. As ondas de calor causam mais mortes do que as ondas de frio. Tudo empiricamente comprovado, com internações crescentes naquele novembro de 2023 que foi considerado o mês mais quente da história. Só que 2024 já quebrou todos os recordes.

Contemplar o “E”, de environment, que corresponde a ambiente, é ajudar a cidade a multiplicar os espaços de refrigério, os refúgios térmicos para abrigar a população quando a quentura acarretar agravamento de situações pessoais dos que já apresentem comorbidade. Se uma empresa, ou banco, ou instituição financeira, ou organismo poderoso, adaptar uma escola para servir de abrigo, estará, simultaneamente, atendendo não só à questão ambiental, mas atenderá à necessidade social e mostrará um exemplo de governança inteligente.

De igual forma, se adotar uma nascente, se criar uma floresta urbana, se formar um pequeno bosque, se patrocinar um “jardim de chuva” ou qualquer outra forma de reduzir a impermeabilização da cidade, atenderá, de forma conjunta, às três letras da sigla.

Adotar uma cooperativa de catadores, esses heróis que ajudam a manter a cidade limpa, combatendo a excessiva produção de resíduos sólidos, é fazer o ESG funcionar. Assim como patrocinar campanhas de conscientização e propiciar à população adequada percepção do perigo que a ameaça e que, para ser minorado, necessita de uma verdadeira cruzada, uma campanha que mobilize todos os setores e todos os cidadãos.

Sem isso, ESG será mais uma grife a servir de marketing, destinada a repetir o fenômeno do greenwashing, que tanto decepcionou os crédulos e ingênuos amigos da natureza espoliada.

A estratégia ESG, da sigla em inglês que contempla o ambiente, o social e a governança, tem servido às empresas para engajamento em causas de interesse coletivo. É constatável o empenho de alguns empresários em levar a sério essa cultura, uma ampliação do conceito de responsabilidade social do negócio. O lucro é legítimo, ele é que incrementa as atividades produtivas e gera empregos formais e uma cadeia de benefícios que se vale da rede profissional que interfere no ciclo de geração de bens e de serviços.

Mas o negócio da empresa não pode ser apenas o lucro. Há um compromisso com os chamados stakeholders, com os fornecedores, com os destinatários da produção, com a região em que a sede está localizada, com a comunidade aparentemente desvinculada, mas que vai ser influenciada e influenciará o negócio, em termos reputacionais.

Observo que a política ESG está circunscrita e gira em torno da empresa, no seu âmbito interno. Algumas iniciativas criam uma diretoria de ESG, com isso acreditando os líderes, estarem a cumprir o mandamento imposto pela nova concepção do que deva ser a relação da empresa com a comunidade a que serve.

É pouco. Também não é suficiente estabelecer metas de redução de uso de papel, economia de eletricidade, contenção na utilização do transporte pessoal e dedicar um dia da semana para se servir do sistema de transporte coletivo. Muito louvável. Mas a situação do mundo – e, principalmente, a condição de vulnerabilidade do Brasil – exige mais. É que já não se fala mais em “mudança climática”, senão em “emergência climática”. Aquilo que ocorreu no Rio Grande do Sul e tem se repetido em outras partes do mundo, pode acontecer em qualquer lugar.

A emergência climática reclama assertividade que até o momento não se verificou, ao menos na escala e intensidade necessárias. Por isso, o tempo hoje é para adaptação das cidades com o propósito de evitar que os eventos extremos causem mortes ou aflijam ainda mais a coletividade vulnerável que é a que mais sofre com esses eventos.

A resiliência das cidades está posta à prova. A escassez hídrica faz com que o uso da água seja muito bem administrado. O desmatamento privou a urbanização de árvores que produzem chuva, protegem lençóis freáticos, propiciam sombra e redução da temperatura. A empresa, instituição que sobreviveu no século XX, a despeito de uma aparente ojeriza ao lucro por parte dos governos, tem condições de fazer mais do que manter um ambiente de consciência sensível no cenário interno.

Quando se fala em ESG, é óbvio que a questão ambiental adquiriu outra dimensão. As ondas de calor causam mais mortes do que as ondas de frio. Tudo empiricamente comprovado, com internações crescentes naquele novembro de 2023 que foi considerado o mês mais quente da história. Só que 2024 já quebrou todos os recordes.

Contemplar o “E”, de environment, que corresponde a ambiente, é ajudar a cidade a multiplicar os espaços de refrigério, os refúgios térmicos para abrigar a população quando a quentura acarretar agravamento de situações pessoais dos que já apresentem comorbidade. Se uma empresa, ou banco, ou instituição financeira, ou organismo poderoso, adaptar uma escola para servir de abrigo, estará, simultaneamente, atendendo não só à questão ambiental, mas atenderá à necessidade social e mostrará um exemplo de governança inteligente.

De igual forma, se adotar uma nascente, se criar uma floresta urbana, se formar um pequeno bosque, se patrocinar um “jardim de chuva” ou qualquer outra forma de reduzir a impermeabilização da cidade, atenderá, de forma conjunta, às três letras da sigla.

Adotar uma cooperativa de catadores, esses heróis que ajudam a manter a cidade limpa, combatendo a excessiva produção de resíduos sólidos, é fazer o ESG funcionar. Assim como patrocinar campanhas de conscientização e propiciar à população adequada percepção do perigo que a ameaça e que, para ser minorado, necessita de uma verdadeira cruzada, uma campanha que mobilize todos os setores e todos os cidadãos.

Sem isso, ESG será mais uma grife a servir de marketing, destinada a repetir o fenômeno do greenwashing, que tanto decepcionou os crédulos e ingênuos amigos da natureza espoliada.

A estratégia ESG, da sigla em inglês que contempla o ambiente, o social e a governança, tem servido às empresas para engajamento em causas de interesse coletivo. É constatável o empenho de alguns empresários em levar a sério essa cultura, uma ampliação do conceito de responsabilidade social do negócio. O lucro é legítimo, ele é que incrementa as atividades produtivas e gera empregos formais e uma cadeia de benefícios que se vale da rede profissional que interfere no ciclo de geração de bens e de serviços.

Mas o negócio da empresa não pode ser apenas o lucro. Há um compromisso com os chamados stakeholders, com os fornecedores, com os destinatários da produção, com a região em que a sede está localizada, com a comunidade aparentemente desvinculada, mas que vai ser influenciada e influenciará o negócio, em termos reputacionais.

Observo que a política ESG está circunscrita e gira em torno da empresa, no seu âmbito interno. Algumas iniciativas criam uma diretoria de ESG, com isso acreditando os líderes, estarem a cumprir o mandamento imposto pela nova concepção do que deva ser a relação da empresa com a comunidade a que serve.

É pouco. Também não é suficiente estabelecer metas de redução de uso de papel, economia de eletricidade, contenção na utilização do transporte pessoal e dedicar um dia da semana para se servir do sistema de transporte coletivo. Muito louvável. Mas a situação do mundo – e, principalmente, a condição de vulnerabilidade do Brasil – exige mais. É que já não se fala mais em “mudança climática”, senão em “emergência climática”. Aquilo que ocorreu no Rio Grande do Sul e tem se repetido em outras partes do mundo, pode acontecer em qualquer lugar.

A emergência climática reclama assertividade que até o momento não se verificou, ao menos na escala e intensidade necessárias. Por isso, o tempo hoje é para adaptação das cidades com o propósito de evitar que os eventos extremos causem mortes ou aflijam ainda mais a coletividade vulnerável que é a que mais sofre com esses eventos.

A resiliência das cidades está posta à prova. A escassez hídrica faz com que o uso da água seja muito bem administrado. O desmatamento privou a urbanização de árvores que produzem chuva, protegem lençóis freáticos, propiciam sombra e redução da temperatura. A empresa, instituição que sobreviveu no século XX, a despeito de uma aparente ojeriza ao lucro por parte dos governos, tem condições de fazer mais do que manter um ambiente de consciência sensível no cenário interno.

Quando se fala em ESG, é óbvio que a questão ambiental adquiriu outra dimensão. As ondas de calor causam mais mortes do que as ondas de frio. Tudo empiricamente comprovado, com internações crescentes naquele novembro de 2023 que foi considerado o mês mais quente da história. Só que 2024 já quebrou todos os recordes.

Contemplar o “E”, de environment, que corresponde a ambiente, é ajudar a cidade a multiplicar os espaços de refrigério, os refúgios térmicos para abrigar a população quando a quentura acarretar agravamento de situações pessoais dos que já apresentem comorbidade. Se uma empresa, ou banco, ou instituição financeira, ou organismo poderoso, adaptar uma escola para servir de abrigo, estará, simultaneamente, atendendo não só à questão ambiental, mas atenderá à necessidade social e mostrará um exemplo de governança inteligente.

De igual forma, se adotar uma nascente, se criar uma floresta urbana, se formar um pequeno bosque, se patrocinar um “jardim de chuva” ou qualquer outra forma de reduzir a impermeabilização da cidade, atenderá, de forma conjunta, às três letras da sigla.

Adotar uma cooperativa de catadores, esses heróis que ajudam a manter a cidade limpa, combatendo a excessiva produção de resíduos sólidos, é fazer o ESG funcionar. Assim como patrocinar campanhas de conscientização e propiciar à população adequada percepção do perigo que a ameaça e que, para ser minorado, necessita de uma verdadeira cruzada, uma campanha que mobilize todos os setores e todos os cidadãos.

Sem isso, ESG será mais uma grife a servir de marketing, destinada a repetir o fenômeno do greenwashing, que tanto decepcionou os crédulos e ingênuos amigos da natureza espoliada.

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