O ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão, afirmou à Polícia Federal que contava dinheiro de posto de combustível no bairro de Stella Maris, em Salvador, pertencente ao parlamentar. Ele está preso em regime domiciliar por terem sido encontradas suas digitais nas cédulas do bunker de R$ 51 milhões, em Salvador. Job é assessor dos políticos da família há anos e já trabalhou para o pai, Afrisio Vieira Lima, falecido no ano passado, e para os irmãos Geddel e Lúcio.
+ Geddel quer descobrir quem denunciou à PF o bunker dos R$ 51 mi
Preso desde 18 de outubro em regime domiciliar, Job teve sua fiança de 100 salários mínimos reduzida pela metade após o ministro relator do caso, Edson Fachin, acolher recurso da defesa. Ele prestou depoimento à Polícia Federal no dia 19.
+ Lúcio é o 'Bitelo' nas planilhas de propinas da Odebrecht
Ele virou alvo da Operação Tesouro Perdido no momento em que a Polícia Federal identificou suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2 km da residência de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro.
+ PF achou digitais de Geddel e até fatura de empregada em bunker de R$ 51 milhões
Job disse às autoridades que, manuseou, em algumas oportunidades contou dinheiro do Posto de Combustível Alameda da Praia, situada no bairro de Stella Maris'.
Segundo o ex-assessor, 'o posto esta fechado ha mais de um ano a pretexto de reformas'. No entanto, ele negou saber 'se de fato estão sendo feitas as obras'.
De acordo com o homem de confiança de duas gerações da família de Geddel, 'os valores contabilizados giravam em torno de R$ 10.000,00 a R$ 15.000,00'.
Job diz que parte do dinheiro era depositada em sua própria conta.
COM A PALAVRA, LÚCIO
A reportagem entrou em contato com o deputado. O espaço está aberto para sua manifestação.