O ex-assessor de Geddel Vieira Lima, Job Ribeiro Brandão, confessou à Polícia Federal ter recebido do ex-ministro quantias de R$ 50 mil a R$ 100 mil para a contagem dos valores. Ele está preso em regime domiciliar por terem sido encontradas suas digitais nas cédulas do bunker de R$ 51 milhões, em Salvador. Job é assessor dos políticos da família há anos e já trabalhou para o pai, Afrisio Vieira Lima, falecido no ano passado, e para os irmãos Geddel e Lúcio.
+ Ex-assessor diz à PF que contava dinheiro vivo do posto de Lúcio Vieira Lima
Preso desde 18 de outubro em regime domiciliar, Job teve sua fiança de 100 salários mínimos reduzida pela metade após o ministro relator do caso, Edson Fachin, acolher recurso da defesa. Ele prestou depoimento à Polícia Federal no dia 19.
Ele virou alvo da Operação Tesouro Perdido no momento em que a Polícia Federal identificou suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2 km da residência de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro.
+ PF achou digitais de Geddel e até fatura de empregada em bunker de R$ 51 milhões
À Polícia Federal, Job afirmou que, a partir de 2010, passou, com mais frequência a receber de Geddel 'dinheiro na residencia da mãe' do peemedebista', para que o contasse.
O ex-assessor ainda disse que 'o dinheiro era apresentado, em regra, em envelopes pardos e as somas giravam em torno de R$ 50.000,00 a R$ 100.000,00'.
Segundo Job, 'a contagem era feita, em regra, em sala reservada que funcionava como gabinete'.
COM A PALAVRA, GEDDEL
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestação.