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Ex-número 2 da Segurança do DF vê ‘erro de execução’ da PM e diz que Torres só sairia de férias no dia seguinte aos atos golpistas


Delegado federal Fernando de Sousa Oliveira declarou à PF que ex-ministro da Justiça de Bolsonaro o informou no dia 5 que viajaria no fim de semana para os EUA e deixaria ‘planejamento referente às manifestações dos dias 6, 7 e 8′

Por Pepita Ortega
Atualização:
O ex-ministro Anderson Torres e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O ex-secretário Executivo de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Sousa Oliveira afirmou à Polícia Federal que o ex-titular da pasta, Anderson Torres, só sairia de férias no dia seguinte aos atos golpistas do dia 8 - quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. A declaração chamou atenção dos investigadores, que destacaram em negrito a frase no termo de depoimento de Oliveira, colhido nesta quarta, 18.

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'ERRO DE EXECUÇÃO' - LEIA O DEPOIMENTO DO EX-NÚMERO 2Documento

A avaliação de Oliveira é a de que a Polícia Militar do DF, responsável pela segurança e patrulhamento da Esplanada dos Ministérios no dia 8, 'errou' na execução do plano operacional. Na semana passada, o governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB) disse à PF suspeitar de 'sabotagem' na estratégia de ação das forças de segurança.

Segundo Oliveira, o planejamento ostensivo e preventivo era de responsabilidade da PM-DF, 'nele devendo constar quantitativo do efetivo policial, equipamentos, viaturas e tropas especializadas a serem utilizadas no teatro operacional'.

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Oliveira também afirmou que relatório de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF informava sobre 'possível manifestação com ânimos exaltados'. Segundo ele, no entanto, 'não havia confirmação concreta por parte da inteligência sobre o tamanho e se a manifestação ocorreria e em quais proporções'.

Ainda de acordo com Fernando Oliveira, tais informações foram apresentadas ao então secretário de Segurança Pública do DF, que determinou a 'continuidade do monitoramento dos atos'.

Após mencionar a ida de Torres aos EUA, o braço-direito de Torres sustentou à PF que não recebeu 'nenhuma diretriz específica' sobre o ato que culminou em ofensiva violenta. Destacou ainda que 'ficou combinado que ele seria acionado em caso de necessidade' e disse que Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF, nem ao governador Ibaneis Rocha antes de viajar.

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O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro teria avisado Oliveira sobre as férias no dia 5 de janeiro, dois dias depois da posse do número 2. Na ocasião, segundo o depoimento à PF, Torres indicou que 'deixaria o planejamento aprovado referente às manifestações dos dias 6, 7 e 8'.

O ex-secretário de Segurança Pública do DF já alegou ao Supremo que comprou as passagens para os EUA em novembro e que 'diligenciou' sobre os atos bolsonaristas antes de viajar.

Tão logo desembarcou no País, no sábado, 14, Torres foi preso pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O aliado do presidente Jair Bolsonaro é acusado de suposta 'omissão' ante os atos golpistas.

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Nesta quarta-feira, 18, um delegado da PF foi ao 4ª Batalhão da Polícia Militar no DF para ouvir Torres, mas o ex-secretário de Segurança Pública se calou. O aliado de Bolsonaro disse à Polícia Federal que esclareceria 'tudo o que lhe for perguntado' tão logo sua defesa tivesse acesso aos autos da investigação.

LEIA O TERMO DE DECLARAÇÕES DE TORRESDocumento

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O advogado Rodrigo Roca, que representa Torres, sugeriu que o novo depoimento seja realizado na próxima segunda-feira. O delegado Raphael Soares Astini requereu nesta quarta-feira, 18, nova autorização para a realização da oitiva de Torres, às 10h30 do dia 23.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO RODRIGO ROCA

O advogado que representa o ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres não atendeu as ligações do Estadão. O espaço está aberto para manifestações (pepita.ortega@estadao.com)

O ex-ministro Anderson Torres e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O ex-secretário Executivo de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Sousa Oliveira afirmou à Polícia Federal que o ex-titular da pasta, Anderson Torres, só sairia de férias no dia seguinte aos atos golpistas do dia 8 - quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. A declaração chamou atenção dos investigadores, que destacaram em negrito a frase no termo de depoimento de Oliveira, colhido nesta quarta, 18.

'ERRO DE EXECUÇÃO' - LEIA O DEPOIMENTO DO EX-NÚMERO 2Documento

A avaliação de Oliveira é a de que a Polícia Militar do DF, responsável pela segurança e patrulhamento da Esplanada dos Ministérios no dia 8, 'errou' na execução do plano operacional. Na semana passada, o governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB) disse à PF suspeitar de 'sabotagem' na estratégia de ação das forças de segurança.

Segundo Oliveira, o planejamento ostensivo e preventivo era de responsabilidade da PM-DF, 'nele devendo constar quantitativo do efetivo policial, equipamentos, viaturas e tropas especializadas a serem utilizadas no teatro operacional'.

Oliveira também afirmou que relatório de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF informava sobre 'possível manifestação com ânimos exaltados'. Segundo ele, no entanto, 'não havia confirmação concreta por parte da inteligência sobre o tamanho e se a manifestação ocorreria e em quais proporções'.

Ainda de acordo com Fernando Oliveira, tais informações foram apresentadas ao então secretário de Segurança Pública do DF, que determinou a 'continuidade do monitoramento dos atos'.

Após mencionar a ida de Torres aos EUA, o braço-direito de Torres sustentou à PF que não recebeu 'nenhuma diretriz específica' sobre o ato que culminou em ofensiva violenta. Destacou ainda que 'ficou combinado que ele seria acionado em caso de necessidade' e disse que Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF, nem ao governador Ibaneis Rocha antes de viajar.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro teria avisado Oliveira sobre as férias no dia 5 de janeiro, dois dias depois da posse do número 2. Na ocasião, segundo o depoimento à PF, Torres indicou que 'deixaria o planejamento aprovado referente às manifestações dos dias 6, 7 e 8'.

O ex-secretário de Segurança Pública do DF já alegou ao Supremo que comprou as passagens para os EUA em novembro e que 'diligenciou' sobre os atos bolsonaristas antes de viajar.

Tão logo desembarcou no País, no sábado, 14, Torres foi preso pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O aliado do presidente Jair Bolsonaro é acusado de suposta 'omissão' ante os atos golpistas.

Nesta quarta-feira, 18, um delegado da PF foi ao 4ª Batalhão da Polícia Militar no DF para ouvir Torres, mas o ex-secretário de Segurança Pública se calou. O aliado de Bolsonaro disse à Polícia Federal que esclareceria 'tudo o que lhe for perguntado' tão logo sua defesa tivesse acesso aos autos da investigação.

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O advogado Rodrigo Roca, que representa Torres, sugeriu que o novo depoimento seja realizado na próxima segunda-feira. O delegado Raphael Soares Astini requereu nesta quarta-feira, 18, nova autorização para a realização da oitiva de Torres, às 10h30 do dia 23.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO RODRIGO ROCA

O advogado que representa o ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres não atendeu as ligações do Estadão. O espaço está aberto para manifestações (pepita.ortega@estadao.com)

O ex-ministro Anderson Torres e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O ex-secretário Executivo de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Sousa Oliveira afirmou à Polícia Federal que o ex-titular da pasta, Anderson Torres, só sairia de férias no dia seguinte aos atos golpistas do dia 8 - quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. A declaração chamou atenção dos investigadores, que destacaram em negrito a frase no termo de depoimento de Oliveira, colhido nesta quarta, 18.

'ERRO DE EXECUÇÃO' - LEIA O DEPOIMENTO DO EX-NÚMERO 2Documento

A avaliação de Oliveira é a de que a Polícia Militar do DF, responsável pela segurança e patrulhamento da Esplanada dos Ministérios no dia 8, 'errou' na execução do plano operacional. Na semana passada, o governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB) disse à PF suspeitar de 'sabotagem' na estratégia de ação das forças de segurança.

Segundo Oliveira, o planejamento ostensivo e preventivo era de responsabilidade da PM-DF, 'nele devendo constar quantitativo do efetivo policial, equipamentos, viaturas e tropas especializadas a serem utilizadas no teatro operacional'.

Oliveira também afirmou que relatório de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF informava sobre 'possível manifestação com ânimos exaltados'. Segundo ele, no entanto, 'não havia confirmação concreta por parte da inteligência sobre o tamanho e se a manifestação ocorreria e em quais proporções'.

Ainda de acordo com Fernando Oliveira, tais informações foram apresentadas ao então secretário de Segurança Pública do DF, que determinou a 'continuidade do monitoramento dos atos'.

Após mencionar a ida de Torres aos EUA, o braço-direito de Torres sustentou à PF que não recebeu 'nenhuma diretriz específica' sobre o ato que culminou em ofensiva violenta. Destacou ainda que 'ficou combinado que ele seria acionado em caso de necessidade' e disse que Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF, nem ao governador Ibaneis Rocha antes de viajar.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro teria avisado Oliveira sobre as férias no dia 5 de janeiro, dois dias depois da posse do número 2. Na ocasião, segundo o depoimento à PF, Torres indicou que 'deixaria o planejamento aprovado referente às manifestações dos dias 6, 7 e 8'.

O ex-secretário de Segurança Pública do DF já alegou ao Supremo que comprou as passagens para os EUA em novembro e que 'diligenciou' sobre os atos bolsonaristas antes de viajar.

Tão logo desembarcou no País, no sábado, 14, Torres foi preso pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O aliado do presidente Jair Bolsonaro é acusado de suposta 'omissão' ante os atos golpistas.

Nesta quarta-feira, 18, um delegado da PF foi ao 4ª Batalhão da Polícia Militar no DF para ouvir Torres, mas o ex-secretário de Segurança Pública se calou. O aliado de Bolsonaro disse à Polícia Federal que esclareceria 'tudo o que lhe for perguntado' tão logo sua defesa tivesse acesso aos autos da investigação.

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O advogado Rodrigo Roca, que representa Torres, sugeriu que o novo depoimento seja realizado na próxima segunda-feira. O delegado Raphael Soares Astini requereu nesta quarta-feira, 18, nova autorização para a realização da oitiva de Torres, às 10h30 do dia 23.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO RODRIGO ROCA

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