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Opinião|Explicação aos credores


A falência de Mauá é um exemplo de como sofrem os brasileiros que querem empreender e encontram barreiras na política, geralmente exercida por quem não sabe empreender

Por José Renato Nalini

Injustiçado porque teimou em querer o bem do Brasil, o Visconde de Mauá recolheu-se em sua fazenda de Sapopemba e, em menos de um mês, escreveu uma “Exposição aos credores”. Testemunho de sua ética: expor os motivos de sua desgraça.

Influente e poderoso, foi derrubado pelas contingências e pela maldade humana. Claudio Ganns, em texto de apresentação desse livro hoje inteiramente esquecido, observa que “a desgraça foi-lhe a pedra de toque das virtudes superiores; sem ela, talvez a sua vida não resplandecesse para a posteridade, nessa espécie de claridade diáfana, luz imortal com que o luar também nimba e prestigia as estátuas mutiladas”.

Irineu Evangelista de Souza nasceu em 28.12.1813, em Arroio Grande, hoje Rio Grande do Sul. Seu pai foi assassinado numa noite em que repousava numa barraca, a conduzir uma tropa para vender. O filho tinha apenas cinco anos. Aprendeu a ler com a mãe, que logo depois contraiu novas núpcias e se desfez da prole. Fez casar a filha, então com doze anos e o garoto, com nove, foi entregue ao tio, dono de um navio a vela, para ser encaminhado no Rio, à vida comercial.

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Entre 1821 e 1823, cursou colégio em São Paulo. Teve de trabalhar e estudava à noite, sozinho, com livros que pessoas generosas lhe cediam. Teve por patrão um inglês Richard Carruthers, que o ajudou a crescer em conhecimento profissional e sabedoria da vida. Adquiriu e assimilou a cultura britânica.

Seu talento desabrochou: “bastaram vinte anos de atividade sem repouso, - além do preciso para recuperar a perda de forças que o lidar contínuo, acompanhado da necessária meditação, opera no organismo que suporta a pressão dessas lides, - para assegurar-me uma renda superior a 560 contos anualmente, se fora o capital empregado em títulos mais bem garantidos que nosso país possui, ao liquidarem-se as transações de um forte comercio de importação e exportação, de cujo movimento me fiz o centro, além do quinhão proporcional que a outros sócios tocara em partilhas”. É como relata a aquisição de sua riqueza.

Progrediu em fortuna, porém seu foco era empreender para a Nação. Estreou em 27.4.1852, assinando contrato com o futuro Visconde de Bom Retiro, para a construção da primeira estrada de ferro no Brasil. A empresa foi organizada por Mauá e vinte meses depois, a 30 de abril de 1854, teve inaugurado o seu primeiro trecho, entre o porto de Mauá, passando por Inhomerim e a estação de Fragoso, com catorze quilômetros e meio.

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Mauá era entusiasta e tentou comover o Imperador, de que tal sistema arterial de circulação de riquezas cortaria, de alto abaixo, de leste a oeste, todo o território brasileiro. Mas o sonho era por demais audaz e deve ter atemorizado o temperamento do monarca, austero e esquivo. A partir daí, Mauá passa a ser suspeito de periculosidade, pois dado a mania de grandezas.

Como sempre ocorre no Brasil, quem se destaca desperta inveja e ressentimento. Não obteve auxílio governamental para a continuidade de sua obra. Embora tenha obtido o voto favorável de três ministros, a favor da garantia dos juros – Nabuco, Paranhos e Pedreira – no Senado encontra oposição, feita por Itaboraí. Para ele, quebrou-se o paradigma da época.

Foi uma injustiça gritante. Nenhuma concessão nova de estradas, depois da outorgada a Mauá, deixou de ter o benefício da vantagem das garantias de juros para o seu capital. Todas ainda acrescidas de um reforço de garantias outorgado pelas províncias interessadas, de mais 2% suplementares. Em relação a Mauá, foi uma exceção odiosa. Esqueceu-se o governo imperial que Mauá havia prestado “reais” serviços na formação da empresa quase oficial, que concorreria com a sua. Perdeu, ao fim de tantos anos de esforços, nessa estrada, a primeira do Brasil, cerca de seiscentos mil contos. Prêmio pela coragem e amargas vicissitudes experimentadas nos primeiros arrojos empresariais.

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A falência de Mauá é um exemplo de como sofrem os brasileiros que querem empreender e encontram barreiras na política, geralmente exercida por quem não sabe empreender.

Ele escreveu uma exposição aos credores em que lamenta o que lhe aconteceu. Diz aos credores “que a dor pungente que me dilacera a alma, nasce de ter sido causa involuntária do prejuízo que a liquidação pode acarretar-vos; minorar esse prejuízo é o único pensamento que me preocupa, e modera a violência de meu sofrimento moral a possibilidade de vos poder ser útil”.

Quem, dentre os malsucedidos contemporâneos, envolvidos em tramas suspeitas, se compraz dessa maneira? Será esse o índice de deterioração ética aguda e profunda, que acometeu nossa Pátria nas últimas décadas ou isso foi sempre o que ocorreu, desde os primórdios da nacionalidade?

Injustiçado porque teimou em querer o bem do Brasil, o Visconde de Mauá recolheu-se em sua fazenda de Sapopemba e, em menos de um mês, escreveu uma “Exposição aos credores”. Testemunho de sua ética: expor os motivos de sua desgraça.

Influente e poderoso, foi derrubado pelas contingências e pela maldade humana. Claudio Ganns, em texto de apresentação desse livro hoje inteiramente esquecido, observa que “a desgraça foi-lhe a pedra de toque das virtudes superiores; sem ela, talvez a sua vida não resplandecesse para a posteridade, nessa espécie de claridade diáfana, luz imortal com que o luar também nimba e prestigia as estátuas mutiladas”.

Irineu Evangelista de Souza nasceu em 28.12.1813, em Arroio Grande, hoje Rio Grande do Sul. Seu pai foi assassinado numa noite em que repousava numa barraca, a conduzir uma tropa para vender. O filho tinha apenas cinco anos. Aprendeu a ler com a mãe, que logo depois contraiu novas núpcias e se desfez da prole. Fez casar a filha, então com doze anos e o garoto, com nove, foi entregue ao tio, dono de um navio a vela, para ser encaminhado no Rio, à vida comercial.

Entre 1821 e 1823, cursou colégio em São Paulo. Teve de trabalhar e estudava à noite, sozinho, com livros que pessoas generosas lhe cediam. Teve por patrão um inglês Richard Carruthers, que o ajudou a crescer em conhecimento profissional e sabedoria da vida. Adquiriu e assimilou a cultura britânica.

Seu talento desabrochou: “bastaram vinte anos de atividade sem repouso, - além do preciso para recuperar a perda de forças que o lidar contínuo, acompanhado da necessária meditação, opera no organismo que suporta a pressão dessas lides, - para assegurar-me uma renda superior a 560 contos anualmente, se fora o capital empregado em títulos mais bem garantidos que nosso país possui, ao liquidarem-se as transações de um forte comercio de importação e exportação, de cujo movimento me fiz o centro, além do quinhão proporcional que a outros sócios tocara em partilhas”. É como relata a aquisição de sua riqueza.

Progrediu em fortuna, porém seu foco era empreender para a Nação. Estreou em 27.4.1852, assinando contrato com o futuro Visconde de Bom Retiro, para a construção da primeira estrada de ferro no Brasil. A empresa foi organizada por Mauá e vinte meses depois, a 30 de abril de 1854, teve inaugurado o seu primeiro trecho, entre o porto de Mauá, passando por Inhomerim e a estação de Fragoso, com catorze quilômetros e meio.

Mauá era entusiasta e tentou comover o Imperador, de que tal sistema arterial de circulação de riquezas cortaria, de alto abaixo, de leste a oeste, todo o território brasileiro. Mas o sonho era por demais audaz e deve ter atemorizado o temperamento do monarca, austero e esquivo. A partir daí, Mauá passa a ser suspeito de periculosidade, pois dado a mania de grandezas.

Como sempre ocorre no Brasil, quem se destaca desperta inveja e ressentimento. Não obteve auxílio governamental para a continuidade de sua obra. Embora tenha obtido o voto favorável de três ministros, a favor da garantia dos juros – Nabuco, Paranhos e Pedreira – no Senado encontra oposição, feita por Itaboraí. Para ele, quebrou-se o paradigma da época.

Foi uma injustiça gritante. Nenhuma concessão nova de estradas, depois da outorgada a Mauá, deixou de ter o benefício da vantagem das garantias de juros para o seu capital. Todas ainda acrescidas de um reforço de garantias outorgado pelas províncias interessadas, de mais 2% suplementares. Em relação a Mauá, foi uma exceção odiosa. Esqueceu-se o governo imperial que Mauá havia prestado “reais” serviços na formação da empresa quase oficial, que concorreria com a sua. Perdeu, ao fim de tantos anos de esforços, nessa estrada, a primeira do Brasil, cerca de seiscentos mil contos. Prêmio pela coragem e amargas vicissitudes experimentadas nos primeiros arrojos empresariais.

A falência de Mauá é um exemplo de como sofrem os brasileiros que querem empreender e encontram barreiras na política, geralmente exercida por quem não sabe empreender.

Ele escreveu uma exposição aos credores em que lamenta o que lhe aconteceu. Diz aos credores “que a dor pungente que me dilacera a alma, nasce de ter sido causa involuntária do prejuízo que a liquidação pode acarretar-vos; minorar esse prejuízo é o único pensamento que me preocupa, e modera a violência de meu sofrimento moral a possibilidade de vos poder ser útil”.

Quem, dentre os malsucedidos contemporâneos, envolvidos em tramas suspeitas, se compraz dessa maneira? Será esse o índice de deterioração ética aguda e profunda, que acometeu nossa Pátria nas últimas décadas ou isso foi sempre o que ocorreu, desde os primórdios da nacionalidade?

Injustiçado porque teimou em querer o bem do Brasil, o Visconde de Mauá recolheu-se em sua fazenda de Sapopemba e, em menos de um mês, escreveu uma “Exposição aos credores”. Testemunho de sua ética: expor os motivos de sua desgraça.

Influente e poderoso, foi derrubado pelas contingências e pela maldade humana. Claudio Ganns, em texto de apresentação desse livro hoje inteiramente esquecido, observa que “a desgraça foi-lhe a pedra de toque das virtudes superiores; sem ela, talvez a sua vida não resplandecesse para a posteridade, nessa espécie de claridade diáfana, luz imortal com que o luar também nimba e prestigia as estátuas mutiladas”.

Irineu Evangelista de Souza nasceu em 28.12.1813, em Arroio Grande, hoje Rio Grande do Sul. Seu pai foi assassinado numa noite em que repousava numa barraca, a conduzir uma tropa para vender. O filho tinha apenas cinco anos. Aprendeu a ler com a mãe, que logo depois contraiu novas núpcias e se desfez da prole. Fez casar a filha, então com doze anos e o garoto, com nove, foi entregue ao tio, dono de um navio a vela, para ser encaminhado no Rio, à vida comercial.

Entre 1821 e 1823, cursou colégio em São Paulo. Teve de trabalhar e estudava à noite, sozinho, com livros que pessoas generosas lhe cediam. Teve por patrão um inglês Richard Carruthers, que o ajudou a crescer em conhecimento profissional e sabedoria da vida. Adquiriu e assimilou a cultura britânica.

Seu talento desabrochou: “bastaram vinte anos de atividade sem repouso, - além do preciso para recuperar a perda de forças que o lidar contínuo, acompanhado da necessária meditação, opera no organismo que suporta a pressão dessas lides, - para assegurar-me uma renda superior a 560 contos anualmente, se fora o capital empregado em títulos mais bem garantidos que nosso país possui, ao liquidarem-se as transações de um forte comercio de importação e exportação, de cujo movimento me fiz o centro, além do quinhão proporcional que a outros sócios tocara em partilhas”. É como relata a aquisição de sua riqueza.

Progrediu em fortuna, porém seu foco era empreender para a Nação. Estreou em 27.4.1852, assinando contrato com o futuro Visconde de Bom Retiro, para a construção da primeira estrada de ferro no Brasil. A empresa foi organizada por Mauá e vinte meses depois, a 30 de abril de 1854, teve inaugurado o seu primeiro trecho, entre o porto de Mauá, passando por Inhomerim e a estação de Fragoso, com catorze quilômetros e meio.

Mauá era entusiasta e tentou comover o Imperador, de que tal sistema arterial de circulação de riquezas cortaria, de alto abaixo, de leste a oeste, todo o território brasileiro. Mas o sonho era por demais audaz e deve ter atemorizado o temperamento do monarca, austero e esquivo. A partir daí, Mauá passa a ser suspeito de periculosidade, pois dado a mania de grandezas.

Como sempre ocorre no Brasil, quem se destaca desperta inveja e ressentimento. Não obteve auxílio governamental para a continuidade de sua obra. Embora tenha obtido o voto favorável de três ministros, a favor da garantia dos juros – Nabuco, Paranhos e Pedreira – no Senado encontra oposição, feita por Itaboraí. Para ele, quebrou-se o paradigma da época.

Foi uma injustiça gritante. Nenhuma concessão nova de estradas, depois da outorgada a Mauá, deixou de ter o benefício da vantagem das garantias de juros para o seu capital. Todas ainda acrescidas de um reforço de garantias outorgado pelas províncias interessadas, de mais 2% suplementares. Em relação a Mauá, foi uma exceção odiosa. Esqueceu-se o governo imperial que Mauá havia prestado “reais” serviços na formação da empresa quase oficial, que concorreria com a sua. Perdeu, ao fim de tantos anos de esforços, nessa estrada, a primeira do Brasil, cerca de seiscentos mil contos. Prêmio pela coragem e amargas vicissitudes experimentadas nos primeiros arrojos empresariais.

A falência de Mauá é um exemplo de como sofrem os brasileiros que querem empreender e encontram barreiras na política, geralmente exercida por quem não sabe empreender.

Ele escreveu uma exposição aos credores em que lamenta o que lhe aconteceu. Diz aos credores “que a dor pungente que me dilacera a alma, nasce de ter sido causa involuntária do prejuízo que a liquidação pode acarretar-vos; minorar esse prejuízo é o único pensamento que me preocupa, e modera a violência de meu sofrimento moral a possibilidade de vos poder ser útil”.

Quem, dentre os malsucedidos contemporâneos, envolvidos em tramas suspeitas, se compraz dessa maneira? Será esse o índice de deterioração ética aguda e profunda, que acometeu nossa Pátria nas últimas décadas ou isso foi sempre o que ocorreu, desde os primórdios da nacionalidade?

Injustiçado porque teimou em querer o bem do Brasil, o Visconde de Mauá recolheu-se em sua fazenda de Sapopemba e, em menos de um mês, escreveu uma “Exposição aos credores”. Testemunho de sua ética: expor os motivos de sua desgraça.

Influente e poderoso, foi derrubado pelas contingências e pela maldade humana. Claudio Ganns, em texto de apresentação desse livro hoje inteiramente esquecido, observa que “a desgraça foi-lhe a pedra de toque das virtudes superiores; sem ela, talvez a sua vida não resplandecesse para a posteridade, nessa espécie de claridade diáfana, luz imortal com que o luar também nimba e prestigia as estátuas mutiladas”.

Irineu Evangelista de Souza nasceu em 28.12.1813, em Arroio Grande, hoje Rio Grande do Sul. Seu pai foi assassinado numa noite em que repousava numa barraca, a conduzir uma tropa para vender. O filho tinha apenas cinco anos. Aprendeu a ler com a mãe, que logo depois contraiu novas núpcias e se desfez da prole. Fez casar a filha, então com doze anos e o garoto, com nove, foi entregue ao tio, dono de um navio a vela, para ser encaminhado no Rio, à vida comercial.

Entre 1821 e 1823, cursou colégio em São Paulo. Teve de trabalhar e estudava à noite, sozinho, com livros que pessoas generosas lhe cediam. Teve por patrão um inglês Richard Carruthers, que o ajudou a crescer em conhecimento profissional e sabedoria da vida. Adquiriu e assimilou a cultura britânica.

Seu talento desabrochou: “bastaram vinte anos de atividade sem repouso, - além do preciso para recuperar a perda de forças que o lidar contínuo, acompanhado da necessária meditação, opera no organismo que suporta a pressão dessas lides, - para assegurar-me uma renda superior a 560 contos anualmente, se fora o capital empregado em títulos mais bem garantidos que nosso país possui, ao liquidarem-se as transações de um forte comercio de importação e exportação, de cujo movimento me fiz o centro, além do quinhão proporcional que a outros sócios tocara em partilhas”. É como relata a aquisição de sua riqueza.

Progrediu em fortuna, porém seu foco era empreender para a Nação. Estreou em 27.4.1852, assinando contrato com o futuro Visconde de Bom Retiro, para a construção da primeira estrada de ferro no Brasil. A empresa foi organizada por Mauá e vinte meses depois, a 30 de abril de 1854, teve inaugurado o seu primeiro trecho, entre o porto de Mauá, passando por Inhomerim e a estação de Fragoso, com catorze quilômetros e meio.

Mauá era entusiasta e tentou comover o Imperador, de que tal sistema arterial de circulação de riquezas cortaria, de alto abaixo, de leste a oeste, todo o território brasileiro. Mas o sonho era por demais audaz e deve ter atemorizado o temperamento do monarca, austero e esquivo. A partir daí, Mauá passa a ser suspeito de periculosidade, pois dado a mania de grandezas.

Como sempre ocorre no Brasil, quem se destaca desperta inveja e ressentimento. Não obteve auxílio governamental para a continuidade de sua obra. Embora tenha obtido o voto favorável de três ministros, a favor da garantia dos juros – Nabuco, Paranhos e Pedreira – no Senado encontra oposição, feita por Itaboraí. Para ele, quebrou-se o paradigma da época.

Foi uma injustiça gritante. Nenhuma concessão nova de estradas, depois da outorgada a Mauá, deixou de ter o benefício da vantagem das garantias de juros para o seu capital. Todas ainda acrescidas de um reforço de garantias outorgado pelas províncias interessadas, de mais 2% suplementares. Em relação a Mauá, foi uma exceção odiosa. Esqueceu-se o governo imperial que Mauá havia prestado “reais” serviços na formação da empresa quase oficial, que concorreria com a sua. Perdeu, ao fim de tantos anos de esforços, nessa estrada, a primeira do Brasil, cerca de seiscentos mil contos. Prêmio pela coragem e amargas vicissitudes experimentadas nos primeiros arrojos empresariais.

A falência de Mauá é um exemplo de como sofrem os brasileiros que querem empreender e encontram barreiras na política, geralmente exercida por quem não sabe empreender.

Ele escreveu uma exposição aos credores em que lamenta o que lhe aconteceu. Diz aos credores “que a dor pungente que me dilacera a alma, nasce de ter sido causa involuntária do prejuízo que a liquidação pode acarretar-vos; minorar esse prejuízo é o único pensamento que me preocupa, e modera a violência de meu sofrimento moral a possibilidade de vos poder ser útil”.

Quem, dentre os malsucedidos contemporâneos, envolvidos em tramas suspeitas, se compraz dessa maneira? Será esse o índice de deterioração ética aguda e profunda, que acometeu nossa Pátria nas últimas décadas ou isso foi sempre o que ocorreu, desde os primórdios da nacionalidade?

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