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Ex-dirigentes da AMB pedem expulsão de desembargador que defendeu prisão de Alexandre


Grupo cobra apuração interna para exclusão de Sebastião Coelho, hoje aposentado das funções ano Tribunal de Justiça do Distrito Federal, dos quadros da Associação dos Magistrados Brasileiros

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Sebastião Coelho da Silva é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Amagis-DF

Ex-dirigentes e membros da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediram a expulsão do desembargador aposentado do Distrito Federal, Sebastião Coelho, dos quadros da entidade.

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Leia todo o pedido

O ofício foi enviado à juíza Renata Gil, presidente da associação, que ainda não se posicionou. O Estadão procurou a entidade, mas não teve retorno. A AMB é a maior associação de magistrados do País.

O grupo defende a abertura de uma apuração interna e, ao fim, a exclusão do desembargador por "absoluta incompatibilidade de sua conduta com os valores defendidos estatutariamente".

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Coelho defendeu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na manifestação que ocorre em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O desembargador aposentado disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria convocar as Forças Armadas para prender o ministro. "O Poder Judiciário está abusando de um poder que não tem. O Senado Federal está silente. O que resta? Resta o Presidente da República convocar as Forças Armadas para efetuar a prisão de Alexandre de Moraes", defendeu em discurso no último dia 20.

Ele afirmou que Moraes vem "cometendo crimes" com suas decisões e que, enquanto elas estiverem em vigor, o ministro está em "estado de flagrante delito".

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"A solução será prender Alexandre de Moraes. Eu dou a base legal para isso. Nós temos de fazer tudo de acordo com a Constituição e com as leis. O senhor ministro Alexandre de Moraes, há muito, não respeita a Constituição. Ele vem cometendo crimes", seguiu ao discursar para os manifestantes de cima do carro de som.

O desembargador disse que não é a favor do fechamento do STF, mas que "retirar aqueles que não estão honrando o compromisso que assumiram é dever de todos nós".

"Se algum dos ministros do Supremo Tribunal Federal der habeas corpus para Alexandre de Moraes, eles também poderão ser presos. Vai fechar o Supremo? Não. Convoca-se os ministros do STJ para substituir até que tudo se normalize. Não vamos desistir", concluiu.

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Pedido de expulsão 

Os membros da AMB afirmam que o desembargador "agiu de forma irresponsável" e mostrou "completo desrespeito pela democracia" ao tentar justificar a prisão do ministro do STF - medida que classificam como "ilegal e absolutamente atentatória ao Poder Judiciário".

Os magistrados dizem ainda que a fala do desembargador "estimulou ainda mais a radicalização" de manifestantes que têm protestado contra o resultado da eleição.

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"O que claramente pode levar a graves consequências, considerando o momento tenso por que passa o País, inclusive com riscos concretos de distúrbios sociais e instabilidades política, econômica e institucional", alertam.

O grupo afirma que Sebastião Coelho violou a cláusula pétrea do Estatuto da AMB, que estabelece como um dos objetivos da associação o fortalecimento do Poder Judiciário e a promoção dos valores do Estado Democrático de Direito.

Histórico

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Não é a primeira vez que o desembargador aposentado fala abertamente contra o Supremo Tribunal Federal. Em agosto, quando ainda era vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), ele anunciou a aposentadoria como um gesto protesto ao STF e a Moraes.

Coelho esteve nesta semana em uma sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal e voltou a defender a prisão de Moraes. Ele foi aplaudido de pé por senadores bolsonaristas.

"Ele [Moraes] está guerreando contra o País. Está vencendo algumas lutas, mas eu creio que ele não terá a vitória final. A vitória final será do povo brasileiro. É consenso nacional que o senhor Alexandre de Moraes já praticou muitos crimes. Ele exerce a função de promotor de Justiça, procurador da República, juiz de Direito, delegado de Polícia. Isso é usurpação de função pública", disse.

Sebastião Coelho da Silva é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Amagis-DF

Ex-dirigentes e membros da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediram a expulsão do desembargador aposentado do Distrito Federal, Sebastião Coelho, dos quadros da entidade.

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O ofício foi enviado à juíza Renata Gil, presidente da associação, que ainda não se posicionou. O Estadão procurou a entidade, mas não teve retorno. A AMB é a maior associação de magistrados do País.

O grupo defende a abertura de uma apuração interna e, ao fim, a exclusão do desembargador por "absoluta incompatibilidade de sua conduta com os valores defendidos estatutariamente".

Coelho defendeu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na manifestação que ocorre em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O desembargador aposentado disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria convocar as Forças Armadas para prender o ministro. "O Poder Judiciário está abusando de um poder que não tem. O Senado Federal está silente. O que resta? Resta o Presidente da República convocar as Forças Armadas para efetuar a prisão de Alexandre de Moraes", defendeu em discurso no último dia 20.

Ele afirmou que Moraes vem "cometendo crimes" com suas decisões e que, enquanto elas estiverem em vigor, o ministro está em "estado de flagrante delito".

"A solução será prender Alexandre de Moraes. Eu dou a base legal para isso. Nós temos de fazer tudo de acordo com a Constituição e com as leis. O senhor ministro Alexandre de Moraes, há muito, não respeita a Constituição. Ele vem cometendo crimes", seguiu ao discursar para os manifestantes de cima do carro de som.

O desembargador disse que não é a favor do fechamento do STF, mas que "retirar aqueles que não estão honrando o compromisso que assumiram é dever de todos nós".

"Se algum dos ministros do Supremo Tribunal Federal der habeas corpus para Alexandre de Moraes, eles também poderão ser presos. Vai fechar o Supremo? Não. Convoca-se os ministros do STJ para substituir até que tudo se normalize. Não vamos desistir", concluiu.

Pedido de expulsão 

Os membros da AMB afirmam que o desembargador "agiu de forma irresponsável" e mostrou "completo desrespeito pela democracia" ao tentar justificar a prisão do ministro do STF - medida que classificam como "ilegal e absolutamente atentatória ao Poder Judiciário".

Os magistrados dizem ainda que a fala do desembargador "estimulou ainda mais a radicalização" de manifestantes que têm protestado contra o resultado da eleição.

"O que claramente pode levar a graves consequências, considerando o momento tenso por que passa o País, inclusive com riscos concretos de distúrbios sociais e instabilidades política, econômica e institucional", alertam.

O grupo afirma que Sebastião Coelho violou a cláusula pétrea do Estatuto da AMB, que estabelece como um dos objetivos da associação o fortalecimento do Poder Judiciário e a promoção dos valores do Estado Democrático de Direito.

Histórico

Não é a primeira vez que o desembargador aposentado fala abertamente contra o Supremo Tribunal Federal. Em agosto, quando ainda era vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), ele anunciou a aposentadoria como um gesto protesto ao STF e a Moraes.

Coelho esteve nesta semana em uma sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal e voltou a defender a prisão de Moraes. Ele foi aplaudido de pé por senadores bolsonaristas.

"Ele [Moraes] está guerreando contra o País. Está vencendo algumas lutas, mas eu creio que ele não terá a vitória final. A vitória final será do povo brasileiro. É consenso nacional que o senhor Alexandre de Moraes já praticou muitos crimes. Ele exerce a função de promotor de Justiça, procurador da República, juiz de Direito, delegado de Polícia. Isso é usurpação de função pública", disse.

Sebastião Coelho da Silva é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Amagis-DF

Ex-dirigentes e membros da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediram a expulsão do desembargador aposentado do Distrito Federal, Sebastião Coelho, dos quadros da entidade.

Documento

Leia todo o pedido

O ofício foi enviado à juíza Renata Gil, presidente da associação, que ainda não se posicionou. O Estadão procurou a entidade, mas não teve retorno. A AMB é a maior associação de magistrados do País.

O grupo defende a abertura de uma apuração interna e, ao fim, a exclusão do desembargador por "absoluta incompatibilidade de sua conduta com os valores defendidos estatutariamente".

Coelho defendeu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na manifestação que ocorre em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O desembargador aposentado disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria convocar as Forças Armadas para prender o ministro. "O Poder Judiciário está abusando de um poder que não tem. O Senado Federal está silente. O que resta? Resta o Presidente da República convocar as Forças Armadas para efetuar a prisão de Alexandre de Moraes", defendeu em discurso no último dia 20.

Ele afirmou que Moraes vem "cometendo crimes" com suas decisões e que, enquanto elas estiverem em vigor, o ministro está em "estado de flagrante delito".

"A solução será prender Alexandre de Moraes. Eu dou a base legal para isso. Nós temos de fazer tudo de acordo com a Constituição e com as leis. O senhor ministro Alexandre de Moraes, há muito, não respeita a Constituição. Ele vem cometendo crimes", seguiu ao discursar para os manifestantes de cima do carro de som.

O desembargador disse que não é a favor do fechamento do STF, mas que "retirar aqueles que não estão honrando o compromisso que assumiram é dever de todos nós".

"Se algum dos ministros do Supremo Tribunal Federal der habeas corpus para Alexandre de Moraes, eles também poderão ser presos. Vai fechar o Supremo? Não. Convoca-se os ministros do STJ para substituir até que tudo se normalize. Não vamos desistir", concluiu.

Pedido de expulsão 

Os membros da AMB afirmam que o desembargador "agiu de forma irresponsável" e mostrou "completo desrespeito pela democracia" ao tentar justificar a prisão do ministro do STF - medida que classificam como "ilegal e absolutamente atentatória ao Poder Judiciário".

Os magistrados dizem ainda que a fala do desembargador "estimulou ainda mais a radicalização" de manifestantes que têm protestado contra o resultado da eleição.

"O que claramente pode levar a graves consequências, considerando o momento tenso por que passa o País, inclusive com riscos concretos de distúrbios sociais e instabilidades política, econômica e institucional", alertam.

O grupo afirma que Sebastião Coelho violou a cláusula pétrea do Estatuto da AMB, que estabelece como um dos objetivos da associação o fortalecimento do Poder Judiciário e a promoção dos valores do Estado Democrático de Direito.

Histórico

Não é a primeira vez que o desembargador aposentado fala abertamente contra o Supremo Tribunal Federal. Em agosto, quando ainda era vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), ele anunciou a aposentadoria como um gesto protesto ao STF e a Moraes.

Coelho esteve nesta semana em uma sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal e voltou a defender a prisão de Moraes. Ele foi aplaudido de pé por senadores bolsonaristas.

"Ele [Moraes] está guerreando contra o País. Está vencendo algumas lutas, mas eu creio que ele não terá a vitória final. A vitória final será do povo brasileiro. É consenso nacional que o senhor Alexandre de Moraes já praticou muitos crimes. Ele exerce a função de promotor de Justiça, procurador da República, juiz de Direito, delegado de Polícia. Isso é usurpação de função pública", disse.

Sebastião Coelho da Silva é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Amagis-DF

Ex-dirigentes e membros da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediram a expulsão do desembargador aposentado do Distrito Federal, Sebastião Coelho, dos quadros da entidade.

Documento

Leia todo o pedido

O ofício foi enviado à juíza Renata Gil, presidente da associação, que ainda não se posicionou. O Estadão procurou a entidade, mas não teve retorno. A AMB é a maior associação de magistrados do País.

O grupo defende a abertura de uma apuração interna e, ao fim, a exclusão do desembargador por "absoluta incompatibilidade de sua conduta com os valores defendidos estatutariamente".

Coelho defendeu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na manifestação que ocorre em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O desembargador aposentado disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria convocar as Forças Armadas para prender o ministro. "O Poder Judiciário está abusando de um poder que não tem. O Senado Federal está silente. O que resta? Resta o Presidente da República convocar as Forças Armadas para efetuar a prisão de Alexandre de Moraes", defendeu em discurso no último dia 20.

Ele afirmou que Moraes vem "cometendo crimes" com suas decisões e que, enquanto elas estiverem em vigor, o ministro está em "estado de flagrante delito".

"A solução será prender Alexandre de Moraes. Eu dou a base legal para isso. Nós temos de fazer tudo de acordo com a Constituição e com as leis. O senhor ministro Alexandre de Moraes, há muito, não respeita a Constituição. Ele vem cometendo crimes", seguiu ao discursar para os manifestantes de cima do carro de som.

O desembargador disse que não é a favor do fechamento do STF, mas que "retirar aqueles que não estão honrando o compromisso que assumiram é dever de todos nós".

"Se algum dos ministros do Supremo Tribunal Federal der habeas corpus para Alexandre de Moraes, eles também poderão ser presos. Vai fechar o Supremo? Não. Convoca-se os ministros do STJ para substituir até que tudo se normalize. Não vamos desistir", concluiu.

Pedido de expulsão 

Os membros da AMB afirmam que o desembargador "agiu de forma irresponsável" e mostrou "completo desrespeito pela democracia" ao tentar justificar a prisão do ministro do STF - medida que classificam como "ilegal e absolutamente atentatória ao Poder Judiciário".

Os magistrados dizem ainda que a fala do desembargador "estimulou ainda mais a radicalização" de manifestantes que têm protestado contra o resultado da eleição.

"O que claramente pode levar a graves consequências, considerando o momento tenso por que passa o País, inclusive com riscos concretos de distúrbios sociais e instabilidades política, econômica e institucional", alertam.

O grupo afirma que Sebastião Coelho violou a cláusula pétrea do Estatuto da AMB, que estabelece como um dos objetivos da associação o fortalecimento do Poder Judiciário e a promoção dos valores do Estado Democrático de Direito.

Histórico

Não é a primeira vez que o desembargador aposentado fala abertamente contra o Supremo Tribunal Federal. Em agosto, quando ainda era vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), ele anunciou a aposentadoria como um gesto protesto ao STF e a Moraes.

Coelho esteve nesta semana em uma sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal e voltou a defender a prisão de Moraes. Ele foi aplaudido de pé por senadores bolsonaristas.

"Ele [Moraes] está guerreando contra o País. Está vencendo algumas lutas, mas eu creio que ele não terá a vitória final. A vitória final será do povo brasileiro. É consenso nacional que o senhor Alexandre de Moraes já praticou muitos crimes. Ele exerce a função de promotor de Justiça, procurador da República, juiz de Direito, delegado de Polícia. Isso é usurpação de função pública", disse.

Sebastião Coelho da Silva é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Foto: Divulgação/Amagis-DF

Ex-dirigentes e membros da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediram a expulsão do desembargador aposentado do Distrito Federal, Sebastião Coelho, dos quadros da entidade.

Documento

Leia todo o pedido

O ofício foi enviado à juíza Renata Gil, presidente da associação, que ainda não se posicionou. O Estadão procurou a entidade, mas não teve retorno. A AMB é a maior associação de magistrados do País.

O grupo defende a abertura de uma apuração interna e, ao fim, a exclusão do desembargador por "absoluta incompatibilidade de sua conduta com os valores defendidos estatutariamente".

Coelho defendeu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na manifestação que ocorre em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

O desembargador aposentado disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria convocar as Forças Armadas para prender o ministro. "O Poder Judiciário está abusando de um poder que não tem. O Senado Federal está silente. O que resta? Resta o Presidente da República convocar as Forças Armadas para efetuar a prisão de Alexandre de Moraes", defendeu em discurso no último dia 20.

Ele afirmou que Moraes vem "cometendo crimes" com suas decisões e que, enquanto elas estiverem em vigor, o ministro está em "estado de flagrante delito".

"A solução será prender Alexandre de Moraes. Eu dou a base legal para isso. Nós temos de fazer tudo de acordo com a Constituição e com as leis. O senhor ministro Alexandre de Moraes, há muito, não respeita a Constituição. Ele vem cometendo crimes", seguiu ao discursar para os manifestantes de cima do carro de som.

O desembargador disse que não é a favor do fechamento do STF, mas que "retirar aqueles que não estão honrando o compromisso que assumiram é dever de todos nós".

"Se algum dos ministros do Supremo Tribunal Federal der habeas corpus para Alexandre de Moraes, eles também poderão ser presos. Vai fechar o Supremo? Não. Convoca-se os ministros do STJ para substituir até que tudo se normalize. Não vamos desistir", concluiu.

Pedido de expulsão 

Os membros da AMB afirmam que o desembargador "agiu de forma irresponsável" e mostrou "completo desrespeito pela democracia" ao tentar justificar a prisão do ministro do STF - medida que classificam como "ilegal e absolutamente atentatória ao Poder Judiciário".

Os magistrados dizem ainda que a fala do desembargador "estimulou ainda mais a radicalização" de manifestantes que têm protestado contra o resultado da eleição.

"O que claramente pode levar a graves consequências, considerando o momento tenso por que passa o País, inclusive com riscos concretos de distúrbios sociais e instabilidades política, econômica e institucional", alertam.

O grupo afirma que Sebastião Coelho violou a cláusula pétrea do Estatuto da AMB, que estabelece como um dos objetivos da associação o fortalecimento do Poder Judiciário e a promoção dos valores do Estado Democrático de Direito.

Histórico

Não é a primeira vez que o desembargador aposentado fala abertamente contra o Supremo Tribunal Federal. Em agosto, quando ainda era vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), ele anunciou a aposentadoria como um gesto protesto ao STF e a Moraes.

Coelho esteve nesta semana em uma sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal e voltou a defender a prisão de Moraes. Ele foi aplaudido de pé por senadores bolsonaristas.

"Ele [Moraes] está guerreando contra o País. Está vencendo algumas lutas, mas eu creio que ele não terá a vitória final. A vitória final será do povo brasileiro. É consenso nacional que o senhor Alexandre de Moraes já praticou muitos crimes. Ele exerce a função de promotor de Justiça, procurador da República, juiz de Direito, delegado de Polícia. Isso é usurpação de função pública", disse.

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