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Fã de Taylor Swift: uma morte por falta de bom senso da organização do show


Para advogado Arthur Rollo, especialista em Direito do Consumidor, empresa que trouxe a cantora para o Brasil deveria ter providenciado água, jatos e tendas para o público; País enfrenta onda de calor

Por Redação
Atualização:

“O consumidor precisa ter assegurada sua vida, sua saúde e sua segurança, inclusive quem compra ingresso para shows.” A observação é do advogado Arthur Rollo, ao analisar a morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, na noite desta sexta-feira, 17, durante o show da cantora americana Taylor Swift, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio.

Segundo testemunhas, Ana Clara passou mal já durante as primeiras músicas. A fã chegou a desmaiar e foi socorrida no ponto de atendimento médico do estádio. Contudo, teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada e, a dar entrada no hospital, não resistiu. Nesta sexta, a cidade do Rio registrou sensação térmica recorde de quase 60°C.

Taylor Swift durante show em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP
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Além do caso de Ana Clara, que era estudante de Psicologia e natural de Mato Grosso do Sul, houve o registro de mais de mil desmaios durante o show, o que, segundo Rollo, indica que o calor intenso tenha sido o motivador da situação “insalubre e arriscada”.

“A fã da Taylor Swift morreu por absoluta falta de bom senso dos organizadores do show. Eles tinham de ter providenciado meios de resfriar o local, como tendas, jatos de água e o acesso à água potável. Cabe, agora, a responsabilização pela morte, que é objetiva - deve caber indenização, sim. Além disso, que haja prevenção, para que outros incidentes como este sejam evitados”, disse Rollo, que é doutor e mestre em Direito, especialista em defesa do consumidor e ex-secretário nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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Movimentação para o segundo show da cantora Taylor Swift no Rio. Evento acabou cancelado por causa do calor Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O advogado afirmou ainda que, por mais que a empresa que trouxe Taylor Swift para as apresentações no Brasil alegue que a fã morreu por causas naturais, por força de comorbidades, é necessário levar em conta a desidratação sofrida por Ana Clara.

“Não é normal que alguém vá para o show do seu artista preferido e morra de calor. A saúde, a segurança e a vida do consumidor devem ser asseguradas por quem promove o evento. E percebe-se que o promotor da apresentação ignorou os sinais de alerta dos órgãos competentes, como é o caso da Defesa Civil, quanto à intensa onda de calor em várias partes do País, sabendo, inclusive, que muitos fãs chegam cedo, para pegar os melhores lugares, e acabam ficando no local por 12 horas ou mais. Foi absoluta falta de bom senso dos organizadores do evento. Minimamente, a água deveria estar sendo oferecida por preço acessível e em vários locais do estádio”, disse o advogado.

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Após a morte de Ana Clara e o registro de cerca de mil desmaios no show de sexta, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) baixou uma portaria que libera o público a levar água aos eventos, pelo menos enquanto durar a onda de calor intensa registrada no Brasil. Até então, a entrada com garrafas e copos com o líquido não era permitida.

Fila para show de Taylor Swift, no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“A portaria também prevê que os organizadores de grandes shows forneçam água aos consumidores. Porém, sinto falta, até na resolução da Senacon, que esteja prevista a obrigatoriedade de os promotores informarem em vários locais do evento sobre a importância de se beber água de duas em duas horas, por exemplo. Afinal, também é dever do consumidor a informação”, disse Rollo.

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A artista faria seu segundo show neste sábado, 18, no Rio, mas o evento foi cancelado por causa das “temperaturas extremas”.

A Tickets for Fun, responsável pela organização do show no Brasil, lamentou a morte de Ana Clara e afirmou ter dado suporte à jovem. Em nota, disse que ela foi “prontamente atendida pela equipe de brigadistas e paramédicos, sendo encaminhada ao posto médico” do estádio. Em seguida, foi levada ao Hospital Salgado Filho, onde morreu.

“O consumidor precisa ter assegurada sua vida, sua saúde e sua segurança, inclusive quem compra ingresso para shows.” A observação é do advogado Arthur Rollo, ao analisar a morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, na noite desta sexta-feira, 17, durante o show da cantora americana Taylor Swift, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio.

Segundo testemunhas, Ana Clara passou mal já durante as primeiras músicas. A fã chegou a desmaiar e foi socorrida no ponto de atendimento médico do estádio. Contudo, teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada e, a dar entrada no hospital, não resistiu. Nesta sexta, a cidade do Rio registrou sensação térmica recorde de quase 60°C.

Taylor Swift durante show em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP

Além do caso de Ana Clara, que era estudante de Psicologia e natural de Mato Grosso do Sul, houve o registro de mais de mil desmaios durante o show, o que, segundo Rollo, indica que o calor intenso tenha sido o motivador da situação “insalubre e arriscada”.

“A fã da Taylor Swift morreu por absoluta falta de bom senso dos organizadores do show. Eles tinham de ter providenciado meios de resfriar o local, como tendas, jatos de água e o acesso à água potável. Cabe, agora, a responsabilização pela morte, que é objetiva - deve caber indenização, sim. Além disso, que haja prevenção, para que outros incidentes como este sejam evitados”, disse Rollo, que é doutor e mestre em Direito, especialista em defesa do consumidor e ex-secretário nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Movimentação para o segundo show da cantora Taylor Swift no Rio. Evento acabou cancelado por causa do calor Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O advogado afirmou ainda que, por mais que a empresa que trouxe Taylor Swift para as apresentações no Brasil alegue que a fã morreu por causas naturais, por força de comorbidades, é necessário levar em conta a desidratação sofrida por Ana Clara.

“Não é normal que alguém vá para o show do seu artista preferido e morra de calor. A saúde, a segurança e a vida do consumidor devem ser asseguradas por quem promove o evento. E percebe-se que o promotor da apresentação ignorou os sinais de alerta dos órgãos competentes, como é o caso da Defesa Civil, quanto à intensa onda de calor em várias partes do País, sabendo, inclusive, que muitos fãs chegam cedo, para pegar os melhores lugares, e acabam ficando no local por 12 horas ou mais. Foi absoluta falta de bom senso dos organizadores do evento. Minimamente, a água deveria estar sendo oferecida por preço acessível e em vários locais do estádio”, disse o advogado.

Após a morte de Ana Clara e o registro de cerca de mil desmaios no show de sexta, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) baixou uma portaria que libera o público a levar água aos eventos, pelo menos enquanto durar a onda de calor intensa registrada no Brasil. Até então, a entrada com garrafas e copos com o líquido não era permitida.

Fila para show de Taylor Swift, no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“A portaria também prevê que os organizadores de grandes shows forneçam água aos consumidores. Porém, sinto falta, até na resolução da Senacon, que esteja prevista a obrigatoriedade de os promotores informarem em vários locais do evento sobre a importância de se beber água de duas em duas horas, por exemplo. Afinal, também é dever do consumidor a informação”, disse Rollo.

A artista faria seu segundo show neste sábado, 18, no Rio, mas o evento foi cancelado por causa das “temperaturas extremas”.

A Tickets for Fun, responsável pela organização do show no Brasil, lamentou a morte de Ana Clara e afirmou ter dado suporte à jovem. Em nota, disse que ela foi “prontamente atendida pela equipe de brigadistas e paramédicos, sendo encaminhada ao posto médico” do estádio. Em seguida, foi levada ao Hospital Salgado Filho, onde morreu.

“O consumidor precisa ter assegurada sua vida, sua saúde e sua segurança, inclusive quem compra ingresso para shows.” A observação é do advogado Arthur Rollo, ao analisar a morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, na noite desta sexta-feira, 17, durante o show da cantora americana Taylor Swift, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio.

Segundo testemunhas, Ana Clara passou mal já durante as primeiras músicas. A fã chegou a desmaiar e foi socorrida no ponto de atendimento médico do estádio. Contudo, teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada e, a dar entrada no hospital, não resistiu. Nesta sexta, a cidade do Rio registrou sensação térmica recorde de quase 60°C.

Taylor Swift durante show em Buenos Aires Foto: Natacha Pisarenko/AP

Além do caso de Ana Clara, que era estudante de Psicologia e natural de Mato Grosso do Sul, houve o registro de mais de mil desmaios durante o show, o que, segundo Rollo, indica que o calor intenso tenha sido o motivador da situação “insalubre e arriscada”.

“A fã da Taylor Swift morreu por absoluta falta de bom senso dos organizadores do show. Eles tinham de ter providenciado meios de resfriar o local, como tendas, jatos de água e o acesso à água potável. Cabe, agora, a responsabilização pela morte, que é objetiva - deve caber indenização, sim. Além disso, que haja prevenção, para que outros incidentes como este sejam evitados”, disse Rollo, que é doutor e mestre em Direito, especialista em defesa do consumidor e ex-secretário nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Movimentação para o segundo show da cantora Taylor Swift no Rio. Evento acabou cancelado por causa do calor Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O advogado afirmou ainda que, por mais que a empresa que trouxe Taylor Swift para as apresentações no Brasil alegue que a fã morreu por causas naturais, por força de comorbidades, é necessário levar em conta a desidratação sofrida por Ana Clara.

“Não é normal que alguém vá para o show do seu artista preferido e morra de calor. A saúde, a segurança e a vida do consumidor devem ser asseguradas por quem promove o evento. E percebe-se que o promotor da apresentação ignorou os sinais de alerta dos órgãos competentes, como é o caso da Defesa Civil, quanto à intensa onda de calor em várias partes do País, sabendo, inclusive, que muitos fãs chegam cedo, para pegar os melhores lugares, e acabam ficando no local por 12 horas ou mais. Foi absoluta falta de bom senso dos organizadores do evento. Minimamente, a água deveria estar sendo oferecida por preço acessível e em vários locais do estádio”, disse o advogado.

Após a morte de Ana Clara e o registro de cerca de mil desmaios no show de sexta, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) baixou uma portaria que libera o público a levar água aos eventos, pelo menos enquanto durar a onda de calor intensa registrada no Brasil. Até então, a entrada com garrafas e copos com o líquido não era permitida.

Fila para show de Taylor Swift, no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“A portaria também prevê que os organizadores de grandes shows forneçam água aos consumidores. Porém, sinto falta, até na resolução da Senacon, que esteja prevista a obrigatoriedade de os promotores informarem em vários locais do evento sobre a importância de se beber água de duas em duas horas, por exemplo. Afinal, também é dever do consumidor a informação”, disse Rollo.

A artista faria seu segundo show neste sábado, 18, no Rio, mas o evento foi cancelado por causa das “temperaturas extremas”.

A Tickets for Fun, responsável pela organização do show no Brasil, lamentou a morte de Ana Clara e afirmou ter dado suporte à jovem. Em nota, disse que ela foi “prontamente atendida pela equipe de brigadistas e paramédicos, sendo encaminhada ao posto médico” do estádio. Em seguida, foi levada ao Hospital Salgado Filho, onde morreu.

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