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Fachin arquiva inquérito sobre propina de R$ 5 mi a Jucá e Renan delatados por Marcelo Odebrecht


Em despacho assinado na segunda, 20 - um dia antes de o ministro Dias Toffoli derrubar todos os atos da Lava Jato que citam o empreiteiro -, Edson Fachin acolhe parecer da Procuradoria e fulmina investigação com base na delação premiada do executivo

Por Pepita Ortega
Atualização:
Marcelo Odebrecht em 2010 Foto: PITI REALI/AE

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, arquivou um inquérito da Operação Lava Jato sobre suposto pagamento de R$ 5 milhões em propinas, pela empreiteira Odebrecht, ao ex-senador Romero Jucá e ao senador Renan Calheiros, ambos do MDB, em troca da atuação dos parlamentares na aprovação de uma Medida Provisória em 2013.

O despacho foi assinado na segunda-feira, 20, e publicado nesta terça, 21, mesmo dia em que o ministro Dias Toffoli derrubou todos os atos da Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht, um dos principais delatores da Operação.

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O inquérito sobre Jucá e Renan agora arquivado foi aberto com base nos relatos de Marcelo, cuja delação premiada segue de pé.

O arquivamento acata parecer da Procuradoria-Geral da República. Segundo Fachin, a medida foi determinada em razão da ‘ausência de interesse do Ministério Público’ que se manifestou pelo ‘esgotamento das linhas de investigação sem corroboração dos fatos investigados’.

A indicação é que os relatos dos delatores não teriam se confirmado com as apurações conduzidas desde 2017.

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Romero Jucá e Renan Calheiros. Foto: André Dusek/Estadão

O parecer da PGR foi apresentado ao STF no dia 25 de abril pelo procurador-geral Paulo Gonet. Ele destacou como os elementos colhidos na investigação ‘não são suficientes para o oferecimento de denúncia’ contra Jucá e Renan.

Gonet apontou a ‘falta de perspectiva de obtenção de novos elementos’ e lembrou que os fatos narrados pelos delatores remontam a 2014. Ele apontou falta de ‘justa causa’ para eventual ação penal contra os parlamentares e também para ‘inexistência de outras ‘diligências eficazes a permitir a continuidade das investigações.

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No parecer, o procurador citou Toffoli - rememorando a decisão do ministro que anulou todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht e as informações recolhidas dos sistemas Drousys e MyWebDay, usados no setor de propinas da empreiteira.

“Não são hábeis a elucidar a prática do crime de corrupção passiva”, indicou.

Segundo o procurador-geral, os delatores expuseram a história e a dinâmica de funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - o departamento de propinas da empreiteira.

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No entanto, na visão de Gonet, apesar de os relatos esclarecerem a ‘estrutura ilícita e seu uso do setor para lavagem de dinheiro e pagamento de propinas’, eles ‘não contribuem para a confirmação e a elucidação das informações relativas aos supostos pagamentos de vantagens indevidas aos agentes políticos investigados’.

“A investigação não logrou êxito em comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo parlamentar Renan Calheiros, no montante de cinco milhões de reais em espécie, consoante relatado unilateralmente pelos colaboradores”, indicou Gonet.

Marcelo Odebrecht em 2010 Foto: PITI REALI/AE

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, arquivou um inquérito da Operação Lava Jato sobre suposto pagamento de R$ 5 milhões em propinas, pela empreiteira Odebrecht, ao ex-senador Romero Jucá e ao senador Renan Calheiros, ambos do MDB, em troca da atuação dos parlamentares na aprovação de uma Medida Provisória em 2013.

O despacho foi assinado na segunda-feira, 20, e publicado nesta terça, 21, mesmo dia em que o ministro Dias Toffoli derrubou todos os atos da Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht, um dos principais delatores da Operação.

O inquérito sobre Jucá e Renan agora arquivado foi aberto com base nos relatos de Marcelo, cuja delação premiada segue de pé.

O arquivamento acata parecer da Procuradoria-Geral da República. Segundo Fachin, a medida foi determinada em razão da ‘ausência de interesse do Ministério Público’ que se manifestou pelo ‘esgotamento das linhas de investigação sem corroboração dos fatos investigados’.

A indicação é que os relatos dos delatores não teriam se confirmado com as apurações conduzidas desde 2017.

Romero Jucá e Renan Calheiros. Foto: André Dusek/Estadão

O parecer da PGR foi apresentado ao STF no dia 25 de abril pelo procurador-geral Paulo Gonet. Ele destacou como os elementos colhidos na investigação ‘não são suficientes para o oferecimento de denúncia’ contra Jucá e Renan.

Gonet apontou a ‘falta de perspectiva de obtenção de novos elementos’ e lembrou que os fatos narrados pelos delatores remontam a 2014. Ele apontou falta de ‘justa causa’ para eventual ação penal contra os parlamentares e também para ‘inexistência de outras ‘diligências eficazes a permitir a continuidade das investigações.

No parecer, o procurador citou Toffoli - rememorando a decisão do ministro que anulou todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht e as informações recolhidas dos sistemas Drousys e MyWebDay, usados no setor de propinas da empreiteira.

“Não são hábeis a elucidar a prática do crime de corrupção passiva”, indicou.

Segundo o procurador-geral, os delatores expuseram a história e a dinâmica de funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - o departamento de propinas da empreiteira.

No entanto, na visão de Gonet, apesar de os relatos esclarecerem a ‘estrutura ilícita e seu uso do setor para lavagem de dinheiro e pagamento de propinas’, eles ‘não contribuem para a confirmação e a elucidação das informações relativas aos supostos pagamentos de vantagens indevidas aos agentes políticos investigados’.

“A investigação não logrou êxito em comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo parlamentar Renan Calheiros, no montante de cinco milhões de reais em espécie, consoante relatado unilateralmente pelos colaboradores”, indicou Gonet.

Marcelo Odebrecht em 2010 Foto: PITI REALI/AE

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, arquivou um inquérito da Operação Lava Jato sobre suposto pagamento de R$ 5 milhões em propinas, pela empreiteira Odebrecht, ao ex-senador Romero Jucá e ao senador Renan Calheiros, ambos do MDB, em troca da atuação dos parlamentares na aprovação de uma Medida Provisória em 2013.

O despacho foi assinado na segunda-feira, 20, e publicado nesta terça, 21, mesmo dia em que o ministro Dias Toffoli derrubou todos os atos da Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht, um dos principais delatores da Operação.

O inquérito sobre Jucá e Renan agora arquivado foi aberto com base nos relatos de Marcelo, cuja delação premiada segue de pé.

O arquivamento acata parecer da Procuradoria-Geral da República. Segundo Fachin, a medida foi determinada em razão da ‘ausência de interesse do Ministério Público’ que se manifestou pelo ‘esgotamento das linhas de investigação sem corroboração dos fatos investigados’.

A indicação é que os relatos dos delatores não teriam se confirmado com as apurações conduzidas desde 2017.

Romero Jucá e Renan Calheiros. Foto: André Dusek/Estadão

O parecer da PGR foi apresentado ao STF no dia 25 de abril pelo procurador-geral Paulo Gonet. Ele destacou como os elementos colhidos na investigação ‘não são suficientes para o oferecimento de denúncia’ contra Jucá e Renan.

Gonet apontou a ‘falta de perspectiva de obtenção de novos elementos’ e lembrou que os fatos narrados pelos delatores remontam a 2014. Ele apontou falta de ‘justa causa’ para eventual ação penal contra os parlamentares e também para ‘inexistência de outras ‘diligências eficazes a permitir a continuidade das investigações.

No parecer, o procurador citou Toffoli - rememorando a decisão do ministro que anulou todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht e as informações recolhidas dos sistemas Drousys e MyWebDay, usados no setor de propinas da empreiteira.

“Não são hábeis a elucidar a prática do crime de corrupção passiva”, indicou.

Segundo o procurador-geral, os delatores expuseram a história e a dinâmica de funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - o departamento de propinas da empreiteira.

No entanto, na visão de Gonet, apesar de os relatos esclarecerem a ‘estrutura ilícita e seu uso do setor para lavagem de dinheiro e pagamento de propinas’, eles ‘não contribuem para a confirmação e a elucidação das informações relativas aos supostos pagamentos de vantagens indevidas aos agentes políticos investigados’.

“A investigação não logrou êxito em comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo parlamentar Renan Calheiros, no montante de cinco milhões de reais em espécie, consoante relatado unilateralmente pelos colaboradores”, indicou Gonet.

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