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Família de Marielle desconfia do governo de forma injusta, diz Moro


Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ministro da Justiça e da Segurança Pública afirma que governo tem interesse de elucidar o caso e diz que pasta passou a defender que as investigações permaneçam no Rio para respeitar o interesse dos parentes da parlamentar assassinada em março de 2018

Por Redação
 Foto: Daniel TeixeiraESTADÃO

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, nesta segunda-feira, 20, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, que é 'injusto' o posicionamento da família da vereadora Marielle Franco (PSOL) contra a federalização das investigações. Segundo ele, o governo federal decidiu mudar de posição sobre tirar o caso da Polícia Civil do Rio de Janeiro após manifestações dos parentes da parlamentar, assassinada em março de 2018.

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O pedido de federalização do caso foi inicialmente feito pela ex-procuradora-geral, Raquel Dodge, que também denunciou o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão por obstruir as investigações. Ele também é investigado como suposto mandante da morte da vereadores. Para Raquel, havia uma linha fraudulenta de investigação criada para beneficiar os reais mandantes.

Após críticas da família de Marielle ao pedido de federalização - também defendido por Moro -, o Ministério da Justiça mudou seu posicionamento perante a Justiça. Um documento obtido pelo Estado mostra que a pasta deixou de defender a federalização do caso perante ao STJ, onde tramitam inquérito e denúncia sobre a morte de Marielle.

"Quando eu externei essa posição, que era conveniente a federalização, familiares da vítima, da Marielle, falaram publicamente que não queriam. E ainda levantaram, aqui com todo respeito, de forma não justa, que a ideia de federalizar era para que daí o governo federal obstruísse as investigações, o que era falso, porque a investigação da PF que possibilitou que a investigação tomasse rumo correto", disse Moro.

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"Se a família não quer a minha posição é que é melhor se afastar", afirmou.

Moro ainda afirmou que o 'governo federal é o maior interessado em elucidar esse crime' e reforçou que 'tentaram envolver fraudulentamente o nome do presidente anteriormente'.

"Se os familiares da vítima posicionam contra e ainda levantam a hipótese que, embora infundada, o governo federal teria o interesse de obscurecer isso, então é melhor que fique lá no estado do Rio, com a Polícia e o MP de lá. E, eventualmente damos o suporte para auxiliar essas investigações. Mas não tenha dúvida de que o governo federal não tem menor interesse de proteger os mandantes do assassinato e somos os maiores interessados que esses fatos venham à tona", disse.

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Episódio insustentável

O ministro também comentou pela primeira vez o episódio que culminou com a demissão do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim. "Minha opinião foi uma opinião geral, de que era um episódio bizarro e de que a situação era insustentável".

Alvim foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 18, após aparecer em vídeo parafraseando Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler. A menção repercutiu muito mal entre chefes de Poderes, na comunidade judaica e mesmo entre auxiliares mais próximos de Bolsonaro. O presidente cedeu à pressão e optou por demitir Alvim.

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Após convite do presidente Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte aceitou participar de uma fase de testes na Secretaria de Cultura de Jair Bolsonaro.

 Foto: Daniel TeixeiraESTADÃO

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, nesta segunda-feira, 20, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, que é 'injusto' o posicionamento da família da vereadora Marielle Franco (PSOL) contra a federalização das investigações. Segundo ele, o governo federal decidiu mudar de posição sobre tirar o caso da Polícia Civil do Rio de Janeiro após manifestações dos parentes da parlamentar, assassinada em março de 2018.

O pedido de federalização do caso foi inicialmente feito pela ex-procuradora-geral, Raquel Dodge, que também denunciou o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão por obstruir as investigações. Ele também é investigado como suposto mandante da morte da vereadores. Para Raquel, havia uma linha fraudulenta de investigação criada para beneficiar os reais mandantes.

Após críticas da família de Marielle ao pedido de federalização - também defendido por Moro -, o Ministério da Justiça mudou seu posicionamento perante a Justiça. Um documento obtido pelo Estado mostra que a pasta deixou de defender a federalização do caso perante ao STJ, onde tramitam inquérito e denúncia sobre a morte de Marielle.

"Quando eu externei essa posição, que era conveniente a federalização, familiares da vítima, da Marielle, falaram publicamente que não queriam. E ainda levantaram, aqui com todo respeito, de forma não justa, que a ideia de federalizar era para que daí o governo federal obstruísse as investigações, o que era falso, porque a investigação da PF que possibilitou que a investigação tomasse rumo correto", disse Moro.

"Se a família não quer a minha posição é que é melhor se afastar", afirmou.

Moro ainda afirmou que o 'governo federal é o maior interessado em elucidar esse crime' e reforçou que 'tentaram envolver fraudulentamente o nome do presidente anteriormente'.

"Se os familiares da vítima posicionam contra e ainda levantam a hipótese que, embora infundada, o governo federal teria o interesse de obscurecer isso, então é melhor que fique lá no estado do Rio, com a Polícia e o MP de lá. E, eventualmente damos o suporte para auxiliar essas investigações. Mas não tenha dúvida de que o governo federal não tem menor interesse de proteger os mandantes do assassinato e somos os maiores interessados que esses fatos venham à tona", disse.

Episódio insustentável

O ministro também comentou pela primeira vez o episódio que culminou com a demissão do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim. "Minha opinião foi uma opinião geral, de que era um episódio bizarro e de que a situação era insustentável".

Alvim foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 18, após aparecer em vídeo parafraseando Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler. A menção repercutiu muito mal entre chefes de Poderes, na comunidade judaica e mesmo entre auxiliares mais próximos de Bolsonaro. O presidente cedeu à pressão e optou por demitir Alvim.

Após convite do presidente Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte aceitou participar de uma fase de testes na Secretaria de Cultura de Jair Bolsonaro.

 Foto: Daniel TeixeiraESTADÃO

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, nesta segunda-feira, 20, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, que é 'injusto' o posicionamento da família da vereadora Marielle Franco (PSOL) contra a federalização das investigações. Segundo ele, o governo federal decidiu mudar de posição sobre tirar o caso da Polícia Civil do Rio de Janeiro após manifestações dos parentes da parlamentar, assassinada em março de 2018.

O pedido de federalização do caso foi inicialmente feito pela ex-procuradora-geral, Raquel Dodge, que também denunciou o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão por obstruir as investigações. Ele também é investigado como suposto mandante da morte da vereadores. Para Raquel, havia uma linha fraudulenta de investigação criada para beneficiar os reais mandantes.

Após críticas da família de Marielle ao pedido de federalização - também defendido por Moro -, o Ministério da Justiça mudou seu posicionamento perante a Justiça. Um documento obtido pelo Estado mostra que a pasta deixou de defender a federalização do caso perante ao STJ, onde tramitam inquérito e denúncia sobre a morte de Marielle.

"Quando eu externei essa posição, que era conveniente a federalização, familiares da vítima, da Marielle, falaram publicamente que não queriam. E ainda levantaram, aqui com todo respeito, de forma não justa, que a ideia de federalizar era para que daí o governo federal obstruísse as investigações, o que era falso, porque a investigação da PF que possibilitou que a investigação tomasse rumo correto", disse Moro.

"Se a família não quer a minha posição é que é melhor se afastar", afirmou.

Moro ainda afirmou que o 'governo federal é o maior interessado em elucidar esse crime' e reforçou que 'tentaram envolver fraudulentamente o nome do presidente anteriormente'.

"Se os familiares da vítima posicionam contra e ainda levantam a hipótese que, embora infundada, o governo federal teria o interesse de obscurecer isso, então é melhor que fique lá no estado do Rio, com a Polícia e o MP de lá. E, eventualmente damos o suporte para auxiliar essas investigações. Mas não tenha dúvida de que o governo federal não tem menor interesse de proteger os mandantes do assassinato e somos os maiores interessados que esses fatos venham à tona", disse.

Episódio insustentável

O ministro também comentou pela primeira vez o episódio que culminou com a demissão do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim. "Minha opinião foi uma opinião geral, de que era um episódio bizarro e de que a situação era insustentável".

Alvim foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 18, após aparecer em vídeo parafraseando Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler. A menção repercutiu muito mal entre chefes de Poderes, na comunidade judaica e mesmo entre auxiliares mais próximos de Bolsonaro. O presidente cedeu à pressão e optou por demitir Alvim.

Após convite do presidente Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte aceitou participar de uma fase de testes na Secretaria de Cultura de Jair Bolsonaro.

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