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Farmanguinhos pagou US$ 1 mi por medicamento contra HIV que nunca foi entregue, diz TCU


Ex-gestores do Instituto de Tecnologia em Fármacos, da Fundação Oswaldo Cruz, foram condenados pelo Tribunal de Contas da União

Por Marina Dayrell
Sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Foto: MARCOS D'PAULA / AE.

O Tribunal de Contas da União condenou a empresa indiana Hetero International, representada no Brasil pela Camber Farmacêutica, e os ex-gestores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, a devolverem aos cofres da fundação cerca de US$ 1 milhão.

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Documento

ACORDÃO TCU

De acordo com o TCU, em 2001, a Oswaldo Cruz pagou antecipadamente à Hetero Internacional R$2,83 milhões na compra de duas toneladas de sulfato de indinavir, fármaco utilizado no controle do HIV. No entanto, a medicação nunca foi entregue.

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Além da empresa indiana, foram condenados os ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli.

De acordo com o acórdão publicado pelo ministro Benjamin Zymler, relator do processo no Tribunal de Contas da União, foi promovida a citação dos responsáveis nos seguintes termos.

'A empresa Hetero International Ltda., por ter recebido valores sem a correspondente contraprestação contratual; o sr. Roosevelt Adriano Pereira, então diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, por ter ordenado o pagamento antes do recebimento do produto, e sr. Marcos José Mandelli, então diretor de Negócios da Farmanguinhos, por ter encaminhado o processo para liquidação da despesa'.

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COM A PALAVRA, A DEFESA

"A Fundação Oswaldo Cruz informa que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de 13 de fevereiro de 2019, referente à empresa farmacêutica indiana Hetero Internacional e aos então gestores de Farmanguinhos/Fiocruz, foi resultado de um processo administrativo aberto  pela própria Fundação, a partir de relatórios  de Gestão  e de Demandas Especiais da CGU. Todas as providencias administrativas foram tomadas e o processo de apuração de responsabilidades foi encaminhado aos órgãos competentes.

A Fiocruz acompanhou a tramitação desse processo, principalmente perante CGU e TCU.  A Fundação reitera ter tomado todas medidas cabíveis no caso e que tem direcionado esforços e recursos institucionais para fortalecimento e aperfeiçoamento do seu sistema de Integridade."

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A reportagem está tentando contato com as defesas da Hetero International Ltda, nas pessoas de Kleber Marcos Peixoto Menezes (administrador da Hetero Farmacêutica do Brasil na época) e Shirley da Rocha Gonzaga (procuradora da Hetero Drugs Limited), além das defesas dos ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli. O espaço está aberto para manifestação.

Sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Foto: MARCOS D'PAULA / AE.

O Tribunal de Contas da União condenou a empresa indiana Hetero International, representada no Brasil pela Camber Farmacêutica, e os ex-gestores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, a devolverem aos cofres da fundação cerca de US$ 1 milhão.

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ACORDÃO TCU

De acordo com o TCU, em 2001, a Oswaldo Cruz pagou antecipadamente à Hetero Internacional R$2,83 milhões na compra de duas toneladas de sulfato de indinavir, fármaco utilizado no controle do HIV. No entanto, a medicação nunca foi entregue.

Além da empresa indiana, foram condenados os ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli.

De acordo com o acórdão publicado pelo ministro Benjamin Zymler, relator do processo no Tribunal de Contas da União, foi promovida a citação dos responsáveis nos seguintes termos.

'A empresa Hetero International Ltda., por ter recebido valores sem a correspondente contraprestação contratual; o sr. Roosevelt Adriano Pereira, então diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, por ter ordenado o pagamento antes do recebimento do produto, e sr. Marcos José Mandelli, então diretor de Negócios da Farmanguinhos, por ter encaminhado o processo para liquidação da despesa'.

COM A PALAVRA, A DEFESA

"A Fundação Oswaldo Cruz informa que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de 13 de fevereiro de 2019, referente à empresa farmacêutica indiana Hetero Internacional e aos então gestores de Farmanguinhos/Fiocruz, foi resultado de um processo administrativo aberto  pela própria Fundação, a partir de relatórios  de Gestão  e de Demandas Especiais da CGU. Todas as providencias administrativas foram tomadas e o processo de apuração de responsabilidades foi encaminhado aos órgãos competentes.

A Fiocruz acompanhou a tramitação desse processo, principalmente perante CGU e TCU.  A Fundação reitera ter tomado todas medidas cabíveis no caso e que tem direcionado esforços e recursos institucionais para fortalecimento e aperfeiçoamento do seu sistema de Integridade."

A reportagem está tentando contato com as defesas da Hetero International Ltda, nas pessoas de Kleber Marcos Peixoto Menezes (administrador da Hetero Farmacêutica do Brasil na época) e Shirley da Rocha Gonzaga (procuradora da Hetero Drugs Limited), além das defesas dos ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli. O espaço está aberto para manifestação.

Sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Foto: MARCOS D'PAULA / AE.

O Tribunal de Contas da União condenou a empresa indiana Hetero International, representada no Brasil pela Camber Farmacêutica, e os ex-gestores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, a devolverem aos cofres da fundação cerca de US$ 1 milhão.

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ACORDÃO TCU

De acordo com o TCU, em 2001, a Oswaldo Cruz pagou antecipadamente à Hetero Internacional R$2,83 milhões na compra de duas toneladas de sulfato de indinavir, fármaco utilizado no controle do HIV. No entanto, a medicação nunca foi entregue.

Além da empresa indiana, foram condenados os ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli.

De acordo com o acórdão publicado pelo ministro Benjamin Zymler, relator do processo no Tribunal de Contas da União, foi promovida a citação dos responsáveis nos seguintes termos.

'A empresa Hetero International Ltda., por ter recebido valores sem a correspondente contraprestação contratual; o sr. Roosevelt Adriano Pereira, então diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, por ter ordenado o pagamento antes do recebimento do produto, e sr. Marcos José Mandelli, então diretor de Negócios da Farmanguinhos, por ter encaminhado o processo para liquidação da despesa'.

COM A PALAVRA, A DEFESA

"A Fundação Oswaldo Cruz informa que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de 13 de fevereiro de 2019, referente à empresa farmacêutica indiana Hetero Internacional e aos então gestores de Farmanguinhos/Fiocruz, foi resultado de um processo administrativo aberto  pela própria Fundação, a partir de relatórios  de Gestão  e de Demandas Especiais da CGU. Todas as providencias administrativas foram tomadas e o processo de apuração de responsabilidades foi encaminhado aos órgãos competentes.

A Fiocruz acompanhou a tramitação desse processo, principalmente perante CGU e TCU.  A Fundação reitera ter tomado todas medidas cabíveis no caso e que tem direcionado esforços e recursos institucionais para fortalecimento e aperfeiçoamento do seu sistema de Integridade."

A reportagem está tentando contato com as defesas da Hetero International Ltda, nas pessoas de Kleber Marcos Peixoto Menezes (administrador da Hetero Farmacêutica do Brasil na época) e Shirley da Rocha Gonzaga (procuradora da Hetero Drugs Limited), além das defesas dos ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli. O espaço está aberto para manifestação.

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