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Geddel 'colocou dinheiro' em empreendimento que gerou polêmica com Calero, diz assessor


Em 2016, o então ministro da Cultura pediu demissão e revelou ter sido pressionado pelo peemedebista para liberação do imóvel; homem de confiança dos irmãos Vieira Lima tenta delação após suas digitais terem sido encontradas no bunker dos R$ 51 milhões em Salvador

Por Fabio Serapião, Beatriz Bulla e BRASÍLIA
Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão, afirmou em depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o parlamentar e o seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, "colocavam dinheiro" para empreendimentos imobiliários por meio da empresa Cosbat. Ele cita, entre outros empreendimentos, o eficício La Vue, em Salvador.

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+ Raquel se opõe a acesso de Geddel ao denunciante do bunker dos R$ 51 mi+ Ex-assessor diz que guardava dinheiro vivo em closet da mãe de Geddel+ Ex-assessor de Geddel e Lúcio diz ter feito 'coletas' de dinheiro na Odebrecht

O La Vue e a Cosbat estiveram no centro da polêmica que gerou a saída do ex-ministro da Secretaria de Governo em 2016. Na época, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão e afirmou que saía do governo após pressão de Geddel para liberar a construção do empreendimento. Geddel comprou um imóvel no La Vue mas negou o tráfico de influência.

+ Geddel e Lúcio ficavam com 80% do meu salário, diz homem de confiança

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Segundo Brandão, Geddel e Lúcio "tinham uma participação" na Cosbat - empresa responsável pelos empreendimentos. "Que em relação a Cosbat. Geddel e Lúcio Vieira Lima tinham uma participação na empresa na qual os irmãos colocavam dinheiro para empreendimentos", consta no termo de depoimento prestado na última terça-feira, 14, ao qual o Estado teve acesso.

+ Ex-assessor diz à PF que contava dinheiro vivo do posto de Lúcio Vieira Lima

Ele contou ainda que a pedido de Geddel, Lúcio e da mãe dos dois, "auxiliou na destruição de anotações, agendas e documentos, se recordando que destruiu documentos relacionados à Cosbat". A destruição dos documentos, segundo ele, ocorreu no período em que Geddel esteve em prisão domiciliar. Os documentos, segundo ele, foram colocados em sacos de lixo e descartados e uma parte foi picotada e colocada na descarga de vaso sanitário.

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+ Ex-assessor diz que contava maços de até R$ 100 mil para Geddel

No depoimento prestado, Job afirmou que "se recorda" de Geddel e Lúcio "terem colocado dinheiro nos empreendimentos Riviera Ipiranga, Morro Ipiranga, Costa Espanha, La Vue, Garibaldi Tower, Mansão Grazia". "Que se recorda de ter entregue cerca de R$1,4 milhão de reais em dinheiro para o Riviera Ipiranga e valor igual ao Costa Espanha, e mais o La Vue que foram entregues quase R$ 2 milhões, além do Mansão Grazia, que foi o mais caro, no que se recorda, no valor de R$ 3 milhões de reais em espécie", disse o ex-assessor.

Job Brandão tem intenção de fazer um acordo de colaboração premiada. Ele virou alvo da Operação Tesouro Perdido após a PF identificar suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2 km da residência de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro.

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A defesa de Geddel Vieira Lima e o deputado Lúcio Vieira Lima não atenderam contatos da reportagem até o momento.

Procurado pelo Estadão, Marcelo Ferreira, advogado de Job, declarou que "tem uma especial preocupação com a segurança de Job e que tem por objetivo demonstrar que sua condição de vida é totalmente incompatível com a renda de um secretário parlamentar". Para o advogado, o ex-assessor é "vítima da situação e que, além da liberdade, pretende buscar, judicialmente, o ressarcimento dos valores de seu salário que era obrigado a repassar à família Vieira Lima".

Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão, afirmou em depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o parlamentar e o seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, "colocavam dinheiro" para empreendimentos imobiliários por meio da empresa Cosbat. Ele cita, entre outros empreendimentos, o eficício La Vue, em Salvador.

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O La Vue e a Cosbat estiveram no centro da polêmica que gerou a saída do ex-ministro da Secretaria de Governo em 2016. Na época, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão e afirmou que saía do governo após pressão de Geddel para liberar a construção do empreendimento. Geddel comprou um imóvel no La Vue mas negou o tráfico de influência.

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Segundo Brandão, Geddel e Lúcio "tinham uma participação" na Cosbat - empresa responsável pelos empreendimentos. "Que em relação a Cosbat. Geddel e Lúcio Vieira Lima tinham uma participação na empresa na qual os irmãos colocavam dinheiro para empreendimentos", consta no termo de depoimento prestado na última terça-feira, 14, ao qual o Estado teve acesso.

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Ele contou ainda que a pedido de Geddel, Lúcio e da mãe dos dois, "auxiliou na destruição de anotações, agendas e documentos, se recordando que destruiu documentos relacionados à Cosbat". A destruição dos documentos, segundo ele, ocorreu no período em que Geddel esteve em prisão domiciliar. Os documentos, segundo ele, foram colocados em sacos de lixo e descartados e uma parte foi picotada e colocada na descarga de vaso sanitário.

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No depoimento prestado, Job afirmou que "se recorda" de Geddel e Lúcio "terem colocado dinheiro nos empreendimentos Riviera Ipiranga, Morro Ipiranga, Costa Espanha, La Vue, Garibaldi Tower, Mansão Grazia". "Que se recorda de ter entregue cerca de R$1,4 milhão de reais em dinheiro para o Riviera Ipiranga e valor igual ao Costa Espanha, e mais o La Vue que foram entregues quase R$ 2 milhões, além do Mansão Grazia, que foi o mais caro, no que se recorda, no valor de R$ 3 milhões de reais em espécie", disse o ex-assessor.

Job Brandão tem intenção de fazer um acordo de colaboração premiada. Ele virou alvo da Operação Tesouro Perdido após a PF identificar suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2 km da residência de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro.

A defesa de Geddel Vieira Lima e o deputado Lúcio Vieira Lima não atenderam contatos da reportagem até o momento.

Procurado pelo Estadão, Marcelo Ferreira, advogado de Job, declarou que "tem uma especial preocupação com a segurança de Job e que tem por objetivo demonstrar que sua condição de vida é totalmente incompatível com a renda de um secretário parlamentar". Para o advogado, o ex-assessor é "vítima da situação e que, além da liberdade, pretende buscar, judicialmente, o ressarcimento dos valores de seu salário que era obrigado a repassar à família Vieira Lima".

Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão, afirmou em depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o parlamentar e o seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, "colocavam dinheiro" para empreendimentos imobiliários por meio da empresa Cosbat. Ele cita, entre outros empreendimentos, o eficício La Vue, em Salvador.

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O La Vue e a Cosbat estiveram no centro da polêmica que gerou a saída do ex-ministro da Secretaria de Governo em 2016. Na época, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão e afirmou que saía do governo após pressão de Geddel para liberar a construção do empreendimento. Geddel comprou um imóvel no La Vue mas negou o tráfico de influência.

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Segundo Brandão, Geddel e Lúcio "tinham uma participação" na Cosbat - empresa responsável pelos empreendimentos. "Que em relação a Cosbat. Geddel e Lúcio Vieira Lima tinham uma participação na empresa na qual os irmãos colocavam dinheiro para empreendimentos", consta no termo de depoimento prestado na última terça-feira, 14, ao qual o Estado teve acesso.

+ Ex-assessor diz à PF que contava dinheiro vivo do posto de Lúcio Vieira Lima

Ele contou ainda que a pedido de Geddel, Lúcio e da mãe dos dois, "auxiliou na destruição de anotações, agendas e documentos, se recordando que destruiu documentos relacionados à Cosbat". A destruição dos documentos, segundo ele, ocorreu no período em que Geddel esteve em prisão domiciliar. Os documentos, segundo ele, foram colocados em sacos de lixo e descartados e uma parte foi picotada e colocada na descarga de vaso sanitário.

+ Ex-assessor diz que contava maços de até R$ 100 mil para Geddel

No depoimento prestado, Job afirmou que "se recorda" de Geddel e Lúcio "terem colocado dinheiro nos empreendimentos Riviera Ipiranga, Morro Ipiranga, Costa Espanha, La Vue, Garibaldi Tower, Mansão Grazia". "Que se recorda de ter entregue cerca de R$1,4 milhão de reais em dinheiro para o Riviera Ipiranga e valor igual ao Costa Espanha, e mais o La Vue que foram entregues quase R$ 2 milhões, além do Mansão Grazia, que foi o mais caro, no que se recorda, no valor de R$ 3 milhões de reais em espécie", disse o ex-assessor.

Job Brandão tem intenção de fazer um acordo de colaboração premiada. Ele virou alvo da Operação Tesouro Perdido após a PF identificar suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2 km da residência de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro.

A defesa de Geddel Vieira Lima e o deputado Lúcio Vieira Lima não atenderam contatos da reportagem até o momento.

Procurado pelo Estadão, Marcelo Ferreira, advogado de Job, declarou que "tem uma especial preocupação com a segurança de Job e que tem por objetivo demonstrar que sua condição de vida é totalmente incompatível com a renda de um secretário parlamentar". Para o advogado, o ex-assessor é "vítima da situação e que, além da liberdade, pretende buscar, judicialmente, o ressarcimento dos valores de seu salário que era obrigado a repassar à família Vieira Lima".

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