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Genivaldo dos Santos morreu por asfixia mecânica, conclui IML de Sergipe


Perícia foi entregue nesta sexta-feira, 2, à Polícia Federal em Sergipe; morte aconteceu durante abordagem de policiais rodoviários federais

Por Abel Serafim
Genivaldo morreu após ser trancado em viatura policial com gás em Sergipe Foto: Reprodução/Redes sociais

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) informou nesta sexta-feira, 2, a conclusão dos laudos cadavérico e toxicológico sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Umbaúba, no interior do Estado. O caso, que chocou o País, ocorreu no dia 25 de maio deste ano.

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De acordo com a SSP, os laudos periciais, enviados mais cedo à Polícia Federal (PF) em Sergipe, confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas.

"Chegamos à conclusão que o óbito se deu logo no início do processo por uma reação inflamatória intensa, que gerou o fechamento da via aérea com predomínio da via aérea inferior, gerando a morte de Genivaldo", afirmou Vitor Barros, diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Sergipe.

O perito Ricardo Leal, do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), confirmou a presença de um medicamento no sangue da vítima, compatível ao tratamento terapêutico da esquizofrenia.

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"Encontramos a quetiapina, medicamento utilizado no tratamento da esquizofrenia. Quantificamos e verificamos que a concentração é compatível com a terapêutica", disse.

Para Ricardo Leal, a quantidade de remédio encontrada permite afirmar que Genivaldo não surtou durante a ocorrência por estar medicado.

A análise, segundo Leal, ainda apontou que o homem não foi intoxicado por monóxido de carbono após o lançamento da bomba de gás lacrimogêneo. No entanto, ele pondera que outros gases são formados quando o gás é detonado.

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"Por exemplo, ácido clorídrico, que é isso que provoca a irritação das mucosas. E essa substância pode ser formada. Com esses resultados todos, concluímos o laudo pericial solicitado pelo IML (Instituto Médico Legal)", disse em comunicado à imprensa.

Leal acrescentou que não foram encontrados indícios de ingestão de álcool no sangue da vítima.

"Como todos os casos relacionados ao trânsito, embora não tenha sido acidente de trânsito, seguimos o que fazemos comumente. Verificamos se ele havia ingerido álcool, o que deu negativo", afirmou.

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Relembre o caso

No dia 25 de maio, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado por policiais rodoviários federais por estar sem capacete em trecho da BR-101, no município de Umbaúba, interior de Sergipe. Durante a ocorrência, ele foi insultado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi colocado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo - transformada em uma câmara de gás. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal de Aracaju apontou a asfixia mecânica como causa da morte.

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A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Rodoviária Federal abriram investigações sobre o caso. Desde o início das apurações, a PF já pediu para prorrogar o inquérito ao menos duas vezes, sob argumento de que espera dos resultados das perícias pelo IML-SE e pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília.

Um pedido de prisão preventiva dos três agentes envolvidos na abordagem, feito pela família da vítima, foi negado pela Justiça Federal em Sergipe em 13 de junho.

Genivaldo morreu após ser trancado em viatura policial com gás em Sergipe Foto: Reprodução/Redes sociais

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) informou nesta sexta-feira, 2, a conclusão dos laudos cadavérico e toxicológico sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Umbaúba, no interior do Estado. O caso, que chocou o País, ocorreu no dia 25 de maio deste ano.

De acordo com a SSP, os laudos periciais, enviados mais cedo à Polícia Federal (PF) em Sergipe, confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas.

"Chegamos à conclusão que o óbito se deu logo no início do processo por uma reação inflamatória intensa, que gerou o fechamento da via aérea com predomínio da via aérea inferior, gerando a morte de Genivaldo", afirmou Vitor Barros, diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Sergipe.

O perito Ricardo Leal, do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), confirmou a presença de um medicamento no sangue da vítima, compatível ao tratamento terapêutico da esquizofrenia.

"Encontramos a quetiapina, medicamento utilizado no tratamento da esquizofrenia. Quantificamos e verificamos que a concentração é compatível com a terapêutica", disse.

Para Ricardo Leal, a quantidade de remédio encontrada permite afirmar que Genivaldo não surtou durante a ocorrência por estar medicado.

A análise, segundo Leal, ainda apontou que o homem não foi intoxicado por monóxido de carbono após o lançamento da bomba de gás lacrimogêneo. No entanto, ele pondera que outros gases são formados quando o gás é detonado.

"Por exemplo, ácido clorídrico, que é isso que provoca a irritação das mucosas. E essa substância pode ser formada. Com esses resultados todos, concluímos o laudo pericial solicitado pelo IML (Instituto Médico Legal)", disse em comunicado à imprensa.

Leal acrescentou que não foram encontrados indícios de ingestão de álcool no sangue da vítima.

"Como todos os casos relacionados ao trânsito, embora não tenha sido acidente de trânsito, seguimos o que fazemos comumente. Verificamos se ele havia ingerido álcool, o que deu negativo", afirmou.

Relembre o caso

No dia 25 de maio, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado por policiais rodoviários federais por estar sem capacete em trecho da BR-101, no município de Umbaúba, interior de Sergipe. Durante a ocorrência, ele foi insultado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi colocado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo - transformada em uma câmara de gás. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal de Aracaju apontou a asfixia mecânica como causa da morte.

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Rodoviária Federal abriram investigações sobre o caso. Desde o início das apurações, a PF já pediu para prorrogar o inquérito ao menos duas vezes, sob argumento de que espera dos resultados das perícias pelo IML-SE e pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília.

Um pedido de prisão preventiva dos três agentes envolvidos na abordagem, feito pela família da vítima, foi negado pela Justiça Federal em Sergipe em 13 de junho.

Genivaldo morreu após ser trancado em viatura policial com gás em Sergipe Foto: Reprodução/Redes sociais

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) informou nesta sexta-feira, 2, a conclusão dos laudos cadavérico e toxicológico sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Umbaúba, no interior do Estado. O caso, que chocou o País, ocorreu no dia 25 de maio deste ano.

De acordo com a SSP, os laudos periciais, enviados mais cedo à Polícia Federal (PF) em Sergipe, confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas.

"Chegamos à conclusão que o óbito se deu logo no início do processo por uma reação inflamatória intensa, que gerou o fechamento da via aérea com predomínio da via aérea inferior, gerando a morte de Genivaldo", afirmou Vitor Barros, diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Sergipe.

O perito Ricardo Leal, do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), confirmou a presença de um medicamento no sangue da vítima, compatível ao tratamento terapêutico da esquizofrenia.

"Encontramos a quetiapina, medicamento utilizado no tratamento da esquizofrenia. Quantificamos e verificamos que a concentração é compatível com a terapêutica", disse.

Para Ricardo Leal, a quantidade de remédio encontrada permite afirmar que Genivaldo não surtou durante a ocorrência por estar medicado.

A análise, segundo Leal, ainda apontou que o homem não foi intoxicado por monóxido de carbono após o lançamento da bomba de gás lacrimogêneo. No entanto, ele pondera que outros gases são formados quando o gás é detonado.

"Por exemplo, ácido clorídrico, que é isso que provoca a irritação das mucosas. E essa substância pode ser formada. Com esses resultados todos, concluímos o laudo pericial solicitado pelo IML (Instituto Médico Legal)", disse em comunicado à imprensa.

Leal acrescentou que não foram encontrados indícios de ingestão de álcool no sangue da vítima.

"Como todos os casos relacionados ao trânsito, embora não tenha sido acidente de trânsito, seguimos o que fazemos comumente. Verificamos se ele havia ingerido álcool, o que deu negativo", afirmou.

Relembre o caso

No dia 25 de maio, Genivaldo de Jesus Santos foi abordado por policiais rodoviários federais por estar sem capacete em trecho da BR-101, no município de Umbaúba, interior de Sergipe. Durante a ocorrência, ele foi insultado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi colocado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo - transformada em uma câmara de gás. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal de Aracaju apontou a asfixia mecânica como causa da morte.

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Rodoviária Federal abriram investigações sobre o caso. Desde o início das apurações, a PF já pediu para prorrogar o inquérito ao menos duas vezes, sob argumento de que espera dos resultados das perícias pelo IML-SE e pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília.

Um pedido de prisão preventiva dos três agentes envolvidos na abordagem, feito pela família da vítima, foi negado pela Justiça Federal em Sergipe em 13 de junho.

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