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Opinião|José Gregori


Por José de Souza Martins*
Atualização:
José Gregori Foto: Iara Morselli/Estadão

José Gregori foi um ser humano exemplar. Um brasileiro raro. Órfão de pai, que foi assassinado, nunca cultivou ressentimentos. Antes defendeu sempre o direito à vida, mesmo de quem pela vida alheia não tem apreço e respeito. Foi referido em ameaça de morte por um tal de Bolsonaro, obscuro totalitário remanescente da ditadura militar.

Foi braço direito de Dom Paulo Evaristo Arns na Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo nos tempos difíceis da tortura e morte de presos políticos. Foi ministro da Justiça no governo do Professor Fernando Henrique Cardoso e foi embaixador do Brasil em Portugal.

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Na Academia Paulista de Letras, prestigiou as reuniões mensais do Clube de Leitura, abertas ao público e constituído de interessados no debate sobre clássicos da literatura.

Com a contista Ana Maria Martins, no caminho de casa, José Gregori foi meu carona nas noites de quinta-feira, após a reunião da APL. Os três, às vezes com a participação de Luiz Carlos Lisboa, ampliávamos a sessão, dentro do carro, para além do tempo avaramente regulado pela tradição da ampulheta.

José Gregori era sobrinho do tenor Celestino Paraventi, famoso nos anos 1920 e 1930, especialmente por gravações como a de “Tardes de Lindoia” e “Longe dos olhos”, de Zequinha de Abreu. Já na velhice, batia-papo com o sobrinho sobre ópera, de que era exigente conhecedor.

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Celestino era dono do famoso Café Paraventi. Com seus meios, apoiou publicações dos modernistas. Homem de esquerda, foi quem abrigou Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, em Santo Amaro. Foi preso político.

Homem sereno e confiante na democracia e na liberdade, José Gregori , no período tenebroso do bolsonarismo, nas conversas da APL, sempre lembrava a todos nós que às ameaças à democracia sobrepunha-se o fato principal de que as instituições estavam e estão funcionando. Morreu com essa confiança exemplar.

Ficará nas minhas lembranças e nas lembranças de todos os seus amigos como amigo da humanidade dos seres humanos, especialmente quando a condição humana está sob ameaça. Grande irmão esse grande amigo.

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*José de Souza Martins, sociólogo

José Gregori Foto: Iara Morselli/Estadão

José Gregori foi um ser humano exemplar. Um brasileiro raro. Órfão de pai, que foi assassinado, nunca cultivou ressentimentos. Antes defendeu sempre o direito à vida, mesmo de quem pela vida alheia não tem apreço e respeito. Foi referido em ameaça de morte por um tal de Bolsonaro, obscuro totalitário remanescente da ditadura militar.

Foi braço direito de Dom Paulo Evaristo Arns na Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo nos tempos difíceis da tortura e morte de presos políticos. Foi ministro da Justiça no governo do Professor Fernando Henrique Cardoso e foi embaixador do Brasil em Portugal.

Na Academia Paulista de Letras, prestigiou as reuniões mensais do Clube de Leitura, abertas ao público e constituído de interessados no debate sobre clássicos da literatura.

Com a contista Ana Maria Martins, no caminho de casa, José Gregori foi meu carona nas noites de quinta-feira, após a reunião da APL. Os três, às vezes com a participação de Luiz Carlos Lisboa, ampliávamos a sessão, dentro do carro, para além do tempo avaramente regulado pela tradição da ampulheta.

José Gregori era sobrinho do tenor Celestino Paraventi, famoso nos anos 1920 e 1930, especialmente por gravações como a de “Tardes de Lindoia” e “Longe dos olhos”, de Zequinha de Abreu. Já na velhice, batia-papo com o sobrinho sobre ópera, de que era exigente conhecedor.

Celestino era dono do famoso Café Paraventi. Com seus meios, apoiou publicações dos modernistas. Homem de esquerda, foi quem abrigou Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, em Santo Amaro. Foi preso político.

Homem sereno e confiante na democracia e na liberdade, José Gregori , no período tenebroso do bolsonarismo, nas conversas da APL, sempre lembrava a todos nós que às ameaças à democracia sobrepunha-se o fato principal de que as instituições estavam e estão funcionando. Morreu com essa confiança exemplar.

Ficará nas minhas lembranças e nas lembranças de todos os seus amigos como amigo da humanidade dos seres humanos, especialmente quando a condição humana está sob ameaça. Grande irmão esse grande amigo.

*José de Souza Martins, sociólogo

José Gregori Foto: Iara Morselli/Estadão

José Gregori foi um ser humano exemplar. Um brasileiro raro. Órfão de pai, que foi assassinado, nunca cultivou ressentimentos. Antes defendeu sempre o direito à vida, mesmo de quem pela vida alheia não tem apreço e respeito. Foi referido em ameaça de morte por um tal de Bolsonaro, obscuro totalitário remanescente da ditadura militar.

Foi braço direito de Dom Paulo Evaristo Arns na Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo nos tempos difíceis da tortura e morte de presos políticos. Foi ministro da Justiça no governo do Professor Fernando Henrique Cardoso e foi embaixador do Brasil em Portugal.

Na Academia Paulista de Letras, prestigiou as reuniões mensais do Clube de Leitura, abertas ao público e constituído de interessados no debate sobre clássicos da literatura.

Com a contista Ana Maria Martins, no caminho de casa, José Gregori foi meu carona nas noites de quinta-feira, após a reunião da APL. Os três, às vezes com a participação de Luiz Carlos Lisboa, ampliávamos a sessão, dentro do carro, para além do tempo avaramente regulado pela tradição da ampulheta.

José Gregori era sobrinho do tenor Celestino Paraventi, famoso nos anos 1920 e 1930, especialmente por gravações como a de “Tardes de Lindoia” e “Longe dos olhos”, de Zequinha de Abreu. Já na velhice, batia-papo com o sobrinho sobre ópera, de que era exigente conhecedor.

Celestino era dono do famoso Café Paraventi. Com seus meios, apoiou publicações dos modernistas. Homem de esquerda, foi quem abrigou Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, em Santo Amaro. Foi preso político.

Homem sereno e confiante na democracia e na liberdade, José Gregori , no período tenebroso do bolsonarismo, nas conversas da APL, sempre lembrava a todos nós que às ameaças à democracia sobrepunha-se o fato principal de que as instituições estavam e estão funcionando. Morreu com essa confiança exemplar.

Ficará nas minhas lembranças e nas lembranças de todos os seus amigos como amigo da humanidade dos seres humanos, especialmente quando a condição humana está sob ameaça. Grande irmão esse grande amigo.

*José de Souza Martins, sociólogo

José Gregori Foto: Iara Morselli/Estadão

José Gregori foi um ser humano exemplar. Um brasileiro raro. Órfão de pai, que foi assassinado, nunca cultivou ressentimentos. Antes defendeu sempre o direito à vida, mesmo de quem pela vida alheia não tem apreço e respeito. Foi referido em ameaça de morte por um tal de Bolsonaro, obscuro totalitário remanescente da ditadura militar.

Foi braço direito de Dom Paulo Evaristo Arns na Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo nos tempos difíceis da tortura e morte de presos políticos. Foi ministro da Justiça no governo do Professor Fernando Henrique Cardoso e foi embaixador do Brasil em Portugal.

Na Academia Paulista de Letras, prestigiou as reuniões mensais do Clube de Leitura, abertas ao público e constituído de interessados no debate sobre clássicos da literatura.

Com a contista Ana Maria Martins, no caminho de casa, José Gregori foi meu carona nas noites de quinta-feira, após a reunião da APL. Os três, às vezes com a participação de Luiz Carlos Lisboa, ampliávamos a sessão, dentro do carro, para além do tempo avaramente regulado pela tradição da ampulheta.

José Gregori era sobrinho do tenor Celestino Paraventi, famoso nos anos 1920 e 1930, especialmente por gravações como a de “Tardes de Lindoia” e “Longe dos olhos”, de Zequinha de Abreu. Já na velhice, batia-papo com o sobrinho sobre ópera, de que era exigente conhecedor.

Celestino era dono do famoso Café Paraventi. Com seus meios, apoiou publicações dos modernistas. Homem de esquerda, foi quem abrigou Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, em Santo Amaro. Foi preso político.

Homem sereno e confiante na democracia e na liberdade, José Gregori , no período tenebroso do bolsonarismo, nas conversas da APL, sempre lembrava a todos nós que às ameaças à democracia sobrepunha-se o fato principal de que as instituições estavam e estão funcionando. Morreu com essa confiança exemplar.

Ficará nas minhas lembranças e nas lembranças de todos os seus amigos como amigo da humanidade dos seres humanos, especialmente quando a condição humana está sob ameaça. Grande irmão esse grande amigo.

*José de Souza Martins, sociólogo

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