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Juiz 'dos ingleses' jogou celulares no vaso antes de ser preso por propinas sobre precatórios milionários


Investigado na Operação Westminster, Leonardo Safi tentou destruir os equipamentos enquanto agentes conduziam buscas em seu endereço; Polícia Federal descobriu cheques em branco assinados por avó da mulher do juiz que seriam usados para ocultar vantagens indevidas

Por Pepita Ortega, Rayssa Motta e Paulo Roberto Netto

O juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, jogou dois celulares no vaso sanitário enquanto a Polícia Federal conduzia buscas em sua residência na Operação Westminster, que mira organização criminosa que cobrava propinas sobre precatórios milionários. A tentativa de destruição dos equipamentos foi presenciada por agentes que estavam no local e embasou pedido para manter o magistrado preso.

"Durante o cumprimento da cautelar de busca e apreensão presenciamos tentativa de destruição de provas por parte do investigado Leonardo Safi de Melo", aponta relatório da Polícia Federal. "Na presença da autoridade policial, o investigado, deliberadamente, jogou dois aparelhos celulares dentro do vaso sanitário da suíte de sua residência. A tentativa de destruição de provas ocorreu na presença de testemunhas".

Leonardo Safi é apontado pela PF como líder de organização criminosa, responsável por mapear processos de requisições de pagamento (precatórios) milionárias e deferir decisões favoráveis a partir de propinas de 1% do valor. O esquema contou com a participação do secretário Divannir Ribeiro Barile, que articulava as negociações, e dos advogados Sérgio Santos, Paulo Rangel do Nascimento, Deise Mendroni de Menezes, Clarice Mendroni Cavalieri e o perito Tadeu Rodrigues Jordan, responsáveis pela aproximação com as vítimas e operacionalização dos pagamentos.

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Celulares do juiz federal Leonardo Safi de Melo foram jogados em um vaso sanitário durante buscas na residência do magistrado. Foto: Polícia Federal

Segundo as investigações, Divannir teria chegado a afirmar que falava em nome dos 'ingleses', em referência ao juiz Leonardo Safi. A menção batizou a operação de Westminster, distrito na cidade de Londres.

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O inquérito foi aberto em março a partir de denúncia anônima e mira crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, concussão e peculato. O documento indicou que o grupo do juiz Leonardo Safi escolhia processos milionários, se aproximava de uma das partes da ação e pedia uma 'comissão' para expedir os precatórios.

Uma das ações judiciais investigadas, sobre um processo de desapropriação de imóveis rurais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que se arrasta há décadas, a organização criminosa teria solicitado vantagens indevidas para expedir um precatório no valor de R$ 700 milhões.

Cheques. Leonardo Safi foi preso no dia 30 de junho pela Polícia Federal. Ao pedir a prorrogação da prisão do juiz, a PF indicou que localizou provas de que o magistrado estaria usando a conta bancária em nome da avó de sua mulher para ocultar os valores recebidos de propina.

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"Verificamos junto à empresa Castion Blindagens as condições de compra e blindagem do veículo Jeep Compass recentemente adquirido por Leonardo Safi de Melo", aponta a PF. "Os pagamentos da blindagem do veículo foram realizados por meio de cheques em nome de Albina Silva Teixeira, avó de sua esposa Thatiane Fernandes da Silva".

O juiz Leonardo Safi de Melo  
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Segundo a PF, os pagamentos foram feitos com cheques nos valores de R$ 23 mil, R$ 20 mil e R$ 18 mil - todos em nome da avó da mulher de Leonardo Safi. Outros cheques em branco com a assinatura de Albina Silva Teixeira foram encontrados na residência do juiz. "Os cartões de movimentação da conta foram localizados na carteira pessoal do juiz federal, o que corrobora os indícios de sua gestão da conta".

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CARLOS KAUFFMANN, QUE REPRESENTA O JUIZ LEONARDO SAFI DE MELO A reportagem busca contato com o advogado. Quando Leonardo Safi foi preso, a defesa se manifestou:

As investigações tramitam em absoluto sigilo, conforme determinado pela própria Desembargadora Relatora, o que nos impede de tecer qualquer comentário acerca de fatos que ainda necessitam de longa e detida apuração. A prisão que ainda vigora, temporária, será combatida e reavaliada por HC perante o STJ e Agravo Regimental perante o TRF3

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COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOÃO MANSSUR, QUE REPRESENTA DIVANNIR RIBEIRO BARILE A reportagem busca contato com o advogado. Quando Divannir Ribeiro foi preso, a defesa se manifestou:

O advogado João Manssur, que representa Divannir Ribeiro Barile, esclarece que seu cliente nega as acusações, que está à disposição das autoridades competentes para os devidos esclarecimentos e que já foi requerida perante o TRF3 a revogação da sua prisão preventiva. A denominada "Operação Westminster" tramita em sigilo.

O juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, jogou dois celulares no vaso sanitário enquanto a Polícia Federal conduzia buscas em sua residência na Operação Westminster, que mira organização criminosa que cobrava propinas sobre precatórios milionários. A tentativa de destruição dos equipamentos foi presenciada por agentes que estavam no local e embasou pedido para manter o magistrado preso.

"Durante o cumprimento da cautelar de busca e apreensão presenciamos tentativa de destruição de provas por parte do investigado Leonardo Safi de Melo", aponta relatório da Polícia Federal. "Na presença da autoridade policial, o investigado, deliberadamente, jogou dois aparelhos celulares dentro do vaso sanitário da suíte de sua residência. A tentativa de destruição de provas ocorreu na presença de testemunhas".

Leonardo Safi é apontado pela PF como líder de organização criminosa, responsável por mapear processos de requisições de pagamento (precatórios) milionárias e deferir decisões favoráveis a partir de propinas de 1% do valor. O esquema contou com a participação do secretário Divannir Ribeiro Barile, que articulava as negociações, e dos advogados Sérgio Santos, Paulo Rangel do Nascimento, Deise Mendroni de Menezes, Clarice Mendroni Cavalieri e o perito Tadeu Rodrigues Jordan, responsáveis pela aproximação com as vítimas e operacionalização dos pagamentos.

Celulares do juiz federal Leonardo Safi de Melo foram jogados em um vaso sanitário durante buscas na residência do magistrado. Foto: Polícia Federal

Segundo as investigações, Divannir teria chegado a afirmar que falava em nome dos 'ingleses', em referência ao juiz Leonardo Safi. A menção batizou a operação de Westminster, distrito na cidade de Londres.

O inquérito foi aberto em março a partir de denúncia anônima e mira crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, concussão e peculato. O documento indicou que o grupo do juiz Leonardo Safi escolhia processos milionários, se aproximava de uma das partes da ação e pedia uma 'comissão' para expedir os precatórios.

Uma das ações judiciais investigadas, sobre um processo de desapropriação de imóveis rurais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que se arrasta há décadas, a organização criminosa teria solicitado vantagens indevidas para expedir um precatório no valor de R$ 700 milhões.

Cheques. Leonardo Safi foi preso no dia 30 de junho pela Polícia Federal. Ao pedir a prorrogação da prisão do juiz, a PF indicou que localizou provas de que o magistrado estaria usando a conta bancária em nome da avó de sua mulher para ocultar os valores recebidos de propina.

"Verificamos junto à empresa Castion Blindagens as condições de compra e blindagem do veículo Jeep Compass recentemente adquirido por Leonardo Safi de Melo", aponta a PF. "Os pagamentos da blindagem do veículo foram realizados por meio de cheques em nome de Albina Silva Teixeira, avó de sua esposa Thatiane Fernandes da Silva".

O juiz Leonardo Safi de Melo  

Segundo a PF, os pagamentos foram feitos com cheques nos valores de R$ 23 mil, R$ 20 mil e R$ 18 mil - todos em nome da avó da mulher de Leonardo Safi. Outros cheques em branco com a assinatura de Albina Silva Teixeira foram encontrados na residência do juiz. "Os cartões de movimentação da conta foram localizados na carteira pessoal do juiz federal, o que corrobora os indícios de sua gestão da conta".

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CARLOS KAUFFMANN, QUE REPRESENTA O JUIZ LEONARDO SAFI DE MELO A reportagem busca contato com o advogado. Quando Leonardo Safi foi preso, a defesa se manifestou:

As investigações tramitam em absoluto sigilo, conforme determinado pela própria Desembargadora Relatora, o que nos impede de tecer qualquer comentário acerca de fatos que ainda necessitam de longa e detida apuração. A prisão que ainda vigora, temporária, será combatida e reavaliada por HC perante o STJ e Agravo Regimental perante o TRF3

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOÃO MANSSUR, QUE REPRESENTA DIVANNIR RIBEIRO BARILE A reportagem busca contato com o advogado. Quando Divannir Ribeiro foi preso, a defesa se manifestou:

O advogado João Manssur, que representa Divannir Ribeiro Barile, esclarece que seu cliente nega as acusações, que está à disposição das autoridades competentes para os devidos esclarecimentos e que já foi requerida perante o TRF3 a revogação da sua prisão preventiva. A denominada "Operação Westminster" tramita em sigilo.

O juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, jogou dois celulares no vaso sanitário enquanto a Polícia Federal conduzia buscas em sua residência na Operação Westminster, que mira organização criminosa que cobrava propinas sobre precatórios milionários. A tentativa de destruição dos equipamentos foi presenciada por agentes que estavam no local e embasou pedido para manter o magistrado preso.

"Durante o cumprimento da cautelar de busca e apreensão presenciamos tentativa de destruição de provas por parte do investigado Leonardo Safi de Melo", aponta relatório da Polícia Federal. "Na presença da autoridade policial, o investigado, deliberadamente, jogou dois aparelhos celulares dentro do vaso sanitário da suíte de sua residência. A tentativa de destruição de provas ocorreu na presença de testemunhas".

Leonardo Safi é apontado pela PF como líder de organização criminosa, responsável por mapear processos de requisições de pagamento (precatórios) milionárias e deferir decisões favoráveis a partir de propinas de 1% do valor. O esquema contou com a participação do secretário Divannir Ribeiro Barile, que articulava as negociações, e dos advogados Sérgio Santos, Paulo Rangel do Nascimento, Deise Mendroni de Menezes, Clarice Mendroni Cavalieri e o perito Tadeu Rodrigues Jordan, responsáveis pela aproximação com as vítimas e operacionalização dos pagamentos.

Celulares do juiz federal Leonardo Safi de Melo foram jogados em um vaso sanitário durante buscas na residência do magistrado. Foto: Polícia Federal

Segundo as investigações, Divannir teria chegado a afirmar que falava em nome dos 'ingleses', em referência ao juiz Leonardo Safi. A menção batizou a operação de Westminster, distrito na cidade de Londres.

O inquérito foi aberto em março a partir de denúncia anônima e mira crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, concussão e peculato. O documento indicou que o grupo do juiz Leonardo Safi escolhia processos milionários, se aproximava de uma das partes da ação e pedia uma 'comissão' para expedir os precatórios.

Uma das ações judiciais investigadas, sobre um processo de desapropriação de imóveis rurais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que se arrasta há décadas, a organização criminosa teria solicitado vantagens indevidas para expedir um precatório no valor de R$ 700 milhões.

Cheques. Leonardo Safi foi preso no dia 30 de junho pela Polícia Federal. Ao pedir a prorrogação da prisão do juiz, a PF indicou que localizou provas de que o magistrado estaria usando a conta bancária em nome da avó de sua mulher para ocultar os valores recebidos de propina.

"Verificamos junto à empresa Castion Blindagens as condições de compra e blindagem do veículo Jeep Compass recentemente adquirido por Leonardo Safi de Melo", aponta a PF. "Os pagamentos da blindagem do veículo foram realizados por meio de cheques em nome de Albina Silva Teixeira, avó de sua esposa Thatiane Fernandes da Silva".

O juiz Leonardo Safi de Melo  

Segundo a PF, os pagamentos foram feitos com cheques nos valores de R$ 23 mil, R$ 20 mil e R$ 18 mil - todos em nome da avó da mulher de Leonardo Safi. Outros cheques em branco com a assinatura de Albina Silva Teixeira foram encontrados na residência do juiz. "Os cartões de movimentação da conta foram localizados na carteira pessoal do juiz federal, o que corrobora os indícios de sua gestão da conta".

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CARLOS KAUFFMANN, QUE REPRESENTA O JUIZ LEONARDO SAFI DE MELO A reportagem busca contato com o advogado. Quando Leonardo Safi foi preso, a defesa se manifestou:

As investigações tramitam em absoluto sigilo, conforme determinado pela própria Desembargadora Relatora, o que nos impede de tecer qualquer comentário acerca de fatos que ainda necessitam de longa e detida apuração. A prisão que ainda vigora, temporária, será combatida e reavaliada por HC perante o STJ e Agravo Regimental perante o TRF3

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOÃO MANSSUR, QUE REPRESENTA DIVANNIR RIBEIRO BARILE A reportagem busca contato com o advogado. Quando Divannir Ribeiro foi preso, a defesa se manifestou:

O advogado João Manssur, que representa Divannir Ribeiro Barile, esclarece que seu cliente nega as acusações, que está à disposição das autoridades competentes para os devidos esclarecimentos e que já foi requerida perante o TRF3 a revogação da sua prisão preventiva. A denominada "Operação Westminster" tramita em sigilo.

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