Atualizada em 13/3, às 10h30
Por Andreza Matais, de Brasília, e Fausto Macedo
Cesare Battisti deveria ser deportado para a França. A ordem judicial enviada à direção geral da Polícia Federal em Brasília citava expressamente o país europeu como destino do ex-ativista italiano preso na tarde desta quinta feira, 12. O ofício para a PF é subscrito pela juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, titular da 20ª Vara do Distrito Federal. Battisti foi solto, após sete horas detido.
A deportação só não será realizada se a ordem da juíza for revogada em instância superior. A Advocacia-Geral da União (AGU) já entrou com recurso - agravo de instrumento - no Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (Brasília) com o objetivo de derrubar o mandado de prisão contra Battisti.
O italiano foi detido quando saía de uma casa modesta da Vila Cármen, na cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde mora desde que sua extradição para a Itália foi negada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
A prisão ocorreu às 17 horas. Quando ia entrar em seu carro, um Prisma, Battisti viu-se cercado pelos agentes federais da Interpol, a Polícia Internacional que vigiavam a casa desde o início da tarde. Não reagiu, não foi algemado. Acusado de quatro assassinatos na Itália, nos anos 1970, alegadamente por motivação política, ele deverá seguir para a França, segundo a ordem da juíza federal.
Na ação civil em que pede a deportação de Battisti, o Ministério Público Federal sugeriu o México ou a França como destino do italiano - países onde ele viveu. Na decisão encaminhada à PF, a juíza indica a França, último país onde ele passou antes de fugir para o Brasil, em 2004.
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