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Opinião|Kamala Harris x Donald Trump: na economia real, não há ideologia ou sotaque


A mão de obra interna já foi completamente absorvida pela economia americana, gerando o que se denomina ‘pleno emprego’. E há um agravante: como o americano não precisa cursar uma faculdade para ter uma ótima qualidade de vida, o número de profissionais com nível superior não atende à demanda da economia. Conclusão: já há poucas pessoas disponíveis e ainda menos qualificadas

Por Gustavo Rene Nicolau
Atualização:

Em meio às intensas disputas políticas que caracterizam as eleições nos Estados Unidos, a questão da imigração permanece um dos tópicos mais polêmicos. Enquanto Donald Trump representa os Republicanos e o partido Democrata se prepara para escolher formalmente Kamala Harris como sua candidata à presidência, a retórica acalorada sobre imigração permanece em debate. Indiferentes às bravatas dos dois lados, mercado e economia real seguem em consenso a respeito da imensa necessidade de mão de obra qualificada para sustentar e impulsionar a economia americana.

Segundo o FMI, o PIB americano é de aproximadamente 26 trilhões de dólares maior, portanto, do que Europa e América Latina somadas. A título de comparação, o Brasil tem um PIB menor do que 2 trilhões. Dentre as 20 maiores empresas do mundo, 16 são norte-americanas, de acordo com levantamento da Market Cap. A economia de um único Estado, a Califórnia, é maior, por exemplo do que a da França ou Reino Unido.

Esse gigantesco mercado gera mais contratos, negócios, empregos, comércio e transações financeiras, o que — por sua vez — exige muita mão de obra, o combustível de qualquer economia. Ocorre que a mão de obra interna já foi completamente absorvida pela economia americana, gerando o que se denomina “pleno emprego”. E há um agravante: como o americano não precisa cursar uma Faculdade para ter uma ótima qualidade de vida, o número de profissionais com nível superior não atende à demanda da economia (segundo o Censo Americano, mais de 60% dos americanos não concluem o nível de graduação). Conclusão: já há poucas pessoas disponíveis e ainda menos qualificadas. Não é raro que uma boa vaga de emprego fique aberta por anos, à espera de um profissional disponível que a ocupe.

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Para abastecer a economia americana e seguir crescendo, democratas e republicanos só têm uma opção: trazer mão de obra de fora do país, através de políticas de imigração, especialmente as que concedem Green Cards baseados no mérito do candidato e que prestigiam sua formação acadêmica e experiência profissional. É assim há décadas e continuará desta forma, caso os Estados Unidos queiram evitar um estrangulamento econômico.

Não é por acaso que o Departamento de Imigração americano funciona — sem interrupções — há mais de 100 anos, não importando quem esteja à frente do governo. Seguindo, aliás, uma tendência do Partido Republicano, Donald Trump enviou, em 2019, um projeto de lei ao Congresso triplicando o número de Green Cards que tem como critério a carreira do candidato. “A grande mudança que fazemos é aumentar a proporção da imigração de profissionais altamente qualificados de 12% para 57% e nós queremos ver se podemos ir ainda além”, disse Trump, em evento na Casa Branca. Para atrair essa mão de obra qualificada, há opções de Green Cards que dispensam oferta de emprego, investimento, cidadania específica e até mesmo conhecimento do idioma inglês.

Esse cenário gera uma ótima oportunidade para profissionais brasileiros que desejam migrar para os Estados Unidos, se inserir no mercado de trabalho e usufruir do American Dream. Aqueles que concluíram a Faculdade no Brasil e têm mais de cinco anos de experiência têm chances ainda maiores, pois são considerados — pela lei federal americana — como profissionais de “advanced degree”. Para esses, é possível afirmar que obter o Green Card e se encaixar no mercado de trabalho não são tarefas difíceis.

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Os Estados Unidos disponibilizam quase 200 mil Green Cards por ano (apenas considerando essa categoria, que se baseia na qualificação do candidato) por uma razão muito simples: porque precisam. É a aplicação prática do princípio segundo o qual, em relações internacionais não há ideologia, há interesses.

E não é só no crescimento econômico que o imigrante interessa muito aos Estados Unidos. Dados do Congressional Budget Office revelam que — na próxima década — a força de trabalho imigrante irá gerar US$ 7 trilhões a mais para o PIB e US$ 1 trilhão em impostos, além de colaborar de forma decisiva para aumentar a base laboral americana, que contribui diretamente para sustentar a previdência social.

Enquanto Republicanos e Democratas se digladiam no ringue eleitoral, espalham bravatas e desinformação, a economia real e cotidiana dos Estados Unidos seguirá precisando de bons profissionais com qualificação. Porque quando a economia aperta, sotaque ou ideologia ficam em segundo plano e trabalhadores estrangeiros são mais do que bem-vindos.

Em meio às intensas disputas políticas que caracterizam as eleições nos Estados Unidos, a questão da imigração permanece um dos tópicos mais polêmicos. Enquanto Donald Trump representa os Republicanos e o partido Democrata se prepara para escolher formalmente Kamala Harris como sua candidata à presidência, a retórica acalorada sobre imigração permanece em debate. Indiferentes às bravatas dos dois lados, mercado e economia real seguem em consenso a respeito da imensa necessidade de mão de obra qualificada para sustentar e impulsionar a economia americana.

Segundo o FMI, o PIB americano é de aproximadamente 26 trilhões de dólares maior, portanto, do que Europa e América Latina somadas. A título de comparação, o Brasil tem um PIB menor do que 2 trilhões. Dentre as 20 maiores empresas do mundo, 16 são norte-americanas, de acordo com levantamento da Market Cap. A economia de um único Estado, a Califórnia, é maior, por exemplo do que a da França ou Reino Unido.

Esse gigantesco mercado gera mais contratos, negócios, empregos, comércio e transações financeiras, o que — por sua vez — exige muita mão de obra, o combustível de qualquer economia. Ocorre que a mão de obra interna já foi completamente absorvida pela economia americana, gerando o que se denomina “pleno emprego”. E há um agravante: como o americano não precisa cursar uma Faculdade para ter uma ótima qualidade de vida, o número de profissionais com nível superior não atende à demanda da economia (segundo o Censo Americano, mais de 60% dos americanos não concluem o nível de graduação). Conclusão: já há poucas pessoas disponíveis e ainda menos qualificadas. Não é raro que uma boa vaga de emprego fique aberta por anos, à espera de um profissional disponível que a ocupe.

Para abastecer a economia americana e seguir crescendo, democratas e republicanos só têm uma opção: trazer mão de obra de fora do país, através de políticas de imigração, especialmente as que concedem Green Cards baseados no mérito do candidato e que prestigiam sua formação acadêmica e experiência profissional. É assim há décadas e continuará desta forma, caso os Estados Unidos queiram evitar um estrangulamento econômico.

Não é por acaso que o Departamento de Imigração americano funciona — sem interrupções — há mais de 100 anos, não importando quem esteja à frente do governo. Seguindo, aliás, uma tendência do Partido Republicano, Donald Trump enviou, em 2019, um projeto de lei ao Congresso triplicando o número de Green Cards que tem como critério a carreira do candidato. “A grande mudança que fazemos é aumentar a proporção da imigração de profissionais altamente qualificados de 12% para 57% e nós queremos ver se podemos ir ainda além”, disse Trump, em evento na Casa Branca. Para atrair essa mão de obra qualificada, há opções de Green Cards que dispensam oferta de emprego, investimento, cidadania específica e até mesmo conhecimento do idioma inglês.

Esse cenário gera uma ótima oportunidade para profissionais brasileiros que desejam migrar para os Estados Unidos, se inserir no mercado de trabalho e usufruir do American Dream. Aqueles que concluíram a Faculdade no Brasil e têm mais de cinco anos de experiência têm chances ainda maiores, pois são considerados — pela lei federal americana — como profissionais de “advanced degree”. Para esses, é possível afirmar que obter o Green Card e se encaixar no mercado de trabalho não são tarefas difíceis.

Os Estados Unidos disponibilizam quase 200 mil Green Cards por ano (apenas considerando essa categoria, que se baseia na qualificação do candidato) por uma razão muito simples: porque precisam. É a aplicação prática do princípio segundo o qual, em relações internacionais não há ideologia, há interesses.

E não é só no crescimento econômico que o imigrante interessa muito aos Estados Unidos. Dados do Congressional Budget Office revelam que — na próxima década — a força de trabalho imigrante irá gerar US$ 7 trilhões a mais para o PIB e US$ 1 trilhão em impostos, além de colaborar de forma decisiva para aumentar a base laboral americana, que contribui diretamente para sustentar a previdência social.

Enquanto Republicanos e Democratas se digladiam no ringue eleitoral, espalham bravatas e desinformação, a economia real e cotidiana dos Estados Unidos seguirá precisando de bons profissionais com qualificação. Porque quando a economia aperta, sotaque ou ideologia ficam em segundo plano e trabalhadores estrangeiros são mais do que bem-vindos.

Em meio às intensas disputas políticas que caracterizam as eleições nos Estados Unidos, a questão da imigração permanece um dos tópicos mais polêmicos. Enquanto Donald Trump representa os Republicanos e o partido Democrata se prepara para escolher formalmente Kamala Harris como sua candidata à presidência, a retórica acalorada sobre imigração permanece em debate. Indiferentes às bravatas dos dois lados, mercado e economia real seguem em consenso a respeito da imensa necessidade de mão de obra qualificada para sustentar e impulsionar a economia americana.

Segundo o FMI, o PIB americano é de aproximadamente 26 trilhões de dólares maior, portanto, do que Europa e América Latina somadas. A título de comparação, o Brasil tem um PIB menor do que 2 trilhões. Dentre as 20 maiores empresas do mundo, 16 são norte-americanas, de acordo com levantamento da Market Cap. A economia de um único Estado, a Califórnia, é maior, por exemplo do que a da França ou Reino Unido.

Esse gigantesco mercado gera mais contratos, negócios, empregos, comércio e transações financeiras, o que — por sua vez — exige muita mão de obra, o combustível de qualquer economia. Ocorre que a mão de obra interna já foi completamente absorvida pela economia americana, gerando o que se denomina “pleno emprego”. E há um agravante: como o americano não precisa cursar uma Faculdade para ter uma ótima qualidade de vida, o número de profissionais com nível superior não atende à demanda da economia (segundo o Censo Americano, mais de 60% dos americanos não concluem o nível de graduação). Conclusão: já há poucas pessoas disponíveis e ainda menos qualificadas. Não é raro que uma boa vaga de emprego fique aberta por anos, à espera de um profissional disponível que a ocupe.

Para abastecer a economia americana e seguir crescendo, democratas e republicanos só têm uma opção: trazer mão de obra de fora do país, através de políticas de imigração, especialmente as que concedem Green Cards baseados no mérito do candidato e que prestigiam sua formação acadêmica e experiência profissional. É assim há décadas e continuará desta forma, caso os Estados Unidos queiram evitar um estrangulamento econômico.

Não é por acaso que o Departamento de Imigração americano funciona — sem interrupções — há mais de 100 anos, não importando quem esteja à frente do governo. Seguindo, aliás, uma tendência do Partido Republicano, Donald Trump enviou, em 2019, um projeto de lei ao Congresso triplicando o número de Green Cards que tem como critério a carreira do candidato. “A grande mudança que fazemos é aumentar a proporção da imigração de profissionais altamente qualificados de 12% para 57% e nós queremos ver se podemos ir ainda além”, disse Trump, em evento na Casa Branca. Para atrair essa mão de obra qualificada, há opções de Green Cards que dispensam oferta de emprego, investimento, cidadania específica e até mesmo conhecimento do idioma inglês.

Esse cenário gera uma ótima oportunidade para profissionais brasileiros que desejam migrar para os Estados Unidos, se inserir no mercado de trabalho e usufruir do American Dream. Aqueles que concluíram a Faculdade no Brasil e têm mais de cinco anos de experiência têm chances ainda maiores, pois são considerados — pela lei federal americana — como profissionais de “advanced degree”. Para esses, é possível afirmar que obter o Green Card e se encaixar no mercado de trabalho não são tarefas difíceis.

Os Estados Unidos disponibilizam quase 200 mil Green Cards por ano (apenas considerando essa categoria, que se baseia na qualificação do candidato) por uma razão muito simples: porque precisam. É a aplicação prática do princípio segundo o qual, em relações internacionais não há ideologia, há interesses.

E não é só no crescimento econômico que o imigrante interessa muito aos Estados Unidos. Dados do Congressional Budget Office revelam que — na próxima década — a força de trabalho imigrante irá gerar US$ 7 trilhões a mais para o PIB e US$ 1 trilhão em impostos, além de colaborar de forma decisiva para aumentar a base laboral americana, que contribui diretamente para sustentar a previdência social.

Enquanto Republicanos e Democratas se digladiam no ringue eleitoral, espalham bravatas e desinformação, a economia real e cotidiana dos Estados Unidos seguirá precisando de bons profissionais com qualificação. Porque quando a economia aperta, sotaque ou ideologia ficam em segundo plano e trabalhadores estrangeiros são mais do que bem-vindos.

Opinião por Gustavo Rene Nicolau

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