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Lava Jato mira obras da Odebrecht na gestão Kassab em SP


Investigadores vão analisar contratos da empreiteira com a Prefeitura de São Paulo; levantamento foi solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal

Por Julia Affonso, Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Gilberto Kassab. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

A Operação Lava Jato vai passar um pente fino nas obras da Odebrecht contratadas pela Prefeitura de São Paulo e custeadas com recursos do Ministério das Cidades, durante a gestão de Gilberto Kassab (2006-2012), hoje ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (PSD-SP). Ao pedir ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inquérito contra Kassab, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ainda um levantamento de todas as doações eleitorais feitas, entre 2008 e 2014 pela empreiteira, ou por qualquer sociedade empresária do seu grupo econômico, em favor do ministro ou de seus partidos.

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Ao mandar abrir inquérito para investigar Kassab, em 4 de abril, o ministro Fachin autorizou os pedidos da Procuradoria-Geral da República. Fachin deu 30 dias para a Polícia Federal analisar os dados.

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Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto Júnior e Paulo Cesena, da Odebrecht. Segundo os delatores, entre 2008 e 2014, houve pagamentos de vantagens indevidas para o ministro do Governo Michel Temer, em montante superior a R$ 20 milhões. Os repasses teriam como objetivo 'obter vantagens' de Kassab na condição de prefeito de São Paulo e, depois, de Ministro das Cidades do Governo Dilma Rousseff.

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Benedicto Júnior, o BJ, relatou que os valores foram solicitados diretamente por Kassab. Em 2008, afirmou o executivo, ele teria sido convidado para um café com Kassab, na casa do ministro, 'oportunidade em que lhe foi solicitado o valor aproximado de R$ 3,4 milhões a pretexto de contribuição para campanha'. O delator declarou que os valores foram pagos de maneira ilícita, sem registro eleitoral, com ciência pessoal de Kassab, entre janeiro e junho de 2008.

Em 2013, ao criar o PSD, Gilberto Kassab pediu, segundo o executivo da Odebrecht, 'repasses financeiros mais urna vez a pretexto das campanhas de 2014 e para a criação do novo partido'. Aproximadamente, R$ 17,9 milhões, entre novembro de 2013 e setembro de 2014, foram pagos 'de maneira ilícita, sem registros oficiais'.

BJ e Paulo Cesena relataram que esses últimos valores foram alocados, 'para efeitos gerenciais', na Odebrecht Transport, que mantinha contratos com a prefeitura de São Paulo em temas relacionados à mobilidade urbana. Segundo Paulo Cesena, , com a ida de Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades, em 2015, a Odebrecht foi beneficiada diretamente por intervenções políticas da Pasta.

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O delator citou como exemplo as "debentures de infraestrutura", relacionadas à linha 6, solicitação feita perante o Ministério das Cidades. Houve também, ainda segundo Paulo Cesena, um pedido de crédito no programa Pró-Transporte, que foi deferido.

COM A PALAVRA, GILBERTO KASSAB

As apurações em andamento sobre campanhas eleitorais e partidos políticos são importantes para o país e devem continuar, como determina a legislação.

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Sobre o ano de 2008 o próprio depoente Benedicto Júnior, ao fazer afirmações que serão devidamente investigadas, afirmou que não houve contrapartidas em obras no município.

Em 2013 o PSD já estava consolidado e não havia portanto necessidade de apoio "para a criação de novo partido". Não havia à época também sequer perspectiva de que Kassab assumisse o Ministério das Cidades.

Sobre os projetos citados no depoimento de Cesena, a empresa não conseguiu, como afirma o próprio depoente, realizar a emissão das debêntures ou finalizar a aprovação do financiamento com aval de diferentes órgãos federais. As atribuições do Ministério das Cidades para o enquadramento das debêntures, que seriam etapa inicial nos projetos, ou a avaliação de linhas de financiamento citadas, que foram analisadas exclusivamente a partir de critérios técnicos no ano de 2015, são apenas uma etapa do processo para obtenção dessas operações financeiras, usadas para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional.

Gilberto Kassab. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

A Operação Lava Jato vai passar um pente fino nas obras da Odebrecht contratadas pela Prefeitura de São Paulo e custeadas com recursos do Ministério das Cidades, durante a gestão de Gilberto Kassab (2006-2012), hoje ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (PSD-SP). Ao pedir ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inquérito contra Kassab, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ainda um levantamento de todas as doações eleitorais feitas, entre 2008 e 2014 pela empreiteira, ou por qualquer sociedade empresária do seu grupo econômico, em favor do ministro ou de seus partidos.

Ao mandar abrir inquérito para investigar Kassab, em 4 de abril, o ministro Fachin autorizou os pedidos da Procuradoria-Geral da República. Fachin deu 30 dias para a Polícia Federal analisar os dados.

Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto Júnior e Paulo Cesena, da Odebrecht. Segundo os delatores, entre 2008 e 2014, houve pagamentos de vantagens indevidas para o ministro do Governo Michel Temer, em montante superior a R$ 20 milhões. Os repasses teriam como objetivo 'obter vantagens' de Kassab na condição de prefeito de São Paulo e, depois, de Ministro das Cidades do Governo Dilma Rousseff.

Benedicto Júnior, o BJ, relatou que os valores foram solicitados diretamente por Kassab. Em 2008, afirmou o executivo, ele teria sido convidado para um café com Kassab, na casa do ministro, 'oportunidade em que lhe foi solicitado o valor aproximado de R$ 3,4 milhões a pretexto de contribuição para campanha'. O delator declarou que os valores foram pagos de maneira ilícita, sem registro eleitoral, com ciência pessoal de Kassab, entre janeiro e junho de 2008.

Em 2013, ao criar o PSD, Gilberto Kassab pediu, segundo o executivo da Odebrecht, 'repasses financeiros mais urna vez a pretexto das campanhas de 2014 e para a criação do novo partido'. Aproximadamente, R$ 17,9 milhões, entre novembro de 2013 e setembro de 2014, foram pagos 'de maneira ilícita, sem registros oficiais'.

BJ e Paulo Cesena relataram que esses últimos valores foram alocados, 'para efeitos gerenciais', na Odebrecht Transport, que mantinha contratos com a prefeitura de São Paulo em temas relacionados à mobilidade urbana. Segundo Paulo Cesena, , com a ida de Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades, em 2015, a Odebrecht foi beneficiada diretamente por intervenções políticas da Pasta.

O delator citou como exemplo as "debentures de infraestrutura", relacionadas à linha 6, solicitação feita perante o Ministério das Cidades. Houve também, ainda segundo Paulo Cesena, um pedido de crédito no programa Pró-Transporte, que foi deferido.

COM A PALAVRA, GILBERTO KASSAB

As apurações em andamento sobre campanhas eleitorais e partidos políticos são importantes para o país e devem continuar, como determina a legislação.

Sobre o ano de 2008 o próprio depoente Benedicto Júnior, ao fazer afirmações que serão devidamente investigadas, afirmou que não houve contrapartidas em obras no município.

Em 2013 o PSD já estava consolidado e não havia portanto necessidade de apoio "para a criação de novo partido". Não havia à época também sequer perspectiva de que Kassab assumisse o Ministério das Cidades.

Sobre os projetos citados no depoimento de Cesena, a empresa não conseguiu, como afirma o próprio depoente, realizar a emissão das debêntures ou finalizar a aprovação do financiamento com aval de diferentes órgãos federais. As atribuições do Ministério das Cidades para o enquadramento das debêntures, que seriam etapa inicial nos projetos, ou a avaliação de linhas de financiamento citadas, que foram analisadas exclusivamente a partir de critérios técnicos no ano de 2015, são apenas uma etapa do processo para obtenção dessas operações financeiras, usadas para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional.

Gilberto Kassab. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

A Operação Lava Jato vai passar um pente fino nas obras da Odebrecht contratadas pela Prefeitura de São Paulo e custeadas com recursos do Ministério das Cidades, durante a gestão de Gilberto Kassab (2006-2012), hoje ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (PSD-SP). Ao pedir ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inquérito contra Kassab, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ainda um levantamento de todas as doações eleitorais feitas, entre 2008 e 2014 pela empreiteira, ou por qualquer sociedade empresária do seu grupo econômico, em favor do ministro ou de seus partidos.

Ao mandar abrir inquérito para investigar Kassab, em 4 de abril, o ministro Fachin autorizou os pedidos da Procuradoria-Geral da República. Fachin deu 30 dias para a Polícia Federal analisar os dados.

Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto Júnior e Paulo Cesena, da Odebrecht. Segundo os delatores, entre 2008 e 2014, houve pagamentos de vantagens indevidas para o ministro do Governo Michel Temer, em montante superior a R$ 20 milhões. Os repasses teriam como objetivo 'obter vantagens' de Kassab na condição de prefeito de São Paulo e, depois, de Ministro das Cidades do Governo Dilma Rousseff.

Benedicto Júnior, o BJ, relatou que os valores foram solicitados diretamente por Kassab. Em 2008, afirmou o executivo, ele teria sido convidado para um café com Kassab, na casa do ministro, 'oportunidade em que lhe foi solicitado o valor aproximado de R$ 3,4 milhões a pretexto de contribuição para campanha'. O delator declarou que os valores foram pagos de maneira ilícita, sem registro eleitoral, com ciência pessoal de Kassab, entre janeiro e junho de 2008.

Em 2013, ao criar o PSD, Gilberto Kassab pediu, segundo o executivo da Odebrecht, 'repasses financeiros mais urna vez a pretexto das campanhas de 2014 e para a criação do novo partido'. Aproximadamente, R$ 17,9 milhões, entre novembro de 2013 e setembro de 2014, foram pagos 'de maneira ilícita, sem registros oficiais'.

BJ e Paulo Cesena relataram que esses últimos valores foram alocados, 'para efeitos gerenciais', na Odebrecht Transport, que mantinha contratos com a prefeitura de São Paulo em temas relacionados à mobilidade urbana. Segundo Paulo Cesena, , com a ida de Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades, em 2015, a Odebrecht foi beneficiada diretamente por intervenções políticas da Pasta.

O delator citou como exemplo as "debentures de infraestrutura", relacionadas à linha 6, solicitação feita perante o Ministério das Cidades. Houve também, ainda segundo Paulo Cesena, um pedido de crédito no programa Pró-Transporte, que foi deferido.

COM A PALAVRA, GILBERTO KASSAB

As apurações em andamento sobre campanhas eleitorais e partidos políticos são importantes para o país e devem continuar, como determina a legislação.

Sobre o ano de 2008 o próprio depoente Benedicto Júnior, ao fazer afirmações que serão devidamente investigadas, afirmou que não houve contrapartidas em obras no município.

Em 2013 o PSD já estava consolidado e não havia portanto necessidade de apoio "para a criação de novo partido". Não havia à época também sequer perspectiva de que Kassab assumisse o Ministério das Cidades.

Sobre os projetos citados no depoimento de Cesena, a empresa não conseguiu, como afirma o próprio depoente, realizar a emissão das debêntures ou finalizar a aprovação do financiamento com aval de diferentes órgãos federais. As atribuições do Ministério das Cidades para o enquadramento das debêntures, que seriam etapa inicial nos projetos, ou a avaliação de linhas de financiamento citadas, que foram analisadas exclusivamente a partir de critérios técnicos no ano de 2015, são apenas uma etapa do processo para obtenção dessas operações financeiras, usadas para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional.

Gilberto Kassab. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

A Operação Lava Jato vai passar um pente fino nas obras da Odebrecht contratadas pela Prefeitura de São Paulo e custeadas com recursos do Ministério das Cidades, durante a gestão de Gilberto Kassab (2006-2012), hoje ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (PSD-SP). Ao pedir ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inquérito contra Kassab, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ainda um levantamento de todas as doações eleitorais feitas, entre 2008 e 2014 pela empreiteira, ou por qualquer sociedade empresária do seu grupo econômico, em favor do ministro ou de seus partidos.

Ao mandar abrir inquérito para investigar Kassab, em 4 de abril, o ministro Fachin autorizou os pedidos da Procuradoria-Geral da República. Fachin deu 30 dias para a Polícia Federal analisar os dados.

Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto Júnior e Paulo Cesena, da Odebrecht. Segundo os delatores, entre 2008 e 2014, houve pagamentos de vantagens indevidas para o ministro do Governo Michel Temer, em montante superior a R$ 20 milhões. Os repasses teriam como objetivo 'obter vantagens' de Kassab na condição de prefeito de São Paulo e, depois, de Ministro das Cidades do Governo Dilma Rousseff.

Benedicto Júnior, o BJ, relatou que os valores foram solicitados diretamente por Kassab. Em 2008, afirmou o executivo, ele teria sido convidado para um café com Kassab, na casa do ministro, 'oportunidade em que lhe foi solicitado o valor aproximado de R$ 3,4 milhões a pretexto de contribuição para campanha'. O delator declarou que os valores foram pagos de maneira ilícita, sem registro eleitoral, com ciência pessoal de Kassab, entre janeiro e junho de 2008.

Em 2013, ao criar o PSD, Gilberto Kassab pediu, segundo o executivo da Odebrecht, 'repasses financeiros mais urna vez a pretexto das campanhas de 2014 e para a criação do novo partido'. Aproximadamente, R$ 17,9 milhões, entre novembro de 2013 e setembro de 2014, foram pagos 'de maneira ilícita, sem registros oficiais'.

BJ e Paulo Cesena relataram que esses últimos valores foram alocados, 'para efeitos gerenciais', na Odebrecht Transport, que mantinha contratos com a prefeitura de São Paulo em temas relacionados à mobilidade urbana. Segundo Paulo Cesena, , com a ida de Gilberto Kassab para o Ministério das Cidades, em 2015, a Odebrecht foi beneficiada diretamente por intervenções políticas da Pasta.

O delator citou como exemplo as "debentures de infraestrutura", relacionadas à linha 6, solicitação feita perante o Ministério das Cidades. Houve também, ainda segundo Paulo Cesena, um pedido de crédito no programa Pró-Transporte, que foi deferido.

COM A PALAVRA, GILBERTO KASSAB

As apurações em andamento sobre campanhas eleitorais e partidos políticos são importantes para o país e devem continuar, como determina a legislação.

Sobre o ano de 2008 o próprio depoente Benedicto Júnior, ao fazer afirmações que serão devidamente investigadas, afirmou que não houve contrapartidas em obras no município.

Em 2013 o PSD já estava consolidado e não havia portanto necessidade de apoio "para a criação de novo partido". Não havia à época também sequer perspectiva de que Kassab assumisse o Ministério das Cidades.

Sobre os projetos citados no depoimento de Cesena, a empresa não conseguiu, como afirma o próprio depoente, realizar a emissão das debêntures ou finalizar a aprovação do financiamento com aval de diferentes órgãos federais. As atribuições do Ministério das Cidades para o enquadramento das debêntures, que seriam etapa inicial nos projetos, ou a avaliação de linhas de financiamento citadas, que foram analisadas exclusivamente a partir de critérios técnicos no ano de 2015, são apenas uma etapa do processo para obtenção dessas operações financeiras, usadas para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional.

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