Por 6 votos a 5, ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram nesta quinta-feira, 14, que a Justiça Eleitoral é competente para julgar casos de crimes comuns conexos com eleitorais. A decisão representa dura derrota para a Lava Jato, que defende enfaticamente a separação das investigações, na prática, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a tutela da Justiça comum e caixa dois na Justiça Eleitoral.
O ministro Dias Toffoli se uniu ao relator Marco Aurélio Mello e também aos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, decano da Corte. Foram vencidos os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Luiz Fux, que votaram na linha defendida pelos procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, ou seja, pela separação das investigações.