O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou que as dificuldades apontadas pela Polícia Federal para o comparecimento de Luiz Inácio Lula da Silva no velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, não podem impedir o direito do ex-presidente - condenado e preso pela Lava Jato em Curitiba - de se encontrar com seus familiares.
Toffoli autorizou que Lula deixa a superintendência da Polícia Federal em Curitiba e se encontre com a família em uma unidade militar na região do ABC paulista. O ministro autorizou inclusive que o corpo de Vavá fosse levado ao local.
O irmão de Lula morreu nesta terça, 29 e foi sepultado por volta das 13 horas de hoje. Por conta disso, Lula decidiu não ir à São Bernardo do Campo para se encontrar com familiares. A informação foi divulgada pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
"O presidente Lula gostaria de participar do enterro e se despedir do seu querido irmão. É claro que ele também quer se encontrar com a família, mas para isso vai ter outra oportunidade", disse Okamotto.
"Por essas razões, concedo ordem de habeas corpus de ofício para, na forma da lei, assegurar, ao requerente Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo do de cujos ser levado à referida unidade militar, a critério da família", decidiu Toffoli.
Na sentença, o presidente do Supremo vetou o uso de celulares e outros meios de comunicação, além de proibir a presença da imprensa e de declarações públicas.
Leia abaixo a íntegra da decisão:
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ENCONTRO NO QUARTEL