O juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão de mais duas pessoas suspeitas de corrupção na Petrobrás, na 30ª fase da Operação Lava Jato, chamada Operação Vício, deflagrada na manhã desta terça-feira. Os alvos são as empresas fornecedoras de tubos para a estatal, Apolo Tubulars e Confab, o escritório de advocacia Rocha Maia que teria sido usado para o repasse de dinheiro, dois funcionários da Petrobrás e operadores financeiros. Os negócios de R$ 5 bilhões com a petrolífera teriam gerado pelo menos R$ 40 milhões em propinas.
No total foram expedidos dois mandados de prisão preventiva contra os empresários Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique Macedo, sócios da construtora de fachada usada para repassar propinas, Credencial Construtora e Empreendimentos, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão. Aos investigados estão sendo atribuídos, dentre outros, crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações identificaram que a Credencial foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina a José Dirceu e seu irmão, além do ex-diretor Renato Duque, mediante a celebração de contratos ideologicamente falsos. Os fatos foram apontados inicialmente por delatores que também pagaram propina à Diretoria de Serviços da Petrobrás por meio da Credencial.