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Lula diz à PF que nunca pediu dinheiro para seu Instituto e responsabiliza Okamotto


Evasivo, ex-presidente afirmou aos delegados da Lava Jato que 'acha' que o presidente da entidade que leva seu nome poderia pedir recursos para os projetos desenvolvidos por eles

Por Mateus Coutinho, Ricardo Brandt, Julia Affonso e enviado especial a Curitiba
Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em seu depoimento prestado para a Polícia Federal na Lava Jato no dia 4 de março, quando foi levado coercitivamente para depor por determinação do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que nunca procurou empresas para pedir dinheiro para os projetos da entidade.

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"Não, porque não faz parte da minha vida política, ou seja, eu desde que estava no sindicato eu tomei uma decisão: eu não posso pedir nada a ninguém porque eu ficaria vulnerável diante das pessoas", afirmou o petista, investigado na Lava Jato por suspeita de ter utilizado sua entidade e suas palestras para receber propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobrás.

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Evasivo, o ex-presidente atribuiu a Paulo Okamotto, presidente do instituto, e aos quatro diretores - Clara Ant, Celso Marcondes, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci - da entidade a responsabilidade por pedir recursos e cuidar dos projetos do Instituto Lula. Ele afirmou ainda que "não gosta" de participar das reuniões da diretoria de sua entidade "porque eu trabalho com a ideia que os diretores têm que ter muita autonomia com relação a mim", afirmou o petista.

 

A movimentação financeira do Instituto Lula e da empresa de palestras do ex-presidentes LILS é uma das frentes de investigação da Lava Jato contra Lula. Segundo a força-tarefa, a maior parte do dinheiro que entrou no Instituto Lula e na LILS Palestras, entre 2011 a 2014, saiu de empresas do esquema Petrobrás: Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e UTC. Os investigadores apuram se teria havido repasses de propinas do esquema de corrupção por meio destes pagamentos.

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Os investigadores informaram que no instituto, as empreiteiras foram responsáveis pelo ingresso de R$ 20,7 milhões de um total de R$ 35 milhões contabilizados. Na LILS, foram R$ 10 milhões.

 

Questionado sobre quem tem a função de pedir recursos para os projetos da entidade, o ex-presidente citou a direção. Os delegados da Polícia Federal, então, perguntaram quem era a pessoa específica responsável por pedir as doações. "Deve ser o tesoureiro e o diretor financeiro do instituto", respondeu o petista.

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"Quem são?", indagou o delegado

"Hoje eu acho que é o Celso Marcondes, mas isso funciona como qualquer instituto, do Fernando Henrique Cardoso, do Sarney, do Bill Gates, do Bill Clinton, do Kofi Annan", respondeu Lula, que afirmou ainda que a entidade não tinha diretor financeiro nos últimos oito anos.

Os delegados insistem no assunto e chegam a perguntar mais alguma pessoa no Instituto pedia recursos.

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"Deve ter mais gente que pedia, aí teria que perguntar pra quem conhece", respondeu o ex-presidente. O delegado, mais na frente do depoimento, questiona então quem seriam os diretores financeiros.

"O Paulo Okamotto, pode perguntar para o Paulo quem é que pedia", disse o petista. Sem dar uma resposta objetiva, o ex-presidente afirmou ainda que "acha" que Okamotto pode pedir doações para a entidade e, ao ser questionado se já ouviu Okamotto comemorar ou mesmo noticiar o recebimento de doação para o Instituto, Lula disse apenas "não".

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VEJA O QUE DIZ O EX-PRESIDENTE SOBRE O REPASSE DAS EMPREITEIRAS PARA O INSTITUTO:

 
 
 
 
Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em seu depoimento prestado para a Polícia Federal na Lava Jato no dia 4 de março, quando foi levado coercitivamente para depor por determinação do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que nunca procurou empresas para pedir dinheiro para os projetos da entidade.

"Não, porque não faz parte da minha vida política, ou seja, eu desde que estava no sindicato eu tomei uma decisão: eu não posso pedir nada a ninguém porque eu ficaria vulnerável diante das pessoas", afirmou o petista, investigado na Lava Jato por suspeita de ter utilizado sua entidade e suas palestras para receber propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobrás.

Evasivo, o ex-presidente atribuiu a Paulo Okamotto, presidente do instituto, e aos quatro diretores - Clara Ant, Celso Marcondes, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci - da entidade a responsabilidade por pedir recursos e cuidar dos projetos do Instituto Lula. Ele afirmou ainda que "não gosta" de participar das reuniões da diretoria de sua entidade "porque eu trabalho com a ideia que os diretores têm que ter muita autonomia com relação a mim", afirmou o petista.

 

A movimentação financeira do Instituto Lula e da empresa de palestras do ex-presidentes LILS é uma das frentes de investigação da Lava Jato contra Lula. Segundo a força-tarefa, a maior parte do dinheiro que entrou no Instituto Lula e na LILS Palestras, entre 2011 a 2014, saiu de empresas do esquema Petrobrás: Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e UTC. Os investigadores apuram se teria havido repasses de propinas do esquema de corrupção por meio destes pagamentos.

Os investigadores informaram que no instituto, as empreiteiras foram responsáveis pelo ingresso de R$ 20,7 milhões de um total de R$ 35 milhões contabilizados. Na LILS, foram R$ 10 milhões.

 

Questionado sobre quem tem a função de pedir recursos para os projetos da entidade, o ex-presidente citou a direção. Os delegados da Polícia Federal, então, perguntaram quem era a pessoa específica responsável por pedir as doações. "Deve ser o tesoureiro e o diretor financeiro do instituto", respondeu o petista.

"Quem são?", indagou o delegado

"Hoje eu acho que é o Celso Marcondes, mas isso funciona como qualquer instituto, do Fernando Henrique Cardoso, do Sarney, do Bill Gates, do Bill Clinton, do Kofi Annan", respondeu Lula, que afirmou ainda que a entidade não tinha diretor financeiro nos últimos oito anos.

Os delegados insistem no assunto e chegam a perguntar mais alguma pessoa no Instituto pedia recursos.

 

"Deve ter mais gente que pedia, aí teria que perguntar pra quem conhece", respondeu o ex-presidente. O delegado, mais na frente do depoimento, questiona então quem seriam os diretores financeiros.

"O Paulo Okamotto, pode perguntar para o Paulo quem é que pedia", disse o petista. Sem dar uma resposta objetiva, o ex-presidente afirmou ainda que "acha" que Okamotto pode pedir doações para a entidade e, ao ser questionado se já ouviu Okamotto comemorar ou mesmo noticiar o recebimento de doação para o Instituto, Lula disse apenas "não".

VEJA O QUE DIZ O EX-PRESIDENTE SOBRE O REPASSE DAS EMPREITEIRAS PARA O INSTITUTO:

 
 
 
 
Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em seu depoimento prestado para a Polícia Federal na Lava Jato no dia 4 de março, quando foi levado coercitivamente para depor por determinação do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que nunca procurou empresas para pedir dinheiro para os projetos da entidade.

"Não, porque não faz parte da minha vida política, ou seja, eu desde que estava no sindicato eu tomei uma decisão: eu não posso pedir nada a ninguém porque eu ficaria vulnerável diante das pessoas", afirmou o petista, investigado na Lava Jato por suspeita de ter utilizado sua entidade e suas palestras para receber propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobrás.

Evasivo, o ex-presidente atribuiu a Paulo Okamotto, presidente do instituto, e aos quatro diretores - Clara Ant, Celso Marcondes, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci - da entidade a responsabilidade por pedir recursos e cuidar dos projetos do Instituto Lula. Ele afirmou ainda que "não gosta" de participar das reuniões da diretoria de sua entidade "porque eu trabalho com a ideia que os diretores têm que ter muita autonomia com relação a mim", afirmou o petista.

 

A movimentação financeira do Instituto Lula e da empresa de palestras do ex-presidentes LILS é uma das frentes de investigação da Lava Jato contra Lula. Segundo a força-tarefa, a maior parte do dinheiro que entrou no Instituto Lula e na LILS Palestras, entre 2011 a 2014, saiu de empresas do esquema Petrobrás: Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e UTC. Os investigadores apuram se teria havido repasses de propinas do esquema de corrupção por meio destes pagamentos.

Os investigadores informaram que no instituto, as empreiteiras foram responsáveis pelo ingresso de R$ 20,7 milhões de um total de R$ 35 milhões contabilizados. Na LILS, foram R$ 10 milhões.

 

Questionado sobre quem tem a função de pedir recursos para os projetos da entidade, o ex-presidente citou a direção. Os delegados da Polícia Federal, então, perguntaram quem era a pessoa específica responsável por pedir as doações. "Deve ser o tesoureiro e o diretor financeiro do instituto", respondeu o petista.

"Quem são?", indagou o delegado

"Hoje eu acho que é o Celso Marcondes, mas isso funciona como qualquer instituto, do Fernando Henrique Cardoso, do Sarney, do Bill Gates, do Bill Clinton, do Kofi Annan", respondeu Lula, que afirmou ainda que a entidade não tinha diretor financeiro nos últimos oito anos.

Os delegados insistem no assunto e chegam a perguntar mais alguma pessoa no Instituto pedia recursos.

 

"Deve ter mais gente que pedia, aí teria que perguntar pra quem conhece", respondeu o ex-presidente. O delegado, mais na frente do depoimento, questiona então quem seriam os diretores financeiros.

"O Paulo Okamotto, pode perguntar para o Paulo quem é que pedia", disse o petista. Sem dar uma resposta objetiva, o ex-presidente afirmou ainda que "acha" que Okamotto pode pedir doações para a entidade e, ao ser questionado se já ouviu Okamotto comemorar ou mesmo noticiar o recebimento de doação para o Instituto, Lula disse apenas "não".

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