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Marcelo Bretas vira ‘influencer’ e grava vídeos sobre Direito, religião e autoajuda


Juiz da Lava Jato Rio, afastado por determinação do Conselho Nacional de Justiça, tem usado com frequência as redes sociais, com mais de 500 mil seguidores

Por Rayssa Motta
Atualização:
Juiz Marcelo Bretas foi afastado pelo CNJ em fevereiro  

Afastado por tempo indeterminado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, virou uma espécie de influenciador nas redes sociais.

O magistrado, que um dia fora responsável pelos processos da Lava Jato fluminense, começou a postar com mais frequência justamente após o afastamento. Ele ganhou notoriedade após decretar a prisão do ex-governador Sérgio Cabral.

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Bretas vem gravando e compartilhado vídeos no Twitter e no Instagram. Também mantém perfis no Facebook e no YouTube, menos ativos. São mais de 500 mil seguidores nas redes sociais.

Os temas das publicações são variados – passam pelo Direito, parábolas bíblicas e mais recentemente autoajuda. Os vídeos são produzidos: geralmente gravados no mesmo cenário, um estúdio, com legendas e efeitos sonoros.

Em uma das gravações, o juiz rememora o acidente de carro que sofreu em setembro de 1993, quando tinha 23 anos. Ele foi submetido a mais de dez cirurgias e ficou com sequelas – parte do rosto ficou paralisada.

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“Como você se porta diante de uma adversidade da vida: você supera ou você se entrega?”, questiona antes de começar a falar sobre o episódio. “Nós temos que enfrentar os desafios, sejam medos, seja a vergonha, seja qualquer dificuldade para enfrentar o que a vida apresentar.”

Evangélico por influência dos pais, Bretas também fala com frequência sobre passagens da Bíblia. Um dos vídeos é sobre como a ‘mulher sábia edifica o seu lar’. O juiz conta como a mulher, a também juíza federal Simone Bretas, na época sua colega de faculdade, abriu mão de fazer concurso público e decidiu entrar em um curso para ‘colher mais material’ e ‘abastecer’ o marido.

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“Para que eu pudesse ter um desempenho logo, ter sucesso, passasse logo na carreira. Em seguida, ela viria”, relembra o juiz. “Que exemplo de mulher sábia aos olhos de Deus.”

Os vídeos têm um certo padrão: Bretas geralmente escolhe um tema e usa algum acontecimento da própria vida para ilustrar seu ponto, em poucos minutos. Um deles é sobre a relação com os pais. O juiz conta como teve uma criação rígida e foi proibido de usar bermuda quando era adolescente, mas nunca deixou de ‘honrar’ os pais, porque tinha consciência de eles queriam o melhor para o filho.

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“A Bíblia nos diz, nos dá um mandamento, com uma promessa: ‘honra teu pai e tua mãe, para que tenha uma vida longa e próspera’. Nem sempre a gente está de acordo com alguma ordem, com algum aconselhamento, mas de forma alguma nós devemos desprezar a experiência de quem é responsável pela nossa criação”, defende.

O juiz também escolher falar sobre ‘honestidade’. Bretas defende no vídeo que a Bíblia é o ‘mais importante repositório de princípios éticos’ da história.

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“As relações estão mais deterioradas nos dias atuais. Ser uma pessoa honesta significa não compactuar a mentira, com todo tipo de ardil, fraude”, afirma. “A ética cristã valoriza muito a honestidade.”

Há também gravações sobre o processo penal, direito ao silêncio, liberdade de expressão e PL das Fake News.

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Bretas conduziu a Lava Jato no Rio com rigor e dedicação. Sua caneta alcançou empresários, doleiros e políticos de grande influência. Acabou virando alvo de desafetos e afastado cautelarmente pelo CNJ em meio à atuação contra a corrupção e notórios esquemas de lavagem de dinheiro.

O juiz deve ficar afastado até a conclusão de três processos administrativos abertos no Conselho Nacional de Justiça, o que não tem prazo definido para ocorrer. Ele nega irregularidades.

Bretas foi acusado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de negociar penas, orientar advogados, pressionar investigados e combinar estratégias com o Ministério Público Federal (MPF) em acordos de colaboração premiada. A representação da OAB teve como base denúncias do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho.

Outra reclamação foi apresentada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que acusa o juiz de usar o cargo para tentar prejudicá-lo na campanha eleitoral de 2018. Trechos de uma delação premiada que atingiam o então candidato a governador foram vazados. Paes acabou derrotado no segundo turno pelo ex-juiz Wilson Witzel, que não chegou a terminar o mandato e foi cassado em meio a denúncias de corrupção.

A terceira reclamação partiu do corregedor do CNJ, ministro Luis Felipe Salomão, após uma fiscalização extraordinária apontar ‘deficiências graves’ dos serviços judiciais e auxiliares na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio.

Juiz Marcelo Bretas foi afastado pelo CNJ em fevereiro  

Afastado por tempo indeterminado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, virou uma espécie de influenciador nas redes sociais.

O magistrado, que um dia fora responsável pelos processos da Lava Jato fluminense, começou a postar com mais frequência justamente após o afastamento. Ele ganhou notoriedade após decretar a prisão do ex-governador Sérgio Cabral.

Bretas vem gravando e compartilhado vídeos no Twitter e no Instagram. Também mantém perfis no Facebook e no YouTube, menos ativos. São mais de 500 mil seguidores nas redes sociais.

Os temas das publicações são variados – passam pelo Direito, parábolas bíblicas e mais recentemente autoajuda. Os vídeos são produzidos: geralmente gravados no mesmo cenário, um estúdio, com legendas e efeitos sonoros.

Em uma das gravações, o juiz rememora o acidente de carro que sofreu em setembro de 1993, quando tinha 23 anos. Ele foi submetido a mais de dez cirurgias e ficou com sequelas – parte do rosto ficou paralisada.

“Como você se porta diante de uma adversidade da vida: você supera ou você se entrega?”, questiona antes de começar a falar sobre o episódio. “Nós temos que enfrentar os desafios, sejam medos, seja a vergonha, seja qualquer dificuldade para enfrentar o que a vida apresentar.”

Evangélico por influência dos pais, Bretas também fala com frequência sobre passagens da Bíblia. Um dos vídeos é sobre como a ‘mulher sábia edifica o seu lar’. O juiz conta como a mulher, a também juíza federal Simone Bretas, na época sua colega de faculdade, abriu mão de fazer concurso público e decidiu entrar em um curso para ‘colher mais material’ e ‘abastecer’ o marido.

“Para que eu pudesse ter um desempenho logo, ter sucesso, passasse logo na carreira. Em seguida, ela viria”, relembra o juiz. “Que exemplo de mulher sábia aos olhos de Deus.”

Os vídeos têm um certo padrão: Bretas geralmente escolhe um tema e usa algum acontecimento da própria vida para ilustrar seu ponto, em poucos minutos. Um deles é sobre a relação com os pais. O juiz conta como teve uma criação rígida e foi proibido de usar bermuda quando era adolescente, mas nunca deixou de ‘honrar’ os pais, porque tinha consciência de eles queriam o melhor para o filho.

“A Bíblia nos diz, nos dá um mandamento, com uma promessa: ‘honra teu pai e tua mãe, para que tenha uma vida longa e próspera’. Nem sempre a gente está de acordo com alguma ordem, com algum aconselhamento, mas de forma alguma nós devemos desprezar a experiência de quem é responsável pela nossa criação”, defende.

O juiz também escolher falar sobre ‘honestidade’. Bretas defende no vídeo que a Bíblia é o ‘mais importante repositório de princípios éticos’ da história.

“As relações estão mais deterioradas nos dias atuais. Ser uma pessoa honesta significa não compactuar a mentira, com todo tipo de ardil, fraude”, afirma. “A ética cristã valoriza muito a honestidade.”

Há também gravações sobre o processo penal, direito ao silêncio, liberdade de expressão e PL das Fake News.

Bretas conduziu a Lava Jato no Rio com rigor e dedicação. Sua caneta alcançou empresários, doleiros e políticos de grande influência. Acabou virando alvo de desafetos e afastado cautelarmente pelo CNJ em meio à atuação contra a corrupção e notórios esquemas de lavagem de dinheiro.

O juiz deve ficar afastado até a conclusão de três processos administrativos abertos no Conselho Nacional de Justiça, o que não tem prazo definido para ocorrer. Ele nega irregularidades.

Bretas foi acusado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de negociar penas, orientar advogados, pressionar investigados e combinar estratégias com o Ministério Público Federal (MPF) em acordos de colaboração premiada. A representação da OAB teve como base denúncias do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho.

Outra reclamação foi apresentada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que acusa o juiz de usar o cargo para tentar prejudicá-lo na campanha eleitoral de 2018. Trechos de uma delação premiada que atingiam o então candidato a governador foram vazados. Paes acabou derrotado no segundo turno pelo ex-juiz Wilson Witzel, que não chegou a terminar o mandato e foi cassado em meio a denúncias de corrupção.

A terceira reclamação partiu do corregedor do CNJ, ministro Luis Felipe Salomão, após uma fiscalização extraordinária apontar ‘deficiências graves’ dos serviços judiciais e auxiliares na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio.

Juiz Marcelo Bretas foi afastado pelo CNJ em fevereiro  

Afastado por tempo indeterminado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, virou uma espécie de influenciador nas redes sociais.

O magistrado, que um dia fora responsável pelos processos da Lava Jato fluminense, começou a postar com mais frequência justamente após o afastamento. Ele ganhou notoriedade após decretar a prisão do ex-governador Sérgio Cabral.

Bretas vem gravando e compartilhado vídeos no Twitter e no Instagram. Também mantém perfis no Facebook e no YouTube, menos ativos. São mais de 500 mil seguidores nas redes sociais.

Os temas das publicações são variados – passam pelo Direito, parábolas bíblicas e mais recentemente autoajuda. Os vídeos são produzidos: geralmente gravados no mesmo cenário, um estúdio, com legendas e efeitos sonoros.

Em uma das gravações, o juiz rememora o acidente de carro que sofreu em setembro de 1993, quando tinha 23 anos. Ele foi submetido a mais de dez cirurgias e ficou com sequelas – parte do rosto ficou paralisada.

“Como você se porta diante de uma adversidade da vida: você supera ou você se entrega?”, questiona antes de começar a falar sobre o episódio. “Nós temos que enfrentar os desafios, sejam medos, seja a vergonha, seja qualquer dificuldade para enfrentar o que a vida apresentar.”

Evangélico por influência dos pais, Bretas também fala com frequência sobre passagens da Bíblia. Um dos vídeos é sobre como a ‘mulher sábia edifica o seu lar’. O juiz conta como a mulher, a também juíza federal Simone Bretas, na época sua colega de faculdade, abriu mão de fazer concurso público e decidiu entrar em um curso para ‘colher mais material’ e ‘abastecer’ o marido.

“Para que eu pudesse ter um desempenho logo, ter sucesso, passasse logo na carreira. Em seguida, ela viria”, relembra o juiz. “Que exemplo de mulher sábia aos olhos de Deus.”

Os vídeos têm um certo padrão: Bretas geralmente escolhe um tema e usa algum acontecimento da própria vida para ilustrar seu ponto, em poucos minutos. Um deles é sobre a relação com os pais. O juiz conta como teve uma criação rígida e foi proibido de usar bermuda quando era adolescente, mas nunca deixou de ‘honrar’ os pais, porque tinha consciência de eles queriam o melhor para o filho.

“A Bíblia nos diz, nos dá um mandamento, com uma promessa: ‘honra teu pai e tua mãe, para que tenha uma vida longa e próspera’. Nem sempre a gente está de acordo com alguma ordem, com algum aconselhamento, mas de forma alguma nós devemos desprezar a experiência de quem é responsável pela nossa criação”, defende.

O juiz também escolher falar sobre ‘honestidade’. Bretas defende no vídeo que a Bíblia é o ‘mais importante repositório de princípios éticos’ da história.

“As relações estão mais deterioradas nos dias atuais. Ser uma pessoa honesta significa não compactuar a mentira, com todo tipo de ardil, fraude”, afirma. “A ética cristã valoriza muito a honestidade.”

Há também gravações sobre o processo penal, direito ao silêncio, liberdade de expressão e PL das Fake News.

Bretas conduziu a Lava Jato no Rio com rigor e dedicação. Sua caneta alcançou empresários, doleiros e políticos de grande influência. Acabou virando alvo de desafetos e afastado cautelarmente pelo CNJ em meio à atuação contra a corrupção e notórios esquemas de lavagem de dinheiro.

O juiz deve ficar afastado até a conclusão de três processos administrativos abertos no Conselho Nacional de Justiça, o que não tem prazo definido para ocorrer. Ele nega irregularidades.

Bretas foi acusado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de negociar penas, orientar advogados, pressionar investigados e combinar estratégias com o Ministério Público Federal (MPF) em acordos de colaboração premiada. A representação da OAB teve como base denúncias do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho.

Outra reclamação foi apresentada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que acusa o juiz de usar o cargo para tentar prejudicá-lo na campanha eleitoral de 2018. Trechos de uma delação premiada que atingiam o então candidato a governador foram vazados. Paes acabou derrotado no segundo turno pelo ex-juiz Wilson Witzel, que não chegou a terminar o mandato e foi cassado em meio a denúncias de corrupção.

A terceira reclamação partiu do corregedor do CNJ, ministro Luis Felipe Salomão, após uma fiscalização extraordinária apontar ‘deficiências graves’ dos serviços judiciais e auxiliares na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio.

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