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‘Tudo será prestado contas aos doadores’: leia mensagens que revelam organização de atos golpistas em Brasília


Mensagem identificada pela AGU, enviada em um canal do Telegram na manhã do dia dos atos violentos, registrou: ‘O povo lá tá bem organizado e saberá agir! Não vão invadir nada a não ser na hora certa de comer bolo da festa da Selma’

Por Pepita Ortega
Atualização:
Grupos radicais invadem Congresso, Supremo e Planalto. Foto: ANDRÉ BORGES/ESTADÃO

A Advocacia-Geral da União remeteu ao Supremo Tribunal parte das mensagens identificadas nas redes sociais, em especial no Telegram, convocando bolsonaristas para os atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes no domingo, 8. Um dos comunicados, divulgado em chat com nome ‘Região Norte’, registra: “Quem quiser ajudar a custear a ida dos patriotas de Belém até Brasília, me procure no privado. Tudo será prestado contas aos doadores ao retornarmos depois da festa Selma”.

As informações foram remetidas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes em anexo ao pedido para que sejam adotadas, imediatamente, medidas para impedir novas ameaças de golpe. A Advocacia-Geral da União indicou a convocação, por grupos extremistas, de uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder" para esta quarta-feira, 11, em todo o País.

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LEIA AS MENSAGENS IDENTIFICADAS PELA AGU

As mensagens identificadas pela AGU mostram a organização antes dos bolsonaristas antes dos atos de violência registrados domingo. Os textos usam um código para se referir aos atos golpistas: 'festa da Selma'. Outro termo que aparece nas mensagens é 'picnic'.

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"ATENÇÃO. Nos QGs de Brasília é apenas para hospedagem e concentração dos convidados que estão chegando. Lá que vai ser combinado: o horário e a data para a festa da Selma. Lembram da Selma né? A Festa não é no QG", diz mensagem enviada em grupo bolsonarista na véspera do quebra-quebra em Brasília.

Os informes citados pela AGU foram enviados em canais bolsonaristas entre a noite do dia 4 e o final da tarde de domingo, 8, quando os golpistas já haviam deixado o rastro de destruição em Brasília. Parte dos textos foram apagadas antes de a Advocacia-Geral da União elaborar o relatório enviado ao Supremo.

Uma das mensagens, enviada no dia 5 em grupo chamado 'Artigo 1° da Constituição Federal de 1988', compartilha o link de uma transmissão ao vivo realizada no Instagram com 'informações sobre a Selma'. Outros comunicados que também circularam antes do final de semana registram: "Recomendações para que a festa da Selma seja um sucesso. Anota aí!".

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Na manhã do dia dos atos violentos, um usuário do grupo Visão Dextra enviou a mensagem: "O povo lá tá bem organizado e saberá agir! Não vão invadir nada a não ser na hora certa de comer bolo da festa da Selma".

Em paralelo, no char 'One Tower', outro texto registrava: "Pessoal estou vendo um desespero em relação ao pessoal que está lá em Brasília no QG. Gente calma, eles que estão lá já montaram estratégia para a festa da Selma, eles sabem o que estão fazendo, está chegando muitos ônibus hj, vão formar o maior número de pessoas para irem todos juntos pra lá".

Outra mensagem que mostra a premeditação dos atos registrados no domingo, 8, diz: “Não é para permanecer no QG de Brasília. Precisam seguir o plano. Praça dos 3 poderes. Pelo amor de Deus”. Alguns dos textos listaram instruções para os golpistas e alertaram para a estratégia de ‘ser imprevisível’.

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 Foto: Estadão

Levantamento feito pelo Estadão com base em listas de passageiros, postagens em redes sociais e mais de 26 horas de vídeos postados no domingo, 8, indicou a participação de 88 pessoas nos atos criminosos que resultaram na invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Grupos radicais invadem Congresso, Supremo e Planalto. Foto: ANDRÉ BORGES/ESTADÃO

A Advocacia-Geral da União remeteu ao Supremo Tribunal parte das mensagens identificadas nas redes sociais, em especial no Telegram, convocando bolsonaristas para os atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes no domingo, 8. Um dos comunicados, divulgado em chat com nome ‘Região Norte’, registra: “Quem quiser ajudar a custear a ida dos patriotas de Belém até Brasília, me procure no privado. Tudo será prestado contas aos doadores ao retornarmos depois da festa Selma”.

As informações foram remetidas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes em anexo ao pedido para que sejam adotadas, imediatamente, medidas para impedir novas ameaças de golpe. A Advocacia-Geral da União indicou a convocação, por grupos extremistas, de uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder" para esta quarta-feira, 11, em todo o País.

LEIA AS MENSAGENS IDENTIFICADAS PELA AGU

As mensagens identificadas pela AGU mostram a organização antes dos bolsonaristas antes dos atos de violência registrados domingo. Os textos usam um código para se referir aos atos golpistas: 'festa da Selma'. Outro termo que aparece nas mensagens é 'picnic'.

"ATENÇÃO. Nos QGs de Brasília é apenas para hospedagem e concentração dos convidados que estão chegando. Lá que vai ser combinado: o horário e a data para a festa da Selma. Lembram da Selma né? A Festa não é no QG", diz mensagem enviada em grupo bolsonarista na véspera do quebra-quebra em Brasília.

Os informes citados pela AGU foram enviados em canais bolsonaristas entre a noite do dia 4 e o final da tarde de domingo, 8, quando os golpistas já haviam deixado o rastro de destruição em Brasília. Parte dos textos foram apagadas antes de a Advocacia-Geral da União elaborar o relatório enviado ao Supremo.

Uma das mensagens, enviada no dia 5 em grupo chamado 'Artigo 1° da Constituição Federal de 1988', compartilha o link de uma transmissão ao vivo realizada no Instagram com 'informações sobre a Selma'. Outros comunicados que também circularam antes do final de semana registram: "Recomendações para que a festa da Selma seja um sucesso. Anota aí!".

Na manhã do dia dos atos violentos, um usuário do grupo Visão Dextra enviou a mensagem: "O povo lá tá bem organizado e saberá agir! Não vão invadir nada a não ser na hora certa de comer bolo da festa da Selma".

Em paralelo, no char 'One Tower', outro texto registrava: "Pessoal estou vendo um desespero em relação ao pessoal que está lá em Brasília no QG. Gente calma, eles que estão lá já montaram estratégia para a festa da Selma, eles sabem o que estão fazendo, está chegando muitos ônibus hj, vão formar o maior número de pessoas para irem todos juntos pra lá".

Outra mensagem que mostra a premeditação dos atos registrados no domingo, 8, diz: “Não é para permanecer no QG de Brasília. Precisam seguir o plano. Praça dos 3 poderes. Pelo amor de Deus”. Alguns dos textos listaram instruções para os golpistas e alertaram para a estratégia de ‘ser imprevisível’.

 Foto: Estadão

Levantamento feito pelo Estadão com base em listas de passageiros, postagens em redes sociais e mais de 26 horas de vídeos postados no domingo, 8, indicou a participação de 88 pessoas nos atos criminosos que resultaram na invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Grupos radicais invadem Congresso, Supremo e Planalto. Foto: ANDRÉ BORGES/ESTADÃO

A Advocacia-Geral da União remeteu ao Supremo Tribunal parte das mensagens identificadas nas redes sociais, em especial no Telegram, convocando bolsonaristas para os atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes no domingo, 8. Um dos comunicados, divulgado em chat com nome ‘Região Norte’, registra: “Quem quiser ajudar a custear a ida dos patriotas de Belém até Brasília, me procure no privado. Tudo será prestado contas aos doadores ao retornarmos depois da festa Selma”.

As informações foram remetidas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes em anexo ao pedido para que sejam adotadas, imediatamente, medidas para impedir novas ameaças de golpe. A Advocacia-Geral da União indicou a convocação, por grupos extremistas, de uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder" para esta quarta-feira, 11, em todo o País.

LEIA AS MENSAGENS IDENTIFICADAS PELA AGU

As mensagens identificadas pela AGU mostram a organização antes dos bolsonaristas antes dos atos de violência registrados domingo. Os textos usam um código para se referir aos atos golpistas: 'festa da Selma'. Outro termo que aparece nas mensagens é 'picnic'.

"ATENÇÃO. Nos QGs de Brasília é apenas para hospedagem e concentração dos convidados que estão chegando. Lá que vai ser combinado: o horário e a data para a festa da Selma. Lembram da Selma né? A Festa não é no QG", diz mensagem enviada em grupo bolsonarista na véspera do quebra-quebra em Brasília.

Os informes citados pela AGU foram enviados em canais bolsonaristas entre a noite do dia 4 e o final da tarde de domingo, 8, quando os golpistas já haviam deixado o rastro de destruição em Brasília. Parte dos textos foram apagadas antes de a Advocacia-Geral da União elaborar o relatório enviado ao Supremo.

Uma das mensagens, enviada no dia 5 em grupo chamado 'Artigo 1° da Constituição Federal de 1988', compartilha o link de uma transmissão ao vivo realizada no Instagram com 'informações sobre a Selma'. Outros comunicados que também circularam antes do final de semana registram: "Recomendações para que a festa da Selma seja um sucesso. Anota aí!".

Na manhã do dia dos atos violentos, um usuário do grupo Visão Dextra enviou a mensagem: "O povo lá tá bem organizado e saberá agir! Não vão invadir nada a não ser na hora certa de comer bolo da festa da Selma".

Em paralelo, no char 'One Tower', outro texto registrava: "Pessoal estou vendo um desespero em relação ao pessoal que está lá em Brasília no QG. Gente calma, eles que estão lá já montaram estratégia para a festa da Selma, eles sabem o que estão fazendo, está chegando muitos ônibus hj, vão formar o maior número de pessoas para irem todos juntos pra lá".

Outra mensagem que mostra a premeditação dos atos registrados no domingo, 8, diz: “Não é para permanecer no QG de Brasília. Precisam seguir o plano. Praça dos 3 poderes. Pelo amor de Deus”. Alguns dos textos listaram instruções para os golpistas e alertaram para a estratégia de ‘ser imprevisível’.

 Foto: Estadão

Levantamento feito pelo Estadão com base em listas de passageiros, postagens em redes sociais e mais de 26 horas de vídeos postados no domingo, 8, indicou a participação de 88 pessoas nos atos criminosos que resultaram na invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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