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Moraes cita Polícia de SP e liga ‘possível origem criminosa de vazamento’ a inquérito das fake news


Celular de perito que trabalhava em órgão de enfrentamento à desinformação do TSE ficou retido em uma delegacia de São Paulo por seis dias; Inquérito aberto pelo ministro busca descobrir autoria do vazamento; Polícia Civil diz que instaurou procedimento investigativo na Corregedoria

Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:
Eduardo Tagliaferro e Alexandre de Moraes. Ministro quer apurar possível origem criminosa do vazamento. Foto: @edutagliaferro via Instagram

Ao determinar à Polícia Federal a abertura do inquérito sobre a divulgação de mensagens de seus auxiliares no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes citou expressamente a Polícia Civil de São Paulo e “possível origem criminosa do vazamento”.

Questionada pelo Estadão, a Polícia Civil indicou que no último dia 15, “após tomar conhecimento do fato”, instaurou um procedimento investigativo na Corregedoria.

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Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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Moraes aponta “notícias nas redes sociais” ligando o acesso às mensagens a um “possível vazamento de dados” no âmbito da Polícia envolvendo os diálogos do perito computacional Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral. O órgão é subordinado à Presidência do TSE que, à época, era exercida por Moraes.

O caso foi autuado por prevenção ao inquérito das fake news. O inquérito sobre o vazamento corre em sigilo.

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Tagliaferro depôs na manhã desta quinta-feira, 22, na superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo sobre o possível vazamento das informações de seu celular. O aparelho foi apreendido em 8 de maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante, sob acusação de violência doméstica - suspeito de ameaçar a mulher e dar um tiro dentro de sua casa -, o que levou à sua exoneração.

Seu celular ficou sob custódia da Delegacia Seccional da Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo durante seis dias. Consta no boletim de ocorrência que o aparelho foi lacrado, ou seja, teria ficado indevassável.

Tagliaferro nega veementemente ter divulgado as mensagens. A interlocutores, tem afirmado que não vazou os dados de seu próprio celular e que “jamais iria se expor e colocar sua vida sob risco”.

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Carla Zambelli

A Polícia Federal cita a deputada Carla Zambelli (PL) na portaria que abriu inquérito sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A citação à Zambelli - que é investigada em uma série de outras apurações no STF - é indireta. A parlamentar fez uma publicação no X no dia 9 de maio de 2023, dia seguinte à prisão de Tagliaferro.

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Na postagem, Zambelli escreveu que “o assessor de um homem poderoso no Brasil está na delegacia, porque tentou matar a esposa, dando vários tiros dentro de casa ontem à noite”. O “homem poderoso” a que ela se refere é Moraes.

O criminalista Daniel Bialski, que representa Zambelli, afirmou que a parlamentar “não tem acesso a Tagliaferro e não tem envolvimento nenhum com esse vazamento”. Segundo Bialski, a deputada não conhece o ex-assessor de Moraes.

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COM A PALAVRA, A DEPUTADA CARLA ZAMBELLI

Nego qualquer envolvimento com o vazamento de informações relacionadas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Reforço que não possuo nenhuma ligação com os envolvidos no caso e desconheço qualquer operação que tenha levado ao ocorrido.

Reafirmo meu compromisso com a transparência e a legalidade, lamentando que meu nome tenha sido mencionado sem qualquer fundamento nas investigações.

Já se somam 10 inquéritos contra mim, nenhum por corrupção, lavagem de dinheiro e afins. Todos por pura perseguição. São atos sistêmicos de violência com o objetivo de me excluir do espaço político, segundo a lei 14.192/21.

Aqueles que tentam me vincular, de forma leviana, com esse caso, estão agindo com o único intuito de me prejudicar e me expor, cometendo divulgação de informações falsas sem qualquer fundamento.

Tenho mantido o foco exclusivamente em minha função parlamentar, abstendo-me de envolvimento com polêmicas e fatos sem relação com o meu mandato, principalmente aqueles que são de responsabilidade do Senado.

Eduardo Tagliaferro e Alexandre de Moraes. Ministro quer apurar possível origem criminosa do vazamento. Foto: @edutagliaferro via Instagram

Ao determinar à Polícia Federal a abertura do inquérito sobre a divulgação de mensagens de seus auxiliares no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes citou expressamente a Polícia Civil de São Paulo e “possível origem criminosa do vazamento”.

Questionada pelo Estadão, a Polícia Civil indicou que no último dia 15, “após tomar conhecimento do fato”, instaurou um procedimento investigativo na Corregedoria.

Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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Moraes aponta “notícias nas redes sociais” ligando o acesso às mensagens a um “possível vazamento de dados” no âmbito da Polícia envolvendo os diálogos do perito computacional Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral. O órgão é subordinado à Presidência do TSE que, à época, era exercida por Moraes.

O caso foi autuado por prevenção ao inquérito das fake news. O inquérito sobre o vazamento corre em sigilo.

Tagliaferro depôs na manhã desta quinta-feira, 22, na superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo sobre o possível vazamento das informações de seu celular. O aparelho foi apreendido em 8 de maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante, sob acusação de violência doméstica - suspeito de ameaçar a mulher e dar um tiro dentro de sua casa -, o que levou à sua exoneração.

Seu celular ficou sob custódia da Delegacia Seccional da Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo durante seis dias. Consta no boletim de ocorrência que o aparelho foi lacrado, ou seja, teria ficado indevassável.

Tagliaferro nega veementemente ter divulgado as mensagens. A interlocutores, tem afirmado que não vazou os dados de seu próprio celular e que “jamais iria se expor e colocar sua vida sob risco”.

Carla Zambelli

A Polícia Federal cita a deputada Carla Zambelli (PL) na portaria que abriu inquérito sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A citação à Zambelli - que é investigada em uma série de outras apurações no STF - é indireta. A parlamentar fez uma publicação no X no dia 9 de maio de 2023, dia seguinte à prisão de Tagliaferro.

Na postagem, Zambelli escreveu que “o assessor de um homem poderoso no Brasil está na delegacia, porque tentou matar a esposa, dando vários tiros dentro de casa ontem à noite”. O “homem poderoso” a que ela se refere é Moraes.

O criminalista Daniel Bialski, que representa Zambelli, afirmou que a parlamentar “não tem acesso a Tagliaferro e não tem envolvimento nenhum com esse vazamento”. Segundo Bialski, a deputada não conhece o ex-assessor de Moraes.

COM A PALAVRA, A DEPUTADA CARLA ZAMBELLI

Nego qualquer envolvimento com o vazamento de informações relacionadas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Reforço que não possuo nenhuma ligação com os envolvidos no caso e desconheço qualquer operação que tenha levado ao ocorrido.

Reafirmo meu compromisso com a transparência e a legalidade, lamentando que meu nome tenha sido mencionado sem qualquer fundamento nas investigações.

Já se somam 10 inquéritos contra mim, nenhum por corrupção, lavagem de dinheiro e afins. Todos por pura perseguição. São atos sistêmicos de violência com o objetivo de me excluir do espaço político, segundo a lei 14.192/21.

Aqueles que tentam me vincular, de forma leviana, com esse caso, estão agindo com o único intuito de me prejudicar e me expor, cometendo divulgação de informações falsas sem qualquer fundamento.

Tenho mantido o foco exclusivamente em minha função parlamentar, abstendo-me de envolvimento com polêmicas e fatos sem relação com o meu mandato, principalmente aqueles que são de responsabilidade do Senado.

Eduardo Tagliaferro e Alexandre de Moraes. Ministro quer apurar possível origem criminosa do vazamento. Foto: @edutagliaferro via Instagram

Ao determinar à Polícia Federal a abertura do inquérito sobre a divulgação de mensagens de seus auxiliares no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes citou expressamente a Polícia Civil de São Paulo e “possível origem criminosa do vazamento”.

Questionada pelo Estadão, a Polícia Civil indicou que no último dia 15, “após tomar conhecimento do fato”, instaurou um procedimento investigativo na Corregedoria.

Ouça conversas entre o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira, e o perito Eduardo Tagliaferro:

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Moraes aponta “notícias nas redes sociais” ligando o acesso às mensagens a um “possível vazamento de dados” no âmbito da Polícia envolvendo os diálogos do perito computacional Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral. O órgão é subordinado à Presidência do TSE que, à época, era exercida por Moraes.

O caso foi autuado por prevenção ao inquérito das fake news. O inquérito sobre o vazamento corre em sigilo.

Tagliaferro depôs na manhã desta quinta-feira, 22, na superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo sobre o possível vazamento das informações de seu celular. O aparelho foi apreendido em 8 de maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante, sob acusação de violência doméstica - suspeito de ameaçar a mulher e dar um tiro dentro de sua casa -, o que levou à sua exoneração.

Seu celular ficou sob custódia da Delegacia Seccional da Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo durante seis dias. Consta no boletim de ocorrência que o aparelho foi lacrado, ou seja, teria ficado indevassável.

Tagliaferro nega veementemente ter divulgado as mensagens. A interlocutores, tem afirmado que não vazou os dados de seu próprio celular e que “jamais iria se expor e colocar sua vida sob risco”.

Carla Zambelli

A Polícia Federal cita a deputada Carla Zambelli (PL) na portaria que abriu inquérito sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A citação à Zambelli - que é investigada em uma série de outras apurações no STF - é indireta. A parlamentar fez uma publicação no X no dia 9 de maio de 2023, dia seguinte à prisão de Tagliaferro.

Na postagem, Zambelli escreveu que “o assessor de um homem poderoso no Brasil está na delegacia, porque tentou matar a esposa, dando vários tiros dentro de casa ontem à noite”. O “homem poderoso” a que ela se refere é Moraes.

O criminalista Daniel Bialski, que representa Zambelli, afirmou que a parlamentar “não tem acesso a Tagliaferro e não tem envolvimento nenhum com esse vazamento”. Segundo Bialski, a deputada não conhece o ex-assessor de Moraes.

COM A PALAVRA, A DEPUTADA CARLA ZAMBELLI

Nego qualquer envolvimento com o vazamento de informações relacionadas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Reforço que não possuo nenhuma ligação com os envolvidos no caso e desconheço qualquer operação que tenha levado ao ocorrido.

Reafirmo meu compromisso com a transparência e a legalidade, lamentando que meu nome tenha sido mencionado sem qualquer fundamento nas investigações.

Já se somam 10 inquéritos contra mim, nenhum por corrupção, lavagem de dinheiro e afins. Todos por pura perseguição. São atos sistêmicos de violência com o objetivo de me excluir do espaço político, segundo a lei 14.192/21.

Aqueles que tentam me vincular, de forma leviana, com esse caso, estão agindo com o único intuito de me prejudicar e me expor, cometendo divulgação de informações falsas sem qualquer fundamento.

Tenho mantido o foco exclusivamente em minha função parlamentar, abstendo-me de envolvimento com polêmicas e fatos sem relação com o meu mandato, principalmente aqueles que são de responsabilidade do Senado.

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