O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse nesta sexta, 8, que 'sempre defendeu a execução da condenação criminal em segunda instância e continuará defendendo'.
À reportagem do Estadão, o ex-juiz da Lava Jato - maior operação já deflagrada no País contra a corrupção e lavagem de dinheiro - repercutiu a decisão do Supremo Tribunal Federal que, nesta quinta, 7, por 6 votos a 5, declarou inconstitucional a prisão na segunda instância.
A decisão do STF abre caminho para quase 5 mil presos nessa situação, entre eles notórios que a Lava Jato pegou, como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu.
"A decisão da maioria do STF para aguardar o trânsito em julgado deve ser respeitada", ponderou Moro.
Ele apontou para o Legislativo e fez referência a um trecho do voto do presidente do Supremo. "O Congresso pode, de todo modo, alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em segunda instância, como, aliás, reconhecido no voto do próprio ministro (Dias) Toffoli."
"Afinal, juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei, cada um em sua competência", disse Sérgio Moro.